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1 Terraplanagem e Pavimentação Prof. MSc. Ruiter da Silva Souza ORÇAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS 2 A Engenharia de Custos tem por objeto o estudo e a proposição de normas e critérios para solução de problemas como: estimativa de custos de projetos, avaliação econômica, planejamento, gerência e controle de empreendimentos. É importante lembrar que a Engenharia de Custos não é responsável somente pela previsão de custos, mas também é necessária na fase de execução do projeto. É na fase de execução que a Engenharia de Custos pode reafirmar e desenvolver seus critérios, além de colher subsídios cada vez mais apurados para utilização futura. Papel importante: Montagem de banco de dados para validação dos custos previstos. INTRODUÇÃO – ENGENHARIA DE CUSTOS INTRODUÇÃO – ENGENHARIA DE CUSTOS 3 � Custo da Obra – Constituído pelo somatório dos valores dos insumos (mão-de- obra, equipamentos e materiais) empregados em sua execução e dos custos indiretos incorridos. Os custos de execução ou de produção são parâmetros técnicos e podem ser obtidos de forma racional por meio de sequência lógica de operações e do conhecimento dos serviços que compõem a execução da obra e suas respectivas quantidades necessários para a produção de cada unidade de serviço. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS � Preço da Obra - O preço das obras e serviços de infraestrutura de transportes pode ser determinado de várias formas. Em princípio, o preço é estabelecido com base nos custos de produção, aos quais o executor acrescenta as margens beneficiárias que pretende obter. Entretanto, como parâmetro comercial, o preço também é função de quanto o contratante está disposto a pagar e, no final, será fruto de acordo negociado entre as partes. O executor procura maximizar o seu lucro e o contratante minimizar o valor a ser pago. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS 4 � Custos de Referência – São custos unitários compostos de forma genérica, definidos em função de estruturas pré-estabelecidas e pesquisas regionais de preços de insumos. Apresentam como principal característica não levar em consideração nenhum aspecto peculiar de qualquer obra em particular, atendo-se tão somente às condições regionais. São utilizados, como seu próprio nome indica, para a elaboração de tabelas e orçamentos de referência, como balizadores de preços de licitações e contratos. Ex: SICRO, SINAPI. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS � Custos para Orçamento – São custos unitários compostos para orçar uma obra específica. E exatamente por este motivo devem levar em consideração todas as condições locais particulares que possam afetar o valor da obra ou do empreendimento em questão. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS 5 � Composição de Custo Unitário – Consiste na definição da quantidade de materiais, de horas de equipamento e o número de horas de profissionais necessários à execução do serviço, multiplicados respectivamente pelo custo dos materiais, pelo aluguel ou custo horário dos equipamentos e pelo salário-hora dos trabalhadores, acrescidos dos encargos sociais. Os custos unitários dos serviços acrescidos da parcela de bonificação e despesas indiretas resultam em preços unitários. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS Composição Horária – Procedimento que associa o consumo de insumos à produção horária de determinada equipe. Exemplo: Composições de preços unitários de terraplenagem e pavimentação do Sicro 2. Composição Unitária – Procedimento que define a quantidade de insumos necessários à produção de uma unidade de serviço. Exemplo: Composições de preços unitários de drenagem e obras de arte correntes do Sicro 2. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS 6 Composição Unitária ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS Composição Horária ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS 7 Preço de Venda PV = Custo Direto (CD) + BDI ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS 8 Exemplo de BDI (DNIT): ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS Planilha de Custos - Local de representação dos custos diretos, devendo conter: � Quantitativos de todos os serviços e seus respectivos custos obtidos por meio de composições de custos unitários; � Custos de instalação e manutenção do canteiro de obras; � Custos de mobilização e desmobilização de equipamentos e estrutura física. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS 9 Determinação dos Custos Diretos: � Custos da utilização de equipamentos; � Custos da utilização de mão de obra; � Custos dos materiais; � Custos dos equipamentos incorporados à obra; � Custos dos transportes; � Custos dos serviços auxiliares. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS Custos Diretos – Consiste no somatório de todos os custos dos materiais, dos equipamentos e mão-de-obra aplicados diretamente em cada um dos serviços para execução de uma obra, incluindo-se todas as despesas de infraestrutura necessárias. A definição dos custos diretos de um serviço exigem o conhecimento das seguintes parcelas: � Equipamentos; � Mão de obra; � Materiais (aquisição e transporte); � Atividades auxiliares. ENGENHARIA DE CUSTOS - CONCEITOS 10 O custo dos equipamentos necessários à execução dos serviços pode ser definido admitindo-se sua propriedade e devendo ser incluído o custo horário dos operadores. Devem ser considerados: � Depreciação; � Valor residual; � Previsão de vida útil; � Custos de manutenção; � Combustível; � Mão-de-obra de operação. EQUIPAMENTOS Na construção rodoviária, a grande maioria dos equipamentos trabalha em condições razoavelmente uniformes, não sendo necessário, para o cálculo do custo horário, estabelecer diferenciação das condições em que são utilizados. Entretanto, alguns equipamentos podem sofrer expressiva variação de desgaste em função das condições de trabalho que lhes são impostas (tipo de solo e superfície de operação). Nestes casos, os fabricantes sugerem vincular a vida útil dos equipamentos às condições em que operam. EQUIPAMENTOS 11 Os equipamentos que normalmente necessitam desse tipo de distinção são: � Tratores de esteiras; � Motoscrapers; � Pás carregadeiras de rodas; � Pás carregadeiras de esteiras; � Escavadeiras hidráulicas; � Motoniveladoras; � Caminhões (em geral). EQUIPAMENTOS Condições de Trabalho: EQUIPAMENTOS 12 Condições de Trabalho: EQUIPAMENTOS Tempo Operativo - É aquele em que o equipamento está dedicado ao serviço, na frente de trabalho, com seus motores ou acionadores ligados ou em condições de trabalho. O equipamento operativo comporta duas situações: produtivo e em espera. No seu tempo produtivo, o equipamento está efetivamente executando alguma das tarefas a ele inerentes. Quando em espera, o equipamento encontra-se aguardando que algum outro componente da patrulha complete sua parte, de modo a abrir frente para que ele possa atuar. Aplica-se este conceito apenas quando as esperas forem de curta duração que não justifiquem desligamento de motores. Durante as esperas, os motores estarão funcionando em marcha lenta ou os equipamentos realizando pequenos deslocamentos. EQUIPAMENTOS 13 Tempo Improdutivo - Os tempos improdutivos comportam paradas de mais longa duração, em que os equipamentos continuam vinculados ao serviço e seus operadores permanecem mobilizados, mesmo que seus motores tenham sido desligados. Tais paradas podem ter as mais diversas razões como, por exemplo, chuva, falta de material, necessidades do operador, quebra ou falha do equipamento em questão ou de algum outro componente da patrulha, reabastecimento de combustível. EQUIPAMENTOS Custo Horário Produtivo - Corresponde à situação em que o equipamento se encontra em efetiva utilização na execução do serviço ou em espera por curtos períodos. É a soma dos custos de propriedade, manutenção e operação. CPh = Dh + Jh + Ish+ Mh + OPh + CLh (teórico) Onde: Dh - Depreciação (horária); Jh - Juros (horários); ISh - Impostos e seguros (horários); Mh - Manutenção (horária); OPh - Custo do operador (horário); CLh - Custo de combustíveis, filtros e lubrificantes (horário). EQUIPAMENTOS 14 Custo Horário Improdutivo - Corresponde às diferentes eventualidades em que o equipamento se encontra parado, seja devido a chuvas, a desequilíbrios acentuados de produtividade entre componentes da equipe mecânica à falta temporária prevista de frente de serviço ou à retirada da frente para manutenção de rotina. A principal característica dessa situação é que, embora o equipamento não esteja produzindo, seu operador não pode ser desmobilizado. Dessa forma, o custo improdutivo do equipamento incluirá somente os custos relativos ao operador. CIh = Dh + Jh + Ish + OPh (teórico) Onde: Dh - Depreciação (horária) Jh - Juros (horários) ISh - Impostos e seguros (horários) OPh - Custo do operador (horário) O Sicro 2 adota para o custo horário improdutivo apenas os custos da mão de obra do operador. EQUIPAMENTOS Em linhas gerais, despesas que devem ser consideradas para o cálculo do custo horário de um equipamento podem