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Inteligência Emocional no Ambiente Organizacional

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1 
 
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC 
 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÁBATA CASTRO CONSTANTINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA, JUNHO DE 2010 
 
2 
 
 
TÁBATA CASTRO CONSTANTINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado 
para obtenção do grau de Psicólogo no Curso 
de Psicologia da Universidade do Extremo Sul 
Catarinense, UNESC. 
Orientadora: Prof. (ª) Espª Tânia Aquino Martins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA, JUNHO DE 2010 
3 
 
TÁBATA CASTRO CONSTANTINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
DATA DE DEFESA: 29 DE JUNHO DE 2010 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
Prof. Tânia Aquino Martins - Especialista - UNESC – Orientador 
 
 
 
Prof. Myrta Carlota Glauche Jaroszewski - Especialista - UNESC 
 
 
 
Prof. Vânia Kátia Menegali Moojen- Mestre - UNESC 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus, que em todo 
caminho me deu força pra persistir, paciência 
para esperar, e ânimo para realizar. 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradecer sempre primeiramente a Deus conduziu meus passos e todas as possibilidades para 
a efetivação dessa conquista. E em especial minha mãe, Janete dos Santos Castro, que sempre 
me incentivou, ajudou, orou e vibrou comigo cada parágrafo e página feitas, que a cada passo 
esteve ao meu lado me motivando e me animando nos momentos mais difíceis, e portanto só 
posso agradecer eternamente. Agradecer a minha tia amada, Flaviana dos Santos Castro, que 
sempre foi uma benção de Deus pra mim, que me ajudou cuidando de mim nos mínimos 
detalhes que só o amor consegue perceber, meu muito obrigada. E a uma pessoa que sempre 
incentivou meu intelecto e aptidões pessoais ajudando de forma especial, Dr. Antonio Carlos 
Althoff. E a minha prezada e estimada orientadora, Tânia Aquino Martins, pela ajuda em 
todos os momentos, pela paciência, pelas inumeráveis vezes que com afabilidade me 
incentivasse a ir além, meu sincero agradecimento. Enfim a vocês muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A vida é um grande espetáculo. Só não consegue homenageá-la 
quem nunca penetrou dentro de seu próprio ser e percebeu como 
é fantástica a construção da sua inteligência. Sábio é o ser 
humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma 
para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar 
as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.” 
(AUGUSTO CURY, 2008) 
7 
 
RESUMO 
 
 
 
O conceito de Inteligência Emocional é uma descoberta até certo ponto recente, entretanto 
inovadora no sentido de possibilitar uma mudança de paradigma. Seu conceito e aplicação 
demonstram sua eficácia tanto na vida pessoal quanto na profissional. A inteligência 
emocional que possui aptidões , as quais incluem autoconhecimento, controle emocional, 
capacidade de automotivação, empatia e sociabilidade, revela uma possibilidade de sucesso 
nas diversas áreas humanas, pois a o paradigma antigo de quociente intelectual, baseado 
apenas no raciocínio lógico falhou em proporcionar resultados produtivos e eficazes. O 
conceito de organização como conjunto de indivíduos que trabalham para um objetivo traz a 
consciência de que onde existem ações humanas é essencial as praticas de inteligência 
emocional. A presente pesquisa de natureza bibliográfica tem como foco abordar o tema 
contemplado na questão da inteligência emocional, a capacidade de perceber os nossos 
sentimentos, e a partir desta percepção saber lidar com as emoções, conquistando um 
equilíbrio emocional essencialmente no ambiente organizacional. 
 
Palavras-chave: Inteligência Emocional; Organização; Competências Emocionais; Ambiente 
Organizacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1. Cronologia dos principais Eventos dos Primórdios da Administração................31 
Quadro 2. As abordagens prescritivas e normativas da Teoria Administrativa....................36 
Quadro 3. A Hierarquia das necessidades de Maslow..........................................................38 
Quadro 4. Modelo comparativo entre as teorias de Maslow e Herzberg..............................39 
Quadro 5. Modelo comparativo entre as teorias de Maslow e Herzberg..............................39 
Quadro 6. Sistemas de Administração..................................................................................40 
Quadro 7. Os cinco componentes da inteligência emocional em ação.................................45 
Quadro 8. Competências Emocionais...................................................................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................11 
2 CONCEITO DE INTELIGÊNCIA...........................................................................13 
2.1 Tipos de inteligências.................................................................................................14 
2.2.1 A Inteligência Lingüística......................................................................................14 
2.2.2 A Inteligência Musical...........................................................................................14 
2.2.3 A Inteligência Lógico-Matemática........................................................................15 
2.2.4 A Inteligência Espacial..........................................................................................16 
2.2.5 A Inteligência Corporal-Cinestésica......................................................................16 
2.2.6 A Inteligência Intrapessoal....................................................................................16 
2.2.7 A Inteligência Interpessoal....................................................................................16 
3. EMOÇÕES ..............................................................................................................17 
4. A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.......................................................................20 
4.1 Características da Inteligência Emocional............................................................21 
4.1.1 Autoconsciência....................................................................................................21 
4.1.2 Controle Emocional..............................................................................................23 
4.1.3 Motivar-se.............................................................................................................25 
4.1.4 Empatia.................................................................................................................264.1.5 Sociabilidade.........................................................................................................27 
4.2 Para que serve a Inteligência emocional..............................................................29 
5. ORGANIZAÇÃO E TRABALHO.........................................................................30 
5.1 A Teorias das Organizações..................................................................................30 
5.1.1 Teoria da Administração Científica......................................................................33 
5.1.2 Teoria Clássica da Administração.........................................................................34 
5.1.3 Teoria Humanística da Administração..................................................................34 
5.1.4 Teoria Neoclássica da Administração...................................................................35 
5.1.5 Teoria Estruturalista...............................................................................................35 
5.1.6 Teoria Comportamental da Administração............................................................37 
6. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL.......43 
6.1 As características da Inteligência Emocional no Ambiente Organizacional.....46 
6.1.1. Autopercepção......................................................................................................48 
6.1.2. Auto-regulação ou Controle Emocional................................................................50 
6.1.3. Motivar-se ou automotivação................................................................................52 
10 
 
6.1.4. Empatia .................................................................................................................53 
6.1.5. Sociabilidade ou aptidões sociais..........................................................................55 
6.2 Organização emocionalmente inteligente..............................................................57 
7 CONCLUSÃO............................................................................................................59 
REFERÊNCIAS............................................................................................................61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 O presente trabalho pretende estudar o construto científico que possibilitou a 
descoberta e o embasamento teórico da inteligência emocional, com foco nas possibilidades 
dessa inteligência proporcionar um conhecimento que auxilie na prevenção de situações de 
conflito e na maior satisfação das pessoas no ambiente organizacional 
Conforme Cooper (1997), a inteligência emocional emerge não das cogitações de 
intelectos refinados, mas das ações do coração humano. O QE (quociente emocional) não se 
trata de truques de vendas ou de como conseguir uma posição, nem de como dar boa 
aparência às coisas ou da psicologia do controle, da exploração ou manipulação. A palavra 
emoção pode ser simplesmente definida como a aplicação de “movimento”, tanto 
metaforicamente como literalmente, aos sentimentos fundamentais. É a inteligência 
emocional que nos motiva a buscar nosso propósito e potencial únicos, e ativa nossas 
aspirações e valores mais profundos, que deixam de ser algo a respeito de que pensamos e 
passam a ser vividos. As emoções foram muito tempo consideradas tão profundas e poderosas 
que em latim, por exemplo, eram definidas como motus anima, que significa literalmente “ o 
espírito que nos move”. 
 
“A inteligência emocional é: a capacidade de perceber 
emoções, ter acesso a emoções e gerá-las , de modo a ajudar o 
pensamento a compreender as emoções e o conhecimento emocional e 
a controlar as emoções de maneira reflexiva para promover o 
crescimento emocional e intelectual.” (SALOVEY, 1999. p 17) 
 
 Neste trabalho as organizações formaram um capítulo a parte, pois entende-se 
que identificar o que é organização, como ela se constitui ao longo dos anos, e as teorias e 
métodos utilizados, podem nos proporcionar uma análise do modelo mais adequado para se 
buscar um melhor aproveitamento da inteligência emocional das pessoas. 
 Como mostra as teorias administrativas, o ser humano tem sido valorizado ao longo 
das décadas e da evolução da própria administração. Na organização o recurso e o bem 
humano, tem sido, portanto percebido como o de mais valor e consolidador da organização. E 
como as organizações são feitas de seres humanos, estes que a compõe precisam fazê-la 
prosperar junto com seu crescimento e prosperidade pessoal. E o ambiente organizacional na 
possibilidade humana de gerar sucesso profissional, e como é um ambiente é feito de pessoas 
12 
 
e para pessoas, a Inteligência Emocional é um fator de extrema importância para a satisfação 
humana na organização e para a satisfação da organização para com homem. 
“O homem moderno passa a maior parte do seu tempo dentro 
de organizações, das quais depende para nascer, viver, 
aprender, trabalhar, ganhar seu salário, curar suas doenças, 
obter todos os produtos e serviços de que necessita (...)”. 
Sejam quais forem os objetivos que perseguem – 
educacionais, religiosos, econômicos, políticos, sociais, as 
organizações envolvem os indivíduos em “redes”, tornando-os 
cada vez mais dependentes das atividades que levam a cabo. 
Uma das razões que explicarão a sua enorme proliferação e 
variedade no mundo moderno é o fato de só através destas 
estruturas podem ser satisfeitas a maioria das necessidades 
humanas: é mediante a cooperação e a conjugação de esforços 
que é possível, ou pelo menos mais fácil, atingir objetivos.” 
(CHIAVENATO, 2002. p. 54) 
 
