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* * ARRITMIA Disciplina: Fisioterapia Cardiovascular * * BASES ELETROFISIOLÓGICAS Eletrofisiologia da célula cardíaca Potencial de repouso: resulta da diferença de cargas elétricas intra e extracelulares Potencial de ação: resulta da alteração da permeabilidade da membrana celular * * Propriedade mecânica: 1. CONTRATILIDADE (Inotropismo): é a capacidade de contração do coração, que leva a ejeção de um determinado volume sanguíneo para os tecidos e provoca o esvaziamento do órgão. PROPRIEDADES CARDÍACAS * * 2. EXCITABILIDADE (Batmotropismo) refere-se à capacidade que cada célula do coração tem de se excitar em resposta a um estímulo elétrico (choque), mecânico (massagem) ou químico (drogas), gerando um impulso elétrico. 3. CONDUTIBILIDADE (Dromotropismo) é a capacidade de condução do estímulo elétrico, gerado em um determinado local, ao longo de todo o órgão para cada uma das suas células. * * BASES ELETROFISIOLÓGICAS Frequência na formação de impulsos: nodo SA 60 – 100 bpm; junção AV 40 – 60 bpm; ventrículo 20 – 40 bpm. Marca-passo primário e dominante do coração é o nodo S-A, sob várias outras circunstâncias e estímulos, outro marca-passo pode tornar-se dominante. RITMO SINUSAL NORMAL: Cada onda P é seguida por um QRS; O intervalo P-R é de 0,12 a 0,20 seg. e constante; FC é regular (entre 60 e 100 bpm). * * ARRITMIA Distúrbio do batimento ou ritmo cardíaco É causada por alterações no sistema de condução do coração Quando a arritmia está presente, o batimento cardíaco pode ser: Muito lento (bradicardia) Muito rápido (taquicardia) Irregular * * MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELAS ARRITMIAS I. Anormalidades da geração do impulso II. Anormalidades da condução do impulso III. Anormalidades combinadas de geração e condução do impulso * * MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELAS ARRITMIAS I. Anormalidades da geração do impulso A. Alterações do automatismo normal B. Automatismo anormal C. Atividade deflagrada: 1. Pós-despolarização precoce 2. Pós-despolarização tardia * * MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELAS ARRITMIAS II. Anormalidades da condução do impulso A. Retardo de condução C. Bloqueio de condução III. Anormalidades combinadas de geração e condução do impulso A. Condução dependente (bradicardia) B. Parasístole (automatismo+bloqueio) * * ETIOLOGIA Desequilíbrios químicos Cardiomiopatia Insuficiência cardíaca Cardiopatias congênitas Hipertiroidismo Ataque cardíaco prévio Anfetaminas Cafeína Cocaína Betabloqueadores Psicotrópicos ... * * ARRITMIA- TIPOS ARRITMIA SINUSAL Ocorre variação na FC; Intervalos P-R constantes; Intervalos R-R continuamente mudando. * * ARRITMIA- TIPOS TAQUICARDIA SINUSAL FC acima de 100 bpm; Taquicardia – coração rápido; Sinusal – indica que a origem é no S-A. * * ARRITMIA- TIPOS BRADICARDIA SINUSAL FC inferior a 60 bpm; Bradicardia – coração lento. * * ARRITMIA- TIPOS BLOQUEIO SINOATRIAL Nodo sinoatrial inicia o impulso, mas a propagação é bloqueada, de modo que os átrios não são despolarizados e, portanto, não há onda P. O bloqueio, representado pela letra B, na figura, é visto onde o P deveria estar. * * ARRITMIA- TIPOS FIBRILAÇÃO ATRIAL Contrações desorganizadas e inefetivas nos átrios (350 a 600 bpm); Ondas P não são observáveis e a resposta ventricular é irregular * * ARRITMIA- TIPOS TAQUICARDIA ATRIAL FC superior a 160 bpm- outro marca-passo deve ser considerado; Caracterizada por FC 160 a 250 bpm; O marca-passo atrial, por ser um marca-passo ectópico, as ondas P diferem das ondas P sinusais no contorno. * * ARRITMIA- TIPOS FLUTTER ATRIAL Frequência atrial 300 bpm mas frequência ventricular 75 bpm (relação 4:1); Os átrios em flutter são representados por ondas ondulantes, subindo e descendo na linha de base; O nodo AV protege os ventrículos, não permitindo que cada impulso que o atinja seja transmitido para os ventrículos (somente 1 em 4 impulsos atinge os ventrículos). * * ARRITMIA- TIPOS RITMO JUNCIONAL É um ritmo originado na junção AV. O único impulso gerado espalha-se em duas direções. Os ventrículos são despolarizados normalmente (QRS normal) Os átrios são despolarizados de maneira oposta