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Resumo DIREITO PENAL I

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Direito Penal I
Conceito: É um segmento do ordenamento jurídico que seleciona comportamentos humanos considerados graves no sentido de ameaçar a vida em sociedade e capazes de colocar em risco valores fundamentais ao convívio social, e descreve-los como infração penal cominando sanções, além de estabelecer todas as regras necessárias a sua correta e justa aplicação.
Finalidade: A missão do Direito Penal é proteger os valores fundamentais para a subsistência da sociedade, exercida pela intimidação, pela celebração de compromisso ético entre o Estado e o indivíduo. 
- A missão do Direito Penal é a proteção dos bens jurídicos, através da cominação, aplicação e execução da pena. 
Controle social: compreende o conjunto de instituições, estratégias e sanções, cuja função é promover e garantir a submissão do indivíduo aos modelos e normas sociais. O controle social penal é exercido através das leis. 
- Infração penal: conduta desviada.
- Pena: sanção disponível.
Fontes do Direito Penal: 
Fonte de produção (material) -> Art. 22 CF : Compete privativamente à União legislar sobre: direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
Fonte de conhecimento (formal) -> Art. 5 CF : Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
 A lei é a única forma de conhecimento do Direito Penal no que diz respeito à proibição ou imposição de condutas sob a ameaça de pena, atendendo-se, dessa forma, ao princípio da reserva legal. 
Imediata: Para saber se determinada conduta praticada por alguns é proibida pelo Direito Penal, devemos recorrer exclusivamente á Lei. 
Mediata: costumes e os princípios gerais do Direito.
Visão jurisprudencial:
Fonte formal imediata: Lei, CF, T.I.D.H, Jurisprudência, Súmulas, Súmulas Vinculantes
Mediata: doutrina.
Informais: costumes.
Norma Penal Cap. 4:
Embora a conduta do agente possa até ser reprovável socialmente, se não houver um tipo penal incriminador proibindo-a, ele poderá praticá-la sem que lhe seja aplicada qualquer sanção de caráter penal.
Teoria de Binding: Segundo Binding, a lei teria caráter descritivo da conduta proibida ou imposta, tendo a norma por sua vez, caráter proibitivo ou mandamental.
Normal penal -> proíbe. Lei penal -> descreve.
Características: Exclusividade, Anterioridade, Imperatividade, Generalidade e Impessoalidade.
Normas Penais Incriminadoras:
Às normas penais incriminadoras é reservada a função de definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, sob a ameaça de pena.
Preceito primário: faz a descrição detalhada e perfeita da conduta que se procura proibir ou impor. 
Preceito secundário: é a tarefa de individualizar a pena, cominando-a em abstrato.
Normas Penais não incriminadoras: são aquelas que não definem o crime. 
Permissivas: têm por finalidade afastar a ilicitude da conduta do agente.
Art. 23 CP: Não há crime quando o agente pratica o fato em estado de necessidade, em legitima defesa ou no exercício regular de direito. 
Art. 24 CP: considera-se estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar.
Art. 25 CP: entende-se por legitima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Explicativas: visam esclarecer ou explicar conceitos.
Art. 327 CP: Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
Art. 150 CP inciso 4: a expressão "casa" compreende qualquer compartimento habitado, aposento ocupado de habitação coletiva. compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade...
Complementares: fornecem princípios gerais para a aplicação da lei penal.
Art. 59 CP: o juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstancias e consequencias do crime, bem como o comportamento da vitima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: penas aplicáveis, quantidade de pena, regime inicial de pena...
Normas Penais em Branco: são aquelas em que há necessidade de complementação para que se possa compreender o âmbito de aplicação de seu preceito primário. 
Art. 28 Leg. Complementares: quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: Advertência, prestação de serviços à comunidade, medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
- Somente após a leitura da Portaria expedida pela ANVISA, é que poderemos saber quais substâncias são tidas como entorpecentes.
Normal Penais podem ser:
Homogêneas: quando o seu complemento é oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita de complemento. 
Art. 237 CP: contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta: 
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano.
Art. 1.521 CC: Não podem casar:
1. os ascendentes com os descendentes.
