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Resumo Dir. Constitucional I

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1 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 1 
(Este material destina-se EXCLUSIVAMENTE ao acompanhamento em sala de 
aula,para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional 
e legislação em vigor, além da doutrina indicada e da jurisprudência.) 
 
 
 
 
 
PROF. SILVEIRA 
2 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
• É o ramo do direito público que expõe, 
interpreta e sistematiza os princípios e as 
normas definidoras do Estado. 
( José Afonso da Silva) 
• É a ciência positiva das Constituições. 
( Pinto Ferreira) 
3 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
CONCEITO, ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO 
CONTITUIÇÃO é a Lei suprema e fundamental 
que institui o Estado, estabelece a sua estrutura, 
os seus poderes e os direitos fundamentais das 
pessoas. 
4 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
(TIPOLOGIA) 
QUANTO À FORMA 
 A) escrita: é aquela cujas normas encontram-se num 
determinado compêndio,reunidas de modo 
sistemático e codificado. 
 B)costumeira (não-escrita): ao contrário do que se 
pensa, não significa que não existam documentos 
escritos. Entretanto, estes não estão reunidos num 
único instrumento, codificado e sistematizado, mas 
sim, decorrem da praxe, dos usos e costumes. 
5 
QUANTO AO CONTEÚDO 
 A) material: é aquela que cuida apenas das normas 
substanciais, ou seja, fundamentais para a estrutura do 
estado, tais como, separação de poderes, organização do 
estado e os direitos fundamentais. 
 
 B) formal: é aquela que não cuida apenas das normas 
substanciais, mas também das questões procedimentais, para 
alguns denominam-se “constituições procedimentais”. As 
constituições formais ( a Constituição da República Federativa 
do Brasil, 1988) nos revelam o poder normativo dos preceitos 
nela contidos, bem como, a supremacia de suas normas. 
6 
QUANTO À ORIGEM 
• A) promulgadas: são constituições democráticas, 
populares e votadas, suas normas são submetidas a 
debates e aprovação. 
• B) outorgadas: são aquelas ditas, por impostas, ou 
seja, decorrem do poder concentrado na autoridade 
de um ditador, imperador, presidente, junta 
governista etc. Não há participação popular na sua 
elaboração 
- Há uma terceira classificação chamada de Cesarista na qual o 
ditador para dar-lhe uma feição legítima convoca um 
referendo popular para aprová-la. 
7 
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO 
a) Dogmática: É aquela que se origina de forma escrita e 
sistemática, baseada em dogmas, ou seja, princípios e 
ideias incontestáveis existentes no momento de sua 
elaboração. 
b) Histórica: também denominada costumeira, é a que se 
origina através de uma evolução de ideias no tempo, 
produto dos usos e costumes de determinada 
sociedade, baseada na tradição de um povo 
8 
QUANTO À EXTENSÃO 
a) Prolixas (analíticas): São constituições 
longas, detalhistas, como no caso da 
Constituição brasileira de 1988. 
b) Sintéticas (reduzidas): São constituições 
pequenas, concisas, com poucos artigos em 
seu texto escrito. Exemplo a Constituição 
dos E.U.A. de 1787. 
9 
QUANTO AOS FUNDAMENTOS (ideologia) 
• A) ecléticas (compromissórias): são aquelas 
originadas do encontro de diversas ideologias. 
• B) ortodoxas: são aquelas que expressam o 
pensamento único, confirmam uma 
determinada ideologia. 
10 
QUANTO À FINALIDADE 
• A) dirigente: são aquelas que apresentam um plano para dirigir a 
evolução do Estado. O conceito da constituição-dirigente é de 
origem marxista. 
• B) garantia: são aquelas que tem por objetivo estabeleceras 
garantias de liberdade, é tipicamente reduzida. 
• C) balanço: são aquelas que indicam os estágios das relações 
políticas, seguem a escola soviética. Elas recebem esse nome 
porque procuram equilibrar os anseios burgueses e proletários. 
Carta de Weimar(1919), combinam os direitos sociais e as 
liberdades. 
11 
QUANTO À RIGIDEZ(estabilidade) 
• A) imutáveis: são aquelas que, como o próprio nome diz são 
intocáveis, ou seja, não admitem nenhuma alteração no seu 
texto original. Não são admissíveis em nosso dias. 
• B) rígidas: são constituições que admitem a mudança em seu 
texto original, mas estabelce um procedimento especial e 
rigoroso de controle para sua mudança. A Constituição 
brasileira de 1988 é tida como rígida. Algumas escolas 
sustentam que em face de núcleos irreformáveis a 
constituição brasileira seria também “super-rígida”. 
• C) flexíveis: são constituições plásticas, não seguem processo 
especial para a sua alteração. As constituições plásticas não 
produzem estabilidade constitucional. 
• D) semi-rígidas: são constituições mistas, ou seja, parte do 
texto constitucional se submete ao processo reformador 
rígido e outra parte a flexibilidade. 
12 
 
ESTRUTURA DIDÁTICA DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 
1988 
- A Constituição Federal de 1988 possui três núcleos: 
A) PREÂMBULO; 
B) CORPO; 
C) A.D.C.T. (Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias). 
13 
PREÂMBULO 
• É um documento de objetivos do diploma 
constitucional, caracterizando verdadeiro atestado 
oficial de origem do novo Estado e a declaração de 
sua legitimidade e princípios de uma nova ordem 
política e jurídica. Algumas escolas jurídicas 
entendem que o preâmbulo não faz parte do texto 
constitucional propriamente dito, sendo apenas um 
diploma de promulgação. 
14 
DEBATE CONSITUCIONAL 
a obrigatoriedade do uso da expressão“...sob a 
proteção de Deus...” no preâmbulo das 
Constituições estaduais: 
• O Tribunal (STF) julgou improcedente o pedido formulado em 
ação direta ajuizada pelo Partido Social Liberal - PSL contra o 
preâmbulo da Constituição do Estado do Acre, em que se 
alegava a inconstitucionalidade por omissão da expressão 
"sob a proteção de Deus", constante do preâmbulo da CF/88. 
Considerou-se que a invocação da proteção de Deus no 
preâmbulo da Constituição não tem força normativa, 
afastando-se a alegação de que a expressão em causa seria 
norma de reprodução obrigatória pelos Estados-membros. ADI 
2.076-AC, rel. Min. Carlos Velloso, 15.8.2002.(ADI-2076) 
 
15 
CORPO 
• Para o entendimento didático denominamos como 
corpo o texto constitucional básico, propriamente 
dito, ao longo de seus nove títulos com mais de 250 
artigos . 
 
ATENÇÃO 
• Não obstante o último artigo ser o art. 250, observe 
que temos art. 29- A;103-A etc. 
16 
A.D.C.T. 
(Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) 
• O ato das disposições constitucionais transitórias é um 
conjunto de normas de hierarquia constitucional, sendo 
portanto, norma constitucional. O A.D.C.T. foi estabelecido 
como medida de transição da velha República para a nova 
República e regulação de dispositivos originados a partir da 
nova constituição. 
• Alguns dispositivos inseridos no A.D.C.T. são tidos como de 
“eficácia exaurida”, como por exemplo verificamos nos art. 
2º. e 3º. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, 
eis que já produziram os seus efeitos. 
17 
PODER CONSTITUINTE 
 
• Conceito: “É a manifestação soberana da 
suprema vontade política de um povo, social 
e juridicamente organizado.” 
( Moraes, Alexandre de, Direito Constitucional, 
23ª ed., pg. 26, São Paulo, 2008,Editora Atlas) 
 
• A sua origem é reconhecida a partir das 
Constituições escritas. 
18 
TITULARIDADE DO PODER CONSTITUINTE 
• No início a sua titularidade era atribuída a 
“nação”. 
• Atualmente a titularidade é reconhecida ao 
povo ( soberania popular – Art. 1º, parágrafo-
único c/c Art. 14,caput, da C.F./1988). 
Atenção: Povo é o conjunto de indivíduos 
(cidadãos) no gozo da capacidade política. 
19 
CLASSIFICAÇÃO 
DO PODER CONSTITUINTE 
PODER CONSTITUINTE 
ORIGINÁRIO 
PODER CONSTITUINTE 
DERIVADOREFORMADOR DECORRENTE 
EMENDAS 
CONSTITUCIONAIS 
CONSTITUIÇÃO 
ESTADUAL 
20 
CLASSIFICAÇÃO 
DO PODER CONSTITUINTE 
1. PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO: 
- É o poder usado para elaborar a Constituição 
 CARACTERÍSTICAS: 
 - INICIAL 
 - ILIMITADO 
 - INCONDICIONADO 
21 
CLASSIFICAÇÃO 
DO PODER CONSTITUINTE 
 
 
2. PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR 
 - É o poder constituinte usado para produzir 
Emendas Constitucionais (E.C.) 
 CARACTERÍSTICAS: 
- SUPERVENIENTE (DERIVADO) 
- LIMITADO (SUBORDINADO) – VER ART. 60 CF 
- CONDICIONADO 
ATENÇÃO 
REVISÃO CONSTITUCIONAL 
(Art. 3º do A.D.C.T. ) 
• Conforme o Art. 3º do A.D.C.T. ocorreu após cinco 
anos da promulgação da Constituição o processo 
de Revisão Constitucional, esta Revisão produzir 
seis Emendas Constitucionais de Revisão (E.C.R.) 
• A Revisão Constitucional já aconteceu e o Art. 3º 
do A.D.C.T. é uma norma constitucional de 
eficácia exaurida. 
22 
23 
PIRÂMIDE 
DO 
ORDENAMENTO JURÍDICO 
 
 
NÍVEL 1: NORMAS CONSTITUCIONAIS 
 
 
 
 SUBNV 1: NORMAS SUPRALEGAIS 
 
 SUBNV 2: NORMAS LEGAIS 
 
 SUBNV 3: NORMAS INFRALEGAIS 
NÍVEL 2 
NORMAS 
INFRACONSTITUCIONAIS 
 
 ORIGINÁRIAS (C.F./1988) 
 
 DERIVADAS (E.C.; E.C.R. e Trat. 
 Intern. sobre Dir. Humanos, 
 aprovados como E.C. - conforme 
 o Art. 5º§ 3º da CF) 
24 
INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS 
Art. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º 
REGRA GERAL 
 A competência para celebrar “Tratados Internacionais” é do 
Presidente da República, submetendo ao referendo do 
Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo. 
 Em regra, os Tratados Internacionais terão “status quo” de Leis 
Ordinárias. 
 
Tratados Internacionais Leis Ordinárias 
 
 Na hipótese de conflito entre o Trat. Internacional e a Lei 
Ordinária aplicar-se-á o mais moderno. 
25 
INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS 
Art. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º da CF 
 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
... 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do 
Congresso Nacional; 
 
 Art. 5º. 
... 
 § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
 § 3º- Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
26 
INTERNALIZAÇÃO (CONTINUAÇÃO) 
REGRA ESPECIAL - Conforme alteração introduzida pela 
E.C.45/2004 
 - Os Tratados Internacionais, conforme a alteração do texto constitucional 
poderão ter “status quo” de Emenda Constitucional, desde que presente 
dois requisitos: 
 A) MATERIAL: Direitos Humanos 
 B) FORMAL: Aprovação na forma determinada pelo art. 5º § 3º da 
Constituição da República. 
Tratados Internacionais sobre DIR. HUMANOS 
aprovados como E.C. 
 
 
Leis Ordinárias 
 
 
ATENÇÃO: 
 Nesta hipótese os Tratados Internacionais ingressam no mundo jurídico como 
norma constitucional derivada, gozando de supremacia sobre as normas 
infraconstitucionais 
27 
TRATADO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS 
HUMANOS APROVADO ANTES DA E.C. 45/2004 
 O tema foi debate no STF que interpretou pela 
existência de norma supralegal, caracterizada como 
um estágio intermediário entre a norma constitucional 
e a norma legal. 
( Pacto de São José da Costa Rica) 
ATENÇÃO 
A súmula vinculante nº 25 declara: 
É ilícita a prisão civil do depositário infiel 
qualquer que seja a modalidade do depósito. 
 
 
28 
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO 
(conteúdo) 
• 1. Elementos Orgânicos 
• 2. Elementos Limitativos 
• 3. Elementos Sócio-ideológicos 
• 4. Elementos de Estabilização 
• 5. Elementos de Aplicabilidade 
• 6. Elementos de Transição 
29 
• Elementos Orgânicos: 
 Organizam o Estado brasileiro e a estrutura do 
Poder Político e o seu exercício, alcançando 
também a estrutura tributária e orçamentária. 
Ex.: art. 18 ao 43; 44 a 135; 142 a 144 e 145 a 
169. 
30 
• Elementos Limitativos: 
• São expressos através do conjunto de 
dispositivos constitucionais que limitam o 
Poder Público em face do indivíduo, 
produzindo os direitos e as garantias 
fundamentais. Ex.: art. 5º, inciso I ao LXXVIII 
etc. 
31 
• Elementos Sócio-ideológicos: 
• Estes elementos consubstanciam normas de 
caráter ideológico-programático, haja vista 
que apontam para o estado social, 
estabelecem metas e programas a serem 
atingidos, assegurando uma direção ao texto 
constitucional. Ex.: art. 6º ao 11 e 170 ao 232. 
32 
• Elementos de Estabilização: 
• São elementos que garantem a estabilidade 
do texto constitucional, esses elementos têm 
a finalidade de garantir a normalidade das 
instituições, evitando e solucionando os 
conflitos constitucionais. Ex. : Art. 34 ao 36; 
art. 60; art. 85 e 86; art. 10,I, a; 103 e 136 a 
141. 
33 
• Elementos de Aplicabilidade: 
• São elementos que estabelecem e 
impulsionam o procedimento para a 
aplicabilidade das normas constitucionais. Ex.: 
Art. 5,§ 1º; art. 59 ao 69 e o próprio 
preâmbulo da Constituição com a sua cláusula 
de promulgação. 
34 
• Elementos de Transição: 
• São elementos de transição, ou seja, sua 
eficácia ocorre durante certo período e 
condições estabelecidas pelo Poder 
Constituinte Originário ou Derivado. Ex. 
A.D.C.T. (Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias) 
35 
 