 
 
A metodologia empregada na presente pesquisa foi de natureza bibliográfica na 
abordagem qualitativa, num estudo exploratório descritivo. Tal abordagem na trajetória 
metodológica justifica-se, pois se percebeu que isso contribuiria ainda mais aos propósitos da 
pesquisa. 
No trabalho a apresentação do tema pesquisado, citará os conceitos referentes à 
inteligência emocional, baseados principalmente nos estudos do autor Daniel Goleman, bem 
como inteligência emocional no ambiente organizacional. Apresentando o problema, que 
consiste na pergunta a importância da inteligência emocional no ambiente organizacional e os 
objetivos da pesquisa, que são descobrir como a inteligência emocional influencia no seu 
sucesso pessoal e na sua trajetória profissional e convivência dentro do ambiente 
organizacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2. CONCEITO DE INTELIGÊNCIA 
 
 
Segundo Antunes (2002) a palavra inteligência tem sua origem na junção de duas palavras 
em latim, inter=entre e eligere=escolher. Portanto significa que inteligência é capacidade 
cerebral pela qual conseguimos penetrar na compreensão dos fatos e escolher, formando 
idéias, os juízos e raciocínios. 
E conforme Pisani (1991) inteligência é um conjunto de habilidades humanas, que são 
dividas em três grupos. A primeira enfatiza o ajustamento ou adaptação ao meio, esta seria a 
inteligência de resolver problemas novos. A segunda é a habilidade de aprender, e a terceira 
inteligência ou habilidade seria a capacidade de pensar abstratamente, utilizando 
adequadamente conceitos e símbolos nas mais variadas situações, principalmente símbolos 
verbais e numéricos. E essas três são partes do mesmo processo da inteligência. 
Conforme Garrett (1967) a inteligência se distingue em três campos: o abstrato, mecânico 
e o social. A inteligênciaabstrata se manifesta com capacidade de lidar com símbolos: 
palavras, números, fórmulas e diagramas. a inteligência mecânica abrange habilidade manual 
e a coordenação, e de lidar facilmente com máquinas e dispositivos mecânicos. O terceiro tipo 
se manifesta nas relações sociais, onde o sujeito tem capacidade de lidar bem com pessoas, 
tem facilidade de fazer amigos, usa de tato e de compreensão nas relações humanas. 
O ser humano é possuidor de um cérebro que o conduz à percepção da obtenção de 
inteligências. E segundo Chung (2002) a inteligência é o meio onde seres vivos aprendem 
suas experiências e o grau de flexibilidade com que a utilizam para mudanças e ajustes de 
seus comportamentos conforme os desafios e as exigências do meio ambiente. 
Para Chung (2002, p 89). “Dentre as capacidades da inteligência está à capacidade de 
correlacionar fatos e eventos, mesmo que aparentem diferenças, e então, gerar soluções 
criativas como resultado”. 
E, portanto, conforme Antunes (2002) ainda que a inteligência possa ser concebida como 
uma capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um 
ou mais ambientes culturais ou comunitários ou ainda como faculdade de conhecer, 
compreender, discernir e adaptar-se, há muito tempo o conceito fechado de inteligência única 
e geral perde espaço, e a noção de vários tipos de inteligência vem sendo aceita no ambiente 
acadêmico. Surgindo assim o novo expoente das múltiplas inteligências. 
 
 
14 
 
2.1 Tipos de inteligências 
 
Segundo Pisani (1991), alguns estudiosos caracterizaram a inteligência composta de 
muitos fatores que se inter-relacionam. Que ainda conforme a autora, Guilford em 1961 
apresentou a teoria que busca explicar a estrutura do intelecto. Para ele, a inteligência se 
compõe de um grande número de fatores, que se relacionam e compõe as inteligências que o 
ser humano possui. 
Conforme Gardner (1998), uma inteligência é um termo para organizar e descrever 
capacidades humanas, e não uma referência a um produto que existe dentro da cabeça, é um 
potencial, a presença do qual permite a um indivíduo ter acesso a formas de pensamentos 
apropriadas a tipos específicos de conteúdos. 
Conforme Antunes (2002), as pesquisas recentes de neurobiologia sugerem a presença de 
áreas no cérebro humano que correspondem, pelo menos de maneira aproximada , a 
determinados espaços de cognição, mais ou menos como se um ponto do cérebro 
representasse um setor que abrigasse uma forma especifica de competência e de 
processamento de informação. Embora seja um tarefa difícil dizer claramente quais são essas 
áreas, existe o consenso de que possam, cada uma delas, expressar uma forma diferente de 
inteligência. 
De acordo com Gardner (1998), a inteligência é a capacidade de resolver problemas ou 
criar produtos que são importantes num determinado ambiente cultural ou comunidade, e 
defende a idéia de varias inteligências relativamente autônomas. O ponto essencial é que não 
existe apenas uma capacidade mental subjacente. Mas que a teoria das múltiplas inteligências 
explicaria as diversas capacidades intelectuais humanas. 
Inicialmente as múltiplas inteligências como propunha Howard Gardner são compostas de 
sete tipos de inteligência, mas ele próprio observou que poderiam ser até mais. Gardner 
(1998) defende sete inteligências: inteligência lingüística, inteligência musical, inteligência 
lógico-matemática, inteligência espacial, inteligência corporal-cinestésica, inteligência 
intrapessoal e inteligência interpessoal. Cada uma delas possui características específicas que 
são: 
 
2.1.1 A Inteligência Lingüística é provavelmente a competência humana mais 
exaustivamente estudada. As evidências dessa inteligência vêm da psicologia 
desenvolvimental, que revela uma capacidade para a fala, universal e de rápido 
desenvolvimento entre as pessoas. Eles incluem os mecanismos dedicados a 
15 
 
fonologia(sons da fala), sintaxe (gramática), semântica ( significado) e pragmática 
(implicações e uso da linguagem em vários ambientes). A inteligência lingüística é 
exemplificada pelos poetas, que são profundamente sintonizados com o som e os ricos 
significados da língua que usam. Ela é também um recurso importante para jornalistas, 
publicitários e advogados. 
 
2.1.2 A Inteligência Musical permite às pessoas criar, comunicar e compreender 
significados compostos por sons. Diferentemente da inteligência lingüística, que se 
desenvolve em alto grau nas diferentes culturas, sem instrução formal, uma 
inteligência musical de alto nível pode exigir uma exposição intensiva; no Ocidente, 
poucas pessoas atingem grande habilidade sem anos de treinamento. Estudos sobre 
prodígios e savants
1
 indicam que essa inteligência é autônoma em relação à outra 
capacidade: ela pode manifestar-se num alto nível em uma pessoa cujas outras 
capacidades são médias ou mesmo deficientes. Componentes cruciais do 
processamento da informação incluem tom, ritmo e timbre (qualidade do som). A 
inteligência musical se manifesta claramente em compositores, maestros e 
instrumentistas, assim como peritos em acústica e engenheiros de áudio. 
 
2.1.3 A Inteligência Lógico-Matemática envolve usar e avaliar relações abstratas. O 
raciocínio abstrato começa com exploração e o ordenamento de objetos. Ele progride 
para manipulação de objetos e avaliação de ações que podem ser realizadas sobre os 
objetos, e depois, para o estabelecimento de proposições sobre ações reais ou possíveis 
e seus inter-relacionamentos. Finalmente, ele avança para apreciação de relações na 
ausência de ações ou de objetos – o pensamento puro e abstrato. Uma operação central 
dessa inteligência é a numeração – a capacidade de atribuir um numeral 
correspondente a um objeto numa série de objetos. Conforme Antunes (2008) a 
inteligência lógico-matemática encontra-se ligada a competências como ordenar 
símbolos numéricos e algébricos, assim como quantidades, espaço e tempo. Ela 
manifesta-se em matemáticos, programadores de computador, analistas financeiros, 
contadores, engenheiros e cientistas. 
 
 
1
 A palavra savant foi usada por Gardner para designar determinadas pessoas de exponencial competência em 
uma ou outra aptidão dessa ou daquela inteligência, mesmo com sérios comprometimentos em suas ações 
relativas a outras inteligências. (Antunes 2008) pg. 32 
16 
 
2.1.4 A Inteligência Espacial refere-se à capacidade de perceber informações visuais ou 
espaciais, de transformar e modificar essas informações, e de recriar imagens visuais 
mesmo sem referência a um estímulo físico original. Essa inteligência não depende da 
sensação visual. Pessoas cegas também utilizam, por exemplo, para construir uma 
imagem mental de suas casas ou encontrar o caminho para o trabalho. Capacidades 
centrais nessa inteligência incluem a capacidade de construir imagens em três 
dimensões e de mover e rotar essas representações. A inteligência espacial é utilizada 
por artistas visuais, geógrafos, cirurgiões e navegadores. 
 