à normal (despolarização atrial retrógrada- fazendo uma onda P negativa) * * ARRITMIA- TIPOS FLUTTER VENTRICULAR Ondas ondulantes subindo e descendo; FC 250 – 350 bpm: neste nível o paciente encontra-se agudamente doente e o pulso pode ser imperceptível; Este ritmo requer imediata interrupção para se manter a vida. * * ARRITMIA- TIPOS FIBRILAÇÃO VENTRICULAR Contrações múltiplas e desorganizadas dos ventrículos; Pode caracterizar a parada cardíaca; A instituição imediata de ressucitação cardiopulmonar, enquanto se espera o desfibrilador elétrico, pode salvar a vida. * * ARRITMIA- TIPOS PARADA SINUSAL Falha súbita do nodo sinoatrial em iniciar um impulso esperado. Felizmente um marca-passo mais baixo torna-se dominante, iniciando um novo ritmo. O novo ritmo, após parada sinusal é conhecido como ritmo de escape * * SINAIS E SINTOMAS DA ARRITMIA E DE INSTABILIDADE HEMODINÂMICA Dor precordial Vertigem, tontura, desmaio Palidez Sudorese Dispneia Batimentos acelerados ou lentos (palpitações) Batidas fora do ritmo - mudanças no padrão do pulso Diminuição do nível de consciência Hipotensão arterial Choque Congestão pulmonar * * DIAGNÓSTICO DAS ARRITMIAS CARDÍACAS Eletrocardiograma + Holter Ver regularidade dos intervalos P-P e R-R Ver constância do intervalo P-R Ver sequência “P-QRS” Ecocardiograma Estudo Eletrofisiológico (descobrir a arritmia e determinar o melhor tratamento) introdução de cateteres em locais específicos do coração para descobrir e estudar os defeitos no sistema elétrico do coração * * MONITOR DE EVENTOS CARDÍACOS LOOPER RECORDER Justificativa: Algumas arritmias ocorrem de forma esporádica Pode ficar com o paciente durante vários dias Possibilita a gravação dos eventos associados aos sintomas da arritmia através do simples acionamento de um botão pelo paciente. Os traçados eletrocardiográficos são registrados e enviados via telefone ao laboratório de arritmia * * TESTE DE INCLINAÇÃO SEMI-ORTOSTÁTICA TILT TABLE TEST O Tilt Test é uma forma de provocar a síncope neuromediada. 60-80o 20-45’ Respostas: Cardioinibitória, vasodepressora, mista ECG, PA, FC * * EXPECTATIVAS O resultado depende de diversos fatores: O tipo de arritmia. A quantidade de sangue bombeado pelo coração (fração de ejeção). Presença de doença cardíaca (coronariopatias, insuficiência cardíaca, doença valvares) e suas condições para tratamento. * * COMPLICAÇÕES Angina Ataque Cardíaco Insuficiência cardíaca AVC Morte súbita * * MORTE SÚBITA Evento inesperado e dramático Morte que ocorre no máximo em uma hora após início dos sintomas, em geral, em poucos minutos, não decorrente de trauma ou violência. É a morte inesperada causada pela perda da função cardíaca. É um problema de saúde pública no mundo, acometendo mais de 200.000 pessoas/ano só nos Estados Unidos e 712 pessoas/dia no Brasil, principalmente, na faixa etária mais produtiva. * * MORTE SÚBITA Morte Súbita Pp. arritmias (taquicardia e Fibrilação vent.) Ataque Cardíaco IAM Causa de MS X Causas de MS: Acometer desde recém- nascidos até adultos. As principais causas são as doenças do coração. Em pessoas abaixo de 35 anos, as principais causas são doenças congênitas. * * MS-FATORES DE RISCO O principal fator de risco é doença arterial coronariana (80% dos casos) e infarto miocárdico prévio. Outros fatores de risco são: Insuficiência cardíaca Episódio prévio de morte súbita, História familiar de morte súbita, História pessoal ou familiar de doenças História de desmaios, diabetes, abuso de drogas e * * MS- SINTOMAS Em mais de 50% dos casos, a parada cardíaca súbita ocorre sem sintomas prévios. Em alguns pacientes, pode ocorrer palpitações, falta de ar, desmaios prévios, tonturas. Sintomas associados à doença de base * * MS- COMO PROCEDEDER? A maioria das mortes ocorre fora do ambiente hospitalar, sendo necessário um atendimento rápido. É necessário que realize-se manobras de ressucitação imediatas. A cada minuto sem a desfibrilação a chance de uma vítima se recuperar diminui em 7 a 10 %. A morte cerebral e a morte permanente ocorrem em 4 a 6 minutos após a parada cardíaca. Poucas tentativas de ressucitação são bem sucedidas após 10 minutos. A morte súbita não é INEVITÁVEL, sendo reversível em muitas das