FENÔMENOS PRODUZIDOS PELA 
SUPERVANIÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO 
 • Teoria da Recepção: Segundo a Teoria da Recepção 
normas jurídicas editadas anteriormente passariam a 
integrar o novo ordenamento jurídico, desde que, 
materialmente compatível com este, sendo então 
adaptadas ao “novo mundo jurídico”. Não podemos 
confundir a “RECEPÇÃO” com a “REVOGAÇÃO”. 
• Teoria da Desconstitucionalização: É o resultado do 
confronto entre as normas constitucionais pretéritas e o 
novo ordenamento. Neste caso, as normas permanecem 
no mundo jurídico, mas como normas 
infraconstitucionais. 
36 
Aplicabilidade e Eficácia 
das normas constitucionais 
Aplicabilidade 
 Imediata Mediata 
 ↓ ↓ 
 Norma bastante em si Norma não bastante em si 
 ↓ ↓ ↓ 
 Eficácia Eficácia Eficácia Limitada (C) 
 Plena (A) Contida(B) 
*Todas possuem eficácia jurídica 
37 
• A) normas de eficácia plena e aplicação imediata: São normas 
aptas para serem aplicadas e dispensam o sistema normativo 
integrador ou regulamentador, estão prontas para serem 
aplicadas imediatamente e de maneira integral. 
• B) normas de eficácia contida e aplicação imediata: São 
normas que também produzem aplicaçãoimediata e integral, 
seus comandos permitem os seus efeitos imediatos, todavia, 
sujeitam-se as restrições efetuadas pelas normas 
infraconstitucionais, alguns autores as denominam “normas 
de eficácia restringível ( redutível). 
• C) normas de eficácia limitada e aplicação mediata: São 
aquelas que dependem de integração por meio de legislação 
infraconstitucional, diferem das normas de eficácia contida, 
porque a sua aplicabilidade requer a integração do dispositivo 
constitucional por meio de lei futura, onde o legislador 
atribuirá capacidade de execução. 
38 
Normas de eficácia limitada 
(outra classificação) 
• normas definidoras de princípios institutivos – aquelas que irão definir a 
estrutura e atribuições das instituições, pessoas e órgãos, tendo por 
escopo gerar a aplicabilidade integral da norma. Ex..: art. 25 § 3º, art. 127, § 
2º etc. 
• normas definidoras de princípios programáticos – aquelas que 
estabelecem programas a serem desenvolvidos e cumpridos, mediante 
legislação integrativa. Essas normas não trazem em si direitos ou 
interesse regulados, mas sim, alvos e direções que deverão ser 
observados. Ex..: art. 23, art. 226 § 2º etc. 
ATENÇÃO: 
• Há no texto constitucional, segundo a doutrina, normas constitucionais de 
eficácia exaurida, ou seja, aquelas que já desempenharam a sua missão. 
Entre elas destacamos alguns artigos do A.D.C.T., como por exemplo o art. 
2º e art. 3º ambos do A.D.C.T. 
• Para Uadi L. Bulos, temos também normas constitucionais de eficácia total 
e aplicabilidade direta, as quais podemos identificar como aquelas que 
integram as cláusulas imodificáveis. Ex. art. 1º, 2º, 5º, incisos I ao LXXVII, 
art. 14 e 60 § 4º (Uadi L. Bulos – Constituição Federal Anotada – Ed. 
Saraiva –5ª Edição, p. 389,) . 
39 
 HERMENÊUTICA e INTERPRETAÇÃO 
DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
Professor SILVEIRA 
40 
HERMENÊUTICA 
- A hermenêutica é uma parte da ciência jurídica que 
investiga o texto legal com a finalidade de produzir 
princípios para a sua interpretação e aplicação. 
- Entre os princípios aplicáveis à interpretação 
conforme a Constituição devemos sempre ter em 
mente os princípios: 
41 
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
• A supremacia constitucional implica num produto de 
normas de observância compulsória da hierarquia de que 
dispõem as normas constitucionais. 
• A rigidez constitucional consiste na verificação do 
processo constitucional para a elaboração das normas 
infraconstitucional, bem como, das emendas 
constitucionais. 
LEMBRE-SE: 
 -Toda norma editada no ordenamento jurídico goza de 
“presunção de constitucionalidade”. 
42 
SUJEITOS DA INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
MODELO HERMENÊUTICO CLÁSSICO: 
- órgãos estatais, entre eles, as cortes 
constitucionais. 
 MODELO HERMENÊUTICO MODERNO OU 
CONTEMPORÂNEO: 
 - inclui os cidadãos e os grupos sociais (igrejas, 
associações sindicais etc.). 
"sociedade aberta dos intérpretes da Constituição". 
(Peter Häberle) 
 
43 
SUJEITOS DA INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
MODELO 
HERMENÊUTICO 
CLÁSSICO MODERNO 
ÓRGÃOS 
ESTATAIS 
 
 
ÓRGÃOS ESTATAIS, 
CIDADÃOS, 
ASSOCIAÇÕES CIVIS etc. 
 
44 
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
• O Princípio da Interpretação conforme a Constituição é corolário 
dos princípios da supremacia constitucional e presunção de 
constitucionalidade das leis. 
• quando as normas infraconstitucionais polissêmicas ou 
plurisignificativas forem submetidas à interpretação 
constitucional, o intérprete deverá optar pela solução mais 
compatível possível, resolvendo a dúvida em favor de sua 
manutenção. 
ATENÇÃO 
A interpretação conforme possui um 
 "princípio conservador da norma", 
cuja finalidade é a manutenção da norma legal, 
 afastando-se a interpretação inconstitucional. 
 
45 
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
• Unidade Constitucional: a interpretação deve evitar a 
antinomia das normas, buscando a harmonia entre suas 
antinomias aparentes. (art. 100 e o art. 33 do ADCT, são 
normas de mesma hierarquia) 
• Efeito integrador: o intérprete deve buscar na integração 
política e social, a unidade política com soluções 
integradoras, valorizando a unidade constitucional. (art. 37, X 
e XV – revisão na mesma data e anual e irredutibilidade 
nominal e real ) 
• Harmonização (concordância prática): o que se busca é 
evitar a perda total de um bem jurídico em face de outro bem 
jurídico tutelado pelas normas constitucionais.( a imposição 
de tributação excessiva sobre certa atividade, poderá 
inviabilizar o exercício da profissão – ref. Art. 5º, inciso XIII e 
lei que regulamenta determinada profissão) 
46 
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
Princípio da Máxima 
Efetividade: 
• O princípio da máxima efetividade 
também conhecido como princípio 
da interpretação efetiva. Na 
aplicação da máxima efetividade o 
intérprete deverá buscar a solução 
que alcance a maior eficiência. 
 
* O escopo é garantir uma 
eficácia social, extraindo o 
melhor resultado possível. 
 
EFICÁCIA 
 DA 
NORMA 
CONSTITUCIONAL 
EFICÁCIA 
POSITIVA 
EFICÁCIA 
 NEGATIVA 
Exigir medidas 
que assegurem 
o exercício 
dos direitos 
Não permite 
o retrocesso social 
47 
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
• Justeza (conformidade funcional): o órgão encarregado de 
interpretar as normas constitucionais não pode alterar o seu 
sentido, a sua coerência no tocante ao sistema de organização 
funcional estabelecido. ( o órgão estatal não pode quebrar o 
sistema constitucional da separação de poderes) 
• Força Normativa da Constituição (Konrad Hesse): o que se 
busca aqui é garantir a autoridade da Constituição. A norma 
constitucional não tem existência autônoma em face da 
realidade. Para ser aplicável, a CF deve ser conexa à 
realidade jurídica, social e política, não sendo apenas 
determinada pela realidade social, mas determinante em 
relação a ela. (quando duas ou mais interpretações são 
possíveis, deve-se buscar a garantia da CF – Exemplo: lei 
10.961 readmissão de servidores – prazo de 120 dias para 
requerer, se é lei temporária não cabe o controle abstrato – 
ver o art. 19 do ADCT). 
48 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
MÉTODOS 
 DE 
INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
MÉTODOS 
JURÍDICOS 
( HERMENÊUTICOS 
CLÁSSICOS) 
MÉTODOS 
MODERNOS 
( HERMENÊUTICOS 
 MODERNOS): 
CONSIDERAÇÕES 
1. O método hermenêutico clássico surgiu no século XIX, as 
constituições eram sintéticas ou reduzidas e não se discutia 
sobre a ponderação dos bens jurídicos. 
2. Não abandonamos o método hermenêutico clássico, mas este 
sozinho não é capaz de resolver todos os conflitos entre as 
normas jurídicas e o ordenamento constitucional. Daí a 
necessidade do uso do método hermenêutico moderno. 
3. Atualmente buscamos a otimização dos princípios (filtro 
constitucional), com a ponderação de bens jurídicos. 
49 
50 
MÉTODOS JURÍDICOS 
( HERMENÊUTICOS CLÁSSICOS) 
 
CRITÉRIOS 
 
ORIGEM 
 
MEIO 
 
FINALIDADE 
51 
MÉTODOS JURÍDICOS 
( HERMENÊUTICOS CLÁSSICOS) 
QUANTO À ORIGEM: 
1. INTERPETAÇÃO LEGISLATIVA:realizada pelos órgãos do Poder 
Legislativo, tanto na elaboração, quanto na verificação do veto 
jurídico. 
2. INTERPRETAÇÃO JUDICIAL: realizada pelos órgãos do Poder 
Judiciário. 
3. INTERPRETAÇÃO ADMINISTRATIVA: realizada pela 
Administração Pública (Poder Executivo), quando deixa de 
aplicar determinada norma por entender que a mesma 
ofende o texto constitucional. 
4. INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA: realizada pela literatura 
jurídica. 
52 
MÉTODOS JURÍDICOS 
( HERMENÊUTICOS CLÁSSICOS)QUANTO AO MEIO: 
1. INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL: observa o texto escrito, a 
pontuação, a etimologia, considera os enunciados lingüísticos, 
também denomina-se interpretação literal ou filológica. 
2. INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA: considera como elemento de 
interpretação os fatos históricos antecedentes, realizando uma 
investigação dos fatores que levaram a elaboração do texto 
constitucional vigente. 
3. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA: verifica o contexto constitucional, 
estabelecendo uma relação de coordenação e subordinação no 
ordenamento jurídico. 
4. INTERPRETAÇÃO LÓGICA: busca a coerência e a compatibilidade 
entre as normas constitucionais, usando de raciocínio lógico. 
5. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA: examina a finalidade da norma 
constitucional, apurando os valores defendidos pela Constituição. 
53 
MÉTODOS JURÍDICOS 
( HERMENÊUTICOS CLÁSSICOS) 
QUANTO `A FINALIDADE: 
1. INTERPRETAÇÃO DECLARATIVA: reconhece a 
imprescindibilidade da interpretação constitucional, buscando 
declarar o significado atribuído ao termo de linguagem 
aplicado na norma. 
2. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA: ocorre quando o texto vai além 
do que deveria ir, cabendo ao intérprete restringir o seu 
alcance aos limites do significado atribuído ao texto 
normativo. 
3. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: neste caso temos o inverso da 
interpretação restritiva, signo lingüístico é impreciso ou 
restritivo, cabendo ao intérprete ampliar o seu alcance. 
54 
MÉTODOS MODERNOS 
( HERMENÊUTICOS MODERNOS): 
1. CIENTÍFICO-ESPIRITUAL: As Constituições devem ser interpretadas com 
amplitude e flexibilidade, a fim de ser um elemento integrador da 
realidade estatal, considerando os valores políticos, sociais, econômicos e 
culturais de maneira globalizada, ou seja, o texto maior não pode ser 
interpretado de maneira isolada, fora da realidade do Estado (Rudolf 
Smend). O Estado é um fenômeno espiritual em constante alteração. 
 
2. TÓPICO-PROBLEMÁTICO: Estabelece a possibilidade da descoberta de uma 
solução mais razoável para um caso concreto. Considera a Constituição 
um sistema aberto de regras e princípios. Busca no problema (caso 
concreto), ou seja, é a partir do problema que se deve perseguir a 
solução. O intérprete abandona o pensamento tópico (norma) e se 
fundamenta no problema para alcançar a solução ideal (Theodor 
Viehweg). 
CASO CONCRETO ------- > NORMA 
55 
MÉTODOS MODERNOS 
( HERMENÊUTICOS MODERNOS): 
3. NORMATIVO-ESTRUTURANTE: O intérprete constitucional deve considerar o 
programa normativo, constante do texto maior, com a realidade social. 
Neste método a norma não é o ponto de partida, mas o resultado final desta 
interpretação (Friedrich Muller). O que se busca é alcançar a realidade 
social atuando dentro do programa normativo – as normas devem ter 
resultado na realidade da sociedade. 
 
4. HERMENÊUTICO-CONCRETIZADOR: Neste método o intérprete busca na 
Constituição a solução para o problema, é o inverso do método tópico-
problemático. Visa suprir deficiências normativas, preenchendo, se 
necessário, as lacunas constitucionais, considerando a pré-compreensão do 
intérprete sobre a situação 
 (pressuposto subjetivo) , enquanto que a realidade social atua como um 
pressuposto objetivo. A solução do problema levará a busca de uma reflexão 
sobre a norma aplicável ao problema (Hans-George Gadamer). Neste 
método temos na lacuna um meio de alcançar o objetivo. 
 
NORMA ------- > CASO CONCRETO 
56 
MÉTODOS MODERNOS 
( HERMENÊUTICOS MODERNOS): 
 
5. COMPARAÇÃO-CONSTITUCIONAL: Defendido por Peter 
Häberle e consiste na reunião dos métodos lógico, 
gramatical, histórico e sistemático, propostos por Savigny, 
visando a pesquisa através de diversos ordenamentos 
jurídicos a direção mais apropriada na interpretação das 
normas constitucionais. Na verdade o que temos aqui é um 
exercício do direito comparado. 
 - Aqui temos a técnica do direito geral comparado. 
 
CONSIDERAÇÕES 
1. A Interpretação conduz a uma solução do que seria possível, 
mas não ao único resultado possível. 
2. A hermenêutica disponibiliza várias ferramentas para auxiliar o 
intérprete na solução da controvérsia jurídica, mas não há uma 
fórmula matemática para a solução das controvérsias. 
3. Os métodos modernos são uma releitura do m´´todo 
hermenêutico clássico, diante de uma nova realidade social e 
jurídica. 
4. A interpretação conforme a Constituição é ao mesmo tempo um 
princípio da hermenêutica e também uma técnica aplicável ao 
controle de constitucionalidade – o que se busca com esta 
técnica não é a inconstitucionalidade da lei, mas, a 
interpretação que seria constitucional, afastando aquela que 
não se adequa ao ordenamento jurídico. 
 
57 
58 
DGF na Constituição Federal de 1988 
- Os Direitos e as Garantias Fundamentais estão localizados, basicamente, 
entre os artigos 5º e 17, especificamente no Título II. 
- Apesar da sua colocação neste título, isto não significa que os direitos e as 
garantias fundamentais não estejam espalhados também ao longo de todo 
o texto constitucional, como podemos verificar no Título VIII que trata da 
ordem social (art. 193 e seguintes). Sendo assim, podemos afirmar que tais 
direitos não constituem “rol taxativo” (exaustivo), mas sim apenas um 
“ROL EXEMPLIFICATIVO”. (ver o art. 5º, § 2º da CF) 
 
art. 5º, § 2º da CF 
 
 § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
59 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL 
(CLASSIFICAÇÃO DIDÁTICA) 
• DIR. e DEV. INDIVIDUAIS E COLETIVOS(Art. 5º) 
• DIREITOS SOCIAIS (Art. 6º/11) 
• DIR. DA NACIONALIDADE (Art. 12/13) 
• DIREITOS POLÍTICOS (art. 14/16) 
• DIR. DOS PARTIDOS POLÍTICOS (Art. 17) 
60 
CLASSIFICAÇÃO HISTÓRICA 
GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
• 1ª geração de direitos 
• 2ª geração de direitos 
• 3ª geração de direitos 
• 4ª geração de direitos 
 
Atenção: Alguns autores usam o tratamento 
“DIMENSÕES” de Direitos. 
61 
DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO 
• São os direitos e garantias individuais e políticos, têm 
por escopo gerar para o indivíduo a capacidade de 
resistência, caracterizando, verdadeiros direitos de 
defesa, ou ainda, direitos negativos. 
• São as liberdades públicas ou clássicas. 
Ex.: direitos civis e políticos 
62 
DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO 
• São as liberdades reais, gerando uma 
prestação do Estado a favor da concretização 
dos direitos de ser. Esses direitos são também 
denominados direitos positivos. 
• Se apresentam como as liberdades sociais ou 
reais e visam a igualdade social. 
Ex.: direitos sociais, econômicos e culturais. 
63 
DIREITOS DE TERCEIRA GERAÇÃO 
• A Segunda metade do século XX, aproximadamente, 
é marcada pela busca de uma nova necessidade de 
direitos que transpassem a individualidade e 
alcancem a coletividade em geral. Surge então, uma 
nova geração ou dimensão de direitos, os direitos da 
solidariedade. 
Ex.: o direito ao desenvolvimento, à proteção ao 
patrimônio comum, direito à proteção ao 
meio-ambiente etc. 
64 
DIREITOS DE QUARTA GERAÇÃO 
• São os direitos produzidos pelo resultado da 
globalização das garantias fundamentais como direitos 
universais, visando a sua institucionalização. 
• Tais direitos seriam o direito à democracia, à 
informação e ao pluralismo. 
Atenção 
Há posicionamentos na doutrina acerca do 
surgimento da “quinta” geração de direitos. 
65 
DESTINATÁRIOS DOS D.G.F. 
1.Pessoas Naturais (físicas): 
a) brasileiros;residentes no país 
b) alienígenas (estrangeiros) 
 
2. Pessoas Jurídicas: 
a) de direito público 
b) de direito privado. 
66 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
São instrumentos destinados a defesa dos 
direitos e garantias fundamentais. 
CLASSIFICAÇÃO: 
1. REMÉDIOS ADMINISTRATIVOS: 
 Ex.: Direito de petição e direito de certidão. 
2. REMÉDIOS JUDICIAIS: 
 Ex. Habeas corpus, Habeas data, mandado de 
Segurança etc 
67 
REMÉDIOS CONSTITUICONAIS 
JUDICIAIS 
• Habeas data – art. 5º, LXXII 
• Habeas corpus – art. 5º, LXVIII 
• Mandado de injunção – art. 5º, LXXI 
• Mandado de segurança – art. 5º, LXIX e LXX 
• Ação popular – art. 5º, LXXIII 
68 
HABEAS DATA 
(Art. 5º, LXXII, CF) 
• OBJETO: GARANTIR O ACESSO ÀS INFORMAÇÕES DA 
PRÓPRIA PESSOA. 
• ESPÉCIES: 
a) INFORMATIVO – PARA ASSEGURAR O ACESSO. 
b) RETIFICATIVO – PARA CORRIGIR OS REGISTROS. 
• LEGITIMIDADE: QUALQUER PESSOA FÍSICA OU 
JURÍDICA, DESDE QUE A PRÓPRIA. 
 
69 
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS 
1. A Lei 9507/97 regulamenta o uso do HD e estabelece 
a necessidade do exercício prévio do Direito de 
Petição. 
2. O HD é uma ação constitucional e requer a prova 
material da recusa ao acesso aos bancos de dados ou 
registros. 
3. A Lei 9507/97 admite uma terceira hipótese de HD, 
para a anotação nos assentamentos do interessado. 
 
70 
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS (CONT.) 
4. O HD é uma ação personalíssima, portanto 
deve ser requerida pela própria pessoa, 
através de advogado. 
5. A doutrina admite o uso do HD pelos 
herdeiros e o cônjuge supérstite. 
6. O HD é uma ação constitucional gratuita. 
71 
HABEAS CORPUS 
(Art. 5º , LXVIII C.F.) 
OBJETO: Garantir a liberdade de locomoção. 
ESPÉCIES: 
A) Preventivo 
B) Repressivo 
LEGITIMIDADE: Qualquer pessoa 
 
72 
CONSIDERAÇÕES 
1. O Habeas corpus alcança direitos conexos com a 
liberdade de locomoção. (Art.5º, XV). 
2. Não se justifica o uso do Habeas corpus quando a 
liberdade de locomoção é apenas um direito – 
meio. Ex.: Liberdade de reunião – Remédio: 
Mandado de segurança. 
3. O Habeas corpus é usado na ação penal quando 
para a tutela de liberdade de locomoção. 
4. O Habeas corpus é uma ação gratuita e não 
necessita de advogado. 
73 
Mandado de Injunção 
(art. 5º, LXXI) 
OBJETO: Viabilizar direitos fundamentais não 
regulamentados. 
ESPÉCIES: 
a) INDIVIDUAL (SINGULAR) 
b) COLETIVO (PLURALISTA) 
LEGITIMIDADE: 
a) INDIVIDUAL (SINGULAR) – Qualquer pessoa 
b) COLETIVO (PLURALISTA)- Reconhecido pela 
jurisprudência (art. 5º, LXX) 
74 
CONSIDERAÇÕES 
1. O Mandado de Injunção alcança as normas 
constitucionais de eficácia limitada. 
2. Teorias acerca do Mandado de Injunção: 
 A) Não concretista: não concretiza o direito (o judiciário 
se limita a declarar a mora do legislador). 
 B) Concretista: O judiciário concretiza a pretensão 
jurídica. È a teoria aplicada atualmente. 
3. O M.I. não é instrumento apropriado para declaração de 
inconstitucionalidade por omissão, mas é possível. 
 
75 
MANDADO DE SEGURANÇA 
(art. 5º, LXIX e LXX) 
OBJETO: Garantir direito líquido e certo não amparado 
por H.C. ou H.D. 
ESPÉCIES: 
a) INDIVIDUAL (SINGULAR) 
b) COLETIVO (PLURALISTA) 
LEGITIMIDADE: 
a) INDIVIDUAL (SINGULAR) – Qualquer pessoa 
b) COLETIVO (PLURALISTA)- art. 5º, LXX, alíneas A e B. 
 
76 
CONSIDERAÇÕES 
1. A lei 12016/09 regulamenta o uso do M. S. 
2. O prazo para impetrar o MS é de 120 dias (prazo 
decadencial). 
3. Não se admite MS contra ato judicial passível de 
recurso com efeito suspensivo. 
4. Não se admite MS contra coisa julgada. 
5. Não é necessária a autorização dos filiados ou 
associados no caso do MS Coletivo. 
6. Não se admite MS contra a lei em tese. 
77 
AÇÃO POPULAR 
(ART. 5º, LXXIII) 
OBJETO: Anular ato lesivo contra determinados 
bens jurídicos. 
 
 
 
LEGITIMIDADE: qualquer cidadão. 
MÁ 7-> M2P4 
78 
CONSIDERAÇÕES 
1. O ato (comissivo ou omissivo) atacado deve ser 
obrigatoriamente lesivo, seja em face da 
ilegalidade ou imoralidade. 
2. Não cabe ação popular para a invalidação de lei em 
tese. 
3. A capacidade eleitoral ativa é o requisito essencial 
exigido ao cidadão para propor a ação popular. 
4. A decisão produz efeitos “erga omnes”. 
79 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
ART. 5º, II 
 O Princípio da legalidade alcança tanto os particulares 
quanto a administração pública. 
 Relações privadas: prevalece a autonomia da 
vontade, o indivíduo pode fazer tudo que a lei não 
proíbe. 
 Relações da Administração Pública: prevalece o 
entendimento da observância da lei, o agente 
público só pode fazer o que a lei permite. 
80 
 
IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA 
ART. 5º, VI ao VIII 
 
 Os dispositivos enaltecem a garantia de 
proteção constitucional das convicções 
filosóficas, políticas e das crenças religiosas. 
 - Atenção: art. 15, IV e art. 143 da CF 
81 
LIBERDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA OU 
DE COMUNICAÇÃO 
ART. 5º, IX 
 Segundo a CF é proibida a censura de natureza política, 
ideológica e artística (art. 220,§ 2º). 
 Entretanto a lei estabelecerá dispositivos com a 
finalidade de regular as diversões e espetáculos 
públicos, informando sobre a natureza, as faixas etárias 
a que não se recomendem, locais e horários em que sua 
apresentação se mostre inadequada, bem como 
estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à 
família a possibilidade de se defenderem de programas 
ou programações de rádio e televisão que contrariem o 
disposto no art. 221, inclusive em relação a propaganda 
de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos 
à saúde e ao meio ambiente. 
82 
 INVIOLABILIDADE DA “CASA” 
 ART. 5º, INCISO XI 
 
 a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
83 
INVIOLABILIDADE DOS SIGILOS 
Art. 5º, inciso XII 
 é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por 
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal 
84 
LIBERDADE DE REUNIÃO 
ART. 5º, INCISO XVI 
• todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, 
em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, 
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade 
competente 
85 
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO 
ART. 5º, INCISOS XVII ao XXI 
1. A dissolução compulsória das associações 
depende de decisão judicial transitada em 
julgado. 
2. A suspensão compulsória das atividades das 
associações dependem de decisão judicial, 
mas não necessita do “trânsito em julgado”. 
3. As cooperativas obedecerão as formalidades 
legais. 
86 
DIREITO DE PROPRIEDADE 
. Propriedade: É o pleno exercício dos poderes de usar, 
gozar e dispor de um bem. 
- A propriedade deve atender a função social. 
FUNÇÃO 
SOCIAL 
PROPRIEDADE 
URBANA 
PROPRIEDADE 
RURAL 
ART.186 ART.182, § 2º 
87 
DESAPROPRIAÇÃO 
1. REGRA GERAL: INDENIZAÇÃO JUSTA E PRÉVIA EM 
DINHEIRO (ART. 5º, XXIV). 
2. REGRA ESPECIAL: 
a) DESAPROPRIAÇÃO-SANÇÃO: art. 182, § 4º,III. 
 - COMPETÊNCIA: MUNICÍPIO 
 - INDENIZAÇÃO: T.D.P. (títulos dívida pública) 
b) REFORMA AGRÁRIA: art. 184, caput. 
 - COMPETÊNCIA: UNIÃO 
 - INDENIZAÇÃO: T.D.A. (títulosdívida agrária) 
88 
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA 
ART. 5º, inciso XXV 
 
- MOTIVO: iminente perigo público. 
- DIREITO DE USO. 
- INDENIZAÇÃO: ULTERIOR, SE HOUVER DANOS 
 
ATENÇÃO 
 A competência para legislar sobre requisição 
administrativa é privativa da União – art. 22, III CF. 
89 
IMPENHORABILIDADE RELATIVA DA 
PROPRIEDADE RURAL 
ART. 5º, inciso XXVI 
REQUISITOS: 
1. - Trabalhada pela família; 
2. - Considerada pequena pela Lei ( LEI 8629/93); 
 art. 4º, inciso II da Lei 8629/93 - compreendida entre 1 (um) e 
4 (quatro) módulos fiscais 
3. - Débitos decorrentes da atividade produtiva. 
 
90 
Art. 5º, XXXII 
O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do 
consumidor. 
 
1. O dispositivo encontra-se regulado pela Lei nº 
8078/90 (C.D.C.). Aplicar-se-á, conforme a 
hipótese, subsidiariamente, o Código Civil (Lei 
10.406/02). 
2. A defesa do consumidor é um dos princípios da 
ordem econômica, conforme o disposto no art. 
170, V da C.F. 
3. A defesa do consumidor fi inserida na 
Constituição de 1988 como uma proteção às 
liberdades fundamentais. 
91 
Art. 5º, XXXIII 
todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
1. Neste dispositivo constitucional temos o direito à 
informação, que não se confunde com a liberdade 
de informar, esta se completa na liberdade de 
manifestação do pensamento. 
2. Este dispositivo apresenta uma expressão de 
direito coletivo. 
3. O agente público poderá ser penalizado pelo não 
atendimento deste dispositivo. 
 
92 
Art. 5º, XXXIV 
são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas:a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;b) a obtenção de 
certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
1. Neste dispositivo encontramos os Remédios 
administrativos. Este remédios não necessitam de 
advogados. 
2. Não se exige a capacidade postulatória das pessoas. 
3. O indeferimento do pedido de certidão justifica o uso 
do mandado de Segurança. 
93 
 
 
ART. 5º, XXXV 
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito 
 
 • PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO - 
Garantia constitucional de livre acesso ao 
judiciário. 
- Espécies de Controle Judicial: 
 a) preventivo: ameaça ao direito 
 b) repressivo: lesão ao direito 
94 
ART. 5º, XXXVI 
a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada 
 
Princípio da Irretroatividade das leis 
Este princípio garante estabilidade às relações jurídicas. 
ATENÇÃO 
Súmula Vinbculante nº 1: 
Ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito a decisão que,sem ponderar as 
circunstâncias do caso concreto, desconsidera a validez e a eficácia de acordo 
constante de termo de adesão instituído pela lei complementar nº 110/2001. 
 
- LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (Lei nº 12.376, de 2010): 
- art. 6º 
1. Direito Adquirido: Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou 
alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo 
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
2. Ato jurídico perfeito:Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei 
vigente ao tempo em que se efetuou. 
3. Coisa Julgada: Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já 
não caiba recurso. 
 
95 
Art. 5º, XXXVII 
não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 Este dispositivo será analisado juntamente com 
o art. 5º, inciso LIII que trata do Princípio do 
Juiz Natural 
 
96 
Art. 5º, XXXVIII 
- é reconhecida a instituição do júri, com a organização 
que lhe der a lei, assegurados 
 a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; d) a competência 
para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
1. Nem todo crime doloso contra a vida é 
julgado no tribunal do júri; 
2. Temos os casos de prerrogativas de funções. 
97 
ART. 5º, INCISO XXXIX 
não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal 
 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA 
LEI PENAL 
“nullum crimen, nula poena, sine praevia legis” 
1. Somente a lei pode definir o crime e a pena. 
2. Medida Provisória não pode disciplinar o 
direito penal. 
98 
ART. 5º, INCISO XL 
a lei penal não retroagirá, 
salvo para beneficiar o réu 
“LEX MITIOR” 
 a lei penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu. 
- Princípio da Irretroatividade da lei penal mais 
gravosa. 
- Princípio da Retroatividade da lei penal mais 
benígna. 
 
99 
Art. 5º , inciso XLI 
a lei punirá qualquer discriminação 
atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais; 
 
Importante ressaltar a tutela dos 
Hipossuficientes Art. 5º , LXXIV da 
C.F. 
100 
ART. 5º , XLII ao XLIV 
CRIMES INAFIANÇÁVEIS 
 XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de 
graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se 
omitirem; 
 XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de 
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
101 
INTRANSCENDÊNCIA DA PENA 
ART. 5º, INCISO XLV 
• nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar 
o dano e a decretação do perdimento de 
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido; 
102 
Art. 5º, XLVI 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
 a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
 a) privação ou restrição da liberdade; 
 b) perda de bens; 
 c) multa; 
 d) prestação social alternativa; 
 e) suspensão ou interdição de direitos; 
- Este princípio (art. 5º, XLVI) não se confunde com o princípio da 
personalização da pena (art. 5º, XLV). A personalização da pena implica 
não transferência da responsabilidade penal, enquanto que a 
individualização da pena estabelece a necessidade de adeuqação da pena 
ao condenado. 
103 
Art. 5º, XLVII ao L 
XLVII - não haverá penas: 
 a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, 
XIX; 
 b) de caráter perpétuo; 
 c) de trabalhos forçados; 
 d) de banimento; 
 e) cruéis; 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado 
 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o período de amamentação; 
104 
 
EXTRADIÇÃO (PASSIVA) 
ART. 5º, INCISOS LI e LII 
 
 
• nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei; 
• não será concedida extradição de estrangeiro porcrime político ou de opinião; 
* A extradição é o ato pelo qual determinado Estado 
soberano entrega a outro Estado soberano, certo 
indivíduo, em face do cometimento de crime. 
105 
ESPÉCIES DE EXTRADIÇÃO 
 
1. PASSIVA (EXPLÍCITA): 
 DECLARADA EXPRESSAMENTE NO TEXTO CONSTITUCIONAL – 
ART. 5º, LI e LII. 
 
2. ATIVA (IMPLÍCITA): 
 OCORRE QUANDO O BRASIL SOLICITA A DETERMINADO 
ESTADO ESTRANGEIRO A EXTRADIÇÃO DE CERTO INDIVÍDUO, 
POR COMETIMENTO DE CRIME NO BRASIL. 
106 
Art. 5º, LIII 
ninguém será processado nem sentenciado senão 
pela autoridade competente 
• PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL 
 Este princípio também é denominado como 
Princípio do Promotor Natural. 
 A competência pode ser definida por: 
1. matéria 
2. lugar 
3. função da pessoa 
 
107 
ART. 5º, LIV 
ninguém será privado da liberdade ou de 
seus bens sem o devido processo legal 
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
 
POSTULADO FUNDAMENTAL DO DIREITO 
PROCESSUAL 
- É o respeito ao “The due process of law”. 
- Não se admitem em processo provas obtidas por 
meios ilícitos (art. 5º, LVI) 
 
108 
Art. 5º, LV 
O princípio do contraditório e da ampla defesa 
• aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
 
109 
ART. 5º, INCISO LVII 
ninguém será considerado culpado até o trânsito em 
julgado de sentença penal 
condenatória 
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO 
NÃO-CULPABILIDADE 
 ESTE PRINCÍPIO TAMBÉM É DENOMINADO 
COMO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE 
INOCÊNCIA. 
110 
Art. 5º, LVIII 
o civilmente identificado não será submetido 
a identificação criminal, salvo nas hipóteses 
previstas em lei; 
 Art. 5º, LIX 
Princípio da Susbsidiariedade 
será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no 
prazo legal; 
111 
 
Art. 5º, LX 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
 a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem. 
112 
Art. 5º, LXI e LXII; LXV e LXVI 
• ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, 
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei; 
• a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família 
do preso ou à pessoa por ele indicada; 
• a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade 
judiciária; 
• ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei 
admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; 
113 
ESPÉCIES DE PRISÕES 
ADMITIDAS NA CONSTIUIÇÃO FEDERAL 
1. Prisão por crime: 
 a) flagrante delito; 
 b) ordem escrita e fundamentada da autoridade judicial competente 
(princípio do juiz natural) 
2. Prisão civil por dívida: 
 - inadimplemento voluntário e inescusável de pensão alimentícia: ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judicial competente (princípio do 
juiz natural) 
 - Atenção: depositário infiel ver súmula vinculante º 25 
3. Prisão disciplinar militar: 
 - Transgressão disciplinar militar: autoridade militar competente. 
114 
Art. 5º LXIII e LXIV 
alguns direitos constitucionais do preso 
• o preso será informado de seus direitos, entre os 
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada 
a assistência da família e de advogado: Princípio da 
“não-auto-incriminação” 
• o preso tem direito à identificação dos responsáveis 
por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
115 
Art. 5º, LXVII 
não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e 
a do depositário infiel; 
 SÚMULA VINCULANTE Nº 25 do S.T.F. 
 
 É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer 
que seja a modalidade do depósito. 
116 
DIREITOS SOCIAIS 
(ART. 6º) 
a educação, a saúde, a alimentação,o trabalho, 
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, 
a previdência social, 
a proteção à maternidade e à infância, 
a assistência aos desamparados, 
na forma da Constituição 
 
ATENÇÃO 
O DIREITO A ALIMENTAÇÃO, O DIREITO A MORADIA EO 
DIREITO AO TRANSPORTE FORAM ACRESCENTADOS 
POR EMENDAS CONSTITUCIONAIS 
* Emenda Constitucional 90/2015 – 15.09.2015 incluiu o 
direito ao transporte. 
117 
DIREITOS CONSTITUCIONAIS 
DOS TRABALHADORES 
1. Art. 7º da CF 
2. Capacidade laborativa: art. 7º, inciso XXXIII. 
- PLENA: maiores de 18 anos. 
- RELATIVA: maiores de 16 anos e menores de 
18 anos. 
3. PRESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS: 
- prazo de cinco anos, até o limite de dois anos após a 
extinção do contrato de trabalho. 
4. Cuidado : art. 7º, parágrafo-único (direitos dos 
empregados domésticos) 
ATENÇÃO: Ver E.C. 72/2013 
 
118 
EMENDA CONSTITUCIONAL 
72/2013 
• Artigo único. O parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal passa a 
vigorar com a seguinte redação: 
 
• "Art. 7º ..................................................................................... 
.......................................................................................................... 
 
• Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores 
domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, 
XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do 
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, 
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos 
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à 
previdência social." (NR) 
119 
DIREITOS DA NACIONALIDADE 
NACIONALIDADE 
ORIGINÁRIA DERIVADA 
ART. 12, I ART. 12, II 
120 
 
ART. 12, INCISO I 
São brasileiros natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda 
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a 
serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 
República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois 
de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
121 
ART. 12, INCISO II 
Brasileiros naturalizados 
 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto 
e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há mais 
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, 
desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
122 
PERDA DA NACIONALIDADE 
Art. 12, § 4º da C.F. 
- Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
 I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em 
virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
 II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: 
 a) de reconhecimento de nacionalidade originária 
 pela lei estrangeira; 
 b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, 
ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição 
para permanência em seu território ou para o exercíciode 
direitos civis; 
 
Atenção: Ver o Art. 12, § 3º da C.F. 
123 
DIREITOS POLÍTICOS 
ART. 14 ao 16 da C.F. 
DIREITOS 
POLÍTICOS 
POSITIVOS NEGATIVOS 
ATIVOS PASSIVOS INELEGIBILIDADES PRIVAÇÕES 
124 
ART. 14, §1º 
O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito 
anos. 
125 
ART. 14, § 3º 
 
- Condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; REQUISITOS GENÉRICOS 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
 
VI - a idade mínima de: (REQUISITO ESPECIAL) 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da 
República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado 
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
126 
ART. 14 
 
INLEGIBILIDADE ABSOLUTA: 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
INELEGIBILIDADE RELATIVA FUNCIONAL: 
§ 5º - O Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único 
período subseqüente. 
 
 
127 
INLEGIBILIDADE RELATIVA FUNCIONAL: 
 ART. 14, § 6º 
- Para concorrerem a outros cargos, 
o Presidente da República, 
os Governadores de Estado e do Distrito Federal 
e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito. 
128 
INELEGIBILIDADE REFLEXA(PARENTAL) – ART. 14,§ 7º 
 São inelegíveis, no território de jurisdição do 
titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o segundo grau 
ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do 
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de 
mandato eletivo e candidato à reeleição. 
129 
 
BIBLIOGRAFIA 
 • Moraes, Guilherme Peña de, Teoria da Constituição, 3ª edição, Lúmen Júris, 2006, Rio de 
Janeiro; 
• Novelino, Marcelo, Direito Constitucional, 3ª edição, Editora Método, 2009, Rio de 
Janeiro; 
• Barroso, Luis Roberto, Curso de Direito Constitucional Contemporâneo, 1ª 
edição,Editora Saraiva, 2009, São Paulo; 
• Bulos, Uadi Lammêgo, Direito Constitucional ao alcance de todos, edição 2009, Editora 
Saraiva, São Paulo; 
• Miranda, Jorge, Teoria do Estado e da Constituição, 1ª edição, Editora Forense,2003, Rio 
de Janeiro; 
• Mendes, Gilmar; Coelho, Inocêncio Mártires e Branco, Paulo Gustavo Gonet, Curso de 
Direito Constitucional, 4ª edição, Editora Saraiva, 2009, São Paulo. 
• Silva, Jose Afonso, Curso de Direito Constitucional Positivo, Ed, Malheiros, 2008. 
• Moraes, Alexandre de, Direito Constitucional, 23ª ed., pg. 26, São Paulo, 2008,Editora 
Atlas 
 
PESQUISA INTERNET: 
-www.planalto.gov.br 
-www.pciconcursos.com.br 
-www.stf.jus.br

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