2.1.5 A Inteligência Corporal-Cinestésica envolve o uso de todo o corpo ou partes do corpo 
para resolver problemas ou criar produtos. Operações centrais associadas a essa 
inteligência são o controle sobre as ações motoras amplas e finas e a capacidade de 
manipular objetos externos. Os fundamentos biológicos dessa inteligência são 
complexos. Eles incluem coordenação entre sistemas neurais, musculares e 
perceptuais. A inteligência corporal-cinestésica exemplificada através dos dançarinos, 
alpinistas, ginastas e outros atletas. 
 
2.1.6 A Inteligência Intrapessoal depende de processoscentrais que permitem às pessoas 
diferenciar os próprios sentimentos. Em seu nível mais elevado, as discriminações 
entre os próprios sentimentos, intenções e motivações trazem um profundo 
autoconhecimento, como aquele utilizados pelas pessoas mais velhas quando tomam 
uma decisão crucial ou quando aconselham outras de sua comunidade. O autor 
enfatiza o papel desempenhado por essa inteligência para permitir que os indivíduos 
construam um modelo acurado de si mesmo e utilizem esse modelo para tomar boas 
decisões em suas vidas. Assim a inteligência intrapessoal pode agir como uma 
“agência central das inteligências”, permitindo que os indivíduos conheçam as 
próprias capacidades e percebam a melhor maneira de usá-las. 
 
 
2.1.7 A Inteligência Interpessoal emprega capacidades centrais para reconhecer e fazer 
distinções entre os sentimentos, as crenças e as intenções dos outros. Manifesta-se na 
capacidade de compreender os sentimentos e atitudes dos outros, agir em função deles 
e moldá-los, para o bem ou para o mal. Essa inteligência possibilitou que Madre 
17 
 
Tereza, Mao Tse-Tung e Martin Luther King executassem seu trabalho. A inteligência 
interpessoal é amplamente utilizada por terapeutas, pais e professores dedicados. 
Portanto percebe-se que o conceito de inteligência amplo, e recentemente os 
estudos que mostram que as inteligências na realidade são várias, cada uma com seu 
valor e complementando entre si. 
 
3. EMOÇÕES 
 
 
Klapan e Sadock (1997) conceituam a emoção como um complexo estado de 
sentimentos, com componentes somáticos, psíquicos e comportamentais, relacionados ao 
afeto e ao humor. O afeto sendo a experiência observável da emoção, através do 
comportamento, tais como: gesticulação, voz e etc. Já o humor é a experiência subjetiva, pois 
se trata de uma experiência interior, que tem haver com a percepção de mundo do indivíduo. 
 Segundo Braghirolli (1998) as emoções são complexos estados de excitação de que 
participa o organismo todo. O termo emoções é usado também para significar os sentimentos 
e estados afetivos em geral. E os aspectos que compõem a emoção, ainda segundo a autora, 
são a experiência individual, interna e a expressão comportamental, externa. Ou seja, a 
sensação que a emoção provoca no individuo internamente e suas reações comportamentais. 
 E a emoção possui três indicadores que podem identificá-las: 
 Relatos verbais, através da fala do indivíduo; 
 Observação do comportamento, embora uma mesma emoção possa ser acompanhada 
de respostas totalmente distintas e diferentes emoções possam ser expressas através de 
uma única resposta corporal, costuma-se observar os gestos, a postura corporal, a 
expressão facial e outros movimentos para identificar as emoções; 
 Indicadores fisiológicos, várias alterações fisiológicas e orgânicas ocorrem durante os 
estados de emoção. As principais são: a) a condutividade elétrica da pele que aumenta 
com o grau de excitação emocional do individuo; b) as mudanças na pressão, volume e 
composição do sangue e o ritmo cardíaco; c) as alterações na temperatura e exsudação 
cutâneas; d)a mudança nas dimensões da pupila do olho; e) a secreção alterada das 
glândulas salivares; f) a tensão e o tremor musculares. 
18 
 
E segundo Fiorelli (2004) conceitua seis emoções que sempre identificadas nas 
pessoas, são elas: felicidade, surpresa, raiva, tristeza, medo e repugnância. 
 E ainda conforme a autora as emoções atuam sobre todas as funções mentais 
superiores. Pois os componentes emocionais modificam a sensação, a percepção, a 
memória, o pensamento e a linguagem, e a atenção seletiva. 
Conforme Miranda (1997) o sistema nervoso central do ser humano é identificado em 
três principais níveis de atributos funcionais específicos: 
 O nível medular, responsável primariamente pelos movimentos de marcha, 
reflexos de afastamento de partes do corpo de objetos ameaçadores, 
estiramento dos membros inferiores para suporte do peso do corpo, reflexos 
que controlam os vasos sanguíneos, movimento gastrointestinais e outros 
 O nível cerebral inferior ou cerebelo, responsável por grande parte, senão a 
maioria, das atividades orgânicas subconscientes: pressão arterial e respiração, 
controle do equilíbrio, reflexos da alimentação (salivação, lamber os lábios) e 
repostas emocionais como a raiva, excitação, sexo, reação à dor e ao prazer. 
 O nível cerebral superior ou córtex cerebral, responsável pelo armazenamento 
de informações, visão, emoções, comportamento, fala, audição, coordenação 
motora pelas elaborações intelectuais que dão origem aos movimentos 
deliberados e pelo suporte às funções e operações dos centros cerebrais 
inferiores, às quais precisa de precisão. 
 
E de acordo com Goleman (2001) o Neocórtex e o Sistema límbico são responsáveis 
pela regulação emocional, pelas inúmeras respostas emocionais que adquirimos ao longo de 
toda evolução. Somos a espécie mais evoluída nesses sistemas, por isso nossas reações diante 
de uma mesma emoção serão diversas, já nos animais ocorre apenas uma reação frente ao 
medo ou raiva. As estruturas límbicas são responsáveis pelo aprendizado e memória do 
cérebro; e a amígdala cortical é a especialista em questões emocionais. A amígdala cortical 
funciona como um deposito da memória emocional e, portanto, do próprio significado da 
vida; a vida sem a amígdala não tem o menor significado do ponto de vista emocional. A 
amígdala pode abrigar lembranças e repertórios de respostas que interpretamos sem 
compreender bem o porquê fazemos, porque o atalho do tálamo à amígdala contorna 
completamente o Neocórtex. Essa passagem permite que amígdala seja em repositório de 
impressões emocionais e lembranças que não temos plena consciência. O hipocampo é 
responsáveis pelos fatos puros, lógicos, e a amígdala pelo significado emocional. 
19 
 
Ainda segundo o autor, um rapaz cuja amígdala fora cirurgicamente removida para 
controlar sérios ataques perdeu por completo o interesse pelas pessoas, preferindo sentar-se 
isolado, sem nenhum contato humano. Embora fosse perfeitamente capaz de conversar, não 
reconhecia mais amigos íntimos, parentes, nem mesmo a mãe, e ficava impassível diante da 
angústia deles com sua indiferença. Sem a amígdala, parecia ter perdido toda identificação de 
sentimento, assim como qualquer sentimento sobre sentimentos. A amígdala atua como um 
depósito da memória emocional, portanto do próprio significado; a vida sem a amígdala é 
uma vida privada de significados emocionais. O que está ligado à amígdala é mais que a 
afeição; toda paixão depende dela. Os animais que têm a amígdala retirada ou cortada não 
sentem medo nem raiva, perdem o impulso de competir ou cooperar e não têm mais nenhum 
senso do lugar que ocupam na ordem social de sua espécie; a emoção fica embotada ou 
ausente. 
Conforme Goleman(2001), todas as emoções são, em essência, impulsos, legados pela 
evolução para uma ação imediata, para planejamentos instantâneos que visam a lidar com a 
vida. A própria raiz da palavra emoção vem do latim movere, que significa mover, acrescida 
do prefixo e, que denota afastar-se, o que indica que em qualquer emoção está implícita uma 
propensão de agir imediato. 
De Goleman (2001) as emoções, os mais profundos sentimentos, as paixões e anseios 
são diretrizes essenciais para existência humana. Pois são as emoções que nos orientam 
quando se tem que tomar uma decisão. 
Goleman(2001) cada emoção vivenciada nos predispõe a uma ação imediata, cada 
uma sinaliza para uma direção, nos recorrentes desafios enfrentados pelo ser humano ao longo 
da vida, e tais decisões mediadas pela emoção provou ser a mais acertada. 
Segundo Goleman(2001)a importância do repertório emocional utilizado para garantir 
a sobrevivência da nossa espécie foi atestada pelo fato de esse repertório ter ficado gravado no 
sistema nervoso humano como inclinações inatas e automáticas do coração. 
Segundo Goleman(2001), temos duas mentes a racional mais consciente, capaz de 
ponderar, nos tornando mais atentos e reflexivos. E a mente emocional mais impulsiva, 
poderosa e às vezes ilógica. E elas operam harmonicamente, para computar os dados da 
realidade e orientar as ações a serem tomadas. 
 
