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peticao paulo final[421]

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PAULO XXXX, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da carteira de identidade nº XXXX, expedida pelo XXXX, inscrito no CPF/MF sob o nºXXXX, endereço eletrônicoXXXX, residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, na cidade de Brusque/SC, por seu advogado GILBERTO ALVES NUNES JUNIOR, endereço eletrônico cmdo56@hotmail.com, com endereço profissional na Av. Silvado nº 630 Bairro Partenon, nesta cidade, endereço que indica para os fins do artigo 106 do CPC, vem perante este juízo propor;
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Pelo procedimento COMUM em face de JUDITE XXXX, brasileira, casada, administradora, portadora da carteira de identidade nºXXXX, expedida peloXXX, inscrita no CPF/MF sob o nºXXXX,endereço eletrônico XXXX@gmail.com, residente e domiciliado na ruados Diamantes ,123, Brusque/SC, e JONATAS XXXX, espanhol, casado, comerciante, portador da carteira de identidade nº XXXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF/MF sob o nº XXXX, endereço eletrônico XXXX@gmail.com, residente e domiciliado na rua Jirau, 366, Florianópolis/SC, e JULIANA XXXX, brasileira, casada, do lar, portador da carteira de identidade nº XXXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF/MF sob o nº XXXX, endereço eletrônico XXXX@gmail.com, residente e domiciliado na rua Jirau, 366, Florianópolis/SC,pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
I. GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de suportar os encargos decorrentes do processo sem prejuízo do seu sustento conforme declaração de hipossuficiência anexa, nos termos da Lei 1060/50 e Lei 13.105/15 art.98.
II. DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
O autor requer audiência de conciliação.
 
III. PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO PROCESSUAL
O autor requer o benefício da prioridade na tramitação, conforme previsão no Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03, demonstrando sua idade através de cópia de sua carteira de identidade em anexo.
IV. DOS FATOS 
Ocorre que Paulo e Judite são proprietários do imóvel situado na rua Rubi nº 350, Balneário Camboriú/SC, imóvel este avaliado em R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). 
Paulo, em novembro de 2011, outorgou uma procuração a Judite, que conferia poderes expressos para alienação do bem, mas em 16 de novembro de 2016 o próprio a revogou junto ao Cartório do 1° Ofício de Notas.
Judite, na data de 15 de dezembro, dez dias após ser notificada da revogação da procuração concedida por Paulo e sabedora de que não possuía mais poderes específicos sobre o bem, decide, alienar o imóvel a Jonatas e sua esposa Juliana, fato este que só é descoberto por Paulo na data de 1° de fevereiro de 2017, após uma visita sua ao imóvel.
V. DOS FUNDAMENTOS
O artigo 661 do código civil brasileiro define bem os poderes de administração ora outorgados, citando em seu parágrafo primeiro que para praticar qualquer ato que exorbite da administração ordinária é necessário ter procuração de poderes especiais e expressos. 
Ainda no mesmo sentido, o artigo 682 inciso I do mesmo código, expressa que findará tal poder pela revogação ou pela renúncia do outorgante. Contudo, fica evidente que outorgada já não possuía poderes específicos para alienar o bem, uma vez que Paulo já havia revogado a procuração. 
O mesmo diploma legal, no seu artigo 166 inciso V, nos ensina que, é nulo o negócio jurídico quando for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade. Fato notório até a presente descrição do acontecido. 
O ilustre professor Miguel Reale assevera sobre o assunto: 
“Atos nulos são atos que carecem de validade formal ou vigência, por padecerem de um vício insanável que os compromete irremediavelmente, dada a preterição ou a violação de exigências que a lei declara essenciais. (Reale, Miguel 1977, p. 204, 203)”.   
Diferente não é a jurisprudência do TJRS:
“APELAÇÃO CÍVEL. MANDATOS. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS E IMISSÃO NA POSSE DE BEM IMÓVEL. I. A procuração assinada por pessoa declarada absolutamente incapaz torna os negócios jurídicos nulos de pleno direito, consoante o disposto no art. 166, I, c/c o art. 168, parágrafo único, do CC. II. No caso, a prova produzida pela parte autora não é capaz de comprovar que Leondes não gozava de suas plenas faculdades mentais no ato da transferência de poderes ao réu Paulo e de bens a Ialo e Elza; de o estatuído em procuração não representar os reais interesses do mandante; de agir de má-fé dos réus e, ainda, de disparidade entre o valor de venda do imóvel (dação em pagamento) e de mercado, não havendo se falar em nulidade do mandato ou vício dos negócios jurídicos. III. Improcedência da ação mantida. IV. Honorários de sucumbência majorados, por expressa previsão legal. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70074675661, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine, Julgado em 28/09/2017)”
V. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer a este juízo:
Seja concedida a Justiça Gratuita, nos termos das Leis n.º. 5.584/70 e 1.060/50, com a redação que lhe deu a Lei nº. 7.510/86; 
Com fulcro no art. 319, VII, do NCPC, solicitar a designação de data para realização de audiência de conciliação, conforme fundamentado no item II; 
Determinar a citação do Requerido para integrar a relação processual, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos I, II e V, do CPC; 
Que seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico; 
Condenação da ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, conforme propõem os arts. 82 e 85 do CPC; 
Ao final, seja julgado totalmente procedentes os pedidos veiculados nesta ação.
 
VI. DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental e depoimento pessoal dos réus.
VII. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00.
Pede deferimento.
Brusque, 28de fevereiro de 2017.
____________________
Gilberto Alves Nunes Junior
OAB/RS n.º 2810824

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