Buscar

TCC FINAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�PAGE \* MERGEFORMAT�10�
OS PRINCIPAIS CONFLITOS NA REGIAO DURANTE A GUERRA DO CONTESTADO
OSTROVSKI, Claudia R. de Lima 
claudia-rlima@hotmail.com
RU 1099437
RESUMO
Este artigo tem por objetivo refletir sobre os principais conflitos na região durante a Guerra do Contestado, onde após várias pesquisas bibliográficas, e pesquisa de campo alguns monumentos e documentos que fazem parte da Memória Cultural da Guerra do Contestado onde envolveu as cidades de Três Barras, Canoinhas, região Norte do estado de Santa Catarina, onde este trabalho tem como objetivo, discutir acerca dos motivos que levaram para a eclosão da guerra e principalmente, descrever os possíveis motivos que levam esse acontecimento tão brutal que trouxe marcas de uma guerra tão sangrenta que marcou a trajetória de várias regiões envolvidas neste conflito. 
PALAVRAS-CHAVE: Guerra do Contestado, Memória, Esquecimento. 
1 INTRODUÇÃO
A guerra do contestado aconteceu no ano de 1912 a 1916, ocorrido pelas disputas de terras entre Santa Catarina e Paraná. A Brazil Railway teve do governo, como forma de remuneração pelos serviços prestados, o equivalente a 15 mil metros de terras, uma em cada margem da estrada de ferro, as quais tinham que ser obrigatoriamente povoadas por estrangeiros. 
Porém, o que a Brazil Railway mais queria era tirar proveito da riqueza da floresta nativa ali existente, que exibia sua erva-mate, araucárias e imbuias. As empresas empregaram os imigrantes nos trabalhos com a estrada de ferro e na exploração de madeira. Deram início então à retirada forçada dos nativos, que ocupavam ilegalmente um pedaço de terra, na qual trabalhavam para que se tornasse fértil.
Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o início do conflito, que se destacou por sua característica sócio político. A Guerra do Contestado colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus, figuras muito respeitada por esse povo. No ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria, une-se aos sertanejos revoltados, institui vários povoados com autoridade própria e igualdade social, ignorando a partir de então qualquer mandado vindo da parte de alguma autoridade. 
Esses povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feição messiânica, sendo conhecido também como Guerra Santa. José Maria era estimado pelos seus seguidores - pessoas socialmente desprovidas de tudo - como uma alma boa que surgira para restabelecer a saúde dos adoentados e desprovidos. O costume do monge, de anotar as qualidades curativas das plantas que achava nas redondezas, o ajudou a construir no lote de um dos administradores uma botica onde se vendia medicamentos, para melhorar a assistência de quem o procurasse.
O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mal dos territórios dos quais haviam tomado posse.
No mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e resultou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil. Novas sedes foram constituídas por seus membros, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que havia por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poder militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim uma grande quantidade de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação guerra desta proporção.
A Guerra do Contestado acabou com a capitulação dos revoltosos e muitas mortes, pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos. 
Outro motivo é que o povo da região contestada vivia em péssimas condições, sem qualquer assistência, pois com o fim do Império e com o advento da República, a situação piorou para os caboclos, principalmente com a instalação, em Três Barras, da empresa Southern Brazil Lumber & Colonization, a maior companhia madeireira da América do Sul, que tinha como intuito explorar a araucária e a imbuia, as maiores riquezas da região. A Lumber comprou 180 mil hectares ao sul dos rios Negro e Iguaçu e expulsou inúmeros camponeses que lá residiam. Em dez horas de trabalho cortavam 1050 dúzias de tábuas, assim se praticou a primeira devastação ecológica industrialmente planejada da América Latina, com a derrubada de dois milhões de pinheiros nos quarenta anos de exploração.
2. DESENVOLVIMENTO
Para iniciar o estudo sobre o movimento integralista em Santa Catarina, é preciso compreender a sua formação étnico-cultural, a qual indicará a influência desta conformação nos diferentes aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais das diferentes regiões do estado. Vale lembrar que, em relação ao movimento integralista, as regiões em que o mesmo predominou foram o Vale do Itajaí, Norte e Sul do Estado, com predominância de elementos europeus, alemães, italianos e seus descendentes, e também de luso-brasileiros e, açorianos.
Sílvio Coelho dos Santos (1998) faz referência ao fato de que o Estado de Santa Catarina está localizado na região sul do Brasil, entre os estados do Paraná ao norte e Rio Grande do Sul, ao sul, abrangendo uma área de 95.442 km². Sua população é marcada por um mosaico étnico-cultural, coexistindo lado a lado, os mais diversos costumes e diferentes atividades econômicas. (SANTOS, 1998). Sobre estes dados do espaço geográfico, Lago (2000) ressalta as seguintes análises: 
A extensão atual correspondente a 95.442 km², é pouco superior a 1,1% da superfície territorial do Brasil e a 16,57% da Região Sul. Nossos vizinhos nacionais parecem, relativamente, gigantes espaciais, pois a dimensão territorial de Santa Catarina é quase três vezes menor do que o Estado do Rio Grande do Sul (2,9) e pouco mais de duas vezes menor (2,09) do que o Estado do Paraná, com seus 199.323km² (LAGO, 2000).
