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DIREITO CIVIL iv

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Caso Concreto 1 João morre em dezembro de 2015 deixando dois filhos, Camila e Roberto. Camila e Roberto, no entanto, em virtude do grande sofrimento vivenciado pela morte de João, acabam por não tomar as medidas necessárias ao processamento de inventário de João. Diante da situação apresentada, pergunta -se: a) é possível afirmar que Camila e Roberto são proprietários dos bens deixados por João?
sim Passado 1 ano da primeira publicação do edital e se nenhum herdeiro tiver aparecido nesse tempo, haverá a declaração de herança vacante, oportunidade na qual os herdeiros não mais poderão requerer os bens dentro do próprio processo de declaração de herança jacente e vacante, e sim por outro processo próprio[6]. Porém, ainda é possível reverter a situação.Entretanto, após se passarem 5 anos da data do óbito e tendo existido todo esse procedimento de herança jacente e vacante, os bens arrecadados passarão ao patrimônio do Município ou do Distrito Federal, a depender de onde estejam localizados, ou ao da União, se estiverem em território federal[7]. Aí não terá mais jeito: a herança terá sido perdida para a Fazenda Pública.
Questão objetiva Estão legitimados a suceder, na sucessão legítima:
(a) Os nascidos, os já concebidos e a prole eventual de pessoas já existentes.
X(b) As pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
(c) Apenas as pessoas já nascidas ao tempo da abertura da sucessão
(d) As pessoas físicas e jurídicas existentes ao tempo da abertura da sucessão.
Caso Concreto 2 Ricardo morreu em 30/10/2012 deixando como únicos herdeiros seus três filhos, Marcelo, Gabriela e Renato. Ricardo possuía um único imóvel, que foi objeto de inventário por escritura pública, no valor de R$ 300.000,00 dividido em partes iguais por seus três filhos. O imóvel foi vendido seis meses depois da morte de Ricardo. Um ano depois do falecimento de seu pai, o filho mais velho, Marcelo é acionado em ação de cobrança de dívida deixada por seu falecido pai, no montante de R$ 250.000,00. Pr eocupado com a situação Marcelo lhe procura e pergunta se é obrigado a pagar a dívida toda deixada por seu pai. Explique sua resposta.
 Qua ndo a lg ué m falece, se u pat rimôni o passa a ser cha mado de esp ólio. O espólio será parti lhado entre os he rdei ros no inven tário e é rep resentando pelo inv en tarian te. Assi m no ta remos q ue o art . 597 do Có di go de Processo Ci vil di z: O espó lio res po nde pe las d ívi das do faleci do . Mas caso já te nha ocorrido a partil ha, cada he rdei ro respo nde por elas na proporção da pa rte q ue na he ra nça l he co ube
 Somente após a efetivação da partilha (momento pelo qual se discriminam os quinhões de cada herdeiro) a responsabilidade pelas dívidas é de quem se enquadrar legalmente como um herdeiro e na proporção da parte que na herança lhe cabe, regra expressa do artigo 1997 do Código Civil:
“Art. 1.997 – A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube”.
Questão Objetiva A cessão de direitos hereditários deve ser feita:
(a) Por todos os herdeiros conjuntamente.
(b) Por escrito, seja por instrumento público ou particular.
(c) De forma onerosa.
(d) Por instrumento público, seja gratuita ou onerosa.
Caso Concreto 3 Gustavo falece em fevereiro de 2013 casado com Renata, deixando cinco filhos. Os dois mais velhos, Laura e Luiz, filhos de um casamento anterior de Gustavo e os três mais novos, Carolina, Carlos e Cíntia filhos de Renata. Em virtude de estar em grave crise conjugal na oportunidade do falecimento do marido Renata junta aos autos escritura declaratória de renúncia em janeiro de 2017. Inconformada com sua atitude, sua filha mais velha, Carolina, afirma que Renata não pode renunciar a sua parte na herança, em virtude de já ter realizado aceitação em sua modalidade presumida, pois não se manifestou quando questionada pelo Juiz. Com atenção a disciplina da aceitação e renúncia, explique se a renúncia apresentada por Renata é válida.
Não , depois da aceitação, nao pode voltar a atrás, pois está é irrevogável.sendo que quando o herdeiro não se manifesta, pode algum interessado requerer ao juiz, depois de vinte dias da abertura da sucessão, que no prazo de trinta dias, o herdeiro se manifeste sobre a aceitação da herança. Passado este prazo, e este não se opõe, entende-se que este a aceitou
Questão Objetiva Não é espécie de aceitação:
(a) Presumida.
