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DIREITO PENAL III

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DIREITO PENAL III 
Homicídio: Matar alguém; Artigo 121, CP.
Culposo X Doloso
Culposo: Responde pelo resultado causado se estes tiverem previsão legal; Artigo 121, £ 3º.
Perdão Judicial: Apenas é admitido no homicídio culposo; Artigo 121, £ 5º.
Doloso: Responde pela intenção. Artigo 121 CP.
Privilegiado: Matar alguém por motivo de relevante valor MORAL, SOCIAL ou EMOCIONAL, artigo 121, £ 1º.
Qualificado: Matar alguém por motivo FÚTIL OU BANAL;utilizando-se de meio INSIDIOSO, CRUEL OU DE PERIGO COMUM; IMPOSSIBILITANDO A DEFESA DA VÍTIMA; com finalidade de EXECUÇÃO, OCULTAÇÃO, IMPUNIDADE ou VANTAGEM.
Crime Impossível:é impossível por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto.Artigo 17 CP
Desistência voluntária - Consiste no abandono voluntário da prática delitiva pelo agente.Artigo 15 CP
Arrependimento eficaz - Ocorre quando o agente pratica alguma conduta para salvaguardar o bem jurídico que já foi colocado em risco.Artigo 15 CP
Arrependimento posterior–Após consumação de crimes praticados sem violência ou grave ameaça, desde que o agente repare o dano ou restitua a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa.Artigo 16 CP
Erro de proibição –A pessoa sabe perfeitamente o que faz, existindo um perfeito juízo sobre tudo o que está se passando, mas há uma errônea apreciação sobre a antijuridicidade.Artigo 21 CP
Erro de tipo– O agente não sabe o que faz, tendo uma visão distorcida da realidade.Artigo 20 CP
Erro de execução– Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa. Artigo 73 CP
Homicídio hediondo:
É considerado hediondo o homicídio simples praticado em atividade de extermínio, mesmo que por uma só pessoa, e também, o homicídio qualificado.
Instigação ao suicídio – O crime não comporta tentativa, sendo consumado, somente, se resultar a MORTE da vítima ou LESÃO CORPORAL GRAVE. Caso contrário não haverá crime. Em caso de instigação recíproca, deve-se separar as condutas daquele que EXECUTA, daquele que apenas INSTIGA. Sendo assim, o EXECUTOR responderá por homicídio (tentado ou consumado), se houver morte. Se não houver morte, o EXECUTOR responderá por tentativa de homicídio e o INSTIGADOR responderá por lesão corporal grave.
Artigo 122 CP
Infanticídio – Matar filho, sob estado puerperal durante o parto ou logo após.
Obs: Mãe sob estado puerperal que mata filho com o apoio do pai( no momento da ação) responderá junto a ele por infanticídio devido artigo 30 do CP onde fala sobre a comunicabilidade das circunstâncias.
Artigo 123 CP
Aborto– Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque.
Obs: Ao observar o artigo 124 fica notório que o mesmo encontra-se dividido em duas partes. A primeira trata sobre a prática do aborto pela própria gestante, já a segunda fala sobre a mesma consentir de que outrem pratique contra ela.
Deve-se tomar cuidado com a possível confusão entre os artigos 124( 2ª parte) e 126, pois o texto traz basicamente a mesma escrita mudando a ordem de palavras(provocar aborto com consentimento da gestante), a grande diferença é que naquele somente a gestante pode ser punida e neste apenas terceiros são enquadrados. Portanto, conclui-se que o artigo 124 é exclusivo para gestantes e o 126 é exclusivo para terceiros.
Artigo 124 ao 128 CP
Lesão corporal –Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem. Segundo ordenamento jurídico possui divisão como leve, grave ou seguida de morte, entretanto para entendimento doutrinário acrescenta-se a gravíssima.
Obs: Em regra a ação penal no crime de lesão corporal será condicionada a representação se for leve ou culposa, e incondicionada nos demais casos. Caso aplique-se a LEI Maria da Penha será sempre incondicionada( súmula 542 STJ).
Artigo 129 CP
Calúnia– Imputar a alguém um fato falso definido como crime. Este fato deve ser doloso, ofendendo, obrigatoriamente, a honra OBJETIVA(reputação social) e só será consumado no momento que algum terceiro toma ciência do fato.
Obs: Deve-se tomar cuidado para não confundir a calúnia com a denunciação caluniosa (Artigo 339 CP). A denunciação caluniosa dar-se-á quando houverinício a investigação policial ou afins sabendo que tal pessoa é inocente.
Artigo 138 CP
Difamação– Imputar a alguém um fato falso ou verdadeiro ofensivo à reputação. Este fato de ser doloso e não criminoso, ofendendo, obrigatoriamente, a honra OBJETIVA (reputação social) e só será consumado no momento que algum terceiro tome ciência do fato.
Obs: Neste tipo penal enquadra-se também àqueles que imputam à alguém fato falso definido como contravenção penal.
Artigo 139 CP
Injúria– O crime de injúria, como regra, ocorre através de ADJETIVAÇÃO ou atos ofensivos a honra SUBJETIVA (reputação pessoal, autoestima). Esta, por sua vez, será consumada no momento que o ofendido toma ciência da ofensa.
Artigo 140 CP
Exclusão x Retratação x Exceção da verdade:
A exclusão é cabível apenas na injúria ou difamação.
A retratação é cabível apenas na calúnia ou difamação.
A exceção da verdade é cabível apenas na calúnia (exceto nos casos do artigo 138, £ 3º) ou difamação (se funcionário público).
Artigos 138 £ 3º, 142 e 143 CP
Questão 1 : Tício, com intenção de matar, desfere 6 tiros contra Mévio. Achando que tinha logrado êxito vai embora deixando seu desafeto caído ao chão. Acontece que transeuntes locais dão socorro a Mévio levando-o ao hospital conseguindo assim salvar sua vida.
Qual crime praticado por Tício?
R-
Se após desferir os tiros Tício ficasse arrependido e levasse Mévio ao Hospital impedindo o resultado morte, mudaria algo? Justifique.
R-
Suponhamos que, apesar do esforço, Mévio não resiste e morre a caminho do hospital. Tício responderápor qual crime?
R- 
Suponhamos que Tício no momento da execução dos disparos erra todos do seu alvo, mas acaba acertando um transeunte que vem a falecer. Sendo assim, por qual crime este incorrerá?
R-
Suponhamos que no momento em que encontra seu desafeto Ticio aponta a arma, mas desiste de praticar fato voluntariamente. Isto mudará em algo?
R-
Após analise, descobriu-se que, Tício agiu de tal forma, pois soube que Mévio estuprou sua filha. Por este motivo a pena do mesmo mudaria em algo?
R-
Questão 2 :
No dia 28 de setembro de 2017, chega ao Hospital Português, Luana, advogada, 27 anos, grávida de 5 meses, para uma consulta de rotina com seu médico. Durante o procedimento a paciente conta que deseja praticar o aborto afinal tal gestação, que já não era desejada, estava lhes trazendo algumas complicações no seu trabalho e relacionamento. Após algumas tentativas de fazê-la desistir, Pedro, médico de Luana, aconselha a mesma a marcar uma nova consulta onde ele faria o procedimento. Luana marca a nova consulta e no dia acertado vai ao consultório e consente que o médico faça o procedimento naquele momento. Com base nos estudos sobre a temática abordada, responda, de forma concisa e justificada, se houve alguma pratica de ilícito penal entre os participantes da questão.
R- 
Suponhamos que no caso supracitado Luana tenha apenas 13 anos e quer abortar antes que seus pais descubram do fato. Isso mudaria algo? E se Luana tivesse 16 anos, qual seria o enquadramento para este caso?
R- 
Suponhamos que no caso supracitado Paulo, marido de Luana, sabendo de tudo que virá a ocorrer, leva a mesma ate o consultório onde Pedro faria o procedimento com auxílio da enfermeira Júlia, também ciente do fato. Com estas informações, responda fundamentando qual crime cada um deles incorrerá.
R-
Questão 3 :
André, funcionário público do estado, espalhou o boato que Paulo, coordenador da repartição, estava aproveitando-se do seu cargo para desviar recursos que deveriam ser destinados à manutenção da instituição. Após análise de Luiz, diretor geral da repartição, foi constatado que as informações por André proliferadas eram falsas. Conforme exposto, responda as seguintes assertivas:
O ato praticadopor André constitui algum crime? Qual?
Qual o bem jurídico atingido?
Qual momento de consumação para este crime?
Se ao invés de propalar que os recursos foram desviados por André, Paulo dissesse que este era ladrão a resposta modificaria?
Qual a ação penal deste caso?
Cabe retratação?
Cabe exceção da verdade?

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