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1 
ANALISTA PROCESSUAL MPU 
 
www.apostilaeletronica.com.br 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
I. Jurisdição e Ação....................................................................................................................... 002 
II. Partes e Procuradores............................................................................................................... 007 
III. Litisconsórcio e Assistência. Intervenção de Terceiros............................................................. 016 
IV. Ministério Público.................................................................................................................... 021 
V. Competência............................................................................................................................. 024 
VI. O Juiz........................................................................................................................................ 033 
VII. Atos Processuais...................................................................................................................... 035 
VIII. Formação, Suspensão e Extinção do Processo....................................................................... 043 
IX. Processo e Procedimento......................................................................................................... 049 
X. Recursos.................................................................................................................................... 064 
XI. Processo de Execução............................................................................................................... 077 
XII. Processo Cautelar.................................................................................................................... 099 
XIII. Procedimentos Especiais........................................................................................................ 116 
XIV. Procedimentos Especiais: mandado de segurança, ação popular, ação civil pública, ação 
de improbidade administrativa..................................................................................................... 
130 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANALISTA PROCESSUAL MPU 
 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
I. JURISDIÇÃO E AÇÃO 
 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Através da jurisdição o Estado busca de forma imparcial e justa a pacificação do 
conflito. Trata-se, pois, de poder-dever de aplicação do Direito ao caso concreto, de 
monopólio do Poder Estatal, através de seus órgãos jurisdicionais. É a função do Estado de 
fazer atuar a vontade concreta do direito objetivo. 
 
Em que pese a absoluta preferência e secundariedade pela solução jurisdicional dos 
conflitos, o Direito pátrio não exclui por completo as hipóteses de autocomposição1 (como o 
exercício da arbitragem, a mediação, por exemplo) ou, em casos específicos, de autotutela 
(como no caso do desforço imediato, legítima defesa da posse), resguardado, entretanto, o 
direito constitucional de acesso ao judiciário e inafastabilidade da apreciação 
jurisdicional conforme anteriormente afirmado. 
 
Cumpre salientar que o fato de o poder-dever jurisdicional ser de monopólio do Poder 
Estatal não significa que este seja seu protagonista, sendo os órgãos jurisdicionais 
essencialmente inertes, ou seja, o Poder Judiciário age, via de regra, tão somente mediante 
provocação2. A inércia do juiz é princípio processual, positivado no art. 2° do CPC, que 
tem por finalidade garantir sua imparcialidade e equidistância das partes, sendo excepcionais 
as hipóteses em que este pode agir sem que haja provocação (ex officio), usualmente por 
critérios de ordem pública3. 
 
O processo, portanto, é formado por iniciativa da parte que o promove (dominus 
litis) e desenvolve-se por impulso do Poder Estatal, responsável pela solução dos conflitos, 
conforme dispõe o artigo 262 do CPC. -Secundária; 
 -Imparcial; 
 -Inerte; 
 -Provocada; 
 A jurisdição, por conseguinte, é: -Substitutiva; 
 -Declaratória; 
 -Indelegável; 
 -Inevitável; 
 (entre outros). 
 
1 Solução de conflito entre as partes através da eleição de um terceiro imparcial para o papel de árbitro. 
2 Dois importantes brocardos latinos sobre a matéria são recorrentes na doutrina pátria: ne procedat iudex ex officio e nemo iudex sine 
actore. 
3 São exemplos da atuação ex officio do magistrado: (a) a abertura do processo de inventário, nos termos do artigo 989 do CPC; (b) a 
arrecadação de bens do ausente, conforme dispõe o artigo 1.160 do CPC. 
 
 
 
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2. ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO 
 
Duas são as espécies de jurisdição: contenciosa e voluntária (Art. 1°, CPC). 
 
A jurisdição contenciosa é justamente a concreção da função jurisdicional, qual seja, 
a resolução de conflitos. Na jurisdição voluntária – também denominada administração 
pública de interesses privados, de natureza integrativa, – não há lide (entendimento 
dominante), mas controvérsia; não há partes, mas interessados; não há processo, mas 
procedimento; não há pretensão, mas interesses comuns ou paralelos; não há pedido, mas 
requerimento. Em verdade, para a maioria da doutrina, não haveria propriamente jurisdição 
na chamada jurisdição voluntária. 
 
Na jurisdição voluntária o Estado não acolhe nem rejeita pretensões, apenas atua 
com os interessados para a realização de negócios jurídicos, a fim de lhes dar maior 
segurança, possibilitar a fiscalização estatal ou dar a necessária homologação judicial de tais 
negócios, como ocorre no caso da ação de separação consensual, por exemplo. Trata-se, pois, 
de espécie mais próxima de procedimento administrativo que de processo propriamente 
dito. 
 
3. LIMITES DA JURISDIÇÃO 
 
No que tange aos limites da jurisdição temos que, segundo o princípio da aderência, 
os juízes e os tribunais exercem a atividade jurisdicional somente no território nacional, 
sendo esta atividade dividida com observância das regras de competência, que veremos 
adiante. Importante apontar que as regras reguladoras da “Competência Internacional”, 
previstas nos arts. 88 a 90 do CPC, disciplinam, na verdade, a jurisdição e não a competência, 
assim, estão ligadas ao território brasileiro (e, por conseguinte, à jurisdição pátria) as ações 
em que: 
 
 O réu tiver domicílio no Brasil; 
 
 A obrigação tiver de ser cumprida no Brasil; 
 
 O fato gerador ocorreu no Brasil; 
 
 O objeto da pretensão for um imóvel situado no Brasil, 
assim como os bens de inventário; 
 
 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA 
INTERNACIONAL (88 A 90) 
 
 
 
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4. AÇÃO 
 
4.1. CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 
As condições da ação são: 
 
 Legitimidade; 
 Possibilidade jurídica do pedido; 
 Interesse de agir. 
 
4.1.1. Legitimidade ad causan 
 
Legitimidade é a aptidão para a condução de um processo em que se discute 
determinada situação jurídica. Para saber se tem ou não legitimidade, é preciso averiguar a 
situação jurídica discutida em juízo. Não há como saber se o sujeito é legítimo ou não sem 
examinar a relação discutida. O sujeito pode ser legítimo para um assunto e ilegítimo para 
outro assunto, em face a situação discutida. No concurso, em uma dissertação, vale a pena 
dizer que a legitimidade é a pertinência subjetiva da ação. 
 
 
4.1.1.1. Classificações da Legitimidade: 
 
Primeira: 
 
a) Legitimidade Exclusiva: a legitimação é atribuída a somente um sujeito. 
 
b) Legitimidade concorrente: a legitimaçãoé atribuída a mais de um sujeito, sendo 
que mais de uma pessoa é legítima para discutir determinada relação em juízo. É também 
chamada de co-legitimação. Exemplo: credores solidários; condôminos; sujeitos do Art. 
103/CF para propor ADI. 
 
Segunda: 
 
a) Legitimidade Ordinária: sempre que alguém vai a juízo defendendo em nome 
próprio direito próprio. Há uma coincidência entre o legitimado e o sujeito da relação jurídica 
discutida. É a regra. 
 
b) Legitimidade extraordinária: quando a lei atribui a alguém o direito de discutir o 
direito de outra pessoa em juízo, defendendo em nome próprio direito alheio. É o que 
acontece nas ações coletivas, onde o legitimado está em juízo defendendo interesses da 
coletividade. 
 
 
 
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b.1. Considerações sobre a legitimação extraordinária. 
 
a) há casos em que o sujeito está em juízo discutindo interesse próprio e alheio. É uma 
situação ambivalente. É o que acontece com o credor solidário e o condômino, que defendem 
um direito que é deles, junto com outras pessoas. 
 
b) a doutrina costuma referir a outra expressão quando cuida de legitimação 
extraordinária – “Substituição Processual” – esta e legitimação extraordinária costumam ser 
utilizadas como sinônimos. 
Alguns doutrinadores porém, preferem distinguir essas expressões, colocando a substituição 
processual como espécie de legitimação extraordinária. Seria uma legitimação extraordinária 
que ocorre quando o legitimado extraordinário estiver sozinho em juízo, defendendo o 
interesse de outra pessoa, sendo ele um substituto processual. Se estiver em juízo em 
litisconsórcio com o titular do direito, não haveria substituição processual. Exemplo: 
alimentos para o menino. Se o Ministério Público vai sozinho pleitear alimentos para o 
menino, será substituto processual. Mas se for junto com o menino, será um legitimado 
extraordinário, sendo litisconsorte do menino. 
 