2. irmãos...
Código Civil e Código Penal tem a mesma fonte de produção, portanto são homogêneas.
Heterogênea: quando o seu complemento é oriundo de fonte diversa daquela que a editou.
Art. 28 Lei Antidrogas, e seu complemento pela ANVISA. 
Norma penal incompleta ou imperfeita: são aquelas que, para saber a sanção imposta pela transgressão de seu preceito primário, o legislador nos remete a outro texto de lei. 
Art. 1 Dec. Lei 2.889/56 GENOCÌDIO
Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:
a) matar membros do grupo......
Será punido: COM AS PENAS DO ART. 121 INCISO 2 DO CP, NO CASO DA LETRA A. 
Conflito aparente de normas Penais: quando existem duas ou mais normas que poderão sobre ele incindir. 
Princípio da Especialidade: a norma especial afasta a norma geral.
Ex.: Homicídio e Infanticídio.
Homicídio ocorre quando o agente produz a morte de um homem.
Infanticídio é a conduta descrita no Art. 123 do CP, "matar sob a influencia do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após".
- Se uma parturiente, ao dar a luz ao filho, sem qualquer perturbação psíquica originária de sua especial condição, desejar, pura e simplesmente, causar-lhe a morte, responderá pelo crime de Homicídio.
- Agora, se durante o parto ou logo após, causar a morte do próprio filho, responderá pelo crime de Infanticídio. Pois a lei especial afasta a geral. 
Princípio da Subsidiariedade: na ausência ou impossibilidade de aplicação da norma penal principal mais grave, aplica-se a norma subsidiária menos grave.
Expressa: quando a própria lei diz "se o fato não constitui elemento de crime mais grave". 
Ex.: Art. 132 CP, somente se aplica a pena prevista para o delito de perigo para a vida ou a saúde de outrem se o fato não constituir crime mais grave. 
Tácita: quando o artigo, embora não se referindo expressamente ao seu caráter subisidiário, somente terá aplicação nas hipóteses de não ocorrência de um delito mais grave, que neste caso afastará a aplicação da norma subsidiária. 
Ex.: Art. 311 do Cód. Transito, proíbe a conduta de trafegar em velocidade incompatível em certos lugares. Se o agente, deixando de obdecer essa norma, vier a atropelar alguém, causando-lhe morte, não será responsabilizado pelo Art. 311, e sim pelo Art. 302, que prevê o delito de homicídio culposo na direção de veículo automotor. O crime de dano afastará o de perigo.
Princípio da Consunsão: Para a aplicação do princípio da consunção pressupõe-se a existência de ilícitos penais chamados "consuntos", que funcionam apenas como estágio de preparação ou de execução, ou como condutas, anteriores ou posteriores de outro delito mais grave. E com isso, o crime mais grave é absorvido pelo crime menosgrave.
* Crime tipificado no Código Penal não pode ser absorvido por infração descrita na Lei das Contravenções Penais. 
Crime Progressivo e progressão criminosa:
Crime progressivo: quando o agente, afim de alcançar o resultado pretendido pelo seu dolo, obrigatoriamente, produz outro, antecedente e de menor gravidade. Ex.: Matar alguém. Antes da morte, o agente teve que provocar lesões corporais. 
Progressão criminosa: o agente era diridigo a determinado resultado, e durante os atos de execução, resolve ir além e produzir um resultado mais grave. Ex.: o agente querendo causar lesões corporais a vítima, a agrida, e depois resolve matá-la. Também deverá responder por um único crime, homicídio doloso.
Princípio da Alternatividade: terá aplicação quando estivermos diante de crimes tidos como de ação múltipla ou de conteúdo variado, ou seja, crimes plurinucleares, nos quais o tipo penal prevê mais de uma conduta em seus vários núcleos.
Ex.: Art. 33 Lei 11.343/06 Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda... 
O agente só será punido por uma das modalidades inscritas nos chamados crimes de ação múltipla, embora possa praticar duas ou mais condutas do mesmo tipo penal. 
