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Alimentos próprios e impróprios para o consumo • ALIMENTO: – Toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido ou pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. • ALIMENTOS SIMPLES: São aquelas substâncias que por ação de enzimas dos sucos digestivos são transformadas em metabólitos (açúcares, lipídios, proteínas). • METABÓLITOS: são os alimentos diretos, ou seja, são substâncias metabolizadas depois de sua absorção (água, sais, monossacarídeos, aminoácidos, ácidos graxos). • ALIMENTOS COMPOSTOS: São substâncias de composição química variada e complexa, de origem animal ou vegetal, ou formada por uma mistura de alimentos simples (leite, carne, frutas, etc). • ALIMENTOS APTOS PARA O CONSUMO: São aqueles que respondendo às exigências das leis vigentes, não contém substâncias não autorizadas que constituam adulteração, vendendo-se com a denominação e rótulos legais. Também são chamados de alimentos GENUÍNOS. • Alimentos NATURAIS são aqueles alimentos que estão aptos para o consumo, exigindo-se apenas a remoção da parte não comestível (“in natura”). A diferença entre alimentos genuínos e naturais radica em que sempre os alimentos genuínos devem estar dentro das regulamentações da lei; no entanto, nem sempre o alimento natural pode ser genuíno, como por exemplo uma fruta que está com grau de maturação acima da maturação fisiológica permitida. • ALIMENTOS NÃO APTOS PARA O CONSUMO: São aqueles que por diferentes causas não estão dentro das especificações da lei. Podem ser: – ALIMENTOS ALTERADOS – ALIMENTOS ADULTERADOS – ALIMENTOS FALSIFICADOS Fraudes por Alteração Segundo Evangelista (1989) entende- se por alteração em alimentos todas as modificações que neles se operam, destruindo parcial ou totalmente suas características essenciais, por comprometimento de suas qualidades físicas e químicas, estado de higidez e capacidade nutritiva. É um tipo de fraude que ocorre sem a interferência de indivíduos. Ocorre pela ação de agentes físicos, químicos, microbianos e enzimáticos. Estas alterações podem ser produzidas por negligência, ignorância, desleixo ou desobediência às normas estabelecidas durante a etapa de processamento, de conservação e de armazenamento do produto (KOLICHESKI, 1994). • A alteração do alimento vai desde a simples mudança organoléptica até à putrefação. • Utilização do alimento alterado – Depende do grau de alteração: • Qualidades essenciais conservadas – consumo sem perigo; • alterações de pouca intensidade ou superficial - podem ser utilizadas como matéria prima, na fabricação de seus derivados. • Ex: produtos com alterações que são aproveitados: leite acidificado (para o fabrico de produtos de panificação e de confeitaria); leite “talhado” (para fazer requeijão); queijos fora dos padrões exigidos (para a elaboração de queijos fundidos); frutas fermentadas (para a obtenção de vinagre); o pão “dormido” (farinha de rosca ou pudim) etc. • Alteração da totalidade do alimento: – Ingestão contra indicada; – Aproveitamento - tolerado para a indústria de adubos, de sabão etc. • A alteração só pode ser considerada fraude se o vendedor, sabendo que o produto se encontra em condições impróprias, efetua ou ordena a sua comercialização (KOLICHESKI, 1994). Desde a etapa de obtenção do alimento até seu consumo, existem causas que criam condições favoráveis a alterações: • a) Falhas na coleta e obtenção do produto alimentício: sangramento insuficiente na matança de animais, ordenha de leite feita indevidamente, utilização de explosivos e arpões durante a pesca, etc. • b) Omissões na elaboração do produto: cocção deficiente de pesos de carnes de grande espessura, emprego de temperaturas desajustadas em tempo e grau de calor, etc. • c) Incorreções nos processos de preservação: congelação de verduras sem que haja prévio branqueamento, o não arejamento de carnes submetidas à salga, etc. • d) Inadequações do material de envasamento: cerveja acondicionada em garrafas de cor branca, latas fechadas que apresentam fissuras por defeitos de soldagem, etc. • e) Impropriedades do transporte: acondicionamento mal feito, longos percursos sem os cuidados exigidos, exposições ao calor e os choques durante o trajeto. (EVANGELISTA, 1989) Segundo Evangelista (1989), as alterações podem ser classificadas em cinco (5) grupos - Alterações enzimáticas (ranço hidrolítico e escurecimento enzimático); - Alterações por agentes químicos (escurecimento químico e ranço oxidativo); - Alterações por agentes físicos (temperatura e luz solar); - Alterações macrobianas (roedores, insetos, etc.); - Alterações por microrganismos (fungos, bactérias e leveduras). Fraudes por Adulteração O alimento adulterado é “aquele que foi privado em forma parcial ou total, de seus elementos úteis ou característicos, substituídos ou não por outros inertes ou estranhos, que tenha sido adicionado de aditivos não autorizados ou submetidos a tratamento de qualquer natureza, para dissimular ou ocultar alterações, deficiente qualidade de matéria-prima ou defeitos de elaboração” (EVANGELISTA, 1989). Fraudes por Falsificação • Domênico Ribatti, um italiano que fez fama nos anos 80 como um dos maiores comerciantes de azeite de oliva em seu país, foi condenado à prisão, em 1993, acusado de fraude. Ele recebia toneladas de óleo de avelã da Turquia, de navio, e vendia como azeite extravirgem na Itália. O alimento falsificado “é o que tem a aparência e caracteres gerais de um produto legítimo, protegido ou não por marca registrada e se denomina como este, sem sê-lo, ou que não proceda de seus verdadeiros fabricantes ou zona de produção conhecida e/ou declarada” (EVANGELISTA, 1989 ). Fraudes por Sofisticação A sofisticação é uma variante da falsificação, porém como o próprio nome já diz, mais sofisticada. Muita usada em bebidas, os compradores não conseguem perceber sua falta autenticidade.
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