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EXCELENTÍSSIMO PRÁTICA III 10

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Nome da Equipe
Débora Sternadt de França – Mat. 201201172871
Karina de Oliveira Carlos – Mat 201201673917
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA ____.
Autos nº.:
Jerusa, já qualificada nos autos nº em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado infra-assinado, inconformado com a respeitosa decisão, que o pronunciou, vem respeitosamente, dentro do prazo legal, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no art. 581, do CPP.
Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda que deva ser , mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça as inclusas razões.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/XX
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ____. 
Razões do Recurso em Sentido Estrito
RECORRENTE:
RECORRIDO:
PROCESSO:
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
COLENDA CÂMARA,  
Não obstante o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “ a quo”, a respeitável sentença condenatória não merece prosperar, pelas razões de fatos e fundamentos a seguir expostas:
DO FATOS:
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional,dirige seu carro preocupada,mas respeitando os limites da velocidade. No 	entanto. Em uma vida de mão dupla, Jerusa decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida. Todavia, para realizar a manobra Jerusa não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do veículo, vindo a atingir o motociclista Diogo, que dirigia em alta velocidade, no sentido oposto da via, Jerusa presta socorro, mas Diogo não resiste os ferimentos e falece em razões do ferimento. Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decide oferecer denúncia contra Jerusa, imputando-lhe o crime de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (art. 121 c/c , Art. 18 I parte final do CP). Argumentou o ilustre membro do Parquet a imprevisão de Jerusa acerca do resultado que poderia causar ao não ligar a seta do veículo para realizar a ultrapassagem, além de não atentar para o transito no sentido contrário. A denúncia fooi recebida pelo Juiz competente, que pronunciou Jerusa em decisão devidamente fundamentada pelo crime apontada na inicial acusatório.
DO DIREITO:ara o exercício da ação penal, o que deveria ter o, desde o início, a rejeição liminar da peça acusatória, conforme previsão no art. 395, II do Código de Processo Penal.          
 Tese principal: culpa exclusiva da vítima, o que elimina, na conduta da acusada, o dolo e a culpa. Sem a presença de elemento subjetivo, não existe a possibilidade de caracterização de tipificação penal. Consequentemente, deve ser defendida a tese de que a conduta de Jerusa caracteriza-se como fato atípico, sendo incabível a sua pronúncia.
 Tese Subsidiária: Não sendo acolhida a tese principal, busca-se pleito de reconhecimento de que a conduta de Jerusa não caracteriza homicídio doloso, mas sim homicídio de trânsito, tipificado ao teor do art. 302 do CTB. (Lei 9503/97), que possui como elemento subjetivo taxativamente previsto em lei a culpa.
 Em sendo acolhida esta tese subsidiária, cabe a imputação de desclassificação do crime de homicídio doloso para o homicídio de trânsito, o que suscitará a manifesta incompetência do Tribunal do Júri para apreciar tal casuística, visto possuir este competência originária constitucional para julgar crimes dolosos contra a vida tentados ou consumados e não crime de trânsito, ainda que estes resultem em morte.
 Em sendo reconhecida a desclassificação, faz-se necessário a remessa dos autos ao juízo doravante competente, visto ser o crime de homicídio trânsito de rito comum ordinário, que deverá ser julgado por um das vara criminais.        
 Demais teses subsidiárias: Explicar que o fato, por não ser da alçada de competência do júri e por este ter sido apreciado, faz manifestar a nulidade de incompetência do juízo indicada em sede preliminar.         
 Em se entendendo pelo acolhimento da tese de culpa exclusiva da vítima, teríamos uma manifesta atipicidade da conduta, o que acarretará a ausência de pressuposto ou condição para a propositura da ação penal, com fundamento no art. 395, II do Código de Processo Penal, que fundamenta o pleito de anulação da referida instrução probatória.        
Pedidos:
1- Principal: Absolvição sumária pelo fato não constituir infração penal, com fundamento no art. 415, III do Código de Processo Penal.         
2- Subsidiários: Desclassificação com fundamento no art. 419 do Código de Processo Penal e a respectiva remessa dos autos ao juízo competente.
3- Anulação da instrução probatória por ausência de pressuposto ou condição para a propositura da ação penal.       
Data das razões: 09 de agosto de 2013.     
Local/Data
Advogado
OAB/XX

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