(b) Expressa.
(c) Tácita
(d) IndiretA
Caso Concreto 4 Carlos André, conhecido por ser um jovem ambicioso, é acusado da morte de seus pais Marcos e Clarisse, vítimas de um atentado ocorrido em 07/09/2016 sofrendo por isso, processo de indignidade. Naquela oportunidade Carlos André tinha um casal de filhos gêmeos. Um mês após a morte dos pais de Carlos André, seu avô, João, falece, em decorrência de um infarto. Diante deste quadro, caso seja declarada a indignidade de Carlos André:
 a) se seus filhos terão direito sucessório sobre os bens de Marcos e Clarisse;
sim, a lei permite a transferência imediata da herança aos descendentes do indigno
 b) se Carlos André terá direito sucessório sobre os bens de João.
Nao pois ele matou os pais que sao ascedente do avo que faleceu os fil ho s do assas si no , e nt reta nto, não perdem se u di re i to de he rdar por es tirpe , e li mi na -se es te j u ri di came nte , como se fosse pré -mor to . A par te q u e cabe ria ao assassi no é di vida entre se us fi l ho s. 
Questão Objetiva Dentre os atos de deserdação, não existe nenhum caso específico destinado ao cônjuge. Portanto, no que tange à legitima, é correto afirmar:
a) Por falta de previsão legal, não se pode privá-lo da parte legítima;
b) Aplica-se ao cônjuge os artigos 1962 e 1963, CC, a título de analogia;
c) Pode ser deserdado e privado da legítima, porém somente pela prática de um dos atos do art. 1814, CC;
d) Diante do silêncio da norma jurídica, o cônjuge não é tratado como herdeiro necessário quando praticar um dos atos de exclusão.
Caso Concreto 5 Tadeu e Tatiana eram casados pelo regime da comunhão parcial de bens, tendo três filhos, mariana, Maria e Marcio. Tadeu falece deixando dois imóveis que recebeu de herança, quando do fa lecimento de seus pais, e um imóvel comprado um ano antes do falecimento. Explique quem são os herdeiros de Tadeu, e como deverá ser feita a partilha.
Resposta: P ara os os he rdei ros, c o nsiste o Regime da Comunhão Pa rci al de Bens (o u "com unhão li mi tada de be ns" ) no regi me segu ndo o q ual há com u ni caçã o dos be ns adq uirid os a tít ulo o neroso na vi gênci a do casamento . Se ndo assi m, no regi me da Com un hão Pa rci al de Bens haja a partici p ação dos cônjuges some nte no s bens adq ui rid os poste ri orme nte ao casamento , na vi gê nci a deste, també m co nhecid o como "aq ues to" . No e nta nto, há be ns q ue , ainda que ve nha m a i ng ressar no pat rimôni o de um dos cô nj ug es antes , o u após o casame nto , não se com unica m e ntre ambos, tra ta ndo -se tai s bens dos c ha mado s "b ens parti c ula res" o u "b ens pesso ai s" , passando -se a tratar sobre as i nc l usõ es e e xc l usões desse regi me. A importânci a de ser co nsid erado he rdei ro necessári o co nsi ste no fato de que "P erte nce aos he rdei ros ne cessário s, de ple no di rei to, a me tade dos bens da he rança , co nstit ui ndo a leg íti ma." (a rt. 1.846 ) , não pode ndo o cô nj uge, portanto, di spor em vi d a o u e m mo rte (por testame n to) de mais da me tade do seu pa trimô ni o , e nq ua nto ho uver tai s herdei ros. E mai s: o cônj uge é he rdei ro ne cessário em qu alqu er regime de bens , inc l usi ve no regi me da sepa ração obrig atória de bens (ar t. 1 .641 ). C om isto segue o q uadro aba i xo rea li za nd o a partil ha como determi nação aci me descrita: Tatia na Herdei ra nece ssária: Imó vel Comprado a ntes do óbi to: 50% Imó vei s herdad os (Partic ulares): S epa ra o va lor de ¼ e di vi de por cabeça . Se o va lo r de ¼, for me nor q ue a divisão , pre valec e ra a di visão da separação de ¼ e o res tante di vidi do por cabeça. Nesta modali dad e, o cô nj ug e do de c uj us, não pode receber me nos de ¼ ( um q uarto ) da he ra nça . Fi lhos: Imó vel comprado a n tes do óbi to. Mari ana – 16,66% Mari a - 16,66% 
Marci o - 16,66% Imó vei s he rdados (Pa rti c ula res): Se para o va lor de ¼ para a cô nj uge e di vi de por cabeça. Se o va lor de ¼, for me no r q ue a divisão , p re valecera a di vi são da separação de ¼ para a cônjuge e o resta nte dividi d o por cabeça e ntre os 3 fil ho s, resta nd o . OB S: No que di z respei to ao Regi me da Com unhão P arcial de B ens , a proteção patri mo ni al do cô nj uge s upérs tite foi ampli ada , fa zendo com q ue a vi úva efe tivame nte par ti ci pe dos bens par ticulares do cô njuge falecid o, juntame nte com os descende ntes , q ua ndo co ncor rer com e
Questão Objetiva
No direito brasileiro em vigor, incluem-se entre os herdeiros necessários:
a) Somente os descendentes e o cônjuge.
b) Somente os descendentes e os colaterais.
c) Somente os descendentes e os ascendentes.
d) Os descendentes, os ascendentes, o cônjuge ou companheiro
e) Os descendentes, o cônjuge ou companheiro.
Caso Concreto 6 Mariana é casada com Tiago pelo regime da comunhão universal de bens. Mariana morre sem filhos, deixando sua mãe e seus avós maternos. Como dever ser realizada a partilha dos bens deixados por Mariana?
Resposta: No regi me da com unhão u ni ve rsal todos o s be ns q ue ma rid o e m ulhe r já poss uíam ao ca sar passa rão a per te nce r aos doi s . Da mes ma for ma, t udo o q ue for co mprado , recebi do e m doa ção o u po r he ra nça por um deles ta mbém per te nce rá aos doi s. No e nta nto, e xiste m umas po uca s e xceçõe s , o u se ja , be ns q ue nã o serão com uns a os doi s , pode ndo -se des tacar os be ns q ue se jam doado s o u he rdados com a c lá us ula de i nco m unicab ilida de e as d ívi da s a nteri ore s ao casame nto . Assi m, se ao casa r o ma rido ti nha d ívida s a paga r, essas d ívi da s co n ti n uarão a ser da respo nsabi lida d e e xcl usi va de le, e p o r elas nã o respo nde rá a esposa . No e nta nto, os fr utos pr od uzidos po r e ssa he ra nça o u po r q ua lq ue r be m q ue seja e xcl u si vo de um de les, per te nce rão ao s doi s , e m c o m um, se recebi do s dura nte o ca same n to .
Resposta: 
Questão Objetiva Relativamente a ordem da vocação hereditária, assinale a alternativa correta:
a) Concorrendo à herança filhos do primeiro casamento e filhos do casamento atual do Autor da herança, os primeiros herdarão a metade do que os segundos herdarem.
b) Concorrendo à herança somente um avô materno e dois avós paternos, a cada um tocará um terço da herança.
c) Se concorrerem à herança somente um filho e três netos, filhos de filho pré-morto, aos netos conjuntamente caberá cota equivalente a cota do filho vivo.
d) incluem-se na sucessão legítima os colaterais em concorrência com o cônjuge
Caso Concreto 7 João e Maria viviam em união estável até o falecimento de João no ano de 2016. Juntos, tiveram 4 filhos. João, antes do casamento, possuía bens avaliados em R$ 300.000,00 e durante a união com Maria, o patrimônio construído pelo casal representava R$600.000,00. Diante da situação apresentada, indique de forma fundamentada os herdeiros de João e o respectivo quinhão.
No seu caso, aplicando o art. 1.790 do Código Civil e partindo da premissa de que os filhos são do casal (bilaterais, portanto), além da meação (metade dos bens comuns), a companheira terá direito a uma quota equivalente a dos filhos na herança apenas dos bens comuns (inciso I do art. 1.790 do Código Civil).
maria recebera 300.000,00 
Assim sendo, considerando a meação (50%) e a parte da herança (16,66%, ou um terço dos 50% restantes dos bens comuns), a companheira receberá 66,66% dos bens comuns.
Questão Objetiva MPE/AP 2012 - FCC - PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO Ricardo mantém relação de união estável com sua companheira Maria desde o ano de 2005. Não tiveram filhos comuns. Neste ano de 2012, Maria, que já possuía três filhos (José, Antonio e Pedro), de 10, 13 e 15 anos de idade, oriundos de um relacionamento amoroso anterior, faleceu vítima de um acidente automobilístico. Não há testamento. Neste caso, Ricardo, na condição de companheiro sobrevivente, participará legitimamente da sucessão de Maria quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável e terá direito a
a) 1/3 da herança.
b) metade do que couber a cada um dos filhos de Maria.
c) uma cota equivalente à que por lei for atribuída aos filhos de Maria.
d) metade da herança.
e) metade da herança mais 1/4 da outra parte, juntamente com os filhos de Maria.
Caso Concreto 8 Leonardo, solteiro e sem herdeiros necessários, faz testamento público em que nom eia sua enfermeira herdeira de todos os seus bens. Aberta a sucessão, os irmãos do falecido impugnam a disposição testamentária porque, ao testar, o titular do patrimônio consumia medicamentos de venda controlada, cujos efeitos alteravam seu humor tragicamente e diminuíam sua percepção da realidade. Em sua defesa, a herdeira testamentária destaca que o testador já não mais fazia uso de tais remédios ao tempo da morte. Logo, se não alterou o testamento, é porque o manteve. Diante disso, deverá ser cumprida a última vontade do testador? Justifique.abarito: Conforme o art. 1.861, CC, o testamento do incapaz não se torna válido se houver capacidade superveniente. Nesse diapasão, comprovado que, a o tempo da manifestação de vontade, o testado r era incapaz, é nulo o test amento, não convalescendo posteriormente
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Questão Objetiva Antônio deseja lavrar um testamento e deixar toda a sua herança para uma instituição de caridade que cuida de animais abandonados. O único parente de Antônio é seu irmão João, com quem almoça todoS os domingos. Antônio não possui outros parentes nem cônjuge ou companheiro. Antônio procura você na condição de advogado e indaga se a vontade dele é tutelada pela lei. Diante da indagação de Antônio,assinale a afirmativa correta.Parte superior do formulário
a) a) Antônio pode deixar toda a herança para a instituição de caridade, uma vez que seu irmão não é seu herdeiro necessário.
b) Antônio não pode testar em favor da instituição de caridade que cuida de animais, uma vez que a herança cabe inteiramente a parente vivo mais próximo, no caso, seu irmão.
c) Antônio pode deixar por testamento apenas metade da herança para a instituição de caridade, uma vez que a outra metade pertence por lei a seu irmão, a quem deve alimentos.
d) Antônio pode deixar para a instituição de caridade 3/4 de seu patrimônio, uma vez que é preciso garantir no mínimo 1/4 da herança a seu irmão bilateral.
Caso Concreto 9 Daniel, acometido de grave doença cardíaca, teme não desembarcar vivo. Destarte, elabora testamento especial para revogar um testamento público anterior, no qual dispôs de seus bens em favor da sua nova esposa, com quem se casou pelo regime da separação obrigatória. O testador não morre na viagem, porém, uma semana após desembarcar é internado num hospital onde permanece na UTI até falecer 115 dias mais tarde. A viúva requer o cumprimento do testamento público sob a alegação de ter caducado o testamento aeronáutico, pois foi ultrapassado o prazo de 90 dias antes da morte de Daniel, conforme art. 1891, CC. Os herdeiros necessários procuram você para esclarecê-los se realmente terão de partilhar a herança com a madrasta ou se o testamento aeronáutico pode ser cumprido. Responda-os justificadamente 
R: A regra em estrito senso vai dizerque ocorreu a decadência de 90 dias. Com base no artigo 1891 somente determina a caducidade (decadência) se o testador puder fazer o testamento na forma ordinária no prazo de 90 dias a contar do desembarque.No caso em tela ao desembarcar o testador já estava doente e assim permaneceu até a sua morte portanto o testa mento especial não perder seus efeitos
Questão Objetiva
Caso seja elaborado um testamento de um civil a serviço das forças armadas, em praça sitiada durante guerra, manuscrito a rogo, este caducará se não se fizer testamento ordinário nos 90 dias seguidos se estiver em lugar onde possa testar por essa forma?
a) Sim, pois o testamento não foi escrito de próprio punho, o que afasta a exceção da caducidade.
b) Não, visto o tratamento diferente que a lei concede ao testador a serviço das forças armadas.
c) Depende, na medida em que não perderá seus efeitos se obedecer a formalidade do parágrafo único do art. 1.894, CC.
d) Não, haja vista que tal hipótese somente existe para os testamentos marítimo e aeronáutico.

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