ser agrupadas em: � Custos de Propriedade � Custos de Manutenção � Custos de Operação Custos de Propriedade � Depreciação � Juros � Seguros e Impostos EQUIPAMENTOS 15 Em linhas gerais, despesas que devem ser consideradas para o cálculo do custo horário de um equipamento podem ser agrupadas em: � Custos de Propriedade � Custos de Manutenção � Custos de Operação Custos de Propriedade � Depreciação � Juros � Seguros e Impostos EQUIPAMENTOS Custos de Manutenção � Reparos em geral; � Material rodante / pneus; � Partes de desgaste (bordas cortantes, dentes de caçamba, ferramenta de penetração no solo, entre outras). Custos de Operação � Combustível; � Filtros e lubrificantes; � Mão de obra de operação. EQUIPAMENTOS 16 Mão de Obra – O custo da mão de obra é representado pelo salário dos trabalhadores que manuseiam os materiais, devendo ser acrescidos os encargos sociais, complementares e outras despesas necessárias. Os trabalhadores de produção são normalmente remunerados pelas horas trabalhadas, em função das características do trabalho, normalmente exigindo o prolongamento ou redução da jornada. As despesas que devem ser consideradas para o cálculo da mão de obra são: � Salário; � Encargos sociais e trabalhistas; � Encargos complementares. MÃO-DE-OBRA A definição do salário de referência de uma categoria profissional pode ser realizada por meio das seguintes formas: � Referências oficiais; � Convenções coletivas de trabalho; � Pesquisas de mercado; � Padrões salariais. Encargos Sociais - São constituídos por todas as taxas e contribuições pagas pelo empregador para financiamento das políticas públicas que beneficiam indiretamente o trabalhador. Exemplo: � Seguridade e Previdência Social – INSS � FGTS � PIS/PASEP � Salário-educação � Sistema S (SESI, SENAI, SEBRAE) MÃO-DE-OBRA 17 Encargos Trabalhistas – Valores pagos de forma direta ao empregado mensalmente ou ao final de seu contrato de trabalho, incluindo também benefícios não expressos em valores. Exemplo: � Décimo-terceiro salário; � Adicional de remuneração; � Adicional de férias; � Ausência remunerada; � Férias. MÃO-DE-OBRA Encargos Complementares - São constituídos por benefícios oferecidos ao trabalhador que não são considerados como salário. Exemplo: � Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros; � Auxílio alimentação; � Cesta básica; � Assistência médica e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro- saúde. Encargos Complementares Previstos em Lei: � Insalubridade; � Periculosidade; � Licença maternidade; � Aviso prévio trabalhado; � PIS; � COFINS; � Contribuições Sindicais. MÃO-DE-OBRA 18 Podem se apresentar de forma natural (areia e material de jazida), semi-processados (brita e madeira), industrializados (cimento, aço, fios elétricos e cerâmicas) e produtos acabados (materiais para instalação hidráulica e elétrica). Estes materiais podem ser medidos em diferentes unidades, a saber: volume, área, comprimento, peso, saco ou peça. O custo do transporte dos materiais deve sempre ser considerado na obra, devendo ser incluído, quando necessário, por meio da parcela específica na composição. O custo dos materiais é o preço de aquisição, geralmente “posto em obra” dos materiais empregados. MATERIAIS Os preços de aquisição dos materiais empregados nas composições de custo devem satisfazer as seguintes condições: � Preços para condições de pagamento à vista; � Contenham toda a carga tributária incidente. Premissas da Pesquisa: � Qualidade do material compatível com as especificações de projeto; � Uniformização da unidade em relação à composição de preço unitário. O custo dos materiais pode ser obtido por meio de: � Cotações de mercado; � Tabelas de custos; � Sistemas de custos. MATERIAIS 19 Cotações de Mercado - O preço é determinado junto aos fornecedores, preferencialmente mais próximos à obra. Fornecedores alternativos podem ser consultados, no caso de inexistência do material na região ou de grandes disparidades em relação ao preço médio de mercado. Tabelas de Custos - O preço é determinado por meio de publicações especializadas, permitindo-se a definição de um referencial que pode ser utilizado, dependendo da aceitação do cliente. Exemplo: Tabela Pini, Revista Construção e Mercado, etc. Sistemas de Custos - São normalmente gerenciados por entidades públicas e baseados em metodologias consistentes, fornecendo não só os custos de materiais como de serviços, mão de obra e equipamentos. Exemplo: SICRO 2, SINAPI, etc. MATERIAIS Transporte Local - Os transportes locais são aqueles realizados no âmbito da obra para o