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Quem é mais corrupto

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"Quem é mais corrupto: o Estado ou o mundo empresarial e financeiro?" por Luiz Flávio Gomes colunista do site Congresso em Foco, de onde foi retirado o artigo original.
O jurista Luiz Flávio Gomes, autor citado a cima, é Doutor em direito penal pela Universidade Complutense de Madri e Mestre em direito penal pela Universidade de São Paulo, também, é o fundador do movimento "quero um Brasil ético".
O artigo aborda especificamente a mudança de pensamento que o Estado é mais corrupto perante ao mundo empresarial e financeiro, entendimento esse que costumava ser senso comum da população. Tal modificação no ponto de vista deve-se consideravelmente ao fato das delações obtidas através da operação Lava Jato, que consiste na maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil.
Durante a lava jato ficou claro que a corrupção está presente de forma ativa nos dois cenários, prova disso são as propinas pagas por grandes empreiteiras, ao Estado, para terem a concessão de realizar obras em órgãos públicos. Essas revelações vieram à tona através de depoimentos dos próprios funcionários das empresas privadas e trouxeram consigo nomes, documentações das transições bancárias aos políticos 'beneficiados', sendo assim, visualiza-se que Estado corrupto aceitava dinheiro do mundo empresarial e financeiro igualmente corrompido moralmente. 
Portanto, conforme cita o próprio autor: "A Operação Lava Jato, a maior investigação criminal sobre corrupção no Brasil, está derrubando, dentre tantos outros, um dos mitos mais aceitos pelo ingênuo senso comum: o de que os responsáveis pela corrupção são apenas os funcionários e agentes do demoníaco Estado, destacando-se os políticos."
Considerando o artigo ficou bastante claro que a ideia central era expor que não existe um culpado pela corrupção nacional, e de fato, essa falta de conduta moral não está ligada a uma instituição única, e sim, no sistema de modo geral. E essa foi a visão fielmente defendida pelo autor que usou de diversos exemplos políticos para comprovar sua visão.
De certa, forma foi também uma maneira inteligente de induzir os leitores a repensar o conceito de corrupção, não atrelado a um partido governamental ou a uma pessoa específica, mas aos seres humanos com desvios éticos. Os diversos números citados, mesmo que se façam de difícil compreensão, nos mostram exatamente isso, não existe somente uma pessoa envolvida nesse esquema sórdido e que nós não temos como medir qual parte está mais envolvida na corrupção.
Visto que não há uma parte mais corrupta nos como brasileiros, público alvo desse artigo, deveríamos nos atentar a essa mudança de paradigmas que finalmente está ocorrendo no país, pois se só enxergamos a parte negativa não teremos a oportunidade de acreditarmos novamente nos nossos governantes e nas empresas que os cercam.

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