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FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR

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FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR
AULA 1 – PANORAMA ECONÔMICO ATUAL
FENÔMENOS NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos séculos.
Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e de seu respectivo impacto no comércio exterior brasileiro, apresentaremos o desenvolvimento da China e de Brasil, dois países emergentes, como fenômenos importantes nesse processo de transformação.
LÍDERES POLÍTICOS
DENG XIAOPING: A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, mergulhada na revolução cultural maoísta e fechada para o comércio internacional, começou a se abrir com uma “economia de mercado socialista” a partir de Deng Xiaoping, em 1978.
Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Den Xiaoping teve oportunidade de conhecer as faces do capitalismo e do socialismo, o que lhe deu base para levar à China o melhor dos dois sistemas político-econômicos e tirá-la do atraso que durou até a morte de Mao Tsé-tung, em 1976.
MAO TSÉ-TUNG: De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão do camponês na economia chinesa, mas foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado como metalúrgico em uma fábrica da Renault, na França, pôde entender que a real inclusão social se dá através da educação e da especialização. 
Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que começaram nos estados e municípios à base de investimentos em educação e infraestrutura para crescer exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em que a China vem conquistando voluptuosamente o mercado internacional.
O FENÔMENO CHINA
Campos agrícolas que deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas no mercado consumidor e uma economia extremamente focada na exportação. Isso tudo fez da China um caso de sucesso mundial, colecionando índices de crescimento incomparáveis às demais economias do mundo que se fartam de produtos baratos vindos de lá.
A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos oferecidos, mas não é bem assim. há China pra todos os gostos.
O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender diversos mercados, porém, há produtos de alta tecnologia para atender os mercados mais exigentes, como os parques da Disney, nos Estados Unidos.
Segundo pesquisa do Banco Mundial, os produtos de alta tecnologia vêm aumentando a sua participação na pauta das exportações chinesas.
Além disso, com o vigoroso aumento das commodities, impulsionado pela musculosa demanda da própria China, daremos adeus aos preços baratos em breve.
Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e educação subsidiada pelo Estado totalitário e com um aumento progressivo de salários impulsionado pela, por incrível que pareça, escassez de mão de obra e pelo aumento intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a crise mundial de demanda dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me parece adequada para a cultura e para o estilo de vida locais que estão mudando a cada ano.
REFLEXO NEGATIVO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
Os chineses estão enriquecendo espantosamente e, à medida que enriquecem, começam a enfrentar problemas antes inexistentes, como a falta de gente para trabalhos mais básicos, como operários de chão de fábrica e o envelhecimento da população que, sem um plano do Estado para aposentadoria e para previdência social, economiza tudo o que pode para uma velhice mais tranquila.
De acordo com projeções da das Nações Unidas, o número de chineses em idade para trabalhar começará a cair, consequência da política de filho único, instituída em 1979 para conter o crescimento populacional. “A China vai ficar velha antes de ficar rica”.
Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as cidades, num real aceno de que o combustível do crescimento exponencial está acabando. Numa razão diretamente proporcional, os salários aumentam e com eles, a inflação, o que pode estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação, como fizeram Japão, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan no século passado, pode não ser tão fácil para um país de dimensões continentais e muito populoso.
O problema do crescimento econômico chinês 
No esteio do enriquecimento espantoso, o cidadão chinês, que agora tem dinheiro para ir além de sua subsistência, clama por mais liberdade e a liberdade é antagônica ao regime totalitário, que poderá sofrer pressões sociais por maior flexibilidade e participação do povo nas decisões do país em que vive em regime totalitário, desde 1949. Em 2010, uma greve de metalúrgicos chineses numa fábrica da Honda promoveu um aumento de 47% à categoria. A instabilidade política é previsível. Milhares de fábricas foram abertas instantaneamente num surto empreendedor, com baixíssimo custo de produção, usando mão de obra oriunda do êxodo rural. A China soube utilizar muito bem a vantagem de sua superpopulação, porém, ainda que com maior poder de compra, por questões culturais, essa superpopulação, focada em economizar tudo que ganha para um futuro melhor, não servirá para impulsionar o consumo interno. Para se ter ideia, em 2010, a indústria têxtil chinesa faturou um trilhão de reais, faturamento que, necessariamente terá que adequar acomodações e salários nas fábricas para atender à crescente demanda dos operários por melhores condições de trabalho. Caso contrário, novas linhas de produção serão fechadas por falta de mão de obra, o que gera uma preocupação mundial com as perspectivas futuras. O mundo inteiro está exposto ao aumento de custos na China. Há previsões de que os salários subirão cerca 30% ao ano até 2016, o que tornará muito difíceis as exportações chinesas. Isso poderá tornar passado a referência da China como a “fábrica do mundo” e reexportar fábricas de volta aos seus países de origem, que, contando a produtividade da mão de obra local maior que chinesa, custos de importação e logística, ficará pouco vantajoso mantê-las lá. O crescimento chinês é insustentável. O plano quinquenal, de março de 2011, prevê desaceleração do crescimento, repetindo histórias, como a japonesa, que, nos anos oitenta, por ter acelerado o seu crescimento havia décadas, era tido como certo que o Japão seria a primeira economia mundial, porém, o estrondoso crescimento resultou em bolha de ativos e o Japão voltou aos 8% de participação no PIB mundial, bem mais baixo que os 18% do início dos anos noventa. Em detrimento à crise mundial de 2008, o governo chinês tem aumentado as linhas de crédito para incentivar o consumo interno e sofrer menor impacto provocado pela crise de demanda mundial. Isso pode representar grande risco para o sistema financeiro chinês, provocando um consumo com base em dívida, e não em enriquecimento, adiando uma futura quebradeira, causa da atual desaceleração e redução de investimentos, o que fará o crescimento chinês despencar. Trabalhando com margens de lucro baixíssimas, qualquer aumento de custo reverterá em aumento de preço. Com isso, os preços hipercompetitivos vão perdendo espaço paulatinamente e as linhas de produção vão migrando para países mais pobres, como Bangladesh, Indonésia e Vietnã, que têm trabalhadores até cinco vezes mais baratos que os chineses. O crescimento avassalador da China mudou o cenário econômico mundial. Este país passou a ser o primeiro parceiro comercial de países emergentes, concentrando a forte demanda de produto primário e voltando produtos industrializados a esses parceiros espalhados pelo mundo, num retorno ao século XIX, quando vendíamos insumos para países industrializados nos vender seus produtos acabados, novamente num velho modelo de desenvolvimento. Ainda que essa relação não seja apreciável, a China continua sendo o nosso maior comprador, e não podemos matar a nossa “vaca leiteira”, portanto, qualquer atitude reativa ao status que ora se apresenta pode ser economicamente delicada para o nosso país, que cresceu nos últimos anos à custa dessa demanda por commodities. Hoje, o que acontecer na Chinaafeta o mundo todo. A avalanche de produtos chineses nas prateleiras de todos os países vem controlando a inflação mundial, e isso está para mudar.
O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL
O Brasil vem se desenvolvendo muito rapidamente como um subproduto do crescimento chinês.
Como foi comentado sobre o fenômeno Chinês, o vigoroso aumento das commodities acabou com o nosso déficit comercial, valorizou o real, possibilitou a queda dos juros e alavancou a nossa economia, que vem crescendo desordenadamente sem investimento em infraestrutura, o que não aconteceu com a China, que aproveitou décadas de crescimento para investir pesado em infraestrutura.
Com portos, aeroportos, estradas mal dimensionadas, temos que pisar no freio do crescimento econômico por não termos meios modernos para escoar a produção.
Outro fator limitador do crescimento brasileiro é a inflação. Com a economia aquecida e maior poder de compra, o brasileiro está comprando e provocando aumento inesperados de preços, que devem ser controlados para manter adormecido o monstro da inflação que assolava a nossa economia nos anos 80.
Com isso, a desindustrialização que estamos vivendo é inevitável e deve fazer parte do cenário econômico brasileiro por mais alguns anos.
De qualquer forma, deixamos para trás um passado agrário e, paulatinamente, incluímos no mercado de consumo cidadãos que que viviam abaixo da linha de pobreza. Uma nova classe média emergente impulsiona um consumo mais exigente, tudo como consequência da forte demanda do nosso minério de ferro pelas indústrias chinesas.
Fatores nocivos ao desenvolvimento do Brasil 
Temos mais crianças nas escolas e baixa taxa de desemprego, porém, o Brasil ainda vive na informalidade. O grande índice de informalidade limita o crédito. Ao oferecerem financiamentos diversos, os bancos pedem garantias que não poderão ser vinculadas ao crédito devido à informalidade das empresas, o que torna a linha de crédito mais cara e burocrática, emperrando o desenvolvimento. Para um desenvolvimento sustentável, o Brasil deveria propor uma ação vigorosa, convidando os empresários à formalidade, numa parceria que proporcionaria maior arrecadação aos cofres públicos e maior agressividade comercial aos empresários, com linhas de crédito mais ágeis e menos custosas, qualificando o nosso crescimento e promovendo o desenvolvimento. Outro fator nocivo ao nosso desenvolvimento é a crise de confiança em nossos dirigentes. O empresário se esconde na informalidade pela insegurança da exposição aos agentes públicos. O cidadão se sente receoso pelo aumento do controle fiscal e não acredita na destinação duvidosa dos impostos e taxas que podem chegar a 69%, espalhados em 85 tributos diferentes, alguns com o mesmo fato gerador e incidência. Há um problema cultural antigo nisso. O brasileiro não vê em seus dirigentes bons exemplos a seguir. Diferente da filosofia oriental, em que a credibilidade de um pensador só será creditada se ele for um bom exemplo a seguir, a filosofia ocidental credita a credibilidade ao pensamento, independente do comportamento do pensador. Para que haja corrupção, terá que haver um corruptor. O empresário que trabalha mal precisará de um agente público que também trabalhe mal para tornar possível o seu negócio. Assim vivemos num círculo vicioso culturalmente antigo, entendendo que haverá justiça à medida que cada cidadão ganha, também, o seu quinhão, ainda que indiretamente por alguns favorecimentos. O excesso de burocracia, altas alíquotas de impostos e taxas em cascata vão sangrando as melhores intenções empresariais, o que acaba afastando o empresário nacional não só da formalidade, mas, até mesmo do Brasil. Várias empresas brasileiras tiveram que abandonar o Brasil, indo se instalar na China para sobreviver, o que vem tornando crescente a comunidade de brasileiros residentes na China. Estamos bem melhores do que estávamos nos anos sessenta, quando tínhamos um alto índice de analfabetismo, expectativa de vida de 52 anos e um enorme índice de mortalidade infantil. Porém, ainda há muito que se fazer em saneamento básico, saúde, segurança, educação e infraestrutura para que possamos sustentar a categoria de nação promissora dos próximos anos. A criminalidade e a corrupção ainda nos afastam do desenvolvimento e da credibilidade internacional e o ambiente de negócios ainda é lento, burocrático e altamente custoso. Foi muito fácil pegarmos carona nas mudanças mundiais, sobretudo, com o fim da Guerra Fria. Saímos do terceiro mundo, categoria imputada ao Brasil após a separação do globo em países comunistas e capitalistas.
Hoje, como país emergente, o Brasil precisa avaliar se, apesar das nossas crianças estarem mais na escola, elas estão, realmente, aprendendo. Avaliar as condições de trabalho no campo, a qualidade de vida nas cidades, as prospecções mais qualitativas que quantitativas. Mas o dever de casa não cabe somente ao governo; a sociedade tem que ser mais atuante, cobrar resultados dos políticos eleitos, pelo exercício democrático do voto. A sociedade deve ser mais seletiva para que haja equilíbrio de força e empenho entre o povo e o governo para o desenvolvimento sustentável.
RIQUEZAS DE UM PAÍS
O QUE DIFERE UM PAÍS RICO DE UM PAÍS POBRE?
A credibilidade. 
O lastro histórico de crescimento. 
Uma justa distribuição da riqueza.
O respeito inviolável à propriedade material e intelectual.
Normas claras e válidas para todos, sem a nociva sensação de impunidade ou favorecimentos. 
A ampliação de oportunidade a todos. 
A justiça social e empresarial.
A conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos.
Tudo isso em parceria da sociedade com o governo.
Muitos desses conceitos são relativos. Para fazer justiça a um, outro deverá ser punido e, se não houver imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização de que essa punição será melhor para a maioria e as represálias irão existir na medida da influência do punido. 
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, educação e informação dão mais poder de escolha ao cidadão. Será que há interesse político nisso? 
Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que não será nada fácil.
Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, ficamos patinando na passada categoria de eterno país do futuro.
AULA 1 – VIDEOAULA
O PANORAMA ECONÔMICO ATUAL E O COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
72.476 navios
O COMÉRCIO INTERNACIONAL
Exportações Mundiais = Importações Mundiais
O COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Brasil Exportações Importações
Balança Comercial (em R$ bilhões)
O AMBIENTE INTERNACIONAL DE COMÉRCIO
OS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
ATIVIDADES
Considerando as atividades desempenhadas no comércio exterior, assinale os tipos de ação que são próprias dos Governos (G) e das Empresas (E):
( G ) Fixar impostos na importação.
( E ) Adequar a mercadoria aos regulamentos do país importador.
( E ) Assinar contrato com o importador.	
( G ) Assinar tratados comerciais com outros países.
( G ) Fiscalizar os procedimentos cumpridos pelas empresas nacionais nas operações de comércio exterior. 
( E ) Solicitar ao exportador adequar as mercadorias ao solicitado no pedido de compra.
( E ) Combinar com o exportador a adequação do produto a um padrão internacional.
AULA 2 – DOUTRINA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL E PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
As Relações Internacionais pressupõem um ordenamento supranacional capaz de fomentar o maior número de trocas de produtos oriundos de importação e exportação, porém, a necessidade soberana de cada país de limitar as importações e incentivar as exportações, como paradigma de uma balança comercial superavitária, dificulta o liberalismo proposto pelo comércio internacional com atitudes protecionistas propostas pelo comércio exterior de cada Estado soberano.
Se de um lado temos o liberalismo econômico promovido pelo comércio internacional materializadoem acordos internacionais assinados por países, por outro temos o protecionismo promovido pelo comércio exterior de cada país materializado pela legislação administrativa, fiscal e tributária imposta a cada empresa importadora.
Mesmo sabendo que a legislação de comércio exterior de cada país não pode ferir cláusulas dos acordos internacionais dos quais esses países são signatários, historicamente há inúmeros exemplos de barreiras tarifárias e não tarifárias que emperram a proposta liberalista do comércio internacional. Entende-se por barreira tarifária a restrição imposta pelo imposto de importação e barreira não tarifária as restrições às importações promovidas administrativamente por regulamentos e normas técnicas que enriquecem a burocracia do setor.
Eventualmente o país importador não pode se utilizar da barreira tarifária pelo imposto de importação já ter atingido a alíquota máxima permitida por acordos internacionais assinados por esse país ou, no caso de Blocos Econômicos, a majoração desse imposto ter que ser negociada com os demais países pertencentes a esse Bloco. Nesses casos, o uso de barreiras não tarifárias vem à tona para restringir as indesejáveis importações.
OS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO
O imposto de importação não tem uma função exclusivamente protecionista, ele também tem função promotora de competitividade que, com uma simples redução da alíquota, provoca a entrada de produtos importados com menores preços e melhor qualidade que os nacionais, obrigando a indústria local a se adequar à nova realidade. Outra função do imposto de importação é a função seletora quando são selecionadas as alíquotas do imposto de acordo com a essencialidade do produto importado, creditando alíquotas menores aos produtos mais necessários à nossa economia e aumentando a alíquota de produtos supérfluos potencializando a função arrecadadora do tributo.
O conflito entre o liberalismo promovido pelo comércio internacional e o protecionismo promovido pelo comércio exterior é antigo, data de 1815 com as Leis de Proteção à Importação de Milho, as “Corn Laws” inglesas, contestadas, na época, por contribuir para o aumento de preços ao impedir a concorrência.
Diametralmente oposto, nos Estados Unidos, o Liberalismo econômico promovido pelos produtores de algodão, tentava evitar retaliações protecionistas inglesas. Devido a aumento de preços, retração do desenvolvimento ou, até mesmo, devido a retaliações comerciais, não uma dosagem exata para medidas protecionistas ou não. A escolha da melhor política fiscal e tributária a ser adotada dependerá do cenário econômico que se apresenta.
Em ambas escolhas haverá boas e más consequências, por isso, deve-se avaliar criteriosamente a melhor política a adotar.
O COMÉRCIO INTERNACIONAL
O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais de natureza supranacional e privada que tem por objetivo fomentar o maior fluxo de mercadorias e trocas internacionais protegendo os países menos desenvolvidos para também promoverem o equilíbrio do comércio global.
Os organismos internacionais estabelecem acordos e tratados internacionais de comércio para harmonizar as relações comerciais entre diferentes países.
Os organismos de natureza privada promovem o equilíbrio do comércio global enquanto os organismos de natureza supranacional promovem a resolução de práticas de comércio internacional entre os países signatários dos respectivos acordos promovidos por estes organismos seguindo as seguintes cláusulas principais de um tratado internacional, que são:
Reciprocidade de tratamento que estabelece que qualquer benefício ou restrição serão alterados mediante acordo entre os países signatários do tratado.
Paridade de Tratamento de taxas que estabelece que os tributos devem ser aplicados igualmente a produtos similares.
Cláusula da Nação Mais Favorecida que estabelece que os privilégios e concessões oferecidos a um país signatário do tratado internacional, deverá ser igualmente oferecido aos demais países também signatários do respectivo tratado. Sob o ponto de vista comercial, todo país deve respeitar as concessões bilaterais e passar do bilateral para o multilateral e, sob o ponto de vista de política interna, os pequenos países recebem tratamento igual aos países do Primeiro Mundo.
