Buscar

andrea digitado

Prévia do material em texto

3.3 Opções tributárias
A escolha da forma como o lucro será tributado é a maneira mais simples de se realizar um planejamento tributário. Dessa forma, é conveniente que anualmente as empresas avaliam qual a melhor forma de tributação do seu lucro, aproveitando de alterações ocorridas no período e que poderão gerar benefícios tributários no próximo ano. Essa escolha irá interferir no lucro final a ser tributado, ou seja, na base de cálculo do IR que no caso de recolhimento de pessoas jurídicas é denominado IRPJ e da CSLL. Nesse tópico serão apresentados a tributação pelo lucro arbitrado, pelo lucro presumido e pelo lucro real.
Além disso, será apresentado o Simples Nacional, um regime de arrecadação tributária simplificada direcionada para microempresas e pequenas empresas. Importante destacar que a tributação pelo Simples Nacional, apesar de incluir o IRPJ e a CSLL, não é considerada por lei como base de cálculo desses tributos.
3.3.1 Lucro Real
Todas as empresas podem optar pela tributação pelo lucro real independentemente da sua receita, porte ou área de atuação. Esse é o único regime de tributação que exige a apuração de lucro pela empresa. A característica principal desse tipo de tributação é que a sua apuração não é baseada no lucro contábil obtida pela empresa por meio do confronto entre receitas e despesas. Essa tributação é baseada no resultado contábil ajustado por alguns pontos previstos na legislação.
Esse resultado é obtido a partir do Lucro contábil (1) apurado pela empresa em que são realizadas adições (a) e exclusões (b) determinadas pelas legislação fiscal. A partir desse lucro líquido ajustado (2) somam-se as compensação de prejuízos anteriores (c) obtendo-se então o lucro tributável (3). O tabela abaixo permite uma melhor visualização dessa questão:
	RESULTADO ANTES DE IR +CSLL (1)
	(+) Adições (a)
	Despesas contabilizadas no lucro contábil que não são aceitas pelo Fisco
Receitas contabilizadas pelo Fisco mas não contabilizadas pela Empresa como receitas
	(-) Exclusões (b)
	Receitas contabilizadas pela Empresa que não são previstas pelo Fisco
Despesas previstas pelo Fisco mas não são contabilizadas pela Empresa
	RESULTADO LÍQUIDO AJUSTADO (2)
	(-) Compensação de prejuízos fiscais de exercícios anteriores (c)	
	RESULTADO TRIBUTÁVEL (3)
Em relação as compensações por prejuízo caso a empresa apresente resultado negativo (prejuízo) em um período ela poderá registrar esse prejuízo no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) para realizar a sua compensação em período posteriores. O valor máxima compensado é de 30% do lucro líquido ajustado obtido no exercício atual. Portanto, caso uma empresa tenha obtido um prejuízo no ano de 2014 no valor de R$ 100.000 e o ano atua 2015 tenha obtido um lucro ajustado de R$ 200.000, poderá compensar até 30% desse valor com o prejuízo de 2014:
	RESULTADO LÍQUIDO AJUSTADO (2015)
	R$ 250.000
	(-) Compensação de prejuízos fiscais de exercícios anteriores (2014)
	
30% * R$ 250.000 = R$ 75.000
	RESULTADO TRIBUTÁVEL (2015)
	R$ 175.000
Portanto, a empresa irá compensar R$ 75.000 podendo compensar em exercícios posteriores o saldo de prejuízo restante R$ 25.000 (R$ 100.000 – 75.000) dentro dos limites de 30%. Importante destacar que o valor a ser compensado não prescreve.
Outro ponto importante a ser considerado no momento da escolha pelo Lucro Real é o seu enquadramento pela tributação trimestral ou anual.
Quanto a alíquota do IR no regime de lucro real seu valor é de 15% com adicional de 10% sobre a parcela de lucro tributável que exceder a multiplicação de R$20.000,00 por 12 meses. Dessa forma, seu cálculo será composto da pela aplicação da alíquota de 15% sobre o resultado tributável e mais 10% sobre o valor que exceder os R$ 20.000,00 mensais de lucro tributáveis.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes