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ARTHUR BISPO E ESQUIZOFRENIA

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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DAYANA LUIS DOS SANTOS
ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO E ESQUIZOFRENIA
Aracaju/SE
2017
DAYANA LUIS DOS SANTOS
ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO E ESQUIZOFRENIA
Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina Saúde Mental, turma 3001, ministrada pela Profª. Vânia Regina Moura Farias do curso de graduação em Enfermagem.
Aracaju/SE
2017
1 ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO
	Arthur Bispo do Rosário (1909-1989) viveu mais de cinquenta anos de sua vida internado num hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Diagnosticado como esquizofrênico-paranoide, dizia ser um escolhido por Deus, acreditava-se e dizia-se um messias imbuído de uma missão divina à qual dedicou sua vida. Durante todo o tempo em que esteve internado, até o dia de sua morte em 1989, trabalhou para cumprir as ordens divinas que dizia ter recebido (PIMENTEL, 2015).
	Em 1939 foi transferido para a Colônia Juliano Moreira, um lugar abandonado e esquecido à margem da sociedade onde construiria grande parte de sua obra e seria, após várias entradas e saídas na instituição, definitivamente internado em 1964 e lá permaneceria o resto de sua vida. Assim iniciam-se seus trabalhos: atendendo ao chamado de Deus e dando andamento à missão para a qual fora designado. Para recriar o mundo que deveria entregar a Deus, Arthur Bispo do Rosário inicia um trabalho de catalogação, inventário e miniaturização das coisas do mundo (PIMENTEL, 2015).
	Sua vida de clausura no manicômio limitava a estrutura necessária à sua missão, mas não limitava sua marcante criatividade e nem seu extraordinário senso de rigor e simetria. O trabalho árduo de miniaturizar, catalogar e inventariar as coisas do mundo levou uma vida inteira. Fichários, objetos, bordados, textos, miniaturas, inventários, longas e variadas listas de nomes e sucatas e detritos serviam a ele como matéria prima para a confecção de seus painéis e vitrines (como ele dizia), os quais ele mesmo não via como arte, mas como parte do trabalho árduo que demandava sua missão (PIMENTEL, 2015).
	O material para a confecção de seus trabalhos vinha do cotidiano mais próximo, dos lugares marginalizados da pobreza, do abandono estrutural e institucional no qual vivia, de sua própria experiência: canecas, sapatos, garrafas, pentes, latas, talheres, ferramentas, embalagens de produtos descartáveis, madeira de caixas velhas de feira, papelão, botões, brinquedos, estatuetas, imagens de santos, cobertores velhos os quais desfiava pacientemente e utilizava os fios para tecer seus bordados. A partir deste lixo, compôs uma narrativa de múltiplas linguagens trespassada pela criatividade, pela arte e por uma imaginação delirante (PIMENTEL, 2015).
	Atormentado por seus delírios esquizofrênicos, Arthur Bispo do Rosário “esquece” quem foi e forja para si uma nova existência a qual passa a afirmar como identidade, ele destrói seu próprio “eu” e constrói para si uma nova subjetividade, uma nova biografia mítica de suas origens. Arthur Bispo do Rosário de fato acreditava-se Jesus Cristo, acreditava-se o salvador da humanidade e esta era, para ele, a verdade absoluta e inquestionável; para ele, sua origem e existência não eram provenientes do humano, mas do divino (PIMENTEL, 2015).
2 ESQUIZOFRENIA
	A esquizofrenia é uma psicopatologia de etiologia desconhecida. Ao passar dos anos, vários sinais e sintomas foram descritos na busca para definição de sua caracterização clínica, bem como, distingui-la das demais doenças mentais. Apesar de ocorridas inúmeras tentativas nos anos recentes para identificação de teste de laboratório ou marcadores biológicos de utilidade clínica, visando à confirmação da presença do transtorno, o diagnóstico ainda continua baseado em evidências clínicas (NASCIMENTO et al., 2017).
	Sua característica marcante são os delírios, as alucinações, a fala desorganizada, e por vezes, comportamento desorganizado ou mesmo catatônico, além dos sintomas negativos. A maioria apresenta os primeiros sinais do transtorno entre 15 e 35 anos e embora a incidência seja baixa, a prevalência é alta devido à cronicidade. Esse transtorno danifica o funcionamento social, afetivo e produtivo do portador (DEAN; GIORLANDO; BERK, 2011).
	Portadores sintomáticos, por exemplo, precisam, na maior parte dos casos, da permanência constante em tratamento especializado. Esses, muitas vezes estão sujeitos a diversas formas de preconceito e têm que enfrentar o estigma associado ao transtorno mental. Dessa forma, os usuários da saúde mental com esquizofrenia podem ter oportunidades sociais e econômicas limitadas e apresentar qualidade de vida prejudicada (GRIGOLATTO et al., 2014).
	O conhecimento sobre a qualidade de vida dos usuários da saúde mental pode auxiliar na compreensão a respeito da transformação que esses transtornos provocam globalmente na vida e no funcionamento das pessoas acometidas, bem como sobre a influência da assistência à saúde sobre seu bem-estar geral. Em se tratando de doenças crônicas, como no caso dos transtornos mentais graves e persistentes, a qualidade de vida torna-se ainda mais importante, já que o tratamento não é curativo. Dessa forma, o tratamento de portadores de transtornos mentais graves considera não apenas a redução de sintomas, mas enfatiza também a melhora no funcionamento social e no desempenho de papéis (GRIGOLATTO et al., 2014).
REFERÊNCIAS
DEAN, O.; GIORLANDO, F.; BERK, M. N-acetylcysteine in psychiatry: current therapeutic evidence and potential mechanisms of action. Journal of Psychiatry & Neuroscience, Canadá, v. 36, n. 2, p. 78-86, 2011.
GRIGOLATTO, T. et al. A influência dos papéis sociais na qualidade de vida de portadores de esquizofrenia. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 22, n. 1, p. 195-203 2014.
NASCIMENTO, M. L. A. et al. Vivências de cuidadores de portadores de esquizofrenia. Revista de Saúde Pública de Santa Catarina, v. 10, n. 2, p. 22-37, 2017.
PIMENTEL, A. S. et al. Os dois lados do espelho: literatura e história na obra de Arthur Bispo do Rosário. Manaus. 148 f. Dissertação [Mestrado em Letras e Artes] - Universidade do Estado do Amazonas; 2015.
APÊNDICE A – FOTO 1
APÊNDICE B – FOTO 2

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