Buscar

Questionário Simulados Resumo Direito Internacional AV1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO: 
1: Hierarquia de tratados – Tratados – Emenda 45 – Natureza jurídica do Pacto de San José da Costa Rica. 
	
	Até a emenda 45 os tratados tinham natureza infra legal, equiparando -se as leis ordinárias, após o julgamento de recurso extraordinário 466 343 de SP, eles passaram a ser norma supra legal, neste contesto o pacto de San José da costa rica passou a ser uma norma supra legal (sumula 25 STF), os tratados de direitos humanos aprovados após a emenda constitucional 45 d e 2004, desde que aprovado pelo quórum qualificado de emenda, terão status de norma constitucional, logo, todos os tratados AN T posterior a emenda 45, se aprovados pelo quórum de emenda, terão status de normas constitucionais. 
	Tratados de direitos humanos aprovados antes da emenda 45 são alçados ao s tatus de norma supra legal e os demais tratados que não direitos humanos continuam sendo leis ordinárias. 
2: Tratados - Conceitos – Ratificação – Reserva – Plenos Poderes. 
2.1 Conceito de Tratado: Os tratados pode m ser definidos como estipulações formais entre dois ou mais Estados, ou ainda, entre outras pessoas de Direito Internacional Público, mediante as quais se cria, modifica ou s e extingue uma determinada relação jurídica (COSTA, 1955, v. 1, p. 366) . Segundo Rezek (2010, p. 14), tratado é todo acordo formal concluído entre pessoas jurídicas de Direito Internacional Público, e destinado a produzir efeitos jurídicos .
2.2 Ratificação: É considerada a fase mais importante do processo de conclusão dos tratados, pois confirma a assinatura e dá validade a ele. Ou seja, é o ato pelo qual a autoridade nacional competente informa às autoridades correspondentes dos Estados cujos plenipotenciários concluíram, com os seus, um projeto de tratado, a aprovação que dá a este projeto e que o faz doravante um tratado obrigatório para o Estado que esta autoridade encarna nas relações internacionais. 
2.3 Reserva: Nos Tratados multilaterais cabe que a ratificação se faça com reservas. Consiste uma reserva em que o Estado declara não aceitar uma ou várias estipulaciones do tratado, ou as aceitar unicamente segundo determinada interpretação. Nesta última hipótese fala-s e ta de uma “declaração interpretativa” . As reservas podem ser formuladas, ou no ato da assinatura do texto do tratado, ou no momento da ratificação. M as se uma reserva expressa no ato da assinatura não s e repete no momento da ratificação se considera que foi retirada. Por outra arte, um Estado pode em todo momento retirar uma reserva.
2.4 Plenos poderes: O artigo 7º da convenção de Viena sobre o direito dos tratados estipula o seguinte: Têm capacidade para celebrar Tratados internacionais os representantes dos Estados com plenos poderes, no entanto há determinados cargos estatais que têm faculdades para celebrar todos estes atos sem que seja necessário que tenha um poder do Estado específico pois o Direito internacional lhes confere faculdades em virtude de suas funções. Estes são o Chefe de Estado, o Chefe de Governo e o Ministro de Assuntos Exteriores. Os Chefes de Missão Diplomática (embaixadores) também têm determinadas concorrências (negociação e adoção), prévia resolução autoritativa específica, o que na prática resolutiva se chama extensão de plenos poderes para a assinatura. 
As organizações internacionais também têm capacidade para celebrar tratados internacionais, se regem pelas normas da Convenção de Viena de 1986, mas esta capacidade depende do estabelecido em suas cartas fundacionais ou estatutos. 
3: Solução de controvérsias – Solução Pacífica – Mediação, negociação direta, bons ofícios e congressos e conferência: 
 A negociação direta entre as partes varia segundo a gravidade do problema. Podem ser bilaterais (entre duas pessoas de Direito Internacional Público, ex.: dois Estados), ou multilaterais (quando interessam a mais Estados). É a que geralmente apresenta os melhores resultados e caracteriza- se por grande informalidade, sempre conduzidas segundo os usos e costumes internacionais. Tais negociações podem chegar à vários resultados, como adesistência, quando um Estado renuncia à sua reivindicação; aquiescência, quando um Estado reconhece a reinvidicação do outro; e transação, quando os Estados fazem concessões recíprocas. 
 A consulta consiste numa troca de opiniões entre dois ou mais Estados interessados num litígio internacional 
para que possam alcançar uma solução que agrade a todos. Tal método figura no continente americano, mais precisamente no âmbito da OEA. 
 A mediação consiste na interposição de um (mediação individual) ou mais Estados (mediação coletiva), entre outros Estados para se solucionar pacificamente um litígio, podendo ser oferecida ou solicitada, sendo que seu oferecimento ou recusa não deve ser considerado ato inamistoso. Em regra geral, apresenta-se como facultativa. 
O mediador participa ativamente das negociações, mas não procura impor sua vontade, procedendo com intuitos desinteressados. 
 Os bons ofícios são a tentativa amistosa de um ou vários Estados de abrir via às negociações das partes interessadas ou de reatar as negociações que foram rompi das. Sendo assim, o terceiro Estado seria um simples intermediário que coloca em presença os Estados litigantes para os levar entrar em negociações, ao contrário da mediação, embora na prática seja difícil distinguir entre ambos . 
 Não necessariamente precisa ser um Estado que ofereça bons ofícios: o serviço pode ser oferecido por um alto funcionário de organização intergovernamental, como o Secretário Geral da ONU, por exemplo. 
 Por fim, recorre-se a um congresso ou conferência internacional quando, segundo Accioly, “a matéria ou assunto em litígio interessa a diversos Estados, ou quando se tem em vista a solução de um conjunto de questões sobre as quais existem divergências”.
as uais eiste divegias. 
 
4: Ratificação de Tratados. VIDE ITEM 2.2 DA QUESTÃO 2 
5: ONU – Órgãos da ONU, o que fazem e o que são: 
A Assembleia Geral 
 Assembleia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os Estados -Membros da Organização (192 países) se reúnem para discutir os assuntos que afetam a vida d e todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros. 
 
O Conselho de Segurança 
O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança internacionais. Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, is to é, todos os membros das Nações Uni das devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho. 
 
O Conselho Econômico e Social 
O Conselho Econômico e Social (EC OSOC) é o órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. 
O Conselho formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvi mento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais.
O Conselho de Tutela 
Segundo a Carta, cabia ao Conselho de Tutela a supervisão da administração dos territórios sob regime de tutela internacional. As principais metas desseregime de tutela consistiam em promover o progresso dos habitantes dos 
territórios e desenvolver condições para a progressiva independência e estabelecimento de um governo próprio.
A Corte Internacional de Justiça 
A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário das Nações Unidas . Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte – que é par te da Carta das Nações Unidas – podem recorrer a ela. Somente países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça. 
Além disso, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem solicitar à Corte pareceres sobre quaisquer questões jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Unidas. 
 