 
20 
 
4. A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
 
 
O termo “inteligência emocional” parece ter originado com Wayne Payne (1985), mas 
foi popularizado por Daniel Goleman (1995). A pesquisa principal sobre o conceito originou 
com Peter Salovey e John “Jack” Mayer e que começa no final da década de 80. O termo 
“quociente emocional” parece ter originado em um artigo por Keith Beasley (1987). Há 
muitas outras avaliações da inteligência emocional. (PRIMI, 2006). 
 Segundo Salovey (1999), a inteligência tem sida vista como a capacidade cognitiva, 
de raciocinar, formar conceitos, pensamente abstrato. E emoções pertencem à esfera afetiva 
da capacidade mental, que inclui as emoções em si, humor, as apreciações e outras sensações. 
Dessa forma pode-se registrar essa afirmativa de que existem duas mentes no ser 
humano: a que raciocina e a que sente. Para o bem ou mal, quando são as emoções que 
dominam, o intelecto não pode nos conduzir a lugar nenhum. (GOLEMAN, 2001). 
Na maior parte do tempo, essas duas mentes operam em harmonia, mesclando seus 
modos de conhecimento para que se orientem no mundo. Em muitos momentos, essas mentes 
se coordenam; os sentimentos são essenciais para o pensamento e vice-versa. 
Para Goleman (2001), quando as paixões surgem, esse equilíbrio se desfaz. E então, a 
mente emocional assume o comando. Muitas das nossas ações são determinadas pelas 
emoções que têm sua razão e uma lógica peculiares. A mente emocional é muito mais rápida 
do que a racional, levando à ação, sem dar tempo para pensar. Essa rapidez não permite a 
reflexão que caracteriza a mente racional. 
Provavelmente, essa rapidez na ação, se explique, no curso da evolução humana, como 
um meio de preservação da vida, da necessidade de defesa, diante do perigo. As ações que 
provêm da mente emocional trazem uma sólida sensação de certeza, permitindo que 
determinadas coisas sejam encaradas de forma simplificada, coisas essas que, para a mente 
racional, seriam intrigantes e questionáveis. (RIBEIRO, 2004). 
Para Salovey (1999), inteligência emocional é: a capacidade de perceber emoções, ter 
acesso a emoções e gerá-las, de modo a ajudar o pensamento a compreender as emoções e o 
conhecimento emocional e a controlar as emoções de maneira reflexiva para promover o 
crescimento emocional e intelectual. 
Segundo Goleman (2001), a inteligência emocional é a capacidade de criar motivação 
para si próprio e de persistir num objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber 
21 
 
aguardar pela satisfação de seus desejos; de se manter em bom estado de espírito e de impedir 
que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar; de ser empático e autoconfiante. 
E, portanto conforme Goleman (2001), citando Salovey, caracteriza a inteligência 
emocional em cincos domínios principais: 
 Conhecer as próprias emoções. Autoconsciência, que consiste em reconhecer um 
sentimento quando ele ocorre. 
 Lidar com emoções. O controle emocional e com os sentimentos para que sejam 
apropriados é uma aptidão que se desenvolve a partir da autoconsciência. 
 Motivar-se, colocar as emoções a serviços de uma meta, adiando a satisfação para 
alcançar os objetivos. 
 Reconhecer emoções nos outros. A empatia que vem a partir da autoconsciência e 
que estabelece padrões de relacionamentos saudáveis, baseando-se nas emoções 
alheias e agindo conforme as mesmas. 
 Lidar com os relacionamentos. Com a aptidão de lidar com as emoções alheias os 
relacionamentos interpessoais se tornam mais eficazes e produtivos. 
 
 
4.1 Características da Inteligência Emocional 
 
 
E ainda de acordo com Salovey (1999), a inteligência emocional envolve a capacidade de 
perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou 
gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a 
emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o 
crescimento emocional e intelectual. 
 
 
4.1.1 Autoconsciência 
 
Segundo Goleman (2001), a recomendação do filosofo Sócrates “conhece-te a ti mesmo”, 
é um importante conceito da inteligência emocional, que é a consciência de nossos 
sentimentos no momento exato que eles ocorrem. E esse processo é denominado de 
autoconsciência, pois é a permanente atenção ao que estamos sentindo internamente, numa 
22 
 
atitude auto-reflexiva, que a mente observa e investiga o que está vivenciando, incluindo as 
emoções. 
Segundo Goleman (2001) a diferença em entre estar arrebatado por um sentimento e 
ter a consciência de estar sendo arrebatado pelo mesmo, é a diferença entre apenas viver as 
emoções ou tomar consciência das mesmas. Por isso a importância de tomar consciência das 
emoções quando elas ocorrem. 
Portanto conforme o autor, a autoconsciência é a atenção permanente ao que estamos 
sentindo internamente. Sendo auto-reflexiva, a mente observa e investiga o que está sendo 
vivenciado, incluindo as emoções. 
Essa autoconsciência pareceria exigir um Neocórtex ativado, sobretudo as áreas da 
linguagem, sintonizado para identificar e nomear as emoções despertadas. A autoconsciência 
não é uma atenção que se deixa levar pelas emoções, reagindo com exagero e amplificando o 
que se percebe. Ao contrário, é um modo neutro, que mantém a auto-reflexividade mesmo em 
meio a emoções turbulentas. (GOLEMAN, 2001). 
Conforme Goleman (2001), os indivíduos tendem a adotar estilos para acompanharem 
e lidarem com suas emoções: 
 Autoconscientes: que são conscientes de seu estado de humor tem clareza das 
suas emoções, e essa consciência administra suas emoções, são autônomas, 
conscientes de seus próprios limites, gozam de boa saúde psicológica e tendem 
ter uma perspectiva positiva sobre a vida. 
 Mergulhadas: são pessoas imersas em suas emoções e incapazes de fugir das 
emoções e estados de humor, como se fossem controladas por elas, instáveis, 
sem consciência dos próprios sentimentos de modo que se perdem neles, sem 
controle emocional. 
 Resignadas: são pessoas que vêem o estado de humor e suas emoções mais 
sem a intenção de modificá-las. 
Dessa forma, a autoconsciência emocional é à base deste aspecto da inteligência 
emocional: ser capaz de estar atento às emoções e estados de humor, e ser capaz de dissipar as 
emoções perturbadoras e humores negativos. 
 A autoconsciência como descreve Weisinger (2001), é o monitorar-se e observar-se 
em ação. Mas pressupõe um conhecimento prévio de si. Compreender o que o faz agir como 
age, o que importante pra si, a maneira de experimentar as coisas, o que quer como se sente e 
se dirige aos outro. Portanto esse conhecimento subjetivo a respeito da natureza de sua 
23 
 
personalidade não apenas orienta sua conduta, mas fornece subsídios sólidos para se fazer as 
escolhas melhores. 
Autoconhecimento ou autopercepção é o primeiro componente da 
inteligência emocional. Constitui-se de uma profunda percepção 
das próprias emoções, pontos fortes e fracos, necessidades e 
impulsos. As pessoas com alto nível de autoconhecimento não 
mostram excessivamente criticas nem têm expectativas irreais. 
São, em vezdisso, francas consigo mesmas e com os outros. Quem 
possui elevado nível de autoconhecimento sabe o efeito que seus 
sentimentos têm sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e sobre 
seu trabalho (GOLEMAN, 1999, p. 69). 
 
 
 A percepção das emoções, de acordo com Primi (2006), abrange desde a capacidade 
de identificar emoções em si mesmo, em outras pessoas e em objetos ou condições físicas, até 
a capacidade de expressar essas emoções e as necessidades a elas relacionadas, e ainda a 
capacidade de avaliar a autenticidade de uma expressão emocional, detectando sua 
veracidade, falsidade ou tentativa de manipulação. 
De acordo com Goleman (2001), a autoconsciência é um dos aspectos fundamentais 
da inteligência emocional, e tem haver com saber o que se sente no momento em que as 
emoções acontecem. E a autoconsciência é importante porque permite o individuo se 
conhecer, e por isso conhecer e reconhecer seus sentimentos e emoções quando ele emergem. 
 Conforme Primi (2006), o conhecimento emocional inclui desde a capacidade de 
nomear as emoções, englobando a capacidade de identificar e nomear diferenças e nuances 
entre elas (como gostar e amar), até a compreensão de sentimentos complexos, como amar e 
odiar uma mesma pessoa, bem como as transições de um sentimento para outro, como a de 
raiva para a vergonha, por exemplo. 
 Portando, conforme Goleman (2002), a autoconsciência significa uma profunda 
compreensão de nossas próprias emoções, bem como de nossas possibilidades e limites, 
valores e limites. As pessoas dotadas de autoconsciência são realistas, pois não pecam pelo 
excesso de autocrítica e nem por nutrirem esperanças ingênuas. 
 
 
4.1.2 Controle Emocional 
 
 Segundo Goleman (2001), a capacidade de manter o autocontrole, de suportar 
o turbilhão emocional que o acaso nos impõe e de não se tornar um “escravo da paixão”, tem 
24 
 
sido considerada desde Platão, como uma virtude. Na Grécia clássica, esse atributo era 
denominado sophrosyne, que significa precaução e inteligência na condução da própria vida, 
equilíbrio e sabedoria. Para os romanos e a antiga Igreja cristã isso significava temperania, 
temperança, contenção de excessos 
 O controle emocional, que vem sido falado desde os tempos mais remotos, é 
fundamental para gerar um equilíbrio. Entretanto o objetivo desde não é o de suprimir as 
emoções, pois cada sentimento tem seu valor e significado na vida emocional e subjetiva de 
cada individuo. 
 E como aponta Goleman (2001), à emoção é necessária na dose certa, e o sentimento 
proporcional a circunstância. Pois quando as emoções são sufocadas, geram embotamento e 
frieza, e quando escapam ao controle, são extremas e renitentes, podem se tornar patológicas, 
e prejudicar o bem estar do individuo. 
 Portanto de acordo com Weisinger (2001), controlar as emoções é bem diferente de 
sufocá-las, significa então compreendê-las. E neste processo de compreensão das emoções, 
pode usá-las de maneira adequada e funcional, não permitindo que elas tenham o controle. 
 E conforme Taylor (2008), o autocontrole pode ser definido como responsabilidade 
(resposta-habilidade), a capacidade de escolher como vamos responder ao estímulo que chega 
pelo sistema sensorial em dado momento no tempo. Embora existam certos programas do 
sistema límbico (emocional) que podem ser acionados de maneira automática, são necessários 
menos que 90 segundos para um desses programas ser acionado, percorrer nosso corpo, e 
depois ser completamente banido da corrente sanguínea. Minha resposta de raiva, por 
exemplo, é uma resposta programada que pode ser disparada automaticamente. Uma vez 
desencadeada, a química liberada por meu cérebro percorre meu corpo e tenho a experiência 
fisiológica. Noventa segundos depois do disparo inicial, o componente químico da raiva 
dissipou-se completamente do meu sangue e minha resposta automática está encerrada. Se, 
porém, me mantenho zangada depois desses 90 segundos, é porque escolhi manter o circuito 
rodando. Momento a momento, faço a escolha de me ligar ao neurocircuito ou recuar para o 
momento presente, permitindo que aquela reação desapareça de minha fisiologia. 
 
“Como vimos, o projeto do cérebro demostra que muita vezes temos 
pouco ou nenhum controle sobre quando somos arrebatados pela 
emoção e de qual emoção se trata. Mas podemos decidir sobre 
quanto durará uma emoção”(GOLEMAN, 2001. p. 70) 
 
25 
 
 Por isso o controle emocional é defino como a escolha consciente de como o indididuo 
vai lidar primeiramente com as reações emocionais, e se deixará que essas reações 
fisiológicas se perpetuem e gerem desquilibrio emocional e consequentemente de ação. 
 E segundo Goleman (2001), controlar nossas emoções é meio como exercer uma 
atividade de tempo integral. Pois muito do que fazemos – sobretudo nos tempos livres – são 
tentativas de manter o bem-estar. Todos os programas que fazemos, as companhias que 
preferimos são tentativas para que nos sintamos melhor. A arte de manter a tranquilidade é 
um dom fundamental para vida e uma ferramenta essencial para o saúde psicológica. 
 
 
4.1.3 Motivar-se 
 
 
 Conforme Weisinger (2001), significa a capacidade de iniciar um tarefa, persistir nela, 
progredir nele e ultrapassar quaisquer obstáculo. É tecnicamente aquilo que leva o individuo a 
dispender energia numa direção específica com um propósito específico, e no contexto da 
inteligência emocional é utilizar o sistema emocional para catalisar todo esse processo e 
mantê-lo em andamento. 
 E segundo Goleman (2001), a motivação é a reunião dos sentimentos positivos de 
entusiasmo, zelo e confiança. Que se torna uma vantagem emocional, pois na busca por 
alcançar os objetivos o zelo e persistência são fatores de extrema relevância na 
automotivação. 
 Pois na medida em que nossas emoções atrapalham ou aumentam nossa capacidade de 
pensar e de fazer planos, de seguir treinando para alcançar uma meta distante, solucionar 
problemas ou coisas assim, elas definem os limites de nosso poder de usar nossas capacidades 
e habilidades, e assim definem como nos saímos na vida. 
 E ainda de acordo com Goleman(2001) na medida em que somos motivados por 
sentimentos de entusiasmo e prazer no que fazemos – ou mesmo por um grau de ansiedade – 
esses sentimentos nos levam a êxito. 
 As característica da automotivação, segundo Goleman (2001), são: 
 
 A capacidade de adiar a satisfação é resistir ao impulso para agir, no esperança de 
alcançar uma meta e recompensa maior e melhor. Conforme o autor, os indivíduos 
que possuem tal característica são mais competentes socialmente, mais eficazes em 
26 
 
suas ações, assertivos, mais capacitados a enfrentar frustração. E também aponta na 
direção de equilíbrio e competências acadêmicas superiores aos demais. E ainda têm 
menor probabilidade de desmontar-se, paralisar-se o regredir sob tensão, ou ficarem 
abalados e desarvorados quando pressionados, eles aceitam desafios e vão até o fim, 
mesmo frente às dificuldades, são proativos e mergulham em um projeto, esperando 
um certo tempo para receber a recompensa. 
 Outro fator que contribui para a motivação é a capacidade de canalizar a ansiedade 
antecipatória para motivarem-se a prepararem-se bem para a determinada tarefa, com 
isso saindo-se bem na sua execução. 
 E os estados de espírito positivos, enquanto duram, aumentam nossa capacidade de 
pensar com flexibilidade e mais complexidade, tornando assim mais fácil encontrara 
soluções para os problemas, intelectuais ou interpessoais. O riso, como a euforia, 
parece ajudar as pessoas a pensar com mais largueza e a fazer associações de forma 
mais livre, percebendo relações que de outromodo poderiam ter-lhes escapado – a 
aptidão mental importante nãos apenas na criatividade, mas para reconhecer 
relacionamentos complexos e prever ás conseqüências de uma determinada decisão. 
 A esperança descobrem os pesquisadores modernos, faz mais que oferecer um pouco 
de conforto na aflição; desempenha uma papel surpreendentemente poderoso na vida, 
oferecendo uma vantagem em domínios tão diversos como no desempenho acadêmico 
e em agüentar uma empregos opressivos. A esperança, no sentido técnico, é mais que 
uma visão que tudo vai dar certo, é especificamente a capacidade de acreditar que se 
tem a vontade e os meios de atingir as próprias metas, quaisquer que sejam. 
 O otimismo, que muito parece com a esperança é um fator imprescindível a 
automotivação, pois significa uma forte expectativa de que em geral, tudo vai dar 
certo na vida, apesar dos reveses e frustrações. Os otimistas têm confiança em suas 
aptidões, são auto-eficazes, e se recuperam de fracassos lidando de uma perspectiva 
mais confiante do que se preocupando demasiadamente. E do ponto de vista da 
inteligência emocional o otimismo é a atitude que protege as pessoas da apatia, das 
frustrações, desesperanças ou depressão diante das dificuldades. 
 
4.1.4 Empatia 
 
27 
 
 A empatia é a capacidade de se colocar no lugar dos outros, sentir-se com eles. 
Conforme Goleman (2001, p. 109) “a empatia é alimentada pelo autoconhecimento, quando 
mais conscientes estivermos a cerca de nossas próprias emoções, mais facilmente poderemos 
entender o sentimento alheio”. 
 As emoções das pessoas raramente são postas em palavras, com muito mais 
freqüência, são expressas sob outras formas. A chave para que possamos entender os 
sentimentos dos outros está em nossa capacidade de interpretar canais não-verbais: tom de 
voz, gestos, expressão facial e outros sinais. 
 E de acordo com Goleman (2001), assim como a forma de expressão da mente 
racional é a palavra, a das emoções é a não-verbal. Na verdade, quando as palavras de alguém 
entram em desacordo com o que é transmitido por seu tom de voz, gestos ou outro canais não-
verbais, a verdade emocional está mais no como ele diz alguma coisa do que no que no que 
ele diz. 
E baseado na estimativa que 90% da comunicação é não verbal. É necessário estar 
atento ao outro para se perceber a mensagem contida nos conteúdos não-verbais, e se estes 
condizem com o conteúdo expresso verbalmente. 
Portanto a empatia como destaca Goleman (2001), é uma habilidade adquirida desde a 
mais tenra idade, quando a criança chora junto com pessoas que vê chorando. Essa ação de 
sofrer junto com o outro, desenvolve a capacidade de futuramente se colocar no lugar do 
outro e poder sentir junto. 
 E conforme propõe o autor a empatia, é vital para o fluxo ético da sociedade. Pois a 
ligação empática imediata e altruísta nos encontros pessoais é a capacidade de sentir afeto 
empático, de colocar-se no lugar de outra pessoas, e através disso leva as pessoas a seguir 
certos princípios morais. A própria justiça é a capacidade de julgar conforme o outro se sentiu 
ou sofreu em determinada situação. 
 E segundo Simionato (2006), a capacidade empática esta ligada: 
 A capacidade de reconhecer indícios emocionais alheios e entender os sentimentos; 
 Sensibilidade a emoções e pontos de vista alheios, a fim de sintonizar com uma gama 
de diversas pessoas. 
 
