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Senhor Excelentíssimo Doutor Juiz de Direito da Vara civil da Comarca de Vitória

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ESTACIO 
DIREITO VESPERTINO BLOCO A, SALA 806
PRATICA SIMULADA I CIVIL
PETIÇÃO
COMPONENTES DA EQUIPE 
JOSE RIBAMAR VELOZO CORDEIRO 
JASON WALLACE 
EDNEY DA CONCEIÇÃO 
GERLINE SERRÃO AMARAL
 SÃO LUIS 01 DE NOVEMBRO DE 2017 
Senhor Excelentíssimo Doutor Juiz de Direito da Vara civil da Comarca de Vitória-ES.
Qualificação:
Gerson, brasileiro, solteiro, médico, residente e domiciliado em Vitória/ES, CPFn°. Xxx, endereço eletrônico. XXX.
Por seu advogado, com endereço completo, vem respeitosamente perante vossa excelência, propor ação de Revogação para anulação de negocio jurídico, contra, Bernado, Brasileiro, CPF.XXX, RG.XXX, endereço completo, conforme os fatos;
DOS FATOS;
Ocorre que o Autor, é legítimo credor quirografário do Réu, conforme se extrai da nota promissória emitida em favor do mesmo no valor de R$80.000.00, vencida em 10 de outubro de 2016, acostada aos autos. O crime da ação está no fato de que o Réu, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio Executado, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. Cumpre ressaltar que as dívidas do Réu já ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, e o imóvel doado para sua filha encontra-se alugado para terceiros.
DO MÉRITO;
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 
Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre passividade de anulação, visto tratar-se de patente meio ilícito utilizado pelo devedor com o fito de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial, proveniente, pois, das inúmeras dívidas que o Réu possui. Tanto é que as doações se deram, de modo impudico, acrescente-se, logo após o vencimento da dívida contraída, tornando-se insolvente. Restando em nítida fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil. Nesse sentido: 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
Cumpre ressaltar que o negócio jurídico também está eivado do vício de nulidade, haja vista a flagrante simulação da doação ocorrida a menor impúbere, com o estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício para o Réu, mantendo este, o domínio de fato sobre os bens, e que outro objetivo não seria tal cláusula, se não burlar a justiça e os direitos dos credores, em uma ação executiva judicial. Nesse sentido expõe o artigo 167 do código civil:
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
Deste modo, por todo exposto, requer o Autor, a anulação do negócio jurídico gratuito que o correra no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo de ferir o direito do credor.
DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL;
O Autor emitiu em favor do Réu nota promissória no valor de R$ 80.000.000, sendo que o seguinte título executivo se resta vencido desde 10 de outubro de 2016, com isso, o Autor tornara-se legítimo credor quirografário de quantia líquida, certa e exigível ( no do que dispõe o artigo 784, II do CPC), não conseguindo , frise-se, até a presente data, conciliar com o devedor, meios para saldar a dívida contraída, muito pelo contrário, a bem verdade, fora surpreendido com os recursos danosos utilizados p elo Réu afim de guarnecer seu patrimônio e deixar seus credores sem possibilidades de recuperarem os créditos expedidos. Nesses termos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
DA PENHORA E ALIENAÇÃO DOS BENS DO EXECUTADO
Excelência, uma vez constatada a nítida fraude contra os direitos de legítimos credores empregada pelo Réu, e a vista de tal repugnante ato, o douto magistrado declare a anulação dos negócios jurídicos ocorridos, vem, o Autor, desde logo, requerer a alienação ou a penhora dos bens do mesmo, afim de que, deste modo , seja devidamente pago a dívida na quantia certa contraída , ou ainda , caso assim julgue o nobre magistrado , o Credor , desde logo, declara que aceita receber as quantias relativas aos alugueis dos imóveis até que ocorra o efetivo pagamento total do débito, qual seja o montante de R$ 80.000.000, como é sabido, tais bens encontram-se alugados e rendendo frutos financeiros ao Réu. Nesse sentido: os artigos 824, 825 e 831 do CPC:
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais.
Art. 825. A expropriação consiste em:
I - adjudicação;
II - alienação;
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens.
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.
 
DOS PEDIDOS;
Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva anulabilidade do negócio jurídico celebrado, requer o Autor:
I. A declaração anulatória do negócio jurídico que ocorrera no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo de fraudar o direito do credor ora Autor, nos termos do artigo 158 do CC; 
II. Do reconhecimento do título extrajudicial que deu início a ação proposta, por ocorrência de sua quantia certa, líquida e exigível, em atendimento ao que dispõe o artigo 784, II do CPC; 
III. Deixar expresso a possibilidade receber as quantias relativas aos alugueis dos imóveis até que ocorra o efetivo pagamento total do débito, qual seja o montante de R $ 80.000.000, como é sabido, tais bens encontram-se alugados e rendendo frutos financeiros ao Réu; 
IV. Protestar em provar o alegado por todos os meios de prova sem direito admitidos, estando já em poder do título executivo extrajudicial devidamente assinado pelo devedor, acostado aos autos; 
V. Deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação e conciliação; 
VI. Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa.
Dar-se-á o valo r da causa em R$ 80.000.00
Nestes termos, pede e espera deferimento. Vitória/ES, 01 de Novembro de 2017.
 
 ADVOGADO OAB; XXX

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