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Aula 04- Acessibilidade, tecnologia assistiva e a escolarização do aluno com deficiência física 
 O trabalho desenvolvido pelo atendimento educacional especializado em parceria com toda comunidade escolar é essencial para a definição de estratégias pedagógicas e disponibilização dos recursos que favoreçam o acesso do aluno ao currículo comum, sua interação social, acessibilidade ao espaço físico da escola e participação em todos os projetos e atividades escolares.
 Desde muito tempo, a sociedade estabelece relações extremamente segregadoras e estigmatizantes em relação à pessoa com deficiência física. Quando uma pessoa apresenta características físicas desviantes da norma padrão e, em alguns casos também se diferencia na forma de locomoção e comunicação, muitas vezes, é vista como incapaz.
 Desde a década de 90, observamos o início do movimento de inclusão do aluno com necessidades especiais de aprendizagem na rede regular de ensino. Sob orientação da política de democratização do ensino e da perspectiva de transformação de uma escola para todos, algumas iniciativas são implementadas, tanto na rede pública como em escolas particulares, com o objetivo de garantir a inserção do aluno com deficiência diretamente no contexto da classe comum em escola regular.
 Destacamos que, no caso da inclusão de alunos com deficiência física, encontraremos uma diversidade de tipos e graus de comprometimento. Será preciso um estudo atento sobre as necessidades específicas de cada aluno para que a escola possa oferecer o atendimento educacional especializado adequado a cada um deles.
 Essas transformações acarretaram um maior acesso à escola por parte dos alunos com deficiências, em decorrência não só do aumento da oferta de vagas e do direito à matrícula compulsória, como também da maior conscientização dos familiares na luta pelos seus direitos que estão assegurados por lei.
 Alguns alunos podem apresentar quadros associados de epilepsia ou outro problema de saúde. Será preciso investir na parceria da escola com a família para que o trabalho pedagógico seja oferecido adequadamente, respeitando as características e possibilidades de cada aluno.
 De acordo com Schirmer (2007, p. 23), “devemos distinguir lesões neurológicas não evolutivas, como a paralisia cerebral ou traumas medulares, de outros quadros progressivos como distrofias musculares ou tumores que agridem o Sistema Nervoso”. Dependendo do tipo de lesão, as limitações do aluno tendem a diminuir quando tem acesso aos recursos e estimulações específicas, como no caso do aluno com sequelas de paralisia cerebral.
 O Atendimento Educacional Especializado deverá utilizar os recursos de Tecnologia Assistiva no ambiente escolar necessários para o trabalho pedagógico com o aluno com deficiência física. A Tecnologia Assistiva é definida como: “um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência” 
(Bersch, 2006, p.2).
 A escola deverá priorizar as seguintes modalidades, respeitando as características e necessidades especiais de cada aluno: (Schirmer, 2007).
Auxílio em atividades de vida diária – material pedagógico.
Comunicação aumentativa e alternativa, e também informática acessível.
Acessibilidade e adaptações arquitetônicas
Mobiliário, adequação postural e mobilidade.
 No caso mais específico de trabalho junto aos alunos com sequelas de paralisia cerebral, é preciso compreender que a paralisia cerebral é um quadro ou estado patológico estabelecido como consequência de uma lesão irreversível no encéfalo e que ocasiona alterações de ordem motora no corpo humano. De acordo com Basil (In: Coll, 1995, p.252), a definição mais aceita procede dos países de língua inglesa onde a paralisia cerebral é definida como uma: “Sequela de um comprometimento encefálico que se caracteriza, primordialmente, por um distúrbio persistente, mas não variável, do tônus, da postura e do movimento que surge na primeira infância e não somente é diretamente secundário a esta lesão não evolutiva do encéfalo, mas que se deve, também, à influência que esta lesão exerce na maturação neurológica”.

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