 
4.1.5 Sociabilidade 
 
28 
 
 Para manifestar a capacidade de interação é necessário alcançar um nível de 
autocontrole, pois para entrar em sintonia com o outro é preciso ter calma. Portando, 
conforme realça Goleman (2001), para reconhecer e controlar as emoções de outra pessoa – 
a bela arte de relacionar-se com os outros – exige o amadurecimento de duas outras aptidões 
emocionais: o autocontrole e a empatia. 
 De posse disso, amadurecem as aptidões pessoais. São competências sociais eficazes 
na relação com o outro que determinam o estabelecimento de relacionamentos interpessoais 
bem sucedidos. Tais aptidões sociais permitem o individuo moldar um relacionamento, 
mobilizar e inspirar os outros, vicejar em relações íntimas, convencer e influenciar, e deixar 
os outros a vontade. 
 Conforme Goleman (2001), a expressão das emoções constitui uma competência 
social bem importante, pois sugere um consenso de que forma mais apropriada é demonstrar 
um sentimento. E que possui certas regras na exibição dos mesmos, tais como: perceber o 
momento e maneira adequada de demonstrar a emoção; minimizar a expressão da emoção; e 
substituição de um sentimento por outro. Essa habilidade sugere que a competência emocional 
de ser controlada conforme a necessidade do individuo. 
 No contato com o outro ocorre um intercâmbio de emocional, pois enviamos sinais 
emocionais sempre que interagimos, e esses sinais afetam aqueles com quem estamos. Por 
isso quanto mais hábeis somos na relação que mantemos com o outro, melhor controlamos os 
sinais que enviamos. Assim interagindo de forma mais eficaz na inter-relação com o outro. 
 Cacioppo apud Goleman (2001) sugere que uma determinante de eficiência na 
interpessoal é a habilidade de sincronia emocional. Pois sabendo sintonizar-se 
emocionalmente com outro a interação se dará com mais leveza e domínio. A sincronia 
emocional, também pressupõe a habilidade de entrando no estado emocional do outro, 
controlar e dominar as emoções alheias, estabelecer contatos pessoais mais profundos, poder 
transmitir e receber afeto, e provocar emoções nos outros. 
 Segundo Hatch e Garder apud Goleman (2001), as competências interpessoais são: 
 Organizar grupos, que envolve a aptidão de iniciar e coordenar os esforço de um 
grupo de pessoas; 
 Negociar soluções, o talento de ser mediador, que evita ou resolve conflitos. 
 Ligação pessoal, que inicia na empatia e na capacidade de fazer ligação com situação 
que o outro se encontra, estabelecendo relacionamentos, reconhecendo e reagindo 
adequadamente aos sentimentos das outras pessoas. 
29 
 
 Análise social, competência que detecta e intui sentimentos, motivos e preocupações 
das pessoas. 
 
E no tocante a essas aptidões e competências, Goleman (2001), diz que “ são a matéria 
do verniz interpessoal, os ingredientes necessários para o encanto, sucesso social, e até 
mesmo carisma”. 
E os hábeis no relacionamento social ligam-se facilmente com as pessoas, são exímios 
nas interpretações de suas reações e sentimentos, conduzem e organizam, controlam as 
disputas que eclodem em qualquer atividade humana. São pessoas os outros gostam de estar 
na companhia, causando uma excelente impressão social. 
 
 
4.2 Para que Serve a Inteligência Emocional 
 
 
 Conforme Goleman (2001), cada emoção tem seu valor e significado, e sem elas a 
experiência de vida humana seria entediante, gerando embotamento e frieza. Entretanto é 
necessário proporcionalidade das emoções e das circunstâncias. 
Segundo Savoley (1999), a emoção serve como um sistema de alerta essencial desde o 
nosso nascimento que sinaliza mudanças importantes na pessoa e no ambiente. Como por 
exemplo: o aluno que se preocupa, pois tem um trabalho para fazer, a sensação de ansiedade 
diante um tarefa, ou alegria diante de uma noticia considerada boa. 
Para Savoley (1999), a emoção pode ajudar as pessoas a considerar perspectivas 
múltiplas. Pois conforme o estado emocional do individuo que influenciará no seu humor, 
bom ou mau, as possibilidade poderão ser amplas como reduzidas. 
De acordo com Goleman (2001), as emoções auxiliam a tomar decisões, pois o 
sentimento tem uma importante contribuição para tomada de decisões na vida. Embora 
sentimentos fortes possam causar devastaçõesno raciocínio, a falta de consciência do 
sentimento também pode ser destrutiva, sobretudo para avaliar decisões das quais depende, 
em grande parte, o nosso destino: que carreira seguir, ficar ou não no emprego, quem namorar 
e casar e entre outras. Decisões que necessitam de raciocínio e das emoções para serem 
tomadas de forma adequada. 
 A emoção, como facilitadora do ato de pensar, diz respeito à influência que as 
emoções têm nos processos cognitivos, e, ao mesmo tempo, à eficácia com que a pessoa 
30 
 
compreende e utiliza a informação desse sistema de alerta que dirige a atenção e o 
pensamento para as informações (internas ou externas) mais importantes no processo de 
solução de problemas. A capacidade de gerar sentimentos em si mesmo, por exemplo, pode 
ajudar uma pessoa em situações de tomada de decisão, funcionando como um "ensaio", no 
qual as emoções podem ser geradas, sentidas, manipuladas e examinadas antes de se decidir 
(PRIMI, 2006). 
 E como descreve o autor citado a cima, o gerenciamento reflexivo das emoções refere-
se às estratégias efetivas de gerência das experiências emocionais para poder alterá-las, em si 
e nos outros, de forma a produzir efeitos desejados e condizentes com a solução de problemas. 
Essa capacidade diz respeito à tolerância e compreensão na medida certa das reações 
emocionais, agradáveis ou desagradáveis, sem exagero ou diminuição de sua importância, no 
controle ou expressão no momento apropriado para promover o crescimento emocional e 
intelectual. 
 
5. ORGANIZAÇÃO E TRABALHO 
 
 
 Segundo Maximiano (2008), as organizações são sistemas estáveis de indivíduos 
orientados para a coordenação planejada de atividades, com vista à consecução de objetivos 
comuns, mediante uma hierarquia de autoridade, de responsabilidade e de divisão do trabalho. 
E os objetivos das organizações é o fornecimento de produtos e serviços. 
 E conforme Chiavenato (2002, p54), “o homem moderno passa a maior parte do seu 
tempo dentro de organizações, das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, 
ganhar seu salário, curar suas doenças, obter todos os produtos e serviços de que necessita 
(...)”. Sejam quais forem os objetivos que perseguem – educacionais, religiosos, econômicos, 
políticos, sociais, as organizações envolvem os indivíduos em “redes”, tornando-os cada vez 
mais dependentes das atividades que levam a cabo. Uma das razões que explicarão a sua 
enorme proliferação e variedade no mundo moderno é o fato de só através destas estruturas 
podem ser satisfeitas a maioria das necessidades humanas: é mediante a cooperação e a 
conjugação de esforços que é possível, ou pelo menos mais fácil, atingir objetivos. 
 
 
5.1 A Teorias das Organizações 
31 
 
 
 Conforme Maximiano (2008), uma teoria é um conjunto de proposições que procuram 
explicar os fatos da realidade prática. A teoria é uma palavra elástica que não apenas 
compreende as proposições da realidade pratica, mas também princípios e doutrinas que 
orientam a ação dos administradores, e técnicas, que são possibilidades para resolver um 
problema prático. 
 Portanto, conforme Chiavenato (2000) a administração constitui o resultado histórico e 
integrado da contribuição cumulativa de numerosos precursores, filósofos, economistas, 
estadistas e empresários que, no decorrer dos tempos, foram cada qual em seu campo de 
atividade, desenvolvendo e divulgando suas obras e teorias. 
 
Quadro 1. Cronologia dos principais Eventos dos Primórdios da Administração 
Cronologia dos principais Eventos dos Primórdios da Administração 
4000 a. C. Egípcios Necessidade de planejar, organizar 
e controlar. 
2600 a. C. Egípcios Descentralização na organização. 
2000 a. C. Egípcios Necessidade de ordens escritas. Uso 
de consultoria de staff. 
 
1800 a. C. 
 
Hamurabi (Babilônia) 
Uso de controle escrito e 
testemunhal; estabelecimento do 
salário mínimo. 
1491 a. C. Hebreus Conceito de organização; princípio 
escalar; princípio de exceção. 
600 a. C. Nabucodonosor (Babilônia) Controle de produção e incentivos 
salariais. 
500 a. C. Mencius (China) Necessidade de sistemas e padrões. 
400 a. C. Sócrates (Grécia) Enunciado a universidade da 
Administração. 
 
400 a. C. 
 