Santa Catarina contava com habitantes nativos, quando da chegada dos primeiros exploradores, as tribos indígenas Tupi-Guarani, denominada Carijó pelos europeus, no litoral, e Xokleng e Kaingang nos campos e no planalto. Oswaldo Rodrigues Cabral, em sua obra: “História de Santa Catarina”, publicada em 1968, relata que “os aborígenes que viviam na costa ao sul de São Vicente, desde Cananéia até Rio Grande, constituíam a nação carijó, à época descoberta, e todos os que tiveram contatos com eles afirmaram que eram ‘o melhor gentio da costa’” (CABRAL, 1968, p. 29).
Há muito tempo, os camponeses de Santa Catarina lutam por seus direitos. No começo deste século, os que moravam nas regiões do Meio Oeste pegaram nas armas para defender a terra onde viviam. A resistência contra a opressão dos militares durou de 1912 a 1916. Este sangrento episódio ficou conhecido como Guerra do Contestado. Calcula-se que dez mil pessoas tenham sido mortas. Chamou-se Contestado porque os governos do Paraná e de Santa Catarina disputavam na justiça uma área de oito mil quilômetros quadrados, na fronteira dos dois estados.
Quando estourou a Guerra do Contestado, o Oeste era um grande sertão. Por causa disso, seus moradores eram chamados de sertanejos. A construção da estrada de ferro injetou dinheiro estrangeiro, no sertão catarinense. Com os quinze quilômetros que ganhou de cada lado da ferrovia, a Brasil Railway tomou conta de imensas florestas. Para explorar a madeira existente nos trinta quilômetros, veio a Southern Brasil Lomber Company. A multinacional era norte-americana e formada com capital levantado na Europa.
Associada a Brasil Railway, a Lumber praticou um dos maiores crimesecológicos da historia. Em quarenta anos de atividades derrubou cinco milhões de arvores. A região foi devastada pelas duas maiores serrarias da América do Sul. Que pertenciam a Lumber. A primeira foi erguida em Três Barras. A segunda localizava-se em Calmon.
Colonos de origem alemã, italiana e polonesa vieram para a região trabalhar na Lumber. Enquanto isso, famílias sertanejas continuavam sem terra. Deu muita briga essa situação. De um lado quem se achava os legítimos donos das terras os sertanejos. De outro lado a Lumber e sua sede por madeira. No meio da disputa, o governo, para quem não havia o que discutir as terras eram da Lumber e ponto final. 
Neste sentido, se os moradores estabelecidos sesses territórios se recusavam a sair, a companhia enviava seu corpo de segurança para expulsá-los. Essa força paramilitar era composta de duzentos homens, que agiam sem a menor complacência contra o caboclo, incendiando lhes as casas e roças e, às vezes, ate massacrando suas famílias. (BORELLI, 1958, p.4)
Em entrevista aos jornais do interior ou das capitais, Matos Costa não tinha receios de acusar os “coronéis” e a ordem que os sustentava pela revolta existente no planalto.
A revolta do Contestado é apenas uma insurreição de sertanejos espoliados nas suas terras, nos seus direitos e na sua segurança. A questão do Contestado se desfaz com um pouco de instrução e o suficiente de justiça, como um duplo produto que ela é da violência que revolta e da ignorância não sabe outro meio de defender o seu direito. (PEIXOTO, 1958, p.94)
Havia uma presença importante para os sertanejos, a do monge João Maria que com seu falar manso, preenche espaços sociais vazios a autoridade justa, o médico, o padre, o professor e anuncia a vida de novos tempos em que a felicidade e a fartura e a justiça se farão presente. Além de curandeiro e sacerdote, o monge era também profeta. Distribuindo uma pregação apocalíptica, anunciava o “fim do mundo” para breve. 
Dizia (o monge) que esta calamidade maior precedia de muitos castigos de Deus como pragas de gafanhotos e de cobras, uma epidemia de chagas e uma escuridão que duraria três dias ( Queiros, 1958,p.61) 
Por onde passou ergueu cruzes, como as que ainda existem. Sua pregação atraiu multidão dos sofridos. Acabou caçado pelas autoridades. Foi preso em Rio Grande do Sul por ordem do presidente da Província, Marechal Soares de Andrea. O político alegou temer que os seguidores tornassem fanáticos. Lavado para o Rio de Janeiro desapareceu de forma misteriosa. 
Existe inúmeros relatos de sertanejