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Informe epidemiológico de hantavirose

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Hantavirose: análise dos dados epidemiológicos de 2010 a 2014 
 
No período de 2010 a 2014 foram notificados 8.074 casos suspeitos de 
hantavirose. Destes 7,5% (604/8074) foram confirmados, dos quais 95,3% por meio 
diagnóstico laboratorial, apresentando resultado “IgM positivo”. 
Os casos notificados distribuem-se por todo o ano, porém nos meses de fevereiro 
e agosto observou-se uma diminuição nas notificações. Em 2010, ocorreu um aumento 
do número de casos em janeiro, devido a um surto em uma aldeia indígena no Mato 
Grosso (Figuras 1 e 2). 
No período analisado, indivíduos do sexo masculino (74,3%) e na faixa etária de 
20 a 39 anos (51,1%) foram os mais acometidos pela doença. 
Todas as regiões notificam casos confirmados, com predominância das regiões 
Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Os estados com o maior percentual de casos confirmados 
foram Mato Grosso, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, com 20%, 17% , 15% e 
15%, respectivamente. 
Em relação ao local provável de infecção, 18% dos casos são de Mato Grosso, 
15% Santa Catarina e 13% de São Paulo e 12% de Minas Gerais (Tabela 1) e apenas 11% 
estavam com a variável em branco. A zona de infecção em que ocorreu a maioria dos 
casos foi a zona rural, totalizando 71% dos casos confirmados. O ambiente de infecção 
com maior destaque foi o de trabalho (41%), seguido pelo doméstico (31%). As situações 
de risco mais relatadas foram: a exposição ou limpeza de casa, da despensa, do galpão, 
dos depósitos, do sótão, do porão, e outros semelhantes (55%); contato direto e/ou “viu 
rato silvestre vivo ou morto ou seus vestígios” (47%), e moagem e armazenamento de 
grãos, organização de fardos de lenha, capim ou outras atividades semelhantes (36%). 
Os sintomas mais relatados foram febre (91%), dispneia (80%) e mialgia (69%). 
Quanto à hospitalização, 92% dos casos foram hospitalizados, 47% necessitaram de 
respiração mecânica, e 70% apresentaram a doença na forma de Síndrome 
Cardiopulmonar por Hantavírus. 
Embora a incidência da hantavirose no período estudado tenha sido baixa, 
0,3/100.000 hab., sua letalidade se apresentou bastante alta, 41%, evidenciando a 
gravidade da doença (Tabela 1). 
 
 
Tabela 1. Incidência por 100.000/hab. e letalidade de hantavirose por Unidade Federada 
do local provável de infecção. Brasil, 2010 a 2014. 
UF de Fonte 
infecção 
2010 2011 2012 2013 2014 
Incid
. 
Let. 
(%) 
Incid
. 
Let. 
(%) 
Incid
. 
Let. 
(%) 
Inci
d 
Let. 
(%) 
Incid
. 
Let. 
(%) 
Ignorado/Em 
Branco 
_ 22,2 _ 46,2 _ 33,3 _ 40,0 _ 42,9 
Rondônia 0,06 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,12 50,0 0,00 0,0 
Acre 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Amazonas 0,00 0,0 0,06 100,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Roraima 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Pará 0,05 50,0 0,14 72,7 0,05 50,0 0,05 50,0 0,04 33,3 
Amapá 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Tocantins 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
NORTE 0,02 40,0 0,03 76,9 0,01 50,0 0,02 50,0 0,01 33,3 
Maranhão 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,01 100,0 0,00 0,0 
Piauí 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Ceara 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Rio Grande do 
Norte 
0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Paraíba 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Pernambuco 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Alagoas 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Sergipe 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Bahia 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
NORDESTE 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 100,0 0,00 0,0 
Minas Gerais 0,12 39,1 0,08 43,8 0,05 40,0 0,07 50,0 0,05 27,3 
Espirito Santo 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Rio de Janeiro 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
São Paulo 0,06 41,7 0,05 68,2 0,03 58,3 0,02 60,0 0,02 45,5 
SUDESTE 0,04 40,4 0,03 57,9 0,02 50,0 0,02 54,2 0,02 36,4 
Paraná 0,13 28,6 0,09 33,3 0,09 55,6 0,14 33,3 0,06 42,9 
Santa Catarina 0,30 36,8 0,28 44,4 0,28 33,3 0,33 31,8 0,21 21,4 
Rio Grande do Sul 0,07 12,5 0,07 25,0 0,06 0,0 0,06 42,9 0,04 75,0 
SUL 0,17 29,3 0,15 37,1 0,14 33,3 0,18 34,1 0,10 36,0 
Mato Grosso do 
Sul 
0,00 0,0 0,00 0,0 0,04 100,0 0,00 0,0 0,00 0,0 
Mato Grosso 1,55 19,1 0,29 33,3 0,55 29,4 0,72 26,1 0,47 53,3 
Goiás 0,20 66,7 0,07 75,0 0,11 57,1 0,16 80,0 0,02 100,0 
Distrito Federal 0,51 76,9 0,19 40,0 0,04 0,0 0,11 66,7 0,07 0,0 
CENTRO-
OESTE 
0,56 37,5 0,14 44,4 0,18 38,5 0,25 44,4 0,14 50,0 
BRASIL 0,09 35,6 0,06 50,4 0,05 39,0 0,07 42,7 0,04 40,2 
Fonte: SINAN/SVS/MS 
Dados sujeitos a alteração 
 
 
 
 
Figura 1. Distribuição mensal dos casos de hantavirose. Brasil, 2010 a 2014. 
Fonte: SINAN/SVS/MS- Dados sujeitos à alteração 
 
 
 
Figura 2. Distribuição anual dos casos confirmados e óbitos de hantavirose. Brasil, 2010 
a 2014. 
Fonte: SINAN/SVS/MS- Dados sujeitos a alteração 
 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
N
º 
d
e
 c
as
o
s
Mês de início de sintoma
2010 2011 2012 2013 2014
174
117 100
131
82
62 59
39
56
33
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
2010 2011 2012 2013 2014
N
ú
m
er
o
 d
e 
ca
so
s
Ano de início de sintoma
Casos Confirmados Óbitos

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