Buscar

RESPOSTAS DOS CASOS CONCRETOS 1 A 8 - D. TRIBUTÁRIO I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I
CASO CONCRETO – 01
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição, ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
Quais seriam estes argumentos?
R. não é possível edição de medida provisória em relação a leis orçamentárias, lei orçamentária só pode ser instituída por lei ordinária, nos termos do art.62, §1°, alínea “d”, CF/88:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
[...]
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Pode o governador editar medida provisória? 
R. Sim, com a condicionante de haver previsão legal na constituição Estadual.
Cabe medida provisória em Direito Financeiro.
R. Sim, somente não caberá nos casos narrados no §1º, do art. 62, da CF/88.
OBJETIVA
Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro:
Realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil
Processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual
Projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro
Previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CORRETA)
CASO CONCRETO – 02
Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária com um déficit de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. Indaga-se:
A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e como os elementos do Direito Financeiro se relacionam no caso.
R. Com efeito, o Gestor público deve gastar, no máximo, aquilo que se arrecada, sob pena de incidir irresponsabilidade fiscal. Aliás, com o advento da LRF, pretendeu-se combater a grave crise fiscal instalada no País, especialmente em decorrência do descontrole inflacionário, das oscilações das taxas de juros e do galopante endividamento público, assim, não é questionável a proposição do projeto de lei, mas de sua aprovação, diante as leis vigente, o que inclui a LRF. O princípio atacado aqui é do equilíbrio, o qual visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas na lei orçamentária anual
Como ficaria com base na legislação atual?
R.
QUESTÃO OBJETIVA
Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta.
Todo tributo advém da Receita Originária.
Ingresso e receita constituem sinônimos.
Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária.
Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. (CORRETA)
Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império.
CASO CONCRETO – 03.
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 
A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular?
R. Sim nos termos do art. 71, da CF e do art. 58, Lei 8.443/1992.
Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada?
R. O TCU tem a possibilidade de rever, de ofício, algumas das multas que aplica. Essa prerrogativa consta do Regimento Interno, Os julgamentos dos Tribunais de Contas são de caráter objetivo, com parâmetros de ordem técnica-jurídica, ou seja, subsunção de fatos às normas. Sobre a rescisão das decisões da Corte pelo controle judicial, citamos um trecho da decisão do STJ da 1ª Turma, Recurso Especial 8970/SP – Relat. Min. Humberto Gomes de Barros, Diário da Justiça, 09.03.93, p. 2533: ‘’É logicamente impossível desconstituir ato administrativo aprovado pelo Tribunal de Contas, sem rescindir a decisão do colegiado que o aprovou; e para rescindi-la é necessário que nela se constatem irregularidades formais ou ilegalidades manifestas’’. Importante observar que nos Tribunais de Contas não há recurso para instância superior. São instâncias máximas independentes em cada esfera de atuação.
Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos?
R. Observar as disposições na LRF, significa atender, em primeiro lugar, as determinações prescritas no artigo 25 da LRF. Além disso, o administrador público deverá observar as punições fiscais que implicam no cancelamento das transferências voluntárias, tanto na contratação quanto nas liberações de convênios já contratados
QUESTÃO OBJETIVA
O Tribunal de Contas 
Auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas. (CORRETO)
Subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo.
Integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional.
Não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
Tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo.
CASO CONCRETO – 04.
Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividades do contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário-de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento jurídico específico ao qual está submetida.
R. Tal plano se submete ao ordenamento jurídico brasileiro, tratando-se de regulação infraconstitucional. O STF , alguns pontos cruciais à disciplina das contribuições dentre os quais a natureza tributária da contribuição social, As contribuições sociais da seguridade social está prevista no art.195 da CF/ 88 e art.74 do ADCT, são submetidas ao princípio da anterioridade nonagesimal (art .195 ,§6º, CF/ 88 ), podendo serinstituída mediante a edição de Lei Ordinária. Trata-se de receita vinculada ao custeio da Previdência Social, sendo esta um ramo específico da Seguridade Social que abrange além da referida Previdência, a Saúde e a Assistência Social, nos termos do art. 194 da CF, ainda têm-se previsão constitucional que autoriza a incidência de contribuições patronais que recaiam sobre a remuneração paga a qualquer título à pessoa física, tratando-se de limitação quanto à remuneração paga à pessoa jurídica. O CTN, em seu Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos.
QUESTÃO OBJETIVA
(CETREDE – 2016) Como se chama o tributo que tem por características ser não vinculado a uma atividade estatal, admite, por expressa e excepcional previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admite previsão de restituição ao final de determinado período? 
Contribuição de intervenção no domínio econômico.
Contribuição social.
Empréstimo compulsório.
Imposto. (CORRETA)
CASO CONCRETO – 05.
A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei.
R. Essa lei é inconstitucional, pois a União não pode isentar tributos estaduais, que são de competência do Estado. O disposto no artigo 151, inciso III, da Carta Magna, revela que é vedado à União instituir isenções de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou seja, é defeso à União instituir isenções heterônomas. 
QUESTÃO OBJETIVA
Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa incorreta.
A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em caso de guerra.
Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana.
Os Municípios não têm competência para instituir contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União Federal. (CORRETA)
As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, tributos de competência comum.
CASO CONCRETO – 06.
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado.
R. Não procede a alegação do Estado, visto que no art. 157, I, e 159, §1º CF c/c art. 45, parágrafo único do CTN, deixa expresso que ainda que a instituição do IR é da União , a responsabilidade pertencem aos entes que arrecada e retêm n a fonte o IR. Súmula 447, STJ princípio da simetria interpretação extensiva. Súmula 447: "Os Estados e o Distrito Federal sã o partes legítimas na ação de restituição d e imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores".
QUESTÃO OBJETIVA
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios (2) e as dos Estados/DF para os Municípios (3):
(3) 50% do IPVA;
(1) 20% dos impostos de competência residual;
(2) 50% do ITR;
(1) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação;
(3) 25% do ICMS;
(2) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação;
(2) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial.
CASO CONCRETO – 07
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal.
R. A criação de um imposto deve seguir um rol de tramites e princípios, dos quais pode-se citar: o princípio da legalidade – significa que não pode ser exigido ou aumentado tributo sem que haja estipulação de lei. (Art.5°, II e Art.150, I da CF), o princípio da imunidade recíproca – o qual veda à União Federal, aos Estados Membros, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre: Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros [...]. (Art. 150, VI, da CF) e o princípio da anterioridade – proíbe a União, os estados e os municípios de cobrar tributos no mesmo exercício de sua instituição (ou seja, os impostos só podem ser cobrados no ano seguinte de sua aprovação em lei). As exceções para esse princípio são o Imposto de Importação, o Imposto de Exportação, o IPI, o IOF e os impostos extraordinários (em caso de guerra). (Art. 150, III a, da CF), dentre outros correlacionados. No que trata a jurisprudência consolidada do STF, somente não admite o cabimento de Ação Direta de Inconstitucionalidade contra norma constitucional originária.
QUESTÃO OBJETIVA
(FGV-2015) O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, celebra tratado internacional com outros dois Estados soberanos, com o objetivo de incrementar a prestação de serviços de tecnologia para grandes projetos de infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmites legislativos impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos, dentre os quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que esses serviços estão incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudência do STF, é correto afirmar que o tratado é:
Inconstitucional ao estabelecer isenção heterônoma, vedada pelo artigo 151, III, da Constituição Federal em vigor, o qual veda à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios;
Constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada impedindo que a República Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, celebre tratados e acordos internacionais de Direito Tributário; (CORRETO)
Constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais sobre tributação, desde que aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais;
Inconstitucional, pois somente lei complementar federal poderia estabelecer isenção de tributos estaduais e municipais;
Inconstitucional, pois a União somente pode conceder isenção de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente conceder aos tributos de competência federal.

Outros materiais

Materiais recentes

Perguntas Recentes