Ciro (Pérsia) 
Necessidade de relações humanas; 
estudo de movimentos, arranjo 
físico e manuseio de materiais. 
400 a. C. Platão (Grécia) Principio da especialização. 
175 a. C. Cato (Roma) Descrições das funções. 
32 
 
284 Dioclécio (Roma) Delegação de autoridade 
 
1436 
 
Arsenal de Veneza 
Contabilidade de custos; balanços 
contábeis; controle de inventários; 
linha de montagem; Administração 
de Pessoal; padronização. 
 
1525 
 
Niccoló Machiavelli (Itália) 
Princípio do consenso e de coesão 
na organização; enunciado das 
qualidades de liderança; táticas 
políticas. 
 
1767 
 
Sir James Stuart (Inglaterra) 
Teoria da fonte de autoridade; 
impacto da automação; 
diferenciação entre gerentes e 
operários; especialização. 
1776 Adam Smith (Inglaterra) Princípio de especialização dos 
operários; conceito de controle. 
1799 Eli Whitney (Estados Unidos) Método científico; contabilidade de 
custos e controle de qualidade; 
amplitude administrativa. 
 
1800 
 
James Watt 
Mathew Boulton (Inglaterra) 
Procedimentos padronizados de 
operação; especificações; métodos 
de trabalho; planejamento; 
incentivo salarial; tempos padrões; 
gratificações natalinas; auditoria. 
 
1810 
 
Robert Owen (Inglaterra) 
Práticas de pessoal; treinamento dos 
operários; plano de casas para 
operários. 
 
 
1832 
 
 
Charles Babbage (Inglaterra) 
Ênfase na abordagem científica e na 
especialização; divisão de trabalho; 
estudo de tempos e movimentos; 
contabilidade de custos; efeito das 
cores na eficiência do operário. 
 
1856 
 
Daniel C. McCallum 
Uso do organograma para a 
estrutura organizacional; 
33 
 
(Estados Unidos) administração sistemática em 
ferrovias. 
1886 Henry Metcalfe (Estados 
Unidos) 
Arte da Administração; Ciência da 
Administração. 
 
 
1900 
 
 
Frederick W. Taylor (Estados 
Unidos 
Administração científica; 
cooperação entre operários e 
gerência; prêmios de produção; 
principio de exceção; estudo de 
tempos e métodos; ênfase no 
planejamento e controle. 
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 
2000, p 22 e 23. 
 
 E de acordo com Chiavenato (2000), no decorrer das humanidade varias formas de 
administrar as organizações foram sendo desenvolvidas. Até o século XIX foram poucas 
idéias e teorias a respeito da administração. Inicialmente percebe-se a influência dos filósofos. 
Em seguida a organização eclesiástica influenciou o pensamento administrativo, outro modelo 
de organização que contribui foi a militar. Mas após a Revolução Industrial num contexto 
industrial, tecnológico, social, político e econômico propiciou ao surgimento de teorias 
administrativas. E ainda conforme o autor as principais teoria a respeito da administração 
são: 
 
5.1.1 Teoria da Administração Científica, fundada por Taylor e seus seguidores, 
constitui a primeira teoria da administração. No primeiro momento Taylor 
voltou-se para a racionalização do trabalho dos operários, que seria um 
estudo no tempo e nos movimentos, na fragmentação das tarefas e na 
especialização do trabalhador. Buscava-se eliminar o desperdício, da 
ociosidade operária e redução dos custos de produção. A forma de obter a 
colaboração dos operários foi o apelo deincentivos salariais e de prêmios 
de produção. O desenho de cargos e tarefas enfatiza o trabalho simples e 
repetitivo das linhas de produção e montagem, a padronização e as 
condições de trabalho que assegurassem a eficiência. Entretanto no 
segundo momento verificou-se que não adiantaria racionalizar o trabalho 
operário se o supervisor continuasse no empirismo anterior. E por isso foi 
34 
 
se criando princípios de administração para balizar o comportamento de 
gerentes e chefes. 
5.1.2 Teoria Clássica da Administração, o pioneiro dessa teoria é Henri Fayol. 
Que definiu funções básicas da empresa, o conceito de Administração 
(prever, organizar, comandar, coordenar e controlar), que são princípios 
básicos de administração. A ênfase na estrutura visualiza a organização 
como um disposição das partes (órgãos) que constituem sua forma e o 
inter-relacionamento entre as partes. Essa teoria da organização restringe-
se apenas a organização formal, se caracterizando pela divisão do trabalho 
e correspondente especialização que as partes (órgãos) que a constituem. A 
divisão do trabalho deve ser vertical (níveis de autoridade) ou horizontal 
(departamentalização). À medida que ocorre a divisão do trabalho e 
especialização, deve haver coordenação para garantir a harmonia do 
conjunto, e conseqüentemente, a eficiência da organização. 
5.1.3 Teoria Humanística da Administração, as origens dessa teoria remontam à 
influência das idéias do pragmatismo e da iniciativa individual no Estados 
Unidos, berço da democracia. Na pratica a Teoria das Relações 
Humanísticas surgiu com a Experiência de Hawthorne, que consistia em 
inicialmente aumentar luz no ambiente de trabalho para se verificar a 
produtividade dos trabalhadores, e constatou-se que a produtividade 
aumentava, e em seguida foi diminuída a luz, e a produtividade também 
aumentou. Percebendo-se assim que a preocupação com a tarefa não tão 
essencial quanto na pessoa e nas relações interpessoais. Que os indivíduos 
de configuram como grupos dentro da organização, e que a motivação 
econômica também é secundaria, mas que as pessoas necessitam de 
reconhecimento, atenção, aprovação e participação social. O cargo e 
natureza do trabalho têm influência sobre a motivação, e que os aspectos 
emocionais são relevantes e merecem atenção nas organizações. Entretanto 
a teoria se contextualiza numa civilização industrializada que torna as 
empresas preocupadas com a sobrevivência financeira e maior eficiência 
para o alcance dos lucros. Portanto torna-se indispensável conciliar e 
harmonizar as duas funções da organização industrial: a função econômica 
( produzir bens ou serviços para garantir o equilíbrio externo) e a função 
social ( distribuir satisfação entre os participantes para garantir o equilíbrio 
35 
 
interno). E decorrente ainda dessa nova concepção a natureza do homem 
social se evidenciou e verificou-se a formação e o processos de grupos 
podem ser manipulados pelo estilo de liderança e comunicação. Surge 
também os primeiros estudos sobre a motivação humana e o ciclo 
motivacional, necessidades humanas básicas e a influencias dos objetivos 
individuas na atitudes das pessoas e do grupo. E sobre os estilos de 
liderança e o resultado do desempenho dos subordinados e a excelência da 
liderança democrática. A importância da comunicação sobre os 
relacionamentos entre as pessoas e o seu desempenho. 
5.1.4 Teoria Neoclássica da Administração surgiu da necessidade de se utilizar 
postulas da Teoria Clássica, expurgando-se os exageros. E assim 
agregando suas idéias e também de outras teorias administrativas mais 
recentes. Ela vai dar ênfase no resultado e objetivos, mas sendo o 
ecletismo aberto e receptivo. Considera relevante a técnica social básica, 
onde se conheça os aspectos técnicos e específicos do trabalho, e também 
aspectos relacionados à direção de pessoas dentro das organizações. Prima 
pela descentralização. Enfatiza as funções do administrador: planejamento, 
organização, direção e controle. O planejamento é a função de determinar 
antecipadamente os objetivos e que deve ser feito para alcançá-los, numa 
hierarquia de objetivos conciliando todos, com políticas, diretrizes, metas, 
programas, procedimentos, métodos e normas. A organização consiste no 
agrupamento das atividades necessárias para realizar o que foi planejado, 
podendo ocorrer em três níveis: nível global (desenho organizacional), 
nível departamental (desenho departamental), nível das tarefas e operações 
( desenho de cargos e tarefas. E a direção é a função que orienta e guia o 
comportamento das pessoas na direção dos objetivos a serem alcançados. É 
uma atividade de comunicação, motivação e liderança, pois se refere a 
pessoas, e sua abrangência também ocorre nos três níveis: global(direção), 
departamental (gerência) e operacional (supervisor). O controle visa 
assegurar que o que foi planejado, organizado e dirigido realmente cumpriu 
os objetivos pretendidos, e é constituído em quatro fases: estabelecimento 
de critérios ou padrões, observação do desempenho, comparação do 
desempenho com o padrão estabelecido e ação corretiva para eliminar os 
36 
 
desvios ou variações. E sua abrangência também ocorre em três níveis: 
nível estratégico, tático e operacional. 
 
