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Universidade de Brasília
Aluna: Larissa Carvalho de Sousa
Matrícula: 15/0014601
Novas opções, antigos dilemas: mulher, família, carreira e relacionamento no Brasil
	A identidade da mulher e de outros grupos marginalizados como negros e indígenas foi construída através da cosmovisão do grupo dominante, no caso das mulheres a figura dominante é o patriarcado. Portanto características como sensibilidade, feminilidade e fragilidade são consideradas pertencentes ao gênero feminino, porém o perfil que define o que é uma mulher é uma mera abstração visto que é uma construção social do patriarcado e não corresponde a visão que as mulheres têm de si mesmas e esse desejo de reconstruir a própria identidade tem fomentado o movimento feminista. 
	A definição de identidade feminina foi usada como justificativa para afastar as mulheres de espaços de poder e influência social, promovendo-se assim a discriminação de gênero, embora tenha ocorrido grandes mudanças para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres, a desigualdade ainda persiste.
	O papel e a identidade da mulher no modelo antigo não foram desconstruídos, foram apenas ampliados para incluir a carreira profissional, consequentemente as mulheres não conseguem se desvencilhar do modelo antigo e muitas vezes usam a liberdade de escolha para justificar a permanência no modelo antigo, embora a inclinação para certas escolhas é uma construção e pressão social que os indivíduos não percebem e acreditam serem escolhas conscientes quando de fato não são. Assim, muitas mulheres tentam conciliar o antigo e moderno contexto mesmo que isso signifique um acúmulo fatigante de tarefas.
	Um exemplo que evidencia a tentativa de conciliação entre os dois modelos é a valorização da família e da carreira profissional, sendo a primeira estimulada pela ideia de que a maternidade é o que traz realização pessoal da mulher. Ela deve cumprir quase exclusivamente a atribuição de cuidar dos filhos e das tarefas domésticas, assim para amenizar a falta de tempo e peso dessa escolha muitas mulheres buscam a estabilidade financeira como algo primordial visto que o capital financeiro pode possibilitar a contratação de uma empregada doméstica e de uma babá, além elas acreditam na realização pessoa proporcionada por uma carreira profissional em oposição a desvalorização de uma vida dedicada exclusivamente a tarefas domésticas em casa.
	Há uma grande pressão social de que a mulher precisa ser bonita e a partir das entrevistas notou-se que as mulheres continuam refém dessa objetificação, no entanto as mesmas não atribuem a preocupação com a beleza a pressões exteriores e sim ao cuidado da saúde.
	A figura feminina continua presa no ideal de amor romântico seja na busca pelo parceiro ideal ou pela associação direta entre sexo e amor, por outro lado o casamento enquanto ritual numa igreja e o tabu da virgindade já não tenham espaço na vida de algumas mulheres.
	Há uma grande distância entre o discurso que contém traços feministas com o que de fato as mulheres põem em prática, uma vez que elas continuam reféns de discursos definidores da identidade feminina, portanto há um longo caminho para se alcançar a verdadeira igualdade de gênero.

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