O principal organismo supranacional interveniente nas políticas fiscais, tributárias, administrativas e aduaneiras brasileiras é a OMC desde 1995 e a UNCTAD desde 1964. 
A Câmara de Comércio Internacional (CCI) é o organismo de natureza privada de maior amplitude global e é responsável pelos INCOTERMS 2010 e pelas regras da Arbitragem Internacional.
Declínio do GATT e estabelecimento do OMC 
Em 1947 deu início o acordo de maior alcance nas relações comerciais internacionais, o GATT – “General Agreement on Tariffs and Trade” (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) e serviu de base em 1994 para o estabelecimento da OMC no ano seguinte. Participando do GATT desde o início, em 1947, o Brasil, como país do chamado terceiro mundo, beneficiou-se com eliminações de barreiras protecionistas dos países industrializados para o maior equilíbrio das relações comerciais com países ainda não desenvolvidos. Porém, ainda com ânimo protecionista, a sociedade internacional conflitava com os interesses de liberação do comércio internacional proposta pelo GATT. Vale lembrar que o GATT, em 1947, teve uma difícil tarefa de organizar a relação comercial entre países sofridos com o pós-guerra. Antes mesmo da segunda guerra mundial, o mundo já vinha sofrendo uma diminuição da produção industrial desde o final da primeira guerra mundial o que veio a acarretar a crise de demanda de 1929, quando a Europa, já refeita da primeira guerra, demandou menos produtos importados dos Estados Unidos, provocando uma superprodução e a conseqüente quebra da bolsa de Nova York em 1929 desencadeando a crise de 1930. Nesse cenário econômico, houve ruptura nos pagamentos internacionais e o protecionismo passou a ser a ordem do momento. Daí a difícil tarefa de organizar, após a segunda Guerra Mundial, sob a influência Norte Americana, as relações econômicas internacionais para fomentar dias melhores à sofrida sociedade internacional. Para tanto, foram criados o FMI – Fundo Monetário Internacional e o BIRD – Banco Mundial para desenvolver os aspectos financeiros e monetários mundialmente. Para desenvolver os aspectos comerciais, foi discutida a criação da OIC – Organização das Nações Unidas, que funcionaria como uma agência especializada das Nações Unidas. Com relação ao GATT propriamente dito, em 1946 foi assinada a Carta de Havana por vinte e três países com o objetivo de impulsionar a liberação comercial e combater o protecionismo que se instalara nas relações comerciais internacionais desde a década e trinta. Nascia, assim, o GATT que viria a entrar em vigor a partir de primeiro de janeiro de 1948 como um acordo provisório para regular as relações comerciais internacionais. Até 1995 houve inúmeras modificações e adaptações no Acordo provisório propostas pelos países signatários para a elevação da produção e do emprego para o aumento do fluxo de mercadorias buscado pela liberalização da economia mundial. O GATT, como um acordo provisório de tarifas, não tinha personalidade jurídica para mover sanções contra países que não estivessem alinhados com o acordo e deixou de fora as barreiras não tarifárias, esses e outros motivos provocaram uma série de exceções à cláusula da nação mais favorecida que era a principal cláusula do GATT para proteger o comércio internacional do protecionismo, porém, o protecionismo velado era evidente nas exceções que, de certa forma, foram responsáveis quebra da credibilidade do Acordo. Podemos verificar essa manifestação no tratamento diferenciado dado a países que constituíam uniões aduaneiras e zonas de livre comércio permitidas pelo Acordo. O não comprometimento das partes se manifestava expressamente com a introdução, no Acordo, da Parte IV reconhecendo que “as partes contratantes desenvolvidasnão esperam reciprocidade pelos compromissos, por elas tomadas nas negociações comerciais, de reduzir ou eliminar os direitos aduaneiros e outros obstáculos ao comércio das partes contratantes pouco desenvolvidas”, com isso, os países em desenvolvimento estavam desobrigados de participar nas negociações. Além disso, com a entrada de países com economia centralizada no Estado do Leste Europeu (Hungria, Polônia e Romênia), foi possibilitada salvaguardas discriminatórias com restrições quantitativas sobre as exportações dos novos membros, desrespeitando acintosamente a Cláusula da Nação Mais Favorecida, promovendo protecionismo com a permissão de barreiras não tarifárias como o contingenciamento. A cláusula de salvaguarda permitia exceções devido a circunstâncias imprevistas que provocasse prejuízo grave à economia daquele país. A simples declaração de “prejuízo grave” não determinava exatamente a magnitude desse prejuízo, nem a determinação da correção desse prejuízo, cabendo a cada país estabelecer o ideal regime de exceção a ser adotado naquela situação. Tornando-se frequente a adoção de medidas protecionistas unilaterais de salvaguarda e, cada vez mais distante a Cláusula da Nação Mais Favorecida, não tardou para o GATT tornar-se anacrônico e ineficaz. Não acompanhando o dinamismo crescente do comércio internacional e com resoluções morosas para assuntos controversos, o GATT entrou em declínio e deu lugar à OMC – Organização Mundial do Comércio, organismo internacional de natureza supranacional com personalidade jurídica própria e sede em Genebra – Suíça.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO – OMC
A representação majoritária da OMC é feita pelos países em desenvolvimento que têm nesse organismo um instrumento regulador do desequilíbrio inerente às relações comerciais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento necessitam da intervenção da OMC para promoverem os seus respectivos desenvolvimentos. 
ESTRUTURA DO OMC
Constituída pela Rodada do Uruguai com a participação de 123 países, em 1994, por consenso, a estrutura da OMC contextualizava-se dentro dos seguintes temas:
• Incorporação plena da agricultura e do setor têxtil e de confecções com redução de subsídios para a o setor agrícola rigor às regras do GATT para o setor têxtil e de confecções.
• Reduções de tarifas industriais dos países desenvolvidos.
Acordo sobre o comércio de serviços (GATS).
• O estabelecimento do TRIM – Trade Investiment Measuraments (medidas de investimentos).
DoTRIPS – Trade Intelectual Property Rights (direitos de propriedade intelectual).
• A regulamentação das compras governamentais.
• O TPRM – Trade Policy Review Mechanism (monitoramento da legislação do país) para regular avaliação se as leis internas de cada país respeitam as cláusulas e diretrizes acordadas na OMC.
A OMC chegou com promessa de liberdade econômica, as políticas protecionistas unilaterais teriam que dar lugar ao liberalismo econômico multilateral demandante pela globalização que já se mostrava irreversível.
Para tanto os mecanismos de solução de controvérsias eram muito mais musculosos devido a personalidade jurídica da OMC. Para os países em desenvolvimento houve uma redução das margens de manobra para o uso de instrumentos discriminatórios de proteção e de promoção dos produtos domésticos.
Atividades desempenhadas pela OMC e nexo causal 
As atividades mais importantes desempenhadas pela OMC são, dentre outras: . Redução de tarifas alfandegárias promovendo maior liberdade comercial e menor expressão do protecionismo. As reduções das tarifas alfandegárias atingiam mais os países desenvolvidos como forma de equilibrar a desnível de industrialização entre os players; . Abertura de setores protegidos, como o setor agrícola altamente subsidiado pelos países desenvolvidos, setor têxtil antes protegido pelo Acordo Multifibras que impunha condições à entrada de produtos têxteis oriundos de países em desenvolvimento; . Inclusão e regulamentação do setor de serviços na Organização; . Inclusão e regulamentação da propriedade intelectual como marcas, patentes e direitos autorais; . A regulamentação da valoração aduaneira, evitando o sub ou superfaturamento. O valor aduaneiro é composto pelo valor da mercadoria somado ao seguro e ao frete internacionais e forma a base de cálculo do imposto de importação, mesmo que a importação não tenha cobertura cambial ou valor comercial. . Regulamentação de barreiras não tarifárias que foram esquecidas pelo GATT, para que estas barreiras não representem medidas protecionistas disfarçadas, com anuências e prazos irregulares; . Estabelecimento de critérios técnicos para o estudo do nexo causal na determinação de uma prática desleal de comércio e determinação do remédio a essa prática, sem deixar de punir quem pratica o dumping ou o subsídio, mas também, sem permitir que a punição se transforme num ato protecionista; Na busca da maior liberdade comercial, a sociedade internacional deve estar sempre monitorando as práticas comerciais evitando as conhecidas práticas desleais de comércio exterior. São consideradas práticas desleais de comércio exterior aquelas com finalidade de causar prejuízos importantes à produção interna de outro país. Para tanto, deve ser determinado um estudo apurado do dano causado ou da grave ameaça de dano a ser causado. Damos o nome a isso de nexo causal. Para que a indústria local do país afetado não seja levada à extinção, havendo nexo causal no impacto da prática desleal nessa economia, o país afetado poderá promover uma resposta comercial a essa prática para anular o efeito desastroso dessa prática em sua economia. Essas práticas desleais variam de acordo com a forma como são utilizadas pelas empresas ou pelos países infratores. Seguindo esse critério de variação, essas práticas poderão ser classificadas como: Salvaguarda, dumping, subsídios e medidas compensatórias. Para se resguardarem os países afetados utilizam-se da defesa comercial para dar a resposta eficaz para a anulação desse efeito nocivo. No Brasil, o DECOM – Departamento de Defesa Comercial da SECEX – Secretaria de Comércio Exterior, Secretaria vinculada ao Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, estudará o nexo causal da suposta prática desleal promovida pelo suposto país infrator. O estudo do nexo causal proposto pelo DECOM dará respaldo para que a resposta comercial brasileira não seja considerada uma medida protecionista a ser sancionada pela OMC. Caberá ao Comitê de Subsídios e Medidas Compensatórias disciplinar a utilização e regulamentar as medidas que os países pode adotar para contrariar os efeitos dessas práticas. As respostas após o pertinente estudo do nexo causal poderão ser as seguintes.
A aplicação de direitos antidumping (eliminação da margem de dumping), no caso da prática desleal ser, efetivamente, um dumping. E o que é o dumping? O dumping passa a existir quando uma empresa exportadora decide vender o seu produto ao exterior com preço final de venda abaixo do preço de venda praticado internamente em seu mercado doméstico. O produto importado, objeto do dumping, deverá afetar um produto brasileiro similar àquele. Para que um produto nacional seja considerado similar ao importado, o produto nacional deverá ser sustentado pelo tripé: Preço, Qualidade e Prazo de Entrega que deverão ser melhores que os do produto importado. O dumping poderá ser esporádico, em caso de venda de excedentes de mercadoria sem prejuízo dos mercados normais; predatório, em caso de vendas com perdas para o afastamento da concorrência e prejuízo do mercado interno e também poderá ser persistente, em caso de vendas constantes a preços mais baixos. A solicitação de investigação de dumping deverá ser feita mediante apresentação de petição formal. . A aplicação de direitos compensatórios (compensação do montante de subsídios irregulares recebidos pelos exportadores), no caso da prática desleal ser, efetivamente, o subsídio irregular.E o que é um subsídio irregular? O subsídio irregularpassa a existir quando o país ajuda tanto o exportador dando a ele um tratamento fiscal e tributário tão diferenciado dos demais produtores locais que provoca uma grave distorção nos preços praticados interna e externamente nesse mesmo país infrator. Para que haja a prática desleal de comércio do subsídio irregular mediante ao excesso de benefícios, há que existir as seguintes hipóteses: Sustentação de renda ou de preços no país exportador para promover as exportações ou reduzir as importações de qualquer produto. As formas mais comuns de subsídios às exportações são as aplicações de tarifas de frete interno para exportação, mais favoráveis que a mesma tarifa aplicada para o mercado interno. Linhas de crédito especiais para exportadores. A importação de insumos importados com benefício fiscal se utilizados na produção de produtos a serem exportados (drawback) e concessões de prêmios às exportações. É importante observar que o Brasil utiliza-se de todos esses meios de subsídio, mas essa iniciativa se tornará uma prática desleal se estiver promovendo dano ou ameaça de dano à economia do país importador dos produtos brasileiros. O estudo do nexo causal é que determinará a conceituação da prática comercial. Para tanto, a indústria doméstica afetada por essa prática desleal deverá encaminhar ao DECOM (Departamento de Defesa Comercial da SECEX) uma petição com evidências do subsídio para julgamento e determinação da medida compensatória adequada. . E a aplicação de medidas de salvaguarda caso as importações de determinado produto originado num mesmo país exportador venham a aumentar consideravelmente em um curto espaço de tempo. Essas medidas de salvaguarda serão temporárias, apenas para permitir a reorganização da industria doméstica para responder competitivamente com produtos similares diretamente concorrentes ao produto importado, nesses casos, o prejuízo terá que ser comprovadamente elevado. A solicitação da aplicação da medida de salvaguarda poderá ser apresentada pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), demais órgãos ou entidades do Governo Federal ou até por empresas ou associações do setor privado da economia. Essa solicitação deverá ser feita por meio de uma petição formal e a sua aplicação não poderá ultrapassar a dez anos. Essas respostas comerciais, no Brasil, são de competência da CAMEX – Câmara de Comércio Exterior que deverá fixar, de acordo com a prática desleal de comércio praticada e apontada pelo estudo do nexo causal do DECOM, as diretrizes para a aplicação dos direitos antidumping e compensatórios provisórios ou definitivos e salvaguardas. .
Outro acordo internacional é a Conferência da Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) de 1964 com objetivo o desenvolvimento e a integração, promovendo a inserção dos países em desenvolvimento na economia internacional nas áreas de finanças, tecnologia, investimento e desenvolvimento sustentável através de fóruns deliberativos com especialistas, pesquisas, análises políticas e coleta de dados com fornecimento de assistência técnica apropriada. O SGP e o SGPC sã acordos internacionais que favorecem os países em desenvolvimento. O primeiro pressupõe redução do Imposto de Importação (margem de preferência) sobre alguns produtos originários e procedentes de países em desenvolvimento, quando são importados por países desenvolvidos. Esses produtos deverão estar contidos em uma lista dos países beneficiários ou não estejam em listas restritivas ao benefício. Essa lista consta no site do MDIC. Para se beneficiar do acordo SGP o exportador deverá providenciar um certificado de origem emitido pelo Banco do Brasil específico para esse fim, chamado FORM “A” Já o SGPC beneficia os países em desenvolvimento promovendo incentivos para o comércio entre eles. Com apoio da UNCTAD, o SGPC, pelo princípio da cláusula da nação mais favorecida, beneficia com redução de tarifas os produtos que gozam da mesma redução no país exportador. Para tanto, o exortador deverá emitir em Federações das Indústrias credenciadas para tal.
AULA 2 – VIDEOAULA
O AMBIENTE INTERNACIONAL DE COMÉRCIO
Países são constituídos em Estados soberanos, isto é, sobre os quais não existe poder superior.
Sistema de Estados: sistema político internacional composto por uma estrutura e por unidades em interação. A estrutura é o ordenamento das unidades. As unidades são os Estados soberanos.
Tratados Organismos Internacionais / Integração Regional
Organismos Privados
Tratados 
Cláusula da Nação Mais Favorecida 
DO GATT À OMC
GATT - 1948
Acordo Geral sobre Comércio e Tarifas
General Agreement on Trade and Tariffs
OMC – 1995
Organização Mundial de Comércio
World Trade Organization -WTO
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO
OMC – ACORDOS
GATS: Acordo sobre o Comércio de Serviços
TRIMs: Acordo sobre Medidas de Investimento Relacionadas ao Comércio
TRIPS: Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio
OS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO
Referem-se à redução ou eliminação de “barreiras a fluxos de fatores produtivos entre países (...) que possam ser regulados por políticas comuns ou convergentes”.
INTEGRAÇÃO REGIONAL
Zona de Livre Comércio
Eliminação recíproca dos gravames sobre o comércio entre os países membros.
União Aduaneira
Adoção de uma política comercial externa comum.
Mercado Comum
Livre circulação de bens, capital e trabalho.
EEE
União Econômica e Monetária 
Harmonização das políticas econômicas e sociais dos Estados membros.
UE
Integração Econômica Total
Estabelecimento de autoridade supranacional.
ATIVIDADES
Considerando os Acordos administrados pela OMC, indique que Acordos tratam dos assuntos a seguir apresentados:
Assinale: GATT, GATS, TRIMS, TRIPS
(GATT) Tributos no comércio exterior de um país
(TRIPS) Licenciamento compulsório de 
medicamentos para a AIDS – BR x EUA
(TRIMs) Disputa sobre medidas afetando o
investimento no setor automobilístico – UE x BR
(GATS ) Subsídios à exportação de serviços
AULA 3 – HISTÓRICO E ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
AS DIVERSAS FASES HISTÓRICAS DA POLÍTICA DE EXPORTAÇÃO E DE IMPORTAÇÃO
Europa e oriente, no século XV, apresentavam relativo desenvolvimento.
Do oriente chegavam à Europa produtos diversos (tecidos de seda, especiarias, porcelanas, condimentos etc.) de grande aceitação. Esses produtos chegavam via caravanas e eram trocados por outras mercadorias (Escambo). Essas caravanas passavam por territórios de soberanias diferentes, às vezes, tinham que pagar taxas que serviram de inspiração para o Imposto de Importação. 
Porém, devido a confrontos territoriais, as caravanas eram impedidas de passar pelos territórios em conflito, sujeitas a saques e cobrança de pedágios.
A Europa dessa época praticava o Mercantilismo, prática econômica que dava ao Estado um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar Políticas Protecionistas e, em particular, estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.
Em 12/10/1492, o espanhol, Cristóvão Colombo, descobriu a América.
Portugal e Espanha estavam destinadas a conquistar novas terras, de modo a implementar suas explorações. Nesse sentido, estabeleciam meios diplomáticos pacíficos para evitar conflitos cuja maior expressão foi o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494), que estabelecia uma linha imaginária de 370 léguas a oeste da Ilha de Santo Antônio. Todas as terras descobertas a oeste desse meridiano pertenceria à Espanha e a leste, à Portugal.