deslocamento dos materiais necessários à execução das diversas etapas de serviço. A produção do equipamento de transporte depende do tipo de rodovia e da distância percorrida, as quais irão determinar a velocidade média de trajeto. A produção, também, é dependente dos tempos gastos em manobras para carga e descarga e dos próprios tempos de carga e descarga. No transporte local, devem ser consideradas as distâncias de ida (carregado) e de retorno (vazio). OPERAÇÕES DE TRANSPORTE 20 Transporte Comercial - Os transportes comerciais envolvem deslocamento de materiais que vêm de fora dos limites da obra. Pode ser considerado como aquele onde existe o frete, com veículos comerciais e conhecimento de carga. No transporte comercial, o frete informado considera a operação de ida e retorno do veículo. Quando calculado, o frete deve informar as distâncias de ida (carregado) e de retorno (vazio). Nesse caso geralmente não são considerados os custos de carga, descarga e manobras. OPERAÇÕES DE TRANSPORTE Transporte de Terraplenagem Os serviços de terraplenagem são geralmente pagos por faixas de distância, levando em consideração as velocidades abaixo das ideais na operação dos caminhões. � Caminhão basculante de 14 m³ (20 toneladas) para materiais de 1ª e 2ª categoria; � Caminhão basculante para rocha 12 m³ (18 toneladas) para materiais de 3ª categoria; � Caminhão basculante de 6 m³ (11,5 toneladas) para solos moles. OPERAÇÕES DE TRANSPORTE 21 Fatores Condicionantes � Prazo da Obra; � Porte da Obra; � Obras de pequeno porte; � Obras de médio porte; � Obras de construção pesada; � Porte da Empresa; � Tipos de Obra; � Localização e Características Especiais; � Problemas Operacionais e Situações Conjunturais; � Prazos e Condições Pagamento. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS Fatores Condicionantes � Prazo da Obra; � Porte da Obra; � Obras de pequeno porte; � Obras de médioporte; � Obras de construção pesada; � Porte da Empresa; � Tipos de Obra; � Localização e Características Especiais; � Problemas Operacionais e Situações Conjunturais; � Prazos e Condições Pagamento. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS 22 Administração Central Consiste na quota parte dos custos da administração da empresa (diretoria, gerência, engenharia, escritório central, veículos, serviços públicos, etc) a ser absorvida pela obra. Seu custo é característico de cada empresa e a determinação de um padrão é difícil. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS Custos Financeiros São decorrentes da remuneração do capital utilizado pela empresa para cumprimento de compromissos não repostos, no tempo ou no valor, tais como, despesas antecipadas em relação aos recebimentos e reajustamentos dos preços. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS 23 Custos Financeiros São decorrentes da remuneração do capital utilizado pela empresa para cumprimento de compromissos não repostos, no tempo ou no valor, tais como, despesas antecipadas em relação aos recebimentos e reajustamentos dos preços. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS Seguros e Garantias Contratuais � Seguros de acidentes coletivos; � Responsabilidade civil; � Riscos de engenharia; � Garantia de execução (caução). BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS 24 Seguros e Garantias Contratuais � Seguros de acidentes coletivos; � Responsabilidade civil; � Riscos de engenharia; � Garantia de execução (caução). BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS Taxas de risco Risco é a chance de acontecer algo que cause impacto nos objetivos, sendo medido em termos de consequências e probabilidade. A parcela de risco está intimamente ligada ao nível de detalhamento do projeto. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS 25 Lucro Operacional Parcela destinada a remunerar o custo de oportunidade do capital aplicado, capacidade administrativa, gerencial e tecnológica adquirida pela empresa ao longo de anos de experiência no ramo. Além disso, remunera a responsabilidade pela administração do contrato, pela condução da obra e pela estrutura organizacional da empresa. Por fim, remunera os investimentos na formação profissional do seu pessoal e a capacidade de reinvestir no próprio negócio. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS Tributos PIS - Regulamentado pelos Decretos Lei nº 2.445, de 29 de junho de 1988, e nº 2.449, de 21 de julho de 1988, o PIS deve ser considerado como parte do BDI. COFINS - Em função deste tributo incidir sobre a receita bruta da empresa, a COFINS deverá ser incluída no BDI. BENEFÍCIOS E CUSTOS INDIRETOS 26 Consiste no modelo que define a quantidade de materiais, de horas de equipamento e o número de horas de profissionais necessários à execução de determinado serviço, multiplicados respectivamente pelo custo dos materiais, pelo aluguel ou custo horário dos equipamentos e pelo salário-hora dos trabalhadores, acrescidos dos encargos sociais. Os custos unitários dos serviços acrescidos da parcela de bonificação e despesas indiretas resultam em preços unitários. Objetivos: Definição da melhor técnica de execução Maior economicidade na utilização dos recursos Princípios da elaboração: Adequação tecnológica da composição Dimensionamento das equipes Determinação da utilização de insumos Cálculo do transporte dos insumos COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO Composição Horária - Procedimento que associa o consumo de insumos à produção horária de determinada equipe. Exemplo: Composições de preços unitários de terraplenagem e pavimentação do Sicro 2. Composição Unitária - Procedimento que define a quantidade de insumos necessários à produção de uma unidade de serviço. Exemplo: Composições de preços unitários de drenagem e obras de arte correntes do Sicro 2. COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO 27 Composição Unitária COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO Composição Horária COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO 28 Sistema de Custos Rodoviários (Sicro 2) Partes Constituintes: � A – Equipamentos; � B – Mão de Obra; � C – Materiais; � D – Atividades Auxiliares; � E – Transporte de Materiais; � F – Transporte de Materiais Produzidos; � Parcela de Bonificação e Despesas Indiretas. COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO Sistema de Custos Rodoviários (Sicro 2) Partes Constituintes: Equipamento - O dimensionamento da equipe mecânica, quando existem ciclos de produção, é realizado por meio do cálculo das produções de equipes mecânicas (PEM). Mão de Obra – O dimensionamento da equipe envolve a quantificação e a definição das categorias profissionais necessárias à execução do serviço. Materiais - O consumo dos materiais está intimamente ligado ao projeto de engenharia. As quantidades devem ser retiradas de desenhos e quadros resumo. Os traços das misturas (CBUQ, brita graduada, concreto etc.) devem ser definidos por estudos especiais e ensaios tecnológicos. As taxas de aplicação devem ser retiradas de normas e especificações ou de padrões consagrados na literatura técnica. COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO 29 Sistema de Custos Rodoviários (Sicro 2) Partes Constituintes: Transporte de Materiais - O custo dos transportes deve ser calculado em toneladas, sendo considerada a quantidade e a distância de transporte. Esses dois parâmetros multiplicarão o custo produtivo do veículo a ser empregado. COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO Canteiro de Obras – Custos com construção das edificações e de suas instalações (hidráulicas, elétricas, esgotamento) destinadas a abrigar o pessoal (casas, alojamentos, refeitórios, sanitários, etc.) e as dependências necessárias à obra, (escritórios, laboratórios, oficinas, almoxarifados, balança, guarita, etc.), bem como dos arruamentos e caminhos de serviço. Principais Serviços: � Regularização do terreno; � Construção provisória para escritório, sala para chefia, sala para a fiscalização, sanitários completos, oficinas, seção técnica e almoxarifado; � Alojamentos completos, refeitórios, vestiários, guaritas e espaços de convivência � Instalações provisórias de água, de esgoto, de telefone, de eletricidade, de iluminação e cercas � Estradas de acesso e pavimentação provisória � Sinalização e placas de obra � Manutenção do canteiro de obras e dos caminhos de serviço CUSTOS COM CANTEIRO DE OBRAS 30 Os custos de mobilização compreendem as despesas para transportar, desde sua origem até o local aonde se implantará o canteiro da obra, os recursos humanos, os equipamentos e as instalações (usinas de asfalto, centrais de britagem, centrais de concreto, etc...) necessários às operações. Diante deste contexto, um dos maiores problemas na estimativa dos custos de mobilização é a origem da mão de obra especializada e dos equipamentos. Os custos de desmobilização serão similares àqueles definidos para a mobilização. Origens consideradas pelo DNIT: Capital mais próxima à obra Origens aceitas pelo TCU: Mínima de 50 km CUSTOS COM MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO Para fins de mobilização, os equipamentos podem