Princípios Constitucionais e Gerais do Direito
Intervenção Mínima: O Direito Penal deve interferir o menos possível na vida em sociedade, devendo ser solicitado somente quando os demais ramos do Direito, comprovadamente, não forem capazes de proteger aqueles bens considerados da maior importância.
Sendo o direito penal o mais violento instrumento normativo de regulação social, particularmente por atingir, pela aplicação das penas privativas de liberdade, o direito de ir e vir dos cidadãos, deve ser ele minimamente utilizado. Numa perspectiva político-jurídica, deve-se dar preferência a todos os modos extrapenais de solução de conflitos. A repressão penal deve ser o último instrumento utilizado, quando já não houver mais alternativas disponíveis.
- limitador do poder punitivo estatal.
- é um ramo do direito subsidiário.
Lesividade: O direito penal não pune o pensamento do indivíduo ou a sua vontade, ele apenas pune o seu comportamento que venha a atingir o bem jurídico de terceiro, assim, não há punição para o suicídio nem autolesão.
- Ninguém pode ser punido por aquilo que pensa ou mesmo por seus sentimentos pessoais.
- O direito penal também não pune condutas que não sejam lesivas a bens de terceiros, pois não excedem o âmbito do próprio autor, a exemplo do que ocorre com a autolesão ou mesmo com a tentativa de suicídio.
- Ninguém é punido pelo que ele é, e não pelo que fez. 
Adequação Social: significa que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal não será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada.
A lei não pode punir comportamentos socialmente aceitáveis.
Fragmentariedade: é uma das características da adoção dos princípios da intervenção mínima, da lesividade e da adequação social.
Nem todas as ações que atacam bens jurídicos são proibidas pelo Direito Penal, nem tampouco todos os bens jurídicos são protegidos por ele. O Direito Penal se limita somente a castigar as ações mais graves contra os bens jurídicos mais importantes, daí o caráter Fragmentário.
Insignificância: 
Crime: Fato Típico (conduta proibida)
 Ilicitude (legitima defesa)
 Culpável (imputáveis)
O princípio da insignificância tem o sentido de excluir ou afastar a própria tipicidade penal, mais precisamente a tipicidade conglobante. Sua aplicação não considera o ato praticado como um crime, gerando a absolvição do réu. Para ser utilizado é necessário a presença dos seguintes requisitos:
- A mínima ofensividade da conduta do agente;
- Nenhuma periculosidade social da açao;
- Reduzidissimo grau de responsabilidade do comportamento;
- Inexprecividade da lesão jurídica provocada;
Individualização das Penas: Art. 32 CP
Art. 5 CF : A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda dos bens;
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos.
Ao individualizar a pena, o juiz sentenciante deverá obedecer e sopesar os critérios do Art. 59, as circunstâncias agravantes e atenuantes e, por fim, as causas de aumento e diminuição de pena, para ao final impor ao condenado, de forma justa e fundamentada, a quantidade de pena que o fato está a merecer.
Proporcionalidade: ponderação entre o bem que é lesionado ou posto em perigo (gravidade do fato) e o bem de que pode alguém ser privado (gravidade da pena). Esse princípio rechaça, portanto, o estabelecimento de cominações legais (proporcionalidade em abstrato) e a imposição de penas (proporcionalidade em concreto) que careçam de relação valorativa com o fato cometido considerado em seu significado globam. 
Responsabilidade Pessoal: Art. 5 CF: Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. 
Ou seja, somente o condenado é que terá de se submeter à sanção que lhe foi aplicada pelo Estado.
Limitação das Penas: Art. 5 CF: Não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis.
Culpabilidade: Reprova-se o agente por ter optado de tal modo que, sendo-lhe possível atuar de conformidade com o direito, haja preferido agir contrariamente ao exigido pela lei.
Se fundamenta em três situações:
1. Culpabilidade como um dos elementos do crime: a culpabilidade exerce papel fundamental na caracterização da infração penal.
2. Culpabilidade como circunstancia medidora de pena: critério regulador da pena, conforme o juizo de que a pena não deve ultrapassar o marco fixado pela culpabilidade da respectiva conduta.
3. Culpabilidade como princípio impedidor da responsabilidade penal: para que um determinado resultado seja atribuído ao agente é preciso que a sua conduta tenha sido dolosa ou culposa. Se não houve dolo ou culpa, é sinal de que não houve conduta; se não houve conduta, não se pode falar em fato típico; e não existindo fato típico, como consequência lógica, não haverá crime.
Legalidade: é uma garantia constitucional contra o poder abusido do Estado no exercício do direito de punir. O princípio da legalidade nasceu do anseio de estabelecer na sociedade humana regras permanentes e válidas, que fossem obras da razão, e pudessem abrigar os indivíduos de uma conduta arbitrária e imprevisível da parte dos governantes.
Art. 1 CP: não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal.
Funções:
- proibir a retroatividade da lei penal;
- proibir a criação de crimes e penas pelos costumes;
- proibir o emprego de analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar crimes;
- proibir incriminações vagas e indeterminadas.
Extratividade da Lei Penal: A lei penal, mesmo depois de revogada, pode continuar a regular fatos ocorridos durante sua vigência ou retroagir para alcançar aqueles que aconteceram anteriormente à sua entrada em vigor. A regra geral, trazida na Constituição Federal, é a de irretroatividade in pejus, a exceção é a retroatividade in mellius, quando vier a favorecer o agente de alguma forma.
A extra-atividade da lei penal somente ocorrerá nas hipóteses de sucessão de leis no tempo. 
Tempo do crime: 
Teoria da atividade: o tempo do crime será o da ação ou da omissão.
Teoria do resultado: o tempo do crime será o do resultado.
Teoria mista ou da ubiquidade: o tempo do crime será o da ação ou da omissão, bem como o do momento do resultado.
O Código Penal adotou a teoria da atividade, conforme se verifica no Art. 4º "Considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão, aindaque outro seja o momento do resultado."
Com isso, o momento da conduta, comissiva ou omissiva, será o marco incial para todo tpo de raciocínio que se queira fazer sobre a extra-atividade da lei penal.
Extra-atividade da lei penal - ESPÉCIES
Ultra-atividade: quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante sua vigência.
Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.
Novatio Legis in Mellius X Novatio Legis in Pejus
Art. 2º CP Parágrafo Único "A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado." 
Aplicação:
Súmula nº 711: "A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior a cessação da continuidade ou da permanência."
Abolitio Criminis
"Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória."
Sucessão de Leis no Tempo:
a lei intermédia surge no intervalo de tempo entre o fato criminoso e o julgamento e prevalecerá, caso seja mais favorável, às demais leis (do tempo do fato ou do julgamento).
Territorialidade:
Como o lugar do crime é definido com a teoria mista ou da ubiquidade, que diz que o lugar do crime é onde ocorreu a comissão ou omissão, isso resolve os problemas relacionados a crimes á distância. 
O território brasileiro abrange o solo e subsolo sem solução de continuidade e com limites reconhecidos, as águas interiores, o mar territorial, a plataforma continental e o espaço aéreo. Como extensão do território nacional tem-se as embarcações e as aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondendo ou em alto mar.
Onde não houver soberania de qualquer país, o que ocorre em alto mar e o espaço aéreo correspondente, se houver alguma infração penal, em embarcação ou aeronave de bandeira nacional, será aplicada a legislação brasileira. Também estão suscetíveis á aplicação da lei brasileira as aeronaves e embarcações estrangeiras de propriedade privada, no território nacional
Extra-territorialidade:
Aplicação da lei brasileira às infrações penais cometidas além de nossas fronteiras, em países estrangeiros.
Incondicionada: possibilidade de aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos no estrangeiro, sem que seja necessário o concurso de qualquer condição. 
Art. 7º inc. I "ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: os crimes
- contra a vida ou a liberdade do Presidente da República
- contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, do Estado, de Território, do Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituida pelo Poder Público;
- contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
- de genocídio, quando o agente for brasileiro domiciliado no Brasil "
Ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro, o agente que se encontre nesse Art. será punido segundo a lei brasileira. 
Art. 8" A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas."
Condicionada: Art. 7º Inc II 
"os crimes: - que por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir
 - praticados por brasileiro
 - praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

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