6: ONU 
Conceito: ONU é a sigla para Organização d as Nações Unidas, que é uma organização internacional com o objetivo de facilitar a cooperação em termos de direito e segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e da paz mundial. A ONU foi fundada em 1945 , logo após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de deter as guerras entre os países e para facilitar diálogo entre os mesmos.
DIREITO DOS TRATADOS
1) Conceito: (CVDT de 1969, art. 2º, n. 1, “a” - adaptado)
	Tratado é um acordo internacional concluído por escrito entre sujeitos de Direito Internacional (Estados/Organizações Internacionais), regido pelo Direito Internacional, qualquer que seja sua denominação específica, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos.
2) Denominações
1) Tratado			2) Acordo	 	3) Compromisso Arbitral
4) Convenção			5) Carta	 	6) Acordo Executivo
7) Concordata			8) Protocolo	 	9) Estatuto
10) Modus vivendi		11) Declaração	12) Convênio
13) Compromisso		14) Pacto		15) Gentlemen's Agreement
OBS.1: Gentlemen's Agreement = pacto pessoal entre estadistas fundado na honra, “acordo moral” entre cavalheiros, cuja vigência estará condicionada à permanência dos ditos governantes no poder.
OBS.2: Declaração = a rigor técnico não é um tratado, mas uma enunciação de princípios, sem força vinculativa ou com mera força moral. São EXCEÇÕES: a) Declaração Universal de Direitos Humanos e b) Declaração Americana de Direitos Humanos.
3) Características:
- Solene, formal, escrito
- Ato jurídico e fonte do DI
- Firmado por sujeitos de DI
(Estados, Organizações Internacionais, Santa Sé, Comitê Internacional Cruz Vermelha)
4) Classificação:
 a) quanto às partes
	- Bilaterais
	- Multilaterais
 b) quanto à natureza jurídica
	- Tratado-constituição (cria uma organização internacional - ex: Carta da ONU)
	- Tratado-contrato (importância pontual para as partes - ex: comércio, militar)
	- Tratado-lei (normas de interesse geral sobre um tema - ex: direito do mar)
 c) quanto à adesão
	- Fechados (apenas signatários participam + delimitação)
	- Abertos (admitem adesão futura + caráter abrangente)
OBS: dois critérios diferentes: temporal e geográfico
 d) quanto ao procedimento
	- Unifásico →	assinatura (ato definitivo)
	- Bifásico →	assinatura (ato prenunciativo) + ratificação (ato definitivo)
5) Processo de conclusão e regras de validade:
ASPECTOS DA VALIDADE
- Capacidade das partes → 	Capacidade + competência negocial
- Consentimento mútuo → 	manifestada pela assinatura + ratificação
- Objeto → lícito, possível e determinado (conteúdo versado no tratado)
- Estrutura → 	a) Preâmbulo, b) Dispositivo, c) Anexos
- Depositário → Estado ou Organização Internacional
- Treaty-making power → poder para celebrar tratados e seu processo
- Extinção → denúncia, jus cogens superveniente, rebus sic stantibus
FASES DA CONCLUSÃO
a) Negociação do texto
 Conferências internacionais
 Delegados credenciados (acreditados)
b) Assinatura
 Presidente ou Plenipotenciários (Carta de Plenos Poderes)
 Presidente encaminha Mensagem ao Congresso Nacional
c) Crivo do Legislativo
 Câmara e Senado (nesta ordem) apreciam o texto
 APROVAÇÃO: Decreto Legislativo do Presidente do Senado
 REJEIÇÃO: Mensagem ao Presidente da República
OBS: O quorum de aprovação determinará a posição hierárquica do tratado na ordem interna, conforme a matéria nele versada (CF/88, art. 5º, § 3º).
d) Ratificação
 Presidente da República encaminha Mensagem ao Depositário
 Depósito do instrumento de ratificação
e) Publicação
 Decreto Executivo promulgando o texto
 Publicação do Decreto e do texto no Diário Oficial da União
 Ordem de execução (“Exequatur”)
OBS.1: Existe ainda o registro do tratado junto à ONU, para compor o seu acervo de normas internacionais, visando à ampla publicidade do texto.
OBS.2: A vacatio legis do tratado, na ordem interna, geralmente é de 30 dias se não houver previsão expressa em contrário. O próprio tratado pode determinar a vigência imediata.
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
(PARTES IMPORTANTES)
Preâmbulo
“NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra,que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e...”
PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS
ARTIGO 1 - Os propósitos das Nações unidas são:
1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal;
3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos comuns.
ARTIGO 2 - A Organização e seus Membros, para a realização dos propósitos mencionados no Artigo 1, agirão de acordo com os seguintes Princípios:
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os seus Membros.[...]
3. Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais.
DOS MEMBROS
ARTIGO 4 - 1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações. 2. A admissão de qualquer desses Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.
ÓRGÃOS
ARTIGO 7 - 1. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembléia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado. 2. Serão estabelecidos, de acordo com a presente Carta, os órgãos subsidiários considerados de necessidade.
VOTAÇÃO
ARTIGO 18 - 1. Cada Membro da Assembléia Geral terá um voto.
CONSELHO DE SEGURANÇA
COMPOSIÇÃO
ARTIGO 23 - 1. O Conselho de Segurança será composto de quinze Membros das Nações Unidas. A República da China, a França, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do norte e os Estados unidos da Américaserão membros permanentes do Conselho de Segurança. A Assembléia Geral elegerá dez outros Membros das Nações Unidas para Membros não permanentes do Conselho de Segurança, tendo especialmente em vista, em primeiro lugar, a contribuição dos Membros das Nações Unidas para a manutenção da paz e da segurança internacionais e para os outros propósitos da Organização e também a distribuição geográfica equitativa.
2. Os membros não permanentes do Conselho de Segurança serão eleitos por um período de dois anos. Na primeira eleição dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança, que se celebre depois de haver-se aumentado de onze para quinze, o número de membros do Conselho de Segurança, dois dos quatro membros novos serão eleitos por um período de um ano. Nenhum membro que termine seu mandato poderá ser reeleito para o período imediato.
VOTAÇÃO
ARTIGO 27 - 1. Cada membro do Conselho de Segurança terá um voto.
2. As decisões do conselho de Segurança, em questões processuais, serão tomadas pelo voto afirmativo de nove Membros.
3. As decisões do Conselho de Segurança, em todos os outros assuntos, serão tomadas pelo voto afirmativo de nove membros, inclusive os votos afirmativos de todos os membros permanentes, ficando estabelecido que, nas decisões previstas no Capítulo VI e no parágrafo 3 do Artigo 52, aquele que for parte em uma controvérsia se absterá de votar.
ACORDOS REGIONAIS
ARTIGO 52 - 1. Nada na presente Carta impede a existência de acordos ou de entidades regionais, destinadas a tratar dos assuntos relativos à manutenção da paz e da segurança internacionais que forem suscetíveis de uma ação regional, desde que tais acordos ou entidades regionais e suas atividades sejam compatíveis com os Propósitos e Princípios das Nações Unidas.
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
ARTIGO 92 - A Corte Internacional de Justiça será o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará de acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e faz parte integrante da presente Carta.
ARTIGO 93 - 1. Todos os Membros das Nações Unidas são ipso facto partes do Estatuto da Corte Internacional de Justiça.2. Um Estado que não for Membro das Nações Unidas poderá tornar-se parte no Estatuto da Corte Internacional de Justiça, em condições que serão determinadas, em cada caso, pela Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.
Estatuto da Corte Internacional de Justiça
Estabelecida pela Carta das Nações Unidas, como o órgão judicial principal das Nações Unidas,
Capítulo 1- Organização da Corte
Artigo 2 A Corte será constituída por um corpo de magistrados independentes eleitos, sem levar em conta a nacionalidade destes, de pessoas que gozem de alta consideração moral e que reunam as condições necessárias para o exercício das mais altas funções judiciais em seus respectivos países, ou que sejam jurisconsultos de reconhecida competência na área do direito internacional.
Artigo 3 1. A Corte será composta de quinze membros, dos quais não poderá haver dois que sejam da mesma nacionalidade.
Artigo 4 1. Os membros da Corte serão eleitos pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança de uma lista de candidatos propostos pelos grupos nacionais da Corte Permanente de Arbitragem, conforme as seguintes disposições. 
Artigo 10 1. São considerados eleitos os candidatos que obtenham uma maioria absoluta de votos na Assembléia Geral e no Conselho de Segurança. 
2. Nas votações do Conselho de Segurança, sejam para eleger magistrados ou para designar os membros da comissão prevista no Artigo 12, não haverá distinção alguma entre os membros permanentes e membros nos Conselhos de Segurança permanentes. 
Artigo 13 1. Os membros da Corte exercem o cargo por nove anos, podendo ser reeleitos. Entretanto, o período de cinco anos dos magistrados eleitos na primeira eleição expirará aos três anos, e o períodos dos outros cinco anos magistrados expirará aos seis anos. 
Artigo 22 1. A sede da Corte será em Haya. A Corte poderá, entretanto, reunir-se e funcionar em qualquer outro lugar quando o considere conveniente. 
Capítulo II - Competência da Corte
Artigo 34 1. Apenas os Estados poderão ser partes em casos diante da Corte. 
Artigo 36 1. A competência da Corte se estende a todos os litígios que as partes lhe submetam e a todos os assuntos especialmente previstos na Carta das Nações Unidas ou nos tratados e convenções vigentes. 
2. Os Estados partes no presente Estatuto que aceitem a mesma obrigação, a jurisdição da Corte em todas as controvérsias de ordem jurídica que tratem sobre: [...]
7. A declaração a que se refere este Artigo poderá ser feita incondicionalmente ou sob condição de reciprocidade por parte de vários ou determinados Estados, ou por determinado tempo. 
Artigo 381. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que sejam submetidas, aplicará:
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática geralmente aceita como sendo o direito;
c) os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d) as decisões judiciais e as doutrinas dos juristas mais qualificados das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59.
2. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex aequo et bono, se convier às partes. 
Procedimento
Artigo 39 1. Os idiomas oficiais da Corte serão o francês e o inglês. Se as partes concordarem que o procedimento seja realizado em francês, a sentença será pronunciada neste idioma. Se concordarem que o procedimento prossiga em inglês, neste idioma a sentença será pronunciada. 
Artigo 59 A decisão da Corte não é obrigatória senão para as partes em litígio e a respeito do caso alvo de decisão.
Artigo 60 A sentença será definitiva e inapelável. Em caso de desacordo sobre o sentido ou desfecho da sentença, a Corte interpretará a solicitação de qualquer das partes.
Capítulo IV - Opiniões Consultivas
Artigo 651. A Corte poderá emitir opiniões consultivas sobre qualquer questão jurídica, sob solicitação de qualquer organismo autorizado para isso por Carta das Nações Unidas, ou de acordo com as disposições da mesma. 
-----------*-----------*-----------*---------*----------*----------*-----------*-----------*---------
Questionário de Direito Internacional
1 - Como se pode conceituar tratado internacional?
Tratado significa um acordo internacional concluído por escrito entre estados e regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica.
2 - Em que se distinguem um tratado aberto e um tratado fechado?
Um tratado aberto tem clausulas de adesão, ou seja, admite adesão posterior a sua entrada em vigor.
Um tratado fechado não permite adesão posterior, ou seja, não possui clausula de adesão.
3 - Que são:
a) Tratado-Constituição;
Cria, organiza e institui a pessoa jurídica intenacional.
b) Tratado-Lei;
São os tratados comuns.
c) Tratado-Contrato?
São acordos comuns sobre assuntos diversos e, geralmente, bilateral.
4 - Que se entende pela expressão “Treaty-making power”?
È uma expressão criada por Herry Wheaton que significao poder de celebrar contratos. 
5 - Que são “plenos poderes”? E quem são os plenipotenciários naturais?
A "carta de plenos poderes" é o instrumento que contém esta autorização e deve ser trocada pelos agentes signatários, no caso de um tratado bilateral, ou depositada junto a um Estado ou organização internacional (“depositário”), no caso de tratado multilateral.
Os plenipotenciários são aqueles que representam o seu estado nas relações exteriores, e com essa carta eles possuemplenos poderes para redigir tratados em nome do seu pais. No caso do Brasil, existem os naturais que são os chefes de estado, chefe de governo e ministros das relações exteriores (eles podem assinas, p depois o congresso ratificar) e existem os derivados, que são  pessoas escolhida pelo Chefe de Estado e/ou Chefe de Governo com a chancela, confirmação, do ministro das relações exteriores para negociar e assinar tratados. Geralmente são diplomatas, mas nem sempre. Algumas vezes o tratado é tão técnico que uma pessoa especialista na área será nomeada para representar. Essa pessoa é escolhida para um tratado e depois deixa de representar, sendo assim, teremos vários plenipotenciários (são escolhidos para tratados específicos, em regra). A maioria dos tratados são assinados pelos plenipotenciários, pois os Chefes de Estados e Chefes de Governos não podem se deslocar tanto para participar dos tratados. Detém a carta de plenos poderes.
6 - Quais os efeitos da assinatura e da ratificação em um tratado?
Dependem do tipo de contrato. No caso de um contrato unifásico, a assinatura tem efeito definitivo. Já no bifásico, a assinatura tem efeito prenunciativo e a ratificação tem efeito definito. No bifásico o Congresso ratifica através de decreto legislativo.
7 - Qual a importância jurídica do Preâmbulo de um tratado?
Os tratados se dividem em preâmbulo, dispositivo e anexo. A importância jurídica do preâmbulo nos tratados é de que ele contextualiza o cenário em que o tratado foi firmado, fornecendo o contexto histórico, os valores intrínsecos, princípios e vetores interpretativos daquele dispositivo.
8 - Que se entende por reserva e denúncia no direito dos tratados?
Reserva significa uma declaração unilateral e serve para excluir a eficácia, efeito jurídico, ao qual o Estado esta aderindo, fazendo uma reserva, ressalva, declarando não aceitar uma ou mais estipulações contidas naquele tratado. 
OBS: Declaração interpretativa é diferente de reserva, pois essa é quando o Estado aceita o tratado, mas somente segundo determinada interpretação.
Denuncia é a decisão, de forma escrita, através de uma notificação, exprimindo a vontade do estado de terminar o compromisso com o tratado, extinguindo as obrigações internacionais do Estado c aquele tratado.
9 - Pode o Presidente da República denunciar unilateralmente um tratado internacional, sem a prévia autorização do Congresso Nacional? Explique as três correntes existentes.
Existem varias correntes. A 1ª diz que ele pode denunciar, sem o congresso ser informado, por não existir nada na Constituição federal tratando sobre o ato da denuncia. A 2ª corrente afirma que para se desobrigar do tratado, ele teria que manifestar esse interesse ao congresso, e se esse autorizar, ele pode mandar a denuncia. Já a 3ª e ultima corrente afirma que o presidente pode denunciar, e somente esse ato ele manda para o congresso ratificar ( no entanto essa corrente decorre em erro pelo simples fato de que, após o presidente fazer a denuncia, mesmo que o congresso não ratifique, não existe a possibilidade de voltar atrás pois a denuncia é uma ato internacional, enquanto a ratificação é uma ato nacional.
10 - Qual a norma utilizada pelo Congresso Nacional para autorizar o Presidente da República a ratificar um tratado?
A norma utilizada pelo congresso nacional para autorizar o presidente, ratificando é o decreto legislativo.
OBS: Não é necessária a autorização do congresso para o presidente assinar, apenas para ratificar. Art. 84, X e art. 49, I da CF/88
11 - Que norma emana do Presidente da República e é publicada no Diário Oficial da União para indicar a ratificação de um tratado? Por qual expressão é conhecida?
A norma que emana do presidente da república é o decreto executivo. A expressão pela qual é conhecida é: EXEQUATUR.
12 - Qual a posição hierárquica dos tratados internacionais na ordem interna brasileira? E se versarem sobre direitos humanos?
A posição hierárquica dos tratados depende: Se o tratado for aprovado por 3/5 em ambas as casas, terá força de emenda constitucional. No entanto, se não, terá apenas efetio de lei complementar.
Quando se tratam de direito humanos, antes da emenda 45 tem efeito de norma supra legal, os demais de lei ordinária.
13 - Quais as especificidades da terminologia adotada para denominar os tratados, conforme relação abaixo?
a) Acordo
b) Convenção
c) Carta
d) Concordata
e) Protocolo
f) Estatuto
g) Pacto
h) Gentlemens’ Agreement
14 - Qual a diferença entre Hard Law e Soft Law em Direito Internacional?
Hard Law se trata de leis mais rígidas e as soft Law são mais flexíveis. A diferença na realidade se encontra no seu grau de obrigatoriedade, coercitividade. No hard Law o processo é mais rígido, enquanto que na soft Law ele é mais simplificado.
15 - É correto afirmar que as declarações internacionais são tratados? E quanto às declarações universal (ONU) e americana (OEA) de direitos humanos?
Declaração não é tratado. Mas tem força de tratado porque é um instrumento juridico de interpretação do tratado, por isso tem força de hard Law.
16 - Em que consiste o controle de convencionalidade?
Consiste num controle de compatibilidade entre a norma (tratado, convenção) e as normas do estado. É um controle bastante elástico pois pode existir com relação a um comparativo com uma sentença, por exemplo, ou qualquer coisa na ordem interna que pode ser feita essa compatibilidade.
17 - No âmbito dos tratados, o Brasil adota posição Monista ou Dualista?
A doutrina considera a posição do Brasil como monista por admitir o conflito entre norma de direito interno e norma de direito internacional, colocando-as em um mesmo plano. Seria, porém, de forma moderada porque há a equiparação do tratado internacional à lei ordinária pela jurisprudência do STF. Apesar da doutrina majoritária no país adotar a teoria monista[1], o STF se pronunciou no acórdão tratado acima e na ADIn n. 1.480-DF[2], no sentido de que o Brasil adota na verdade a teoria dualista moderada.
18 - Qual a relação entre tratado internacional e jus cogens?
Tipicada como norma Jus Cogens, é aquela que é aceita por todo o complexo internacional, e não é possível sua alteração, exceto por outra da mesma espécie, orientando assim de forma definitiva. 
Ademais, de caráter peremptório e indisponível, os arts. 53º e 64º da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados referem de que forma o jus cogens vigore na competência internacional.
"Art. 53. É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza."
"Art. 64. Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional geral, qualquer tratado existente que estiver em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se."
A imagem do jus cogens ordena que toda norma que possuir tal característica terá preferência diante de outros que forem conflituosas. Sendo assim, se houver divergência entre uma norma, e outra, porém definida como jus cogens, a última será dominante.
WEBS
CASO CONCRETO 1 
 