ser agrupados em três tipos: � Veículos leves � Equipamentos de pequeno porte (até 10t) � Equipamentos de grande porte Os veículos leves e caminhões comuns se deslocam até o local da obra por seus próprios meios. Nos casos comuns, o custo de mobilização corresponde ao custo operacional de cada um desses veículos. Os equipamentos de pequeno porte, juntamente com as ferramentas, peças e utensílios de toda ordem, terão sua mobilização absorvida pela capacidade de transporte do próprio executor, gerada pelo deslocamento de seus caminhões. CUSTOS COM MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 31 A mobilização dos equipamentos de grande porte, por seu peso ou dimensões, requer o transporte em carreta, com ou sem escolta. Nas situações mais complexas, o custo desse transporte será composto por três parcelas: � Preço básico do transporte � Preçoda escolta � Preço da Autorização Especial de Trânsito (Eventual) MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA Origens recomendadas: � Pessoal de nível superior: Centro regional mais próximo à obra; � Encarregados, operadores e técnicos: Capital ou centro regional mais próximo à obra; � Operários: Cidade mais próxima à obra. CUSTOS COM MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA Origens recomendadas: CUSTOS COM MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO 32 A administração local é constituída por despesas decorrentes da montagem e manutenção da estrutura administrativa no local de execução com intuito de atender às necessidades da obra, no que concerne à direção e fiscalização técnica, pessoal, programação, controle de custos e qualidade. Em síntese, a Administração Local inclui todos os custos de pessoal, veículos, licenças, material de consumo e demais itens relacionados à estrutura organizacional da obra. Por sua natureza, a Administração Local é constituída por itens que podem tanto ser definidos diretamente na planilha de custos quanto se enquadram como custos indiretos, compondo a parcela de BDI. ADMINISTRAÇÃO LOCAL Os principais itens da Administração Local são: � Aluguel de equipamentos administrativos (mobiliário do escritório, telefone, computadores, aparelhos de ar condicionado, geladeiras, fogão, extintores, entre outros); � Aluguel de veículos leves e sua manutenção para locomoção na obra e serviços administrativos; � Consumos de materiais de escritório, de limpeza, água, café, água, combustível, entre outros; � Salários de engenheiros, gerente administrativo, mestres de obra, técnicos de produção, planejamento e segurança de trabalho, seção médica e demais funcionários que não estejam envolvidos diretamente com a produção; � Serviços de apoio estratégico e logístico da obra (medicina e segurança do trabalho, controle tecnológico de qualidade dos materiais e dos serviços). ADMINISTRAÇÃO LOCAL 33 A elaboração do orçamento de uma obra de infraestrutura de transportes deve ser precedida de estudo preliminar em que são estabelecidas as linhas gerais do Plano de Execução de Obra. O modo como a obra é executada influi diretamente em seu custo. Por esta razão, o orçamento, o projeto e o planejamento de sua execução devem caminhar interligados. O orçamento pode ser realizado de duas formas diferentes, a saber: � Orçamento estimado � Orçamento descritivo ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS O orçamento estimado utiliza, de forma simples, tabelas, índices de preços disponíveis no mercado, dados de experiência, de consultas a empresas ou simples avaliações de bom senso. São normalmente utilizados os índices divulgados pelos sindicatos das indústrias de construção civil e pesada ou revistas técnicas especializadas. Um orçamento realizado desta forma é muito impreciso e pode conduzir a avaliações de custo com variações e incertezas significativas. ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS 34 O orçamento descritivo baseia-se em composições de custo, alicerçados nos custos unitários dos componentes do serviço e em quantitativos bem elaborados com base em projetos e especificações detalhados. Este tipo de orçamento pode conduzir a resultados com a precisão desejada para a execução das obras. A peça fundamental para a elaboração de um bom orçamento é o projeto bem feito, completo em todas as suas partes. ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS A Lei 8666 define dois tipos de projeto, a saber: � Projeto básico � Projeto executivo O projeto básico, elaborado com amparo nos estudos técnicos preliminares, no anteprojeto, nas especificações técnicas, nos desenhos e detalhes, define todos os elementos que compõem o empreendimento, com suas características básicas. Deve ser elaborado com a maior precisão possível, de forma a permitir a adequada quantificação de todos os elementos que participam do custo. O projeto executivo complementa o projeto básico apresentando todos os elementos necessários à realização do empreendimento com nível máximo de detalhamento, em todas as suas etapas. Falhas no levantamento de quantidades ou nos projetos podem ser evitadas, através de uma análise prévia dos mesmos por todos os participantes no processo licitatório, e, desta forma, não sendo motivo para reajustes no contrato. ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS 35 Plano de Ataque ou Plano de Execução da Obra Sequência racional do conjunto de atividades que constituem a obra. No plano, procura-se estabelecer cinco importantes definições: � Época do início dos trabalhos; � Período de execução � Localização e tipo de obra � Plano de execução propriamente dito � Dimensionamento dos equipamentos ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS Cronograma Físico ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS 36 Cronograma Financeiro ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS Curva ABC A curva ABC é um instrumento para se examinar resultados, permitindo a identificação dos itens que justificam atenção e tratamento adequados. No caso dos orçamentos, a curva pode ser utilizada para dois tipos de controle: de insumos e de serviços. A curva ABC de insumos verifica, após montado o orçamento da obra, o consumo em valor e quantidade dos itens de materiais, equipamentos e mão de obra, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de valor. Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor, dá-se a denominação de itens da classe A, aos intermediários, itens da classe B, e aos menos importantes, itens da classe C. A experiência demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do total, são da classe A, enquanto uma grande quantidade, em torno de 50%, é da classe C e 30% a 40%, são da classe B. ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS 37 Dados os serviços abaixo elaborar um orçamento analítico, utilizando o SICRO 2 data base maio/2014: Regularização de subleito: 12.600,00 m²; Sub-base estabilizada granulometricamente sem mistura: 1856,25 m³; Base estabilizada granulometricamente sem mistura: 1788,75 m³; Imprimação: 11.700,00 m²; CBUQ fx B: 1260,00 t; CBUQ fx B/C: 672,00 t. Dados complementares: Distância de transporte jazida em rodovia pavimentada: 5,00 km; Distância de transporte brita: 30,00 km; Distância de transporte areia: 10,00 km; Distância de Transporte CBUQ: 15 km; Distância de Transporte Materiais Betuminosos: 100 km. EXEMPLO DE APLICAÇÃO EXEMPLO DE APLICAÇÃO CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO DO SERVIÇO UNID. UNITÁRIO TOTAL (R$) (R$) 2 S 02 110 00 Regularização do subleito m² 12.600,00 0,78 9.828,00 2 S 02 200 00 Sub-base solo estabilizado granul. s/ mistura 5 m³ 1.856,25 16,90 31.370,62 2 S 02 200 01 Base solo estabilizado granul. s/ mistura 5 m³ 1.788,75 16,90 30.229,87 2 S 02 300 00 Imprimação m² 11.700,00 0,28 3.276,00 Aquisição CM-30 t 14,04 2.397,68 33.663,48 Transporte CM-30 100 t 14,04 61,72 866,51 2 S 02 540 52 CBUQ - "binder" AC/BC t 1.260,00 115,44 145.454,40 Aquisição CAP 50/70 t 63,00 1.630,46 102.719,24 Transporte CAP 50/70 100 t 63,00 68,47 4.313,39 2 S 02 540 51 CBUQ - capa rolamento AC/BC t 672,00 122,98 82.642,56 Aquisição CAP 50/70 t 36,96 1.630,46 60.261,95 Transporte CAP 50/70 t 36,96 68,47 2.530,52 SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO ORÇAMENTO EXEMPLO 507.156,54 TOTAL GERAL DATA BASE DO ORÇAMENTO: mai/14 ESPECIFICAÇÃO ADOTADA DMT (km) QUANT. PREÇO (R$) 38 Dada a seção tipo abaixo elaborar um orçamento analítico, utilizando o SICRO 2 data base maio/2014: Dados complementares: Base de solo granular com 3% de cimento em peso e sub-base sem mistura. Distância de transporte jazida em rodovia pavimentada: 22,50 km; Distância de transporte brita: 45,00 km; Distância de transporte areia: 50,00 km; Distância de Transporte CBUQ: 32 km; Distância de Transporte Materiais Betuminosos: 250 km. Extensão da rodovia: 50 km. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO -LHAF. 2013, Notas de Aula do Curso Noções de Custos de Infraestruturade Transportes. IPR, Goiânia. -Brasil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Geral. Manual de custos rodoviários. 3. ed. - Rio de Janeiro, 2003. BIBLIOGRAFIA
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