c) aprenderemos a distinguir substituição processual de sucessão processual. Na 
sucessão processual, ocorre uma mudança de sujeitos no processo, saindo um sujeito, 
entrando o outro. Por exemplo: o réu morreu, entra o espólio. 
 
d) aprenderemos a distinguir substituição processual de representação processual. Na 
representação processual, alguém está em juízo discutindo interesse de outra pessoa só que 
não em nome próprio, mas sim em nome alheio. Age em nome alheio defendendo direito 
alheio. Exemplo: menininho vai a juízo representado pela mãe. A parte é o menininho, e a 
mãe é a representante. 
 
 
b.2. Características da Legitimação Extraordinária: 
 
a) tanto a substituição processual quanto a legitimação extraordinária, têm que derivar 
da Lei. Consequentemente, não pode haver legitimação extraordinária por força de contrato. 
Art. 6/CPC. 
 
b) o substituto processual é parte. Consequentemente paga as custas, pode ser multado 
por litigância de má-fé, é em relação a ele que se vai examinar a competência em razão da 
pessoa. 
 
 
 
 
 
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c) a falta de legitimação extraordinária implica decisão que não examina o mérito da 
causa. O juiz apenas diz que o sujeito não pode discutir tal direito. Tanto é assim que há uma 
tendência legislativa e doutrinária de fazer com que a falta de legitimação extraordinária não 
gere a extinção do processo. Ao invés de extinguir, o juiz promova uma sucessão processual, 
trazendo quem possa para prosseguir no processo. Isso acontece na Ação Coletiva. Intimam-
se outros legitimados para aproveitar a causa. 
 
d) tradicionalmente, se diz que a coisa julgada proveniente de um processo conduzido 
por um substituto processual atinge o substituído, sendo uma exceção a regra de que a coisa 
julgada somente atinge as partes do processo. Pode ser que o legislador excepcione isso. 
A exceção é não atingir. Mas para isso é preciso autorização expressa da Lei, como o fez nas 
causas coletivas. Ação coletiva não prejudica a coletividade, só beneficia. 
 
 
4.2. Possibilidade jurídica do pedido 
 
Possibilidade jurídica do pedido significa que haverá ação se o pedido formulado 
puder ser, em tese, acolhido. Para Liebman, extinção sem o exame do mérito. 
 
Até hoje não há explicação para esse pressuposto. Liebman não tratou sobre tal. Este 
capítulo foi excluído do seu livro. 
 
Note que o Art. 3/CPC não traz “possibilidade jurídica do pedido” e o Art. 267, 
VI/CPC traz “possibilidade jurídica do pedido”. O primeiro é a cópia integral do Código de 
Processo Italiano. O segundo é de criação brasileira. 
 
Dinamarco, que é discípulo de Liebman, desenvolveu o seu pensamento, e passou a 
denominar essa condição da ação de “Possibilidade jurídica da demanda” – porque ele diz que 
o exame da possibilidade jurídica deve abranger todos os elementos da demanda e não 
somente o pedido. É preciso averiguar, por exemplo, se a causa de pedir é legítima. Exemplo: 
cobrança de dívida de jogo – o que se tem é uma ilicitude na causa de pedir e não no pedido. 
 
 
4.3. Interesse de agir 
 
Há interesse de agir quando o processo for útil e necessário. É preciso que o processo 
possa propiciar algum proveito para a parte, para o demandante. Se o pedido, mesmo 
acolhido, não puder propiciar qualquer proveito ao sujeito, será inútil o processo. É preciso 
também a demonstração de que a utilidade almejada só pode ser alcançada pelo processo. 
Tem que demonstrar que o processo é necessário para alcançar aquilo que se deseja. Tem que 
demonstrar a necessidade de se ir a juízo.

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