O DIP e interdependência e cooperação entre Estados ―Os Estados Unidos desistiram de apelar da decisão da 
O DIP e interdependência e cooperação entre Estados ―Os Estados Unidos desistiram de apelar da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que deu vitória ao Brasil no processo contra as medidas antidumping aplicadas pelo governo americano na exportação de suco de laranja brasileiro. Com isso, as sobretaxas ao produto nos últimos quatro anos terão de ser retiradas em um pr azo máximo denove meses, tornando o produto novamente competitivo." Essa foi a primeira vez que os EUA desistiram de um processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades de apelação. O fato foi comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de rever uma prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento". 
 
Com base no texto acima, retirado da página da Organização Mundial do Comércio, discorra sobre a vertente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
R: O caso em tela refere-se a atuação do Direito Internacional Público, que tem como premissa ser uma regra de vida social, aplicável à Sociedade Internacional, objetivando o bem comum e a manutenção da ordem social, que deve reinar no âmbito internacional. Essa fonte de direito prima por tutelar as mais variadas relações entre nações, entre elas as comerciais e politicas. No Direito Internacional, as relações ocorrem entre pessoas internacionais (Estados soberanos, Organizações Internacionais, etc.). As relações internacionais, assim como as relações internas, objetivam a harmonia entre os entes da sociedade, permitindo um justo e adequado desenvolvimento da pessoa humana. 
A sociedade internacional caracteriza-se por ser: 
a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre;
b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica;
c) aberta: significa que todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
d) descentralizada: posto não existir organização institucional como na sociedade interna dos Estados. 
Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional;
e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico.
CASO CONCRETO 2 
O DIPRI e a globalização. 
 Convenção de Direito Internacional Privado de Haia Uma organização mundial... Com mais de 60 Estados membros representando todos os continentes, a Conferência de Haia de Direito Internacional Privado é uma organização intergovernamental de caráter global. Mescla de diversas tradições jurídicas, ela desenvolve e oferece instrumentos jurídicos multilaterais que correspondem às necessidades mundiais. Um crescente número de Estados não -membros está aderindo às Convenções da Haia. Assim, mais de 120 países participam hoje nos trabalhos da Conferência. Que estende pontes entre os sistemas jurídicos... As situações pessoais, familiares ou comerciais que estão relacionadas a mais de um país são habituais no mundo moderno. Estas podem ser afetadas pelas difer enças que existem entre os sistemas jurídicos vigentes nesses países (...). 
 
Com base no texto acima, retirado do site do STF, discorra sobre a vert ente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade.
RESPOSTA: O Direito que regula a relação jurídica acima narrada é o Direito Internacional Privado e para melhor compreender seu pa pel na contemporaneidade é imprescindível reconhecer que o impacto da globalização sobre o arcabouço jurídico é muito maior do que a realidade interna de cada Estado. Em vista dessa nova ordem internacional que vem sen do alterada pela realidade política construída desde meados do século passado, diversos internacionalistas apontam a predominância de uma visão pluralista no Direito Internacional conte mporâneo. Nesse sentido, Ca nçado Trindade (MELLO, 1999 , p. 17) afirma que os antigos paradigmas da soberania irrestrita e ilimitada sucumbiram à necessidade de uma reformulação subjetiva da Sociedade Internacional em torno da pessoa humana e a proteção de sua dignidade.
	Na formação desta Nova Ordem Internacional, a Segunda Conferência d e Haia, de 1907 teve crucial importância. Eram 44 os países ali presentes, dentre os quais o Brasil, representado por Ruy Barbosa. Plasmava-se, então, a semente do que viria a se tornar a Corte Internacional de Justiça. Seriam traçados ali novos e importantes rumos para essa sociedade internacional, como o controle do uso da força, a importância dos Direitos Humanos e a solução pacífica de controvérsias. “Na nova sociedade universal pode-se dizer que se est á embaralhando o mapa do mundo”. Nele as principais forças produtivas “compreendendo o capital, a tecnologia, a força de trabalho e a divisão transnacional do trabalho, ultrapassam fronteiras geográficas, históricas e culturais, multiplicando-se assim as suas formas de articulação e contradição.
	O Direito Internacional Privado é classicamente visto como o ramo do direito interno que regula, direta ou indiretamente, as relações privadas internacionais. Seu desafio é dar respaldo eficiente e justo a esta crescente internacionalidade das vidas privadas, das r elações civis, comerciais ou de consumo, dentre outras. Para Pimenta Bueno, o Direito Internacional Privado atenderia aos interesses recíprocos de dignidade, bem estar, civilização e justiça universal, ao tempo em que preserva a independência, a jurisdição e a soberania de cada Estado. 
	As circunstâncias atuais da Sociedade Internacional, marcadas pelos signos da globalização econômica (velocidade, ubiquidade e liberdade) apontam para a necessidade da cooperação entre os Estados soberanos, especialmente porque o atributo da soberania deixa de ser considerado em sua forma absoluta e ilimitada, por força da consagração de outros sujeitos de Direito Internacional, como os organismos internacionais, as empresas transnacionais e, principalmente a pessoa humana, cuja dignidade constitui o eixo epistemológico do Direito Internacional Contemporâneo, consagrado pela convergência dos ramos do Direito Internacional Público, do Direito Internacional Privado e de todas as áreas correlatas ao estudo da complexidade da vida internacional. 
	Conforme se pode constatar, o direito contemporâneo é marcado pelo dinamismo das instituições, incrementado pelo aumento da circulação das construções jurídicas carreadas nos variados fluxos das atividades cotidianas que extravasam as fronteiras dos Estados soberanos. Reafirma-se, nesse contexto, o Direito Internacional Privado como importante ferramenta para compreensão da realidade jurídica contemporânea em visão convergente, entre o público e o privado, em vertente inspirada em um direito cosmopolita. 
	Portanto, a análise do conteúdo do Direito Internacional Privado revela-se de importância estratégica para o domínio do conhecimento jurídico nesse Terceiro Milênio cuja primeira década acaba de ser superada. Reitera-se aqui o apelo à comunidade jurídica brasileira a fim de sintonizar-se com a necessidade de abertura e recuperação do atraso na internalização de importantes tratados e convenções internacionais, bem como a atualização das normas de Direito Internacional Privado. Esperam os autores que estas páginas contribuam para a releitura da disciplina primando por uma abordagem dinâmica, pragmática e, sobretudo, pluralista. 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: (XI CONCURSO JUIZ FEDERAL 2006 1ª REGIÃO)
c) O direito internacional uniformizado é fruto de entendimentoentre Estados e que se concentram nas atividades econômicas de natureza internacional;
AULA 2 
Caso Concreto 1 
Considere o texto abaixo feito a partir da compilação de obras de importantes doutrinadores: 
O eminente jurista Celso de Albuquerque Mello via no pensamento de Ignácio Ramonet a melhor descrição da sociedade internacional após a queda do muro de Berlim. Segundo esta descrição: 
 