Quadro 2. As abordagens prescritivas e normativas da Teoria Administrativa 
 Abordagens Prescritivas e Normativas da Administração 
Aspectos Principais Teoria Clássica Teoria das Relações 
Humanas 
Teoria Neoclássica 
Abordagem da 
organização 
Organização formal 
exclusivamente 
Organização 
informal 
exclusivamente 
 Organização 
formal e informal 
Conceito de 
organização 
Estrutura formal 
como conjunto de 
órgãos, cargos e 
tarefas 
Sistema social 
como conjunto de 
papéis grupos 
Sistema social com 
objetivos a serem 
alcançados 
racionalmente 
Principais 
representantes 
Taylor, Fayol, 
Gilberth, Gantt, 
Gulick, Urwick, 
Mooney, Emerson, 
Sheldon 
Mayo, Follett, 
Roethlisberger, 
Dubin, Cartwright, 
French, Zalesnick, 
Tannenbaum, 
Lewin, Viteles, 
Homans 
Drucker, Koontz, 
Jucius, Newmann, 
Odiornie, Humble, 
Gelineir, Schleh, 
Dale 
Característica 
básica da 
administração 
Engenharia 
humana/ engenharia 
de produção 
Ciência Social 
aplicada 
Técnica social 
básica 
Concepção do 
homem 
Homo economicus Homem social Homem 
organizacional e 
administrativo 
Ciência mais 
relacionada 
Engenharia Psicologia social Ecletismo (meio-
termo) 
Tipos de incentivo Incentivos materiais 
e salariais 
Incentivos sociais e 
simbólicos 
Incentivos misto 
Relação entre 
objetivos 
Identidade de 
interesses. Não há 
Identidade de 
interesses. Todo 
Integração entre os 
objetivos 
37 
 
organizacionais e 
objetivos 
individuais 
conflito perceptível conflito é 
indesejável e deve 
ser evitado 
organizacionais e 
individuais 
Resultados 
almejados 
Máxima eficiência Máxima eficiência Eficiência ótima 
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 
2000, p 209 e 210. 
 
5.1.5 Teoria Estruturalista surgiu por volta de 1950 e os autores estruturalista 
procuram inter-relacionar as organizações com seu ambiente externo, que é 
a sociedade maior. Daí a sociedade de organizações caracterizada pela 
interdependência entre as organizações. Surge um novo conceito de 
organização e do homem: o homem organizacional que desempenha papéis 
simultâneos em diversas organizações. E a análise das organizaçõessob o 
ponto de vista estruturalista é feita dentro de uma abordagem múltipla e 
globalizante: tanto para organização formal como a informal devem ser 
compreendidas, bem como as recompensas e sanções materiais e sociais 
devem ser consideradas no comportamento das pessoas; todos os tipos de 
organização devem ser levados em conta (em presas industriais, 
comerciais, de serviços, exército, igrejas, partidos políticos, universidades, 
hospitais, etc.), os diferentes níveis hierárquico devem ser abrangidos pela 
análise organizacional, bem como as relações externas da organização com 
outras organizações (análise interorganizacional). Os tipos de organização 
são estudados nessa teoria. A teoria estruturalista inaugura os estudos a 
respeito do ambiente dentro do conceito de que as organizações são 
sistemas abertos em constante interação com o contexto externo. Teoria 
propõe que existem os conflitos e dilemas organizacionais que provocam 
tensões e antagonismo envolvendo aspectos positivos e negativos, mas 
estes conduzem a organização à inovação e à mudança. Mas a teoria 
estruturalista é considerada uma teoria de transição. 
5.1.6 Teoria Comportamental da Administração surge no final da década de 
1940, e foi profundamente marcada pela ciência do comportamento na 
Administração, mas é amplamente democrática. A teoria comportamental 
assenta-se em novas proposições acerca da motivação humana, 
notadamente as contribuição de McGregor, Maslow e Herzberg. Maslow 
38 
 
propõe a teoria da motivação humana segundo a qual as necessidades 
humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de 
importâncias e de influenciação. Essa hierarquia de necessidades pode ser 
visualizada numa pirâmide: 
Quadro 3. A Hierarquia das necessidades de Maslow 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hierarquia_das_necessidades_de_Maslow.svg 
 
Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento 
das pessoas em situação de trabalho, que são: 1. Os Fatores Higiênicos, ou 
extrínsecos, que tratam do ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as 
condições dentro das quais elas desempenham o trabalho. Que são: salário, 
benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão, condições físicas e 
ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de 
relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos, 
etc. Entretanto os fatores higiênicos postulam que se tiverem ótimos, eles 
irão evitar a insatisfação, que quando precários vão gerar insatisfação. E 
por isso os fatores higiênicos não são motivacionais, mas um padrão de não 
insatisfação que gerará desmotivação futuramente. 2. Os Fatores 
Motivacionais, ou fatores intrínsecos, pois são necessariamente com o 
conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. os 
fatores motivacionais estão sob o controle da individuo , pois estão 
relacionados com aquilo que ele faz ou desempenha. Envolvem 
39 
 
sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-
realização, e dependem das tarefas que o individuo realiza no trabalho. E 
quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam satisfação nas 
pessoas. 
 
 Quadro 4. Modelo comparativo entre as teorias de Maslow e Herzberg. 
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 6ª Ed. Rio 
de Janeiro: Campus, 2000, p 401(scanner). 
 
A teoria comportamental traz os estilos de administração. As teorias X e Y 
é proposta por McGregor. Onde a teoria X é mecanicista e pragmática e a 
Y baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento 
humano. 
Quadro 5. Comparativo Teoria X e Y de McGregor. 
Pressuposições da Teoria X Pressuposições da Teoria Y 
40 
 
- As pessoas são preguiçosas e 
indolentes; 
 
- As pessoas evitam o trabalho; 
 
 
- As pessoas evitam 
responsabilidade, a fim de se 
sentirem mais seguras; 
 
- As pessoas precisam ser 
controladas e dirigidas; 
 
- As pessoas são ingênuas e sem 
iniciativa 
- As pessoas são esforçadas e 
gostam de ter o que fazer; 
 
- O trabalho é uma atividade tão 
natural quando brincar e descansar; 
 
- As pessoas procuram e aceitam 
responsabilidades e desafios; 
 
 
- As pessoas podem ser 
automotivadas e autodirigidas; 
 
- As pessoas são criativas e 
competentes 
 
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 6ª Ed. Rio 
de Janeiro: Campus, 2000, p 405. 
 
E Likert propõe sistemas organizacionais, variando desse um sistema 
autoritário explorador até um sistema participativo grupal eminentemente 
democrático. 
Quadro 6. Sistemas de Administração 
Sistemas de Administração 
Variáveis 
principais 
1 
Autoritário- 
Coercivo 
2 
Autoritário-
Benevolente 
3 
Consultivo 
4 
Participativo 
Processo 
Decisorial 
Totalmente 
centralizado na 
cúpula da 
organização. 
Centralizado 
na cúpula, mas 
permite 
alguma 
delegação, de 
caráter 
rotineiro. 
Consulta aos 
níveis 
inferiores, 
permitindo 
participação e 
delegação. 
Totalmente 
descentraliza-
do. A cúpula 
define políticas 
e controla os 
resultados. 
41 
 
Sistemas de 
Comunicação 
 
Muito 
precário. 
Somente 
comunicações 
verticais e 
descendentes 
carregando 
ordens. 
Relativamente 
precário, 
prevalecendo 
comunicações 
descendentes 
do que as 
ascendentes. 
A cúpula 
procura 
facilitar o 
fluxo no 
sentido 
vertical 
(descendente 
e ascendente) 
e horizontal. 
Sistemas de 
comunicações 
eficientes são 
fundamentais 
para o sucesso 
da empresa 
Relações 
Interpessoais 
 
 
Provocam 
desconfiança. 
Organização 
informal é 
vedada e 
considerada 
prejudicial. 
Cargos 
confinam as 
pessoas. 
São toleradas 
com 
condêsdendên-
cia. 
Organização 
informal é 
incipiente e 
considerada 
uma ameaça à 
empresa. 
Certa 
confiança nas 
pessoas e nas 
relações. A 
cúpula 
facilita a 
organização 
informal 
sadia. 
Trabalho em 
equipes. 
Formação de 
grupos é 
importante. 
Confiança 
mútua, 
participação e 
envolvimento 
grupal diversos 
Sistemas de 
Recompensas 
e Punições 
 
Utilização de 
punições e 
medidas 
disciplinares. 
Obediência 
estrita aos 
regulamentos 
Internos. Raras 
recompensas 
(estritamente 
salariais). 
Utilização de 
punições e 
medidas 
disciplinares, 
mas com 
menor 
arbitrariedade. 
Recompensas 
salariais e raras 
recompensas 
sociais. 
Utilização de 
recompensas 
materiais 
(principal-
mente 
salários). 
Recompensas 
sociais 
ocasionais. 
Raras 
punições ou 
castigo. 
Utilização de 
recompensas 
sociais e 
recompensas 
materiais e 
salariais. 
Punições são 
raras e, quando 
ocorrem, são 
definidas pela 
equipe 
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 6ª Ed. Rio 
de Janeiro: Campus, 2000, p 409. 
 
42 
 
A teoria comportamental enfatiza o Processo Decisorial, pois considera 
todo individuo é um tomador de decisão, baseando-se nas informações que 
recebe de seu ambiente, processando-as de acordo com suas convicções e 
assumindo atitudes, opiniões e pontos de vista em todas as circunstâncias. 
A organização é considerada um sistema de decisões, em que todos se 
comportam racionalmente apenas em relação a um conjunto de 
informações que conseguem obter a respeito de seus

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