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LIPÍDEOS Manteiga e Margarina 81% cereais 3-5% Molhos de salada 40-70% carne 16-25% Leite fresco 3,7% peixes 0,1 – 20% Leite em pó 27,5% ovos 12% sorvetes 12% chocolate 35% frutas 0,1 a 1,0% (abacate 26%) vegetais 0,1 a 1,2% Componentes insolúveis em água e solúveis em solvente orgânico Extração por solventes apolares: fração lipídica neutra - Ácidos graxos livres, mono, di e triacilgliceróis e outros mais polares como fosfolipídeos, glicolipídeos e esfingolipídeos Substâncias parcialmente extraídas: - Esteróis, ceras, pigmentos lipossolúveis, vitaminas 1 Fornecer energia, reserva alimentar proteger mecanicamente contra choques (tecido adiposo) isolante térmico (leões marinhos, focas, baleias) impermeabilizante térmico (gorduras das penas de aves, ceras das folhas das plantas) fosfolipídios - principais componentes das membranas celulares. FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS 2 Lipídeos Simples – Óleos e Gorduras C O CH O C O H H H H R1 O C R2 O C R3 O C + H O C O R1 H O C O R1 H O C O R1 C O CH O C O H H H H H H H H+ C O CH O C O H H H H R1 O C R2 O C R3 O C + 3 H O H Glicerol Ácido carboxílico Triacilglicerol (óleo ou gordura) água + + 3 • Poderão também possuir substituintes na cadeia, como grupos metílicos, hidroxílicos ou carbonílicos. Ácidos monocarboxílicos alifáticos de alto peso molecular, geralmente de cadeia linear, saturados e insaturados. Diferem um do outro pelo comprimento da cadeia hicrocarbonada e pelo número e posição das duplas ligações. ÁCIDOS GRAXOS 4 TIPOS DE ÁCIDOS GRAXOS SATURADO INSATURADO CH3(CH2)n C O OH (CH CH) (CH2)n CH3(CH2)n C O OH 5 ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS Símbolo Numérico Nome (Trivial) PF (oC) C 4:0 Butírico -5.3 C 6:0 Capróico -3.2 C 8:0 Caprílico 6.5 C 10:0 Cáprico 31.6 C 12:0 Láurico 44.8 C 14:0 Mirístico 54.4 C 16:0 Palmitico 62.9 C 18:0 Esteárico 70.1 C 20:0 Araquídico 76.1 C 24:0 Lignocérico 84.2 6 ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS Símbolo Nome PF (oC) C 16:1 (9c) Palmitoléico 0.0 C 18:1 (9c) Oléico 16.3 C 18:1 (11c) Vacênico 39.5 C 18:1 (9t) Elaídico 44.0 C 18:2 (9, 12) Linoléico -5.0 C 18:3 (9, 12, 15) Linolênico -11.0 C 20:4 (5, 8, 11, 14) Araquidônico -49.5 7 Gordura saturada (animais) CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O O CH2 CH CH2 O O C C O O CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 8 Gorduras Insaturadas (óleos vegetais) CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O O CH2 CH CH2 O O C C O O CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 C HH CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 9 10 11 12 Hidrogênio em presença de níquel, platina ou paládio finamente subdividido, se adiciona à ácidos graxos insaturados. O ponto de fusão dos ácidos graxos aumenta com a diminuição do número de insaturações na molécula, e portanto por esse processo são obtidos, a partir de óleos vegetais, produtos sólidos ou semi-sólidos. PROCESSO DE HIDROGENAÇÃO 13 CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O O CH2 CH CH2 O O C C O O CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CC HH CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C C HH CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 H2/catalizador (Ni, Pd ou Pt) CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O O CH2 CH CH2 O O C C O O CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 Gordura insaturada (óleo vegetal) Gordura Vegetal Hidrogenada 14 DEFINIÇÃO Ácido graxos trans : Tipo específico de ácidos graxos formados durante o processo de Hidrogenação industrial ou natural (ocorrido no rúmen de animais) 15 Isomeria Geométrica CH3 (CH2)7 (CH2)7 COOH C C H H Cis Ácido Oléico ( C18:1 cis ) 16 PF =13oC PF =44oC 17 18 Lipídeos Análises I. Extração com solvente a quente 19 II. Extração com solvente a frio III. Extração de gordura ligada a outros componentes Lipídeos Análises I. Extração com solvente a quente a) Extração da gordura da amostra com solvente b) Eliminação do solvente por evaporação c) A gordura extraída é quantificada por pesagem Eficiência • natureza do material a ser extraído •tamanho da partícula • umidade da amostra • natureza do solvente • semelhança entre a polaridade do solvente e da amostra • ligação dos lipídeos com outros componentes da amostra (produtos processados) • circulação do solvente pela amostra, velocidade do refluxo • quantidade relativa do solvente 20 Tipos de solvente éter de petróleo/hexano ( mais usados) éter etílico (mais amplo - esteróis, resinas, pigmentos, vitaminas - , mais caro, perigoso e acumula água) mistura de solventes LIPÍDEOS Tipos de equipamentos com refluxo de solvente para amostras sólidas 1.Soxhlet (intermitente) 2. Goldfish (contínuo) 21 SOXHLET Extrator com refluxo Processo de extração intermitente Evita temperaturas elevadas do solvente na amostra Quantidade maior de solvente para atingir o sifão Pode ocorrer saturação do solvente 22 Vantagens em relação a extração a quente • os lipídeos são extraídos sem aquecimento e os extratos podem ser utilizados para avaliação da deterioração dos lipídeos através dos índices de peróxidos, ácidos graxos livres, carotenóides, vitamina E, composição de ácidos graxos e esteróis •extrai todas as classes de lipídeos, inclusive os polares que representam um alto teor em produtos de trigo e soja •uso em produtos com alto teor de umidade, além dos secos • determinação em tubos de ensaio (não necessita equipamentos especializados) II. Extração com mistura de solvente a frio Método de BLIGH-DYER Mistura de três solventes ( clorofórmio – metanol - água) 23 III. Extração da gordura ligada a outros compostos, por hidrólise ácida e alcalina Quando a gordura está ligada a proteína e carboidrato • Hidrólise ácida • Hidrólise alcalina Lipídeos Hidrólise ácida Processo de Gerber (leite e produtos lácteos) • digestão com ác. sulfúrico D= 1,82 •álcool isoamílico • Separação por centrifugação •Leitura volumétrica final no butirômetro a 71ºC Processo de Babcock • mais demorado, mesmo princípio do Gerber • ≠ amostra, ácido, água quente por álcool 24 Centrífuga Butirômetros Lipídeos Hidrólise alcalina Processo de Rose-Gottlieb e Monjonier • amostra é tratada com hidróxido de amônia e álcool (hidrólise proteína-gordura) • gordura extraída com éter de petróleo e etílico •Uso: amostras ricas em açúcar e laticínios 25 CARACTERIZAÇÃO DE ÓLEOS E GORDURAS 1. Índice de Iodo (I.I.) 2. Caracterização da rancidez de óleos e gorduras 26 www.abq.org.br/.../imagens/10-150-0a63a163f4.gif i. Índice de iodo (I.I.) • mede insaturação ( dupla ligação do AG) • Classificação de óleo e gordura • Controle de processamento (I.I.) é quantidade de iodo (g) adicionados a 100g de amostra, a análise pode ser realizada com qualquer halogênio que a medida é índice de iodo Princípio: o iodo e outros halogênios se adicionam numa dupla ligação da cadeia insaturada dos ácido graxos • > saturação > solidez < I.I. • > insaturação > liquidez >I.I.> rancidez oxidativa 27 Lipídeos Óleos I.I. Óleos I.I. Coco* 7,5-10,5 Sem. de uva 35 milho 103-128 linhaça 155-205 Sem. de algodão 99-113 oliva 80 - 88 Palma (dendê)* 44-54 soja 120-141Manteiga* 25-42 Banha* 53 - 77 28 Lipídeos • Determinação do I.I. • ICl (WIJS) ( + exato) – 3 min. no escuro para a reação ser apenas de adição e não de substituição pela luz •Ponto final da titulação – primeira viragem • IBr ( HANUS) ( + estável) – igual ao anterior Óleos I.I. Óleos I.I. Coco* 7,5-10,5 Sem. de uva 35 milho 103-128 linhaça 155-205 Sem. de algodão 99-113 oliva 80 - 88 Palma (dendê)* 44-54 soja 120-141 Manteiga* 25-42 Banha* 53 - 77 29 ii. Índice de saponificação (I.S.) “Número em mg de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos graxos resultantes da hidrólise completa de 1g de amostra” Ácido graxo + KOH sabão o indica a quantidade relativa de ácidos graxos de PM oPM + álcali para saponificação o não identifica o óleo o PM médio da gordura o Adulteração por outros óleos com I.S. diferentes Métodologia: aquecer a amostra em banho-maria com solução alcoólica de KOH em refluxo por 1h. Juntar fenolftaleína e titular o excesso de KOH com ác. clorídrico padronizado 30 ii. Caracterização da rancidez de óleos e gorduras rancidez hidrolítica: hidrólise da ligação éster por lipase e umidade ( Índice de acidez (I.A.)) rancidez oxidativa: autoxidação dos acilgliceróis com ácidos graxos insaturados por O2 ( índice de peróxido (I.P.)/ índice de TBA) I.A. = nº em mg de KOH necessário para neutralizar os ácidos graxos livres em 1 g de amostra Método = dissolução da gordura em solvente misto e neutralizado, seguida de titulação com uma solução padrão de NaOH, na presença de fenolftaleína I.P. = muito utilizado, os peróxidos são os primeiros compostos formados na deterioração da gordura I. de TBA = a oxidação da gordura produz compostos que reagem com ácido 2-tiobarbitúrico resultando produtos de coloração vermelha 31 32
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