“Após 1989 já houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhões de refugiados. As 225 maiores fortunas 
“Após 1989 já houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhões de refugiados. As 225 maiores fortunas do globo representam 1000 bilhões de euros, que é o equivalente à renda anual de 45% dos mais pobres da 
população mundial (2,5 bilhões de pessoas). As pessoas estão mais ricas que os Estados. As 15 pessoas mais ricas ultrapassam o PIB da África Subsaárica. Em 1960 os 20% da população que vivia nos países mais ricos tinham uma renda 30 vezes superior a dos 20% mais pobres. Em 1995 a renda é 80 vezes superior. 
Para atender às necessidades sanitárias e nutricionais fundamentais custaria 12 bilhões de euros, isto é, o que os habitantes dos EUA e União Européia gastam por ano em perfume e menos do que gastam em sorvete. Morrem anualmente 30 milhões de pessoas por fome. Esta é uma arma política, uma arma de guerra e cria o "charité business". As fusões de empresa têm permitido diminuir o número de empregos. Cada uma das 100 principais empresas globais vende mais do que exporta cada um dos 120 países mais pobres. As 23 empresas mais importantes vendem mais que o Brasil. Elas controlam 70% do comércio mundial.(Cf. MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Renovar, 14 ed, vol I, 2002, p.57).” 
 
O texto acima descreve as consequências danosas de uma inserção internacional assimétrica feita a partir de relações verticalizadas com relação aos centros mundiais de poder, representados pelos países desenvolvidos. É melancólica aquela imagem dos gastos com per fumes e sorvetes no mundo desenvolvido em comparação com as necessidades básicas de saúde, educação e alimentação no mundo periférico. Igualmente forte, o registro de que as pessoas estão mais ricas do que os Estados nacionais. Tudo isso a refletir a complexa sociedade internacional contemporânea.A partir da leitura do texto, disserte acerca das características da sociedade internacional que são idealmente apontadas pela melhor doutrina do direito internacional e que encontram respaldo na Carta na ONU e em outros documentos internacionais. Resposta: 
 
R: A Sociedade Internacional é baseada na vontade legítima de seus integrantes que se associaram diplomaticamente para atingir certos interesses em comum, é um conjunto de vínculos estabelecidos por motivos políticos, econômicos, sociais e culturais. É formada pelos Estados, pelos Organismos Internacionais e, sobretudo, pelos homens, como membros atuantes dentro de cada organização. 
 A Sociedade Internacional tem como características: 
 
* A Universalidade: abrange o mundo inteiro, mesmo que o país não tenha vínculos tão profundos com os demais deve ao menos se relacionar com os Estados fronteiriços. 
 • A Heterogeneidade: Integram-na Estados das mais diferentes vertentes culturais e sociais, o que influencia diretamente na complexidade das negociações. 
 • A Descentralização: Não há um poder central internacional ou um governo mundial, mas há vários centros de Poder, como os próprios Estados e as Organizações Internacionais. 
 • É Aberta: Todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam membro sem necessidade de aprovação prévia dos demais. 
 • Direito Originário: Não se fundamenta em outro ordenamento positivo ou pré-estabelecido
A globalização possibilitou a integração entre todos os países do globo, seus respectivos povos e culturas, quebrou barreiras regionais, proporcionou a integração dos mercados financeiros, formação de blocos econômicos, acúmulo de riquezas por partes de diversos países, mas em contrapartida gerou distorções socioeconômicas muito graves. 
 
A globalização tem levado o planeta à proximidade da catástrofe ambiental, convulsão social sem precedentes, desestruturação das economias de muitos países, aumento da pobreza, da fome, dos sem terra, da migração e do deslocamento social. 
 
Assim, visando à criação de condições de estabilidade e bem-estar necessárias para a convivência pacífica entre as nações, a Carta da ONU, em seu artigo 55, estabelece que as Nações Unidas devem promover padrões de vida mais elevados, pleno emprego e condições de progresso econômico e social.. 
 
A sociedade internacional caracteriza-se por ser: 
 a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre;
b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica;
c) aberta: significa que todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja 
necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
d) descentralizada: posto não existir organização institucional com o na sociedade interna dos Estados. 
Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional;
e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico. 
 Não se pode negar, no entanto, que o processo de globalização tende a reduzir o conceito de soberania estatal pela desconstrução do Estado interventor (Welfare State) em prol do fortalecimento das estruturas internacionais mediante a consolidação de organismos multilaterais de cooperação internacional, o que evidentemente conduz à revalorização da concepção de Estado Mínimo
CASO CONCRETO 2 
―...Precisamos nos assegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para 
―...Precisamos nos assegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para realizarem suas missões, nos locais aos quais são enviadas. É nesse aspecto que a França e o Reino Unido trabalham em parceria por intermédio de um conjunto de sistemas, o que é útil não só para nossas forças, mas também para nossas indústrias, nossas economias e nossas populações. Uma etapa importante será vencida hoje, com a assinatura de um protocolo de acordo que lança nossa cooperação sobre nossos futuros porta-aviões pelos próximos 12 meses. Mas existem também numerosos programas importantes como, por exemplo, o sistema PAAMS (Principal Anti Air Missile System), o míssil ar-ar Meteor e o avião de transporte A 400M..‖ (Artigo da ministra francesa da defesa, Michèle Alliot-Marie, e do ministro britânico da defesa, John Reid, publicado no jornal ―Le figaro‖(Paris, 6 de março de 2006). 
Analise o texto e os aspectos que destaca, dissertando sobre as forças que atuam na relação entre as pessoas de Direito Internacional e sua importância na modelagem da sociedade internacional, em especial sobre os três sentidos 
de Fred Halliday para o termo ―sociedade internacional‖ - realismo, transnacionalismo e homogeneidade. 
RESPOSTA: As forças que influenciam a SI são forças econômicas, culturais, religiosas e políticas. Sendo que as forças econômicas e políticas são as mais importantes. Forças culturais: Manifestam-se pela realização de acordos culturais entre os Estados, na criação de organismos internacionais de fomento e desenvolvimentoda cultura (UNESCO). 
	Forças econômicas: Definem o sistema internacional como primariamente constituído pela atividade econômica e pela disseminação das relações sociais e econômicas capitalistas em uma escala mundial.Segundo Celso Mello, elas seriam despertadas pelo materialismo histórico de Marx e ainda que o seu enfrentamento exigiria uma grande cooperação interestatal. (FMI, BIRD, OMC...). 
	Forças políticas: a luta pelo poder e pelo aumento do território estatal ocasionou fenômenos característicos da sociedade internacional (ditadura e imperialismo). 
	Forças religiosas: catolicismo, protestantismo. Hoje, o Islamismo tem marcado presença na nova forma de terrorismo, que vem, atualmente, dando novo contorno à SI. 
Os três sentidos para o termo sociedade internacional, segundo Fred Halliday são: 
1- Realismo - dentro do qual a sociedade Internacional refere-se à relação entre Estados, baseada em normas compartilhadas e entendimentos. Em um mundo constituído por potências soberanas e independentes, a guerra é o único meio pelo qual cada uma delas pode, em última instância, defender seus interesses vitais. 
2- Transnacionalismo - que se refere à emergência de laços não estatais de economia, de política, de associação, de cultura e de ideologia que transcendem as fronteiras dos Estados e constituem, em maior ou menor medida, uma sociedade que vai além destas mesmas fronteiras. 
3- Homogeneidade - que indica uma relação entre a estrutura interna das sociedades e da sociedade internacional, investigando de que maneira, como resultado das pressões internacionais, os Estados são compelidos a conformarem seus arranjos internos aos demais. É um conceito que se refere tanto ao desenvolvimento interno quanto às relações internacionais, já que o funcionamento interno dos Estados tanto influencia como é influenciado pelos processos internacionais.
AULA 3 
Caso Concreto 1 
 O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça 
procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas n um "imposto sobre o rendimento". 
 
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano. 
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós -britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado). 
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda:
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é 
aplicável a fim de dar solução ao litígio? 
A fonte é a do Costume Internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; Não havia até então Tratado que regia a relação. O costume veio perdendo espaço para os Tratados, já que esses possuem um texto que traz mais segurança juridical dada a sua clareza e certeza. 
RESPOSTA:A fonte aplicável ao litígio apresentado entre Portugal e Índia, para dar-lhe solução, segundo entendimento da Corte Internacional de Justiça é o costume regional 
 
2) Como ela é definida? 
 O Costume Internacional encontra definição no art. 38, “b” do Estatuto da Corte de Justiça Internacional, trata-se de uma espécie de norma formada pela reiterada prática dos sujeitos do Direito Internacional, consiste, portanto, numa “prática geral aceita como sendo o direito”. 
RESPOSTA: Ela é definida como costume regional, também denominado de local, que diz respeito a pedido de permissão para transposição territorial, o qual tem sido reconhecido pela jurisprudência e doutrina internacionais, a exemplo do caso em tela sobre direito de passagem entre Portugal e Índia, julgado na CIJ em 1960, no qual se reconheceu, também, a possibilidade de estabelecimento de costume em sentido contrário em razão da desobediência recíproca a costumes preestabelecidos (costumes "contra legem"). 
Os costumes apresentam essencialmente dois elementos. O elemento material (ou objetivo) que se constitui na repetição de atos, também chamados precedentes; e o elemento psicológico (ou subjetivo), identificado pela expressão latina opinio juris sive necessitatis. O primeiro elemento pode ser analisado em várias dimensões (tempo de repetição do ato; número de Estado que o praticam etc). Aqui convém perceber que o ato costumeiro é praticado por dois Estados: Índia e Portugal, ainda que o primeiro tenha estado sob o jugo colonial da Grã-Bretanha. Dessa forma identifica-se a localidade do precedente, de modo tal a sustentar a existência de um Costume Internacional local (e não de caráter geral), caso entenda-se que contemporaneamente exista também o elemento subjetivo. Este representa a idéia de necessidade, obrigatoriedade e consentimento entre os Estados praticantes dos precedentes. No caso citado, a prática adotada pelos Estados leva a crer que existe um costume internacional local. Entretanto o direito de passagem deve se limitar ao trânsito de mercadorias e indivíduos civis e não de forças armadas, polícia militarizada, armas e munições. 
 
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 
 É o elemento subjetivo que torna o costume norma juridica entre os países, conforme o art. 38, “b” do Estatuto da Corte de Justiça. 
RESPOSTA: O costume se estabelece pela união de certos elementos: um elemento que certifica sua 
existência, sua prática geral e sua uniformidade através do tempo; e outro elemento que atribui ao costume seu caráter eminentemente obrigatório entre os sujeitos do mesmo direito: a opinio iuris, oua consciência de sua obrigatoriedade. Os primeiros elementos reúnem-se sob a denominação geral de elementos materiais; o segundo é considerado o elemento psicológico do costume. São eles que tornam a norma jurídica.
Caso concreto 2 
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay: 
―...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos violados, 
quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou se us familiares) de eventuais reparações e indenizações. 
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas próprias de outra época histórica tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, em nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais tratando -se de um tribunal internacional de direito humanos. 
(...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais". 
Responda a pergunta abaixo no que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda: 
- Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional. 
R: O indivíduo poder ser considerado um sujeito de direito internacional, sendo sempre u m sujeito secundário, sem todos os pressupostos de um sujeito de direito internacional. Entretanto, os fragmentos de sua subjetividade estarão cada vez mais presentes. Aumentarão as formas de responsabilizar os indivíduos perante a comunidade internacional (Passiva), bem como as formas de tutela dos direitos fundamentais através de órgãos internacionais (Ativa).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pela Organização das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, delineia os direitos humanos básicos expondo também as suas limitações (deveres). 
Não há um consenso entre os autores acerca do conceito de pessoa internacional no DIP. Para alguns autores, como Celso de Albuquerque Mello, a conceituação de sujeito de direito no DIP seria idêntica à conceituação de sujeito de direito no direito interno, ou seja, é sujeito de direito internacional aquele que tem direitos ou obrigações perante a ordem jurídica internacional. 
Esses autores distinguem a personalidade jurídica da capacidade de agir, que diz respeito à realização de atos válidos no plano jurídico internacional. Assim, para eles é perfeitamente possível a existência de sujeitos de direito internacional incapazes, à semelhança do que ocorre com as crianças no direito interno, que, apesar de ser em sujeitos de direito, não possuem capacidade de exercê-los, devendo ser representadas por alguém capaz. Essa corrente doutrinária considera o ser humano e as empresas transnacionais como sujeitos de direito internacional público. 
A segunda corrente, cujo principal expoente brasileiro é Francisco Rezek, entende que, para que alguém possa ser qualificado como pessoa internacional, é necessário que lhe seja outorgada a capacidade de agir no plano internacional, possuindo, no mínimo, prerrogativa de reclamar nos foros internacionais a garantia de seus direitos. Para esses autores, são sujeitos de direito apenas os Estados soberanos (aos quais se equipara, por razões singulares, a Santa Sé1) e as organizações internacionais. 
Ambas as correntes concordam em um ponto: a subjetividade no DIP é evolutiva, variando conforme as transformações da sociedade internacional. Prova disso é que, até o século XIX, os Estados eram as únicas pessoas jurídicas no DI. No entanto, hoje, após a evolução da sociedade internacional, é indiscutível que as Organizações Internacionais são dotadas de personalidade jurídica internacional. 
Existem outros autores ainda que enfrentam esta problemática de uma forma diferenciada, aceitando o indivíduo com um sujeito secundário de direito internacional. Por fim, existem os que aceitam o indivíduo apenas como objeto do Direito internacional, como Sereni e Quadri. 
A maioria dos autores entende que o indivíduo pode ser sujeito de Direito Internacional, principalmente em decorrência da tendência ao monismo deste ramo do direito. Assim, se aceita que, em tese, o indivíduo possa ter subjetividade jurídico-internacional, apenas dependendo da forma de como as normas deste ordenamento jurídico o contemple. Ou seja, se destas normas se puder retirar os requisitos de um sujeito de direito, tais como possibilidade de atuação ou mesmo responsabilização do indivíduo, diretamente pela ordem internacional, pode ser que o indivíduo seja considerado um sujeito de Direito Internacional.
QUESTÃO OBEJTIVA 
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as convenções internacionais,
d) o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem.
AULA 4 
Caso Concreto 1 
 Inimiga natural do bom senso, a intolerância costuma fazer entre inocentes a maior parte de suas vítimas. 
O atentado terrorista contra a missão diplomática da Organização das Nações Unidas no Iraque, na terça -feira passada (19 de Agosto de 2003), não foge desse padrão: atingiu um organismo internacional que trabalhava pela paz, pela ordem e p ara mitigar os males das pessoas. A explosão matou 23 pessoas, de divers as nacionalidades, todas elas empenhadas em pavimentar o caminho para a consolidação de um governo capaz de colocar o país de pé. Uma das vítimas era a força motora desse esforço – o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, de 55 anos, chefe da representação da ONU no Iraque, que desde junho vinha desempenhando, com a peculiar competência, justamente o pape l que se espera das Nações Unidas, qual seja, o de promover um mínimo de entendimento entre partes aparentemente incompatíveis. 
	Eram 4 e meia da tarde quando uma betoneira amarela parou debaixo da janela de seu escritório em Bagdá. Detonada por um fanático suicida, a carga de 700 quilos de explosivos derrubou parte do prédio. Sob os escombros, imobilizado por uma viga que lhe esmagou as pernas, Vieira de Mello chegou a fazer ligações de seu telefone celular, mas não resistiu e sangrou até a morte antes que o resgate chegasse, já no começo da noite. "Um grande defensor da paz e da reconciliação assassinado em um ato de niilismo", descreveu com precisão o editorialdo jornal The New York Times.. 
No que se refere ao tema Responsabilidade Internacionais, responda: 
a) A Organização das Nações Unidas teria o dever de reparar os danos causados, já que o diplomata estava a serviços da ONU? Explique. 
RESPOSTA: Existe a responsabilidade funcional quando se trata de funcionário da Organização Internacional, pois esta tem o direito de proteção diplomática, podendo responsabilizar um Estado ou outra Organização Internacional por atos danosos a seus funcionários ou a seu patrimônio. O CIJ já emitiu parecer concluindo que a OI tem o direito de exigir a reparação dos danos sofridos por ela e pelas vítimas, seus funcionários ou seus bens. Sendo assim, cabe à família do brasileiro requerer a reparação do dano pela ONU, bem como esta pode pleitear a reparação do Estado que a lesionou 
.b) O Brasil teria o dever de reparar os danos causados, já que o diplomata representava o País no exterior? Explique 
RespostaSim, pois o diplomata é servidor público, passível de ser responsabilizado pelos danos causados à sua integridade.
Caso concreto 2 
Paolo, italiano, líder de uma organização extremista que fazia oposição ao governo da Itália na década de 70, foi condenado por quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979 e condenado à prisão perpétua. O julgamento terminou em 1993 , mas o ex -ativista nunca cumpriu a pena que lhe foi imposta, fugindo para a França, onde viveu até 2004, quando o então presidente francês, Jacques Chirac, se posicionou favorável à extradição. Paolo, fugindo novamente e des ta vez para o Brasil, foi preso a pedido do governo Italiano que solicita ao governo brasileiro a ―entrega‖ de Paolo para que possa ele cumprir a pena que lhe foi imposta. Neste ínterim, Paolo solicita a concessão do status de refugiado, o que foi negado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), sob o argumento que não é possível comprovar a alegada perseguição política, mas concedido unilateralmente pelo Ministro da Justiça.
Neste contexto, responda: 
1) Qual seria a medida de saída compulsória cabível à hipótese? Justifique. 
RESPOSTA: A medida cabível seria a extradição. A extradição encontra fundamento legal do art. 76 ao art. 94 da Lei 6.815/80. Essa medida é tomada quando o Brasil entrega um estrangeiro a outro país, por ele te r cometido um crime naquele país. 
Trata-se de ato de defesa internacional, onde há a colaboração dos países na repressão do crime. Porém, dependerá de prévia apreciação do Supremo Tribunal Federal, para analisar o caráter dessa infração. Ou seja, a extradição só será permitida depois do julgamento feito pelo plenário do STF. Dessa decisão não cabe recurso. 
2) A medida poderia ser concedida? Justifique com base nos requisitos para sua concessão. 
RESPOSTA: Sim, pois d e acordo com o art. 77 do Estatuto do Estrangeiro, a viabilidade da concessão da extradição poderá ser verificada a partir da análise de requisitos negativos, os quais determinam os casos em que não será concedida extradição. 
 Assim, em seu inciso II, podemos depreender que poderia ser concedida a extradição, uma vez que o extraditando cometeu fato tipificado como crime tanto no Brasil como em seu país. 
Essa medida visa evitar que o infrator fique impune, ainda que esse crime tenha sido cometido em outro país. 
Por isso, deve traduzir no sentido superior e universal de justiça. O Brasil deve entregar o estrangeiro para que ele receba a pena cabível no país onde ele cometeu o crime. No Brasil, a extradição, só é admitida em duas hipóteses: mediante promessa de reciprocidade (através de pedido formal de Estado Soberano, a se processar segundo o direito vigente no país) e com base em tratado (hipótese em que assume, a princípio, caráter obrigatório).
,
3) Se concedida a extradição, pode o Presidente da República se negar a efetivar a entrega de Paolo? 
RESPOSTA: Sim, há certa discricionariedade ao Presidente da República. Ele pode ou não efetivar a 