Em 22/04/1500, em Porto Seguro, o português, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
A partir daí, o Brasil passou a ter vários ciclos exploratórios.
1º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Século XVI) 
Extração de pau-brasil. Madeira de cor vermelha que expressava a cor do poder e só podia ser usada pela realeza portuguesa. Fato que originou a tradição do uso do Tapete Vermelho para ostentar deferência.
2º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Séculos XVI – XVIII) – CICLO DA CANA DE AÇUCAR: 
Agricultura da cana introduziu o modode produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos. Essa atividade gerou todo um setor paralelo, chamado de tráfico negreiro.
O tráfico negreiro só é interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.
3º. CICLO EXPLORATÓRIO: CICLO DO GADO:
 A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior. Com o aumento da produção de cana-de-açucar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força motriz nos engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais areas maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura.
Avançando pelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco (Rio da Integração Nacional)o gado desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado por todo o longo do seu curso, daí sua denominação também de Rio dos "Currais" chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Pìauí e Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado do Maranhão.
De 1580 a 1640, os reinados de Portugal e Espanha se uniram por Felipe II, Rei da Espanha que herdou o reino de Portugal no período conhecido por UNIÃO IBÉRICA. ERA O FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS.
4º. CICLO: ENTRADAS E BANDEIRAS:
 Período Das Capitanias Hereditárias e dos Governos Gerais.
A expressão Entradas e Bandeiras é utilizada para designar, genericamente, os diversos tipos de expedições empreendidas à época. Com fins tão diversos como os de simples exploração do território, busca de riquezas minerais, captura ou extermínio de escravos indígenas, ou mesmo africanos.
Ainda de maneira geral, considera-se que:
As chamadas Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal, ou seja, eram expedições organizadas pelo governo de Portugal.
As Bandeiras eram iniciativas de particulares, associados ou não, que, com recursos próprios, buscavam obtenção de lucros, ou seja, eram expedições organizadas por bandeirantes. 
Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno na região amazônica, em busca não apenas do extrativismo das chamadas drogas do sertão, especiarias apreciadas na Europa como, por exemplo, o urucum e o guaraná, mas também em busca do apresamento do próprio índigena.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O AVANÇO NAPOLEÔNICO
A Revolução Industrial na inglaterra e a Revolução Francesa do século XVIII repercutiram significativamente na realidade brasileira. Houve uma mudança na configuração europeia. Napoleão tenta conquistar e dominar toda Europa, principalmente a Inglaterra.
Como o rei de Portugal tinha fortes laços com a Inglaterra, tanto que o governo inglês possuía uma base militar em Portugal, com o avanço napoleônico, D. Joaõ VI é obrigado a fugir de Portugal, vindo se refugiar no Brasil no momento histórico, conhecido pela VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL.
A partir de 1808 – D. João VI aporta em Salvador e, por conselho do seu ministro da fazenda (Visconde de Cairu, abriu os portos às nacões amigas. Esse foi considerado o primeiro ato de COMEX brasileiro).
Em decorrência disso, D. João assinou em 28/01/1808 o texto da CARTA RÉGIA (o que seria um Decreto Lei ou Medida Provisória, hoje) contendo o seguinte texto: “...sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservarão em paz e harmonia com minha Portugal Real Coroa ou em navios dos meus vassalos, pagando 24% por entrada, sendo 20% de direitos grossos e 4% a títulos de donativo”.
Em outro trecho da Carta Régia: “...que não só os meus vassalos, mas também os estrangeiros possam exportar para os portos que lhes bem parecer em benefício do comércio e da agricultura que tanto deseja promover”.
Em 07 de março de 1808, D. João, o príncipe regente, chegou à cidade do Rio de Janeiro.
No dia 01 de abril, visando desenvolver a economia braileira, decreta que todas as espécies de indústrias e de fabricação tenham plena liberdade de se instalarem no Brasil, revogando, assim, um decreto anterior que proibia a instalação de indústria e de fábrica. Esse foi o PRIMEIRO ATO DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRO.
Em outubro de 1808, foi ordenado aos juízes das alfândegas que não admitissem o despacho de livros ou papéis sem que fosse apresentada a competente licença de desembargo do Paço Imperial. Esse foi o primeiro ato de LICENCIAMENTO COM ANUÊNCIA PRÉVIA.
OS EFEITOS DA VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL
Imprensa Régia (gráfica) – Em uma das caravelas, D. João VI trouxe máquinas gráficas o que deu origem à nossa atual Imprensa Nacional. 
Criação da Academia da Marinha Mercante e Artilharia, muitas fortificações, fábricas de pólvora, Hospital Central do Exército, Biblioteca Nacional, Escola de Belas Artes, Jardim Botânico, Banco do Brasil, a 1ª. Companhia de Transportes Coletivos e a 1ª. Cia de Seguros.
Missões de cientistas, matemáticos e engenheiros para levantamento da base territorial do Brasil.
No tocante ao COMEX, notas diplomáticas de mercadores portugueses queixando-se da alíquota de 24%, fez com que Dom João VI, em 1809, reduzisse a alíquota para 16% às mercadorias transportadas por embarcações portuguesas. 
No entanto, em 1810, o reino de Portugal assina o TRATADO DE NAVEGAÇÃO E DE COMÉRCIO COM A INGLATERRA. Por força deste, a Inglaterra impõe a CLÁUSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA, que estabelecia que as mercadorias transportadas pelos navios ingleses e desembarcadas no Brasil pagariam 15% em direitos aduaneiros. Este tratado vigorou ate 1827.
Linha do tempo 
1808 1809 1810 a 1827 /_________________________________/____________________________ __/ 20% DIREITOS GROSSOS 16% MERCADORIAS EM NAVIOS 15% MERCADORIAS 4% DONATIVOS PORTUGUESES EM NAVIOS 24% TOTAL INGLESES. De 1808 a 1827, o Brasil operava com essas três variações de tarifas. Em 1815, no entanto, o Brasil passou a integrar o Reino Unido de Portugal e Algarves por meio de Carta Régia. O BRASIL DEIXAVA DE SER COLÔNIA e passava a integrar o reino de portugal na condição de Reino Autônomo. Em 1821, houve o retorno de D. João VI para Portugal e, em 7 de setembro de 1822 é proclamada a Independência do Brasil por D. Pedro I. Como ficava a Independência do Brasil perante a Comunidade Internacional? Portugal, Inglaterra e o Vaticano foram os que reconheceram a independência brasileira, mas, no geral, as demais nações desconheciam o fato. Esse desconhecimento durou até 1828, quando Bernardo de Vasconcelos aconselhou D. Pedro I a reduzir de 24% para 15% o Tributo Aduaneiro das nações que reconhecessem a independência do Brasil. Nessa época, o reconhecimento de um país era de acordo com tamanho de sua frota. Em 1844, Manuel Alves Branco, Ministro dos Negócios no primeiro reinado, estabeleceu uma Tarifa Aduneiratendo como parâmetro o PROTECIONISMO. Essa tarifa foi conhecida como TARIFA ALVEZ BRANCO e variava de 2 a 60%, iniciando uma nova política protecionista de COMEX. A primeira política protecionista do Brasil. Essa Tarifa Alves Branco dividia as mercadorias em 4 critérios: 1o. Concorrência estrangeira: produtos com similar nacional. 2º. Matérias-Primas: para consumo geral da classe mais abastada. 3o. Matérias-Primas: para consumo das classes mais baixas da população. 4º. Mercadorias de grande e pequeno valor, porém mais fáceis de serem estraviadas, possibiitando maiores lucros se entrassem no país sem pagamentos dos direitos aduaneiros (descaminho e contrabando) De 1844 a 1990, a política tarifária foi estritamente protecionista, no Brasil. Em 15 de novembro de 1889, tivemos a Proclamação da República – Cai a monarquia e passa a vigorar o regime republicano. O Brasil passa a ser dividido por estados federativos.
Em 1891, tivemos a primeira Constituição Federal da República Federativa dos Estados Unidos do Brasil que definiu as competências e asvisões dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como a competência tributária da União, Estados e Municípios. Em 1894, o Governo Republicano promulgou a nova Consoidação das Leis das Alfândegas e das Mesas de Renda que continha 500 artigos. A primeira Alfândega no Brasil foi no local onde, hoje, está situada a Casa França-Brasil. Nesta época, a Coletoria Federal recolhia todos os impostos da federação; a coletoria do estado recolhia todos os impostos dos estados e minicípios que não tinham suas próprias coletorias, e sim, tesourarias. De 1894 a 1957, houve uma série de reformas tributárias no Brasil provocadas pelos efeitos das 1ª e 2ª Guerras Mundiais e a criação da Liga das Nações na 1ª e a ONU na 2ª. Em 1957, foi sancionada a lei 3244/57 altamente protecionista em vista do desenvolvimento de nossas indústrias. Essa lei estabelecia três faixas de alíquotas, como segue: 0%------10% (para mercadorias de livre comércio, necessárias para o desenvolvimento do país. 11%------60% (mercadorias com menor grau de proteção). 61%-----150% (mercadorias a serem protegidas em relação a sua essencialidade e característica do mercado consumidor (para não haver competitividade com a indústria local). Eram produtos supérfluos, consumidos pelas classes mais abastadas. Em 1964, houve o Golpe Militar e, consequentemente, a ditadura. Dois anos depois, em 1966, a ditadura militar promulgava o decreto-lei 37/66. Era a Lei Aduanera Básica. No governo Figueiredo, houve a promulgação do Decreto 91030, chamado de Regulamento Aduaneiro, em 1985. Revogado pelo Decreto 4543 e, 27 de dezembro de 2002, pelo governo FHC, revogado pelo atual RA pelo Decreto 6759/09. OBS.: O DECRETO REGULAMENTA O MODO COMO A LEI SERÁ APLICADA. NASCE NO EXECUTIVO, PORTANTO, NÃO PRECISA DA VOTAÇÃO, CARACTERÍSTICA DO LEGISLATIVO. Antes da revogação do primeiro Regulamento Aduaneiro em 2002, a Legislação Aduaneira sofrera modificações importantes, como segue: - 1976: Promulgação do Decreto-Lei 1455 que deu novo conceito à bagagem; criou os “free shoppings” ou lojas francas em zonas primárias; limitou as isenções por transferências de residências que, até então, eram ilimitadas para toda pessoa (brasileiro ou estrangeiro) que retornasse ou se transferisse para residência no Brasil, o que facilitava a entrada de bens protegidos pela legislação, financiados pela classe emergente que tinha condições de morar fora e se valer dessa prerrogativa, estabelecendo, inclusive, um comércio paralelo. - 1988: Promulgação da Constituição Federal (5 de outubro) revigorando todas as isenções dos tributos até 24 meses da sua promulgação (5/10/1990). - 1990: Lei 8032 do governo Collor, reduziu drasticamente as isenções dos tributos federais e aumentou em cinco pontos percentuais as alíquotas do IPI.
NORMAS ADMINISTRATIVAS DO COMEX
Você sabe o que é o MDIC?
É o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro.
Tem várias Secretarias a serem administradas. De lá saem as normas administrativas do COMEX, delas, a mais importante para o comex é a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), que tem quatro departamentos: DECEX, DECOM, DEINT e DEPLA.
ATENÇÃO!
No dia 4 de fevereiro de 2010, a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto nº 7096, de 4 de fevereiro de 2010, que aprova a nova estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com as alterações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ganha o Departamento de Normas e Competitividade (Denoc).
De acordo com o regimento, o Departamento de Normas e Competitividade será o órgão da Secex responsável por atividades relacionadas a normas e procedimentos. Além disso, o Denoc vai coordenar ações relativas aos acordos de facilitação ao comércio e aos procedimentos de licenciamento de importação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre as competências do departamento, ainda encontram-se a coordenação dos agentes externos autorizados a processar operações de comércio exterior; o Cadastro de Exportadores e Importadores e o Registro de Empresas Comerciais Exportadoras constituídas nos termos da legislação específica.
Cabe também ao Denoc a administração do Sistema de Registro de Informações de Promoção (Sisprom). O departamento vai registrar as operações de pagamento de despesas no exterior, com redução a zero da alíquota do Imposto de Renda, de ações de promoção comercial, pagamento de comissões e despesas com logística. Os técnicos do Denoc vão, ainda, planejar ações orientadas para a logística de comércio exterior e formular propostas para aumento da competitividade internacional de produtos brasileiros, especialmente, de âmbito burocrático, tributário, financeiro ou logístico.
Com a nova estrutura, a Secex passa a atuar de forma mais densa em ações de simplificação, desburocratização e facilitação do comércio exterior. A secretaria passa a trabalhar com maior harmonização dos normativos e procedimentos, buscando contribuir para a redução dos custos das operações de comércio exterior.
Você sabe o que é o CAMEX?
A Câmara de Comércio Exterior – Camex, órgão integrante do Conselho de Governo, tem por objetivo a formulação, a adoção, a implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.
A Camex é integrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; que a preside, pelos Ministros Chefe da Casa Civil; das Relações Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e do Planejamento, Orçamento e Gestão.
AULA 3 – VIDEOAULA
HISTÓRICO DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
O COMÉRCIO EXTERIOR
ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
A Câmara de Comércio Exterior - CAMEX é um órgão integrante do Conselho de Governo da Presidência da República e tem por objetivo a formulação, adoção, implementação e coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Comércio Exterior – SECEX normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de comércio exterior. Entre suas atividades estão: participar das negociações dos acordos comerciais internacionais, promover a cultura exportadora, deferir atos concessórios de drawback, anuir operações de exportação e importação, promover o exame de similaridade de produção nacional, compilar a balança comercial, promover a defesa comercial do país, entre outras.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Comércio Exterior - SECEX
Departamento de Operações de Comércio Exterior - DECEX
Departamento de Negociações Internacionais - DEINT
Departamento de Defesa Comercial - DECOM
Departamento de Estatística e Apoio à Exportação- DEAEX
Departamento de Competitividade no Comércio Exterior - DECOE
Ministério das Relações Exteriores
Cabe ao Departamento de Promoção Comercial e Investimentos (DPR) e à rede de Setores de Promoção Comercial (SECOMs) instalados em Embaixadas e em Consulados brasileiros, promover o comércio e o turismo, atrair investimentos estrangeiros e contribuir para a internacionalização de empresas brasileiras.
Setores de Promoção Comercial (SECOMs)
Secretaria da Receita Federal do Brasil
A Secretaria da Receita Federal do Brasil é responsável pela administração dos tributos de competência da União, inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes sobre o comércio exterior. Previne e combate a sonegação fiscal, o contrabando, o descaminho, a pirataria, a fraude comercial, o tráfico de drogas e de animais em extinção e outros atos ilícitos relacionados ao comércio internacional.
Banco Central
O Banco Central do Brasil é responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo entre seus objetivos zelar pela adequada liquidez da economia e manter as reservas internacionais em nível adequado.
Dentre suas atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica e controlaro fluxo de capitais estrangeiros no país.
Órgãos anuentes
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Departamento de Polícia Federal 
Comissão Nacional de Energia Nuclear
Exército Brasileiro
ATIVIDADE
Considerando as funções dos órgãos nas operações do comércio exterior brasileiro, relacione os eventos listados com a competência dos órgãos vistos. Assinale: Anuente (órgão anuente), Camex, Secex, Bacen ou Receita.
(BACEN) Procedimentos de recebimento de divisas
(SECEX) Autorizar operações de importação
(RECEITA) Apuração do imposto de importação
(SECEX) Registro para operar no comércio exterior
(ANUENTE) Autorizar importação de material radioativo
(CAMEX) Definir políticas de estímulo à exportação
(BACEN) Pagamento de exportação
(RECEITA) Fiscalização das operações de importação ou exportação
(SECEX) Apurar necessidade de utilização dos instrumentos de defesa comercial
AULA 4 – NORMAS ADMINISTRATIVAS, FISCAIS E CAMBIAIS DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
A HIERARQUIA DOS INSTRUMENTOS LEGAIS
Constituição Federal de 1988.
Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, a soberana.
Promulgada em 5/10/88, nossa Constituição só pode ser modificada por uma emenda constitucional e já sofreu mais de 40 desde a sua promulgação. Para se fazer uma emenda constitucional ou uma nova Constituição é preciso que Senadores e Deputados Federais constituam uma Assembleia Constituinte.
Lei Complementar
Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo constitucional, complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei complementar, com a sanção do executivo, haverá a promulgação que é uma comunicação administrativa aos agentes do governo que o povo só tomará conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial.
A elaboração de uma lei federal, seja ela complementar ou ordinária, segue o seguinte trâmite:
• Origina-se na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal para apreciação.
• Após aprovação pelo Congresso Nacional o projeto de lei segue para o Presidente da República sancioná-lo ou vetá-lo (no caso de veto, o projeto volta para o Congresso que dará o parecer final, podendo, inclusive, derrubar o veto do Executivo).
• Depois segue para promulgação e publicação em Diário Oficial.
Medida Provisória
A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo Executivo), mas criou a Medida Provisória de igual força hierárquica (tem força de Lei). O Presidente da República pode, por força de urgência ou relevância social, baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional.
Atualmente, por modificações, a medida provisória pode vigorar por 60 dias podendo ser prorrogada por mais 60 dias pelo Congresso Nacional. Se nesse período a MP não se transformar em Lei, ela cai.
Decreto
No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos).
Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas.
Decreto é a forma de que se revestem de atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo, Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto individual. Esse a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação.
O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela.
Outros Normativos Legais
Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL, MP e Leis.
LEGISLAÇÃO CAMBIAL
O CMN é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), por meio de suas Resoluções, Circulares e Comunicados.
O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio.
EXEMPLO: Agências de bancos, agências de turismo e casas de câmbio. Essas operadoras de câmbio autorizadas pelo BACEN vinculam suas operações ao SISBACEN (SISTEMA DE OPERAÇÕES E CONTROLE DO BANCO CENTRAL).
LEGISLAÇÃO SECURITÁRIA
As deliberações do CNSP são normatizadas pela SUSEP por meio de Portarias e Circulares. 
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
É o conjunto de normas legais capazes de propiciar a administração pública, o exercício do controle dos sistemas aduaneiros vientes no país.
A Legislação Aduaneira é composta de: DL, MP, Leis, Decretos, OUTROS ATOS NORMATIVOS (Regulamentos e Resoluções que são aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e para com os administrados. São aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração para com os seus administrados) e ATOS ORDINÁRIOS (Instruções Normativas, Circulares, Aviso, Portarias) que são aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos endereçados aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições.
A Legislação Aduaneira é bem complexa pelos seguintes motivos:
Existência de vários órgãos do governo que atuam no COMEX propiciando divergências por falta de entrosamento entre eles.
Existência de atos legais sem as respectivas regulamentações gerando períodos de vacâncias e impasses decisórios. Ex.: O DL 37/66 que deveria ser regulamentado em 180 dias, só foi regulamentado pelo Decreto 91030/85, 19 anos depois, o nosso primeiro Regulamento Aduaneiro.
Imprecisão conceitual envolvendo critérios diversificados de normativos que mudam em função de considerações subjetivas.
Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos funcionários do governo, o que já vem melhorando pela consolidação das portarias SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. (Regulamento Aduaneiro).
Pela excessiva proliferação de obrigações de caráter acessório criadas para facilitar o trabalho da própria fiscalização aduaneira.
A Alfândega ou Aduana exerce uma barreira fiscal de controle de entrada e saída de pessoas, mercadorias e veículos do país, para isso seguem o seguinte ordenamento legal:
Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda.
Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB.
Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – COANA.
Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, Delegacias e Inspetorias.
TERMINAIS ALFANDEGADOS
O território aduaneiro compreende todo o território nacional e a jurisdição aduaneira abrange todo esse território e divide-se em zona primária e secundária.
A Zona Primária Compreende:
Portos Alfandegados: Áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local constituída da parte terrestre ou aquática contínua ou descontínua por eles ocupadas.
Aeroportos Alfandegados: Compreende a parte terrestre devidamente demarcada pela autoridade aduaneira local por eles ocupados.
Pontos de Fronteiras Alfandegados: São as áreas terrestres demarcadas pela autoridade aduaneira competente situada numa fronteira terrestre do Brasil com outro país.
A zona primária é a porta oficial de entrada e saída de pessoas e suas bagagens, mercadorias e veículos.
OBS.: se pessoas entram fora da ZP são denominadas clandestinas. Se, no caso, essa entrada ou saída for de mercadorias, denomina-se contrabando (produtos de comercialização proibida ou ilícita) ou descaminho (mercadoria sem procedimento aduaneiro, porém de comercializaçãopermitida).
Na zona primária, a autoridade aduaneira precede a qualquer autoridade do governo brasileiro, isto é, a autoridade aduaneira é mais importante que qualquer outra autoridade do governo brasileiro.
A Zona Secundária compreende:
O restante do território aduaneiro brasileiro, assim constituído por sua base territorial, espaço aéreo, águas internas (rios e lagos) e sua faixa marítima.
RECINTO ALFANDEGADO
Os R.A.s são declarados pela autoridade aduaneira competente, a fim de que neles possa ocorrer, sob o controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagens de viajantes e remessas postais internacionais.
Exemplos de Recintos Alfandegados:
Em Zonas Primárias: Armazéns, pátios, tanques (granel líquido), silos (granel sólido, grãos); depósitos, lojas e zonas francas.
Em Zonas Secundárias: As dependências das remessas postais internacionais administradas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Portos Secos (os Portos Secos são recintos alfandegados de uso público dos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem sob o controle aduaneiro).
• Não podem ser instalados em zona primária e têm como finalidade descentralizar os serviços aduaneiros dos portos e aeroportos, minimizando custos operacionais.
• O governo elege uma região que existe concentração de mercadorias destinadas à exportação/importação e são operacionalizados e administrados por empresas privadas ou consórcio de empresas.
Os Terminais Alfandegados estão localizados em R.A.s e operam com a movimentação e armazenagem das cargas. São terrenos públicos arrendados por empresas privadas que exploram essa atividade por prazo determinado. Os terminais especializados em movimentação de containers são denominados TECON. 
Para mais informações, leia agora o texto Dos regimes aduaneiros especiais.
Dos Regimes Aduaneiros Especiais. 
Das Diversas Modalidades: 
São procedimentos fiscais e aduaneiros instituídos pelo governo visando à nacionalização, a internação de mercadorias provenientes do exterior e à desnacionalização e saída do território aduaneiro de mercadoria nacional ou nacionalizada. Os regimes aduaneiros se dividem em comuns, especiais e em áreas especiais. Os Regimes Aduaneiros Comuns: É o despacho para consumo no qual a mercadoria permanece em caráter definitivo no país integrando a riqueza nacional, recolhendo os tributos aduaneiros devidos, a não ser nos casos de isenção pela qualidade do importador ou pela qualidade da mercadoria. • Exemplos de isenção pela qualidade do importador. As importações: o Da União, dos Estados e Municípios, autarquias e fundações. o Das instituições educacionais, de assistência social, científicas e tecnológicas. ações. o Das missões diplomáticas, das repartições consulares, das representações de organismos internacionais e de seus integrantes. • Exemplos de isenções pela qualidade da mercadoria: o Livros, jornais e periódicos, bem como do papel destinado à sua impressão. o Da bagagem até o limite estipulado em legislação própria. o Das remessas postais internacionais e aéreas destinadas à pessoa física até o limite estipulado em legislação própria. o Das partes, peças e componentes destinados a reparos, revisão e manutenção de aeronaves e embarc o Dos medicamentos e do instrumental científico destinado ao tratamento e à pesquisa da AIDS. OBS.: VER ARTIGOS 136 A 138 DO REGULAMENTO ADUANEIRO (DECRETO 6759/09). Os Regimes Aduaneiros Especiais: São suspensivos do pagamento dos tributos. A SRFB estabelece um prazo e a importação ou exportação, com exceções, deve ser desenvolvida sem cobertura cambial. O não pagamento dos tributos aduaneiros fica garantido com a assinatura de um termo de responsabilidade com garantias que podem ser depósito de valor em uma conta corrente específica, fiança bancária ou seguro de garantia aduaneira tendo a União como beneficiária. Exemplos: trânsito aduaneiro; admissão temporária; drawback; entreposto aduaneiro; entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado - RECOF; RECOM; exportação temporária; REPETRO; REPEX; REPORTO; loja franca; depósito especial; depósito afiançado; depósito alfandegado certificado e depósito franco. OBS.: VER ARTIGOS 307 A 503 DO REGULAMENTO ADUANEIRO (DECRETO 6759/09). Os Regimes Aduaneiros Aplicados em Áreas Especiais: Foram instituídos pelo governo com a finalidade de desenvolver econômica e socialmente uma determinada região. Exemplos: Zona Franca de Manaus, Áreas de Livre Comércio e Zonas de Processamento de Exportação (ZPE). OBS.: VER ARTIGOS 500 A 541 DO REGULAMENTO ADUANEIRO (DECRETO 6759/09)
AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II):
1ª) Função histórica Protecionista. Protege o produto nacional do produto similar estrangeiro. Funciona como um benefício à indústria e não ao consumidor.
2ª) Função Seletora. É estabelecida de acordo com os critérios de essencialidade da mercadoria. Os produtos necessários ao desenvolvimento do país têm alíquotas menores, já os supérfluos, terão alíquotas elevadas. Exemplos: perfumes, cosméticos, derivados de fumo, bebidas alcoólicas, peles, automóveis etc.
3ª) Função Arrecadadora. Arrecada fundos para o Tesouro Nacional.
4ª) Função Promotora. Promove a competitividade entre o produto importado e o nacional. A qualidade da mercadoria é a base, logo, os produtos importados são melhores, o que obriga a melhoria dos produtos nacionais. 
As características do Imposto de Exportação (IE):
O IE é um imposto de característica, exclusivamente, monetária e cambial, com finalidade de disciplinar os efeitos monetários decorrentes de variações de preços no exterior preservando as receitas de exportação e o consumo interno, é um tributo extrafiscal, seu objetivo principal não é a de arrecadar.
ELEMENTOS LIMITADORES OU IMPEDITIVOS DAS IMPORTAÇÕES/EXPORTAÇÕES
Intervenções Governamentais no COMEX. De 1808 até o Século XX, o Comércio era livre, mas, a partir do Sec. XX houve intervenção maciça do Estado na política exterior.