vítimas. * * MS- TRATAMENTO AOS SOBREVIVENTES Investigação das causas e o seu tratamento, para prevenir futuros episódios. As principais causas tratadas são as obstruções das coronárias e as arritmias. Podem necessitar do implante de aparelhos tipo marca-passos cardíacos (desfibriladores internos). Os exames e o tratamento posterior incluem: CATE; Estudos eletrofisiológicos; Angioplastias e implantes de “stents”, CRV; Drogas antiarrítmicas. * * TRATAMENTO- ARRITMIAS Ablação por Cateter com Radiofrequência Cauterização dos seus focos, localizados pelo estudo eletrofisiológico. Essa cauterização É realizada pela aplicação de energia de radiofrequência (uma forma de energia semelhante ao bisturi elétrico). Medicamentoso. Mudança nos hábitos de vida. * * MARCA-PASSO É um dispositivo que tem o objetivo de regular os batimentos cardíacos. Estímulo elétrico emitido pelo dispositivo quando o número de batimentos em um certo intervalo de tempo está abaixo do normal. Quando não há nenhuma pulsação natural, libera um impulso elétrico que leva a contração do músculo cardíaco * * MARCA-PASSO É ligado ao coração através de eletrodos (fios que comunicam o gerador ao coração). Há dois tipos: Marca-passo câmara única – o eletrodo é colocado no ventrículo direito (parte inferior do coração); Marca-passo câmara dupla – são colocados dois eletrodos, um no átrio e outro no ventrículo direitos. * * MARCA-PASSO * * MARCA-PASSO: PROCEDIMENTO PRA O IMPLANTE Realizado no Hospital Tipos de cirurgia: 1) Cirurgia endocárdica (método mais comum): consiste da introdução dos eletrodos do marca-passo através de veias que chegam ao coração. 2) Cirurgia epicárdica (método mais comum em crianças): é realizada uma cirurgia cardíaca, sob anestesia geral, onde os eletrodos são implantados diretamente no músculo cardíaco e o marca-passo numa bolsa criada abaixo da pele no abdome. * * MARCA-PASSO: RECOMENDAÇÕES Internação por 12h após o procedimento, Evitar molhar a ferida e o curativo por 5 dias após o implante.Após 5 dias retire o curativo e deixe a ferida aberta, Tomar analgésicos convencionais em caso de dor Evitar carregar peso no lado do marca-passo por 30 dias, Evitar movimentos amplos com o braço do mesmo lado do marca-passo durante 30 dias, Não há necessidade de retirar pontos (todos os pontos são absorvíveis), Levar sempre consigo a carteira de identificação de portador de marca-passo, * * * * MARCA-PASSO: RECOMENDAÇÕES Não há nenhuma restrição quanto ao uso de aparelhos eletrônicos convencionais, Ao usar o celular, procure sempre falar do lado oposto ao marca-passo. Evitar carregá-lo nos bolsos superiores das camisas, Em aeroportos ou em locais com detectores de metais, cruze rapidamente o campo magnético, evitando ficar parado no portão, Examinar a ferida regularmente e comunicar o médico caso verifique sinais de infecção local, Retorno ao médico que realizou o implante para revisão do marca-passo 4 a 6 semanas após a cirurgia. * * CDI- CARDIO DESFIBRILADOR INTERNO Marca-passo utilizado na terapia: anti-bradicardia anti-taquicardia - com a possibilidade de gerar choque ou desfibrilação interna. Indicações: Arritmias ventriculares graves ou os que têm alto risco de desenvolvimento de parada cardíaca em fibrilação ventricular. * * CDI Três tipos mais utilizados de CDI: CDI bicameral: dois eletrodos (atrial e ventricular), pode sentir e estimular o átrio e ventrículo sincronizando o ritmo, o choque é emitido pelo eletrodo ventricular. CDI unicameral: um eletrodo (ventricular), pode sentir e estimular o ventrículo, aumentando a frequência conforme a demanda do paciente, o choque é emitido pelo eletrodo ventricular. Ressincronizador/CDI - Com eletrodos em ventrículos esquerdo e direito, o choque é emitido pelo eletrodo ventricular direito. * * MP E CDI: COMPLICAÇÕES Hemorragia, Rejeição corporal, Lesão cardíaca, Perfuração cardíaca, Lesões nervosas crônicas, Óbito, Endocardite Arritmias Infecção, Pneumotórax Desposicionamento do eletrodo Choque inadequado ... * * FISIOTERAPIA: PCTES. COM ARRITMIAS, MP E CDI Fase I, II,III e IV Orientações quanto aos cuidados Considerar: História clínica Tempo de implante Uso de medicamentos * * *
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