extradição. Poder conferido pelo artigo 84, inciso VII da CF. 
O STF, há tempos, vem entendendo que a competência para decidir, definitivamente, sobre a extradição ou não é do Presidente da República, por ser ele a autoridade responsável por manter relações com Estados estrangeiros (art. 84, VII), quando o julgamento que lhe compete é favorável ao processo de extradição.
1ª QUESTÃO OBEJTIVA 
No que concerne à perda e à reaquisição da nacionalidade brasileira, assinale a opção correta.
d) Brasileiro naturalizado que, em virtude de atividade nociva ao Estado, tiver sua naturalização cancelada por sentença judicial só poderá readquiri-la mediante ação rescisória.
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
No âmbito do direito internacional, a soberania, importante característica do palco internacional, significa a possibilidade de:
a) Igualdade entre países, independentemente de sua dimensão ou importância econômica mundial.
AULA 5 
Caso concreto 
Diante da consulta feita pelo Brasil ao órgão de solução de controvérsias de determinada Organização Internacional, decide o órgão no sentido de considerar abusiva a prática de medidas antidumping ? tem como objetivo neutralizar os efeitos danosos à indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping, por meio da aplicação de alíquotas específicas, ad valorem ou de uma combinação de ambas - aplicadas pelos EUA na exportação de suco de laranja brasileiro de laranjas pelo Brasil, determinando que as sobretaxas ao produto nos últimos quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o produto novamente competitivo.? 
Essa foi a primeira vez que os EUA desistiram de um processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades de apelação. O fato foi comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de rever uma prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento. Com relação a hipótese acima, responda justificadamente:
1. Qual é a organização internacional cujo órgão de solução de controvérsias teria competência para deliberar sobre o caso em questão? Fundamente. 
R: A OMC é a instituição competente para deliberar sobre a fiscalização e regulamentação do comercio mundial. Pois sua função é regulamentar e fiscalizar o comercio mundial, resolver conflitos comerciais entre países membros, gerenciar acordos comerciais tendo como parâmetro a globalização da economia, criar situações e momentos para que sejam firmados acordos comerciais internacionais e supervisionar o cumprimento desses acordos.
2. Teria a Corte Internacional de Justiça competência para decidir a controvérsia sobre a prática de medidas antidumping? Explique e justifique.
R: Não, pois a capacidade de agir das organizações internacional limitam-se aos seus objetivos e funções. Segundo o art. 34 do Estatuto da CIJ as controvérsias que podem ser submetidas à CIJ são aquelas que podem vir a constituir ameaça à paz e a segurança internacional.
3. A decisão proferida obriga os EUA? Se negativa a resposta, porque então cumpre a decisão? Justifique sua resposta.
R: Uma decisão da OMC, enquanto recomendação, não possui caráter obrigatório, todavia em nome do princípio pacta sunt servanda, o Estado membro de um tratado se obriga a respeitar as obrigações contidas no seu texto.
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 A Conferênciade Bretton Woods (1944), realizada no ocaso da Segunda Guerra Mundial, é considerada um 
marco na história do Direito Internacional no século XX porque (Exame de Ordem 2010.3, Questão 99) 
(A) estabeleceu as bases do sistema econômico e financeiro internacional, por meio da criação do Banco Mundial ? BIRD, do Fundo Monetário Internacional ? FMI e do Acordo Geral de Tarifas Aduaneiras e Comércio ? GATT.
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
Constitui objetivo da Organização Mundial do Comercio (Exame de Ordem 2009.2, questão 12) 
a) solucionar controvérsias sobre tarifas do comercio internacional.
AULA 6 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão 
necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber: 
Caso Concreto 1 
O País GAMA celebra com os países BETA e DELTA tratado sobre pesquisa genética em seres humanos, com o objetivo de desenvolver novos medicamentos contra a AIDS. O tratado dispõe que as pesquisas serão realizadas na 
região da África subsaariana, onde há grande incidência da doença. A comunidade internacional, condenando o tratado celebrado, pugna por sua nulidade, exigindo sua revogação. Com base no conceito de norma internacional e nas teorias que discutem seus fundamentos, explique o fundamento para a nulidade da norma internacional em questão, discorrendo sobre suas características e sua relevância para o Direito Internacional Contemporâneo. 
Responda fundamentando na doutrina e na Convenção de Viena sobre Tratados. 
RESPOSTA: O tratado possui nulidade flagrante não podendo ser considerado como um tratado válido, pois seu conteúdo viola a carta de direitos humanos da ONU que se revela como uma norma internacional imperativa não podendo ser afastada pela vontade das partes. Assim o referido tratado viola a dignidade humana e ainda não promove progresso econômico social para as pessoas desses Estados. 
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 consigna expressamente, em seu artigo 63, a impossibilidade da validade de tal Tratado, conforme segue: “Se sobreviver uma nova norma imperativa de direito internacional geral, qualquer tratado existente em conflito com essa nor ma torna-se nulo e extingue-se”.
Caso concreto 2 
 Após os atentados do 11/09 os EUA adotaram uma postura peculiar no tratamento das questões envolvendo o terrorismo mundial, culminando com a prisão de supostos envolvidos, os quais eram detidos em prisões controladas pelos EUA, dentre as quais aquela situada em Guantánamo, em Cuba. Os EUA celebram então com a Inglaterra, sua aliada na luta contra o terrorismo, tratado prevendo a cooperação entre os dois Estados para desenvolvimento de métodos não ortodoxos para obtenção de informações secretas junto aos supostos terroristas presos. Alegam os 
EUA que o tratado, que prevê medidas de combate ao terrorismo islâmico, seria uma forma de proteger seus cidadãos de violações aos Direitos Humanos. A França, sendo contraria a tais medidas, leva o caso à Corte Internacional de Justiça. Com relação a situação hipotética acima, responda: 
O tratado internacional é válido nos termos descritos? Explique e fundamente sua resposta.
RESPOSTA: Não, ele não é válido, pois viola norma imperativa. Os direitos humanos dos presos encontram-se consagrados em documentos internacionais que vedam a tortura, o tratamento desumano e degradante.
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Com relação à chamada ?norma imperativa de Direito Internacional geral?, ou jus cogens, é correto afirmar que é a norma (IV Exame Unificado da OAB/RJ, questão 17)
(B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida.
Exercícios: 
1 - Qual é a natureza jurídica de um tratado ratificado pelo poder executivo ? 
R.: Até a emenda 45 os tratados tinham natureza infra legal, equiparando -se as leis ordinárias, após o julgamento de recurso extraordinário 466 343 de SP, eles passaram a ser norma supra legal, neste contesto o pacto de San José da costa rica passou a ser uma norma supra legal ( sumula 25 STF ), os tratados de direitos humanos aprovados após a emenda constitucional 45 d e 2004, desde que aprovado pelo quórum qualificado de emenda, terão status de norma constitucional, logo, todos os tratados AN T posterior a emenda 45, se aprovados pelo quórum de emenda, terão status de normas constitucionais. 
Tratados de direitos humanos aprovados antes da emenda 45 são alçados ao s tatus de norma supra legal e os demais tratados que não direitos humanos continuam sendo leis ordinárias. 
2 – Julgue a seguinte afirmativa: 
Normas Jus cogens podem ser revogadas por normas positivas de direito internacional. ( tratados) 
Resposta: Errado, pois s ão normas imperativas de direito internacional, ou seja, reconhecidas por toda a sociedade internacional que não pode ser derrogada a não ser por uma norma da mesma natureza. 
3 - O que significa a expressão IGUALDADE SOBERANA DOS ESTADOS. 
RESPOSTA: Este é um principio que esta na carta da ONU, no art . 51, que dispõe que todos os estados possuem os mesmo direitos e deveres na sociedade internacional , ou seja, existe o sistema de coordenação que demostra que cada vez mais os estados são interdependentes. 
4 – Explique a seguinte relação: Co operação internacional x soberania: 
Resposta: como os estados se tornam cada vez mais interdependentes a soberania no âmbito internacional não é mais absoluta, ela é relativa. 
5 – o direito internacional é dotado de juridicidade: 
Resposta: o direito internacional é dotado de juridicidade pois existe sanção. 
6 – A convenção internacional , tratado sobre direito de pessoas com deficiência foi incorporado no ordenamento jurídico brasileiro pelo quórum de emenda constitucional, Maria Portador d e necessidades especiais consultou o como advogado: 
Pergunta -se : Qual é a hierarquia deste tratado e os demais tratados não incorporados pelo referido quórum: esta norma pode servir como parâmetro para o controle de constitucionalidade : 
Resposta: Esta convenção tem s tatus de norma constitucional, já os demais tratados não incorporados serão supra legais. Sim, pois ela foi incorporada como norma constitucional, pod endo desta forma servir como parâmetro par a controle de constitucionalidade.
7 - qual é a natureza jurídica do ato de ratificação do tratado aprovado pelo Congresso Nacional: 
Resposta: trata-se de ato discricionário, pois mesmo o congresso aprovando, o pode r executivo não está obrigado a ratificar o tratado. 
8 - Em 2005 a França celebra um tratado de comercialização de produtos com a Rússia, contudo, enquanto a mercadoria aguardavam o embarque no p orto, ela foi atingida por um ataque terrorista, tendo em vista que a Rússia já havia pago o valor acordado resposta: 
a) A França violou o referido tratado? 
Resposta: A França não violou o tratado, pois houve uma impossibilidade superveniente do cumprimento. ( art 61,convenção de Viena) 
b) A Rússia pode exigir da França a reparação dos prejuízos, uma vez que havia feito o pagamento: 
Resposta: NÃO se fala em reparação, pois houve um caso fortuito, não previsível. 
c) Com o descumprimento o tratado está extinto:
Resposta: Se o descumpri

Outros materiais