Procedimento Aduaneiro de admissão de mercadoria importada e liberação de mercadorias destinadas ao exterior. Esses procedimentos variam de acordo com a origem, o destino e a classificação fiscal da mercadoria.
Acordos Internacionais. Com a criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade, Genebra, 1947), houve a necessidade de se harmonizar as tarifas aduaneiras e dividir os países em relação ao seu desenvolvimento a partir de regras específicas. Assim sendo, qualquer incentivo fiscal concedido ao produto nacional deveria ser estendido ao produto importado de país membro do GATT. 
Os seus membros poderiam se agrupar em Blocos Comerciais Econômicos com a finalidade de desenvolver uma determinada região (exemplo: a reconstrução dos países afetados pela Segunda Guerra Mundial), surgindo o Mercado Comum Europeu, 1947 e, posteriormente, a ALADI (Associação Latino-Americana de Integração, 1980).
Restrições às mercadorias importadas e exportadas por meio de mecanismos de preços. O Governo disciplina os preços quando necessário.
SISCOMEX - O Sistema Integrado de Comércio Exterior é o sistema de processamento do Comércio Exterior Brasileiro.
Em 1.º de janeiro de 1997, o Governo Federal (SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS) finalizou a implantação do SISCOMEX ao disponibilizar o módulo Importação. A nova sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de COMEX.
O SISCOMEX elimina a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados paralelos, ao adotar o fluxo único de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, a harmonização de conceitos e a uniformização de códigos e nomenclaturas, tornando mais ágil oprocessamento administrativo, o que significa um salto de qualidade nos serviços prestados, contribuindo para a redução do “custo Brasil”, SE NÃO FOSSEM OS PROBLEMAS DE INTERFACE COM ALGUNS ÓRGÃOS ANUENTES.
SISCOMEX – Órgãos regulatórios
Órgãos Administradores / Gestores: O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO e integrou os três órgãos gestores: SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) responsável por legislar / regular o controle dos produtos, SRF (Secretaria da Receita Federal) responsável por legislar / regular o controle fiscal e o BACEN (Banco Central do Brasil) responsável por legislar / regular o controle cambial.
Órgãos Intervenientes / Anuentes: Também integrados ao Sistema, esses órgãos são responsáveis por fiscalizar e executar as normas de controle reguladas pelos órgãos gestores. Podemos citar como exemplos: COTAC (Comissão Coordenadora de Transporte aéreo Civil); CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear), DECEX (Departamento de Comércio Exterior), Ministérios da Saúde, Agropecuário, Aeronáutica etc.
ORIENTAÇÕES AO SISCOMEX IMPORTAÇÃO WEB
Conceitos
Assinatura Digital: É o processo eletrônico de assinatura, baseado em sistema criptográfico assimétrico, que permite ao usuário usar sua chave privada para declarar a autoria de documento eletrônico a ser entregue à SRF, garantindo a integridade de seu conteúdo.
Autoridade Certificadora da Secretaria da Receita Federal (AC-SRF): É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente à AC Raiz, responsável pela assinatura dos certificados das Autoridades Certificadoras Habilitadas.
Autoridade Certificadora Habilitada: É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF, habilitada pela Coordenação Geral de Tecnologia e Segurança da Informação – Cotec, em nome da SRF, responsável pela emissão e administração dos Certificados Digitais e-CPF e e-CNPJ.
Autoridade de Registro da Secretaria da Receita Federal (AR-SRF): É a entidade operacionalmente vinculada à AC-SRF, responsável pela confirmação da identidade dos solicitantes de credenciamento e habilitação como Autoridades Certificadoras integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF.
Autoridades de Registro: São as entidades operacionalmente vinculadas à determinada Autoridade Certificadora Habilitada, responsáveis pela confirmação da identidade dos solicitantes dos certificados e-CPF e e-CNPJ.
Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ: É o documento eletrônico de identidade emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Autoridade Certificadora Raiz da ICP-Brasil – AC Raiz e habilitada pela Autoridade Certificadora da SRF (AC-SRF), que certifica a autenticidade dos emissores e destinatários dos documentos e dados que trafegam numa rede de comunicação, bem assim assegura a privacidade e a inviolabilidade destes. 
Não poderão ser titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ as pessoas físicas cuja situação cadastral perante o CPF esteja enquadrada na condição de cancelado e as pessoas jurídicas cuja situação cadastral perante o CNPJ esteja enquadrada na condição de inapta, suspensa ou cancelada.
Documento Eletrônico: É aquele cujas informações são armazenadas, exclusivamente, em meio eletrônico.
ICP–Brasil: É um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.
Usuário: Pessoa física ou jurídica titular de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ, respectivamente, bem assim de qualquer outro certificado digital emitido por Autoridade Certificadora não habilitada pela SRF e credenciada pela ICP Brasil.
CADASTRAMENTO NO SISCOMEX 
Acesso ao SISCOMEX IMPORTAÇÃO WEB 
Uma vez instalados e disponibilizados todos os componentes relacionados nos itens anteriores, o usuário deverá tão simplesmente acionar o emulador IWW. Tal emulador, por sua vez, irá chamar a janela “pop-up” do ambiente c-VPN, onde o usuário deverá entrar com suas credenciais do Certificado Digital. Em seguida, será apresentada a tela de LOGIN no ambiente SISCOMEX IMPORTAÇÃO. REQUISITOS DA ESTAÇÃO DE TRABALHO - Requisitos de Hardware O equipamento (microcomputador) a ser utilizado para operação no SISCOMEX – Importação deverá possuir os seguintes requisitos mínimos: ¾ Processador 500 MHz ou superior. ¾ Memória mínima de 128KB RAM. ¾ Disco rígido com espaço livre mínimo de 20 GB para a instalação de aplicativos. ¾ Monitor de vídeo policromático SVGA. ¾ Placa controladora de vídeo com 1024 Kbytes de memória. ¾ Unidade de disco flexível 3 1/2" - 1,44 MB. ¾ Mouse. ¾ Teclado ABNT variante 2 (recomendado) ou US internacional. ¾ Impressora paralela, jato de tinta, laser ou matricial. ¾ Placa de modem ou placa de rede, de acordo com o tipo de conexão a ser utilizada. OBS.: as características citadas são parâmetros mínimos para a utilização do produto. Cabe ressaltar que, com a utilização de equipamentos com maior capacidade de processamento e com mais memória, consegue-se um desempenho substancialmente melhor. - Requisitos de software O pré-requisito básico de software no micro é a existência do Sistema MS Windows, Windows 98 em diante. INSTALAÇÃO DOS PRODUTOS A instalação do pacote, contendo os serviços: (a) Emuladores. (b) Rotina de conectividade. (c) Aplicação SISCOMEX-IMPORTAÇÃO.
TRATAMENTO ADMINISTRATIVO
Permite ao usuário verificar se a mercadoria necessita de algum tratamento administrativo aplicado na importação. Define-se nessa função se o licenciamento será automático ou não automático necessitando, portanto, de LI antes do embarque ou se a importação está dispensada de licenciamento. ESTE VEM A SER O PRIMEIRO PASSO NO SISCOMEX PARA O DESEMBARAÇO ADUANEIRO.
LI Substitutiva: Até o registro da Declaração de Importação, o importador poderá solicitar alteração do LI, inclusive prorrogação de validade (se a validade de 60 dias não estiver vencida), mediante sua substituição no Sistema, sujeito a novo exame pelos órgãos anuentes (LI SUBSTITUTIVA). Quando as alterações efetuadas não se relacionarem à validade, será mantida a validade do licenciamento original. 
A LI SUBSTITUTIVA é um documento independente da LI original. Ela tem um novo número de registro, porém é um outro documento vinculado ao anterior que está sendo corrigido.
Cancelamento e consultas LI: O prazo de validade de um LI é de 90 dias a contar do seu deferimento.
O Siscomex cancelará automaticamente as licenças deferidas após decorridos 90 (noventa) dias da data de validade, quando se tratar de licenciamento com restrição de embarque, ou após decorridos 90 (noventa) dias da data de deferimento, no caso de LI deferida sem restrição à data de embarque.
DECLARAÇÃO
Documento eletrônico que contém todas as informações detalhadas da operação, possibilitando ao REPRESENTANTE LEGAL efetuar o despacho aduaneiro.
A Declaração compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma determinada operação de importação e conjunto de informações específicas de cada mercadoria. Adição da Importação e RE na exportação.
É formulada pelo representante legal em seu próprio microcomputador.
De modo geral, o processo de elaboração de uma Declaração compreende:
A introdução dos dados gerais da declaração, comuns a todas as mercadorias objeto do despacho, inclusive dos dados relativos ao pagamento dos tributos, no caso da importação.
Introdução dos dados de cada uma das mercadorias sujeitas a licenciamento automático – TAMBÉM CHAMADO ADIÇÃO na importação.
Nos casos de mercadorias sujeitas ao licenciamento automático ou não automático, indicação do número da LI e introdução dos demais dados não constantes daquele documento.
Inserido o número da LI, os dados informados na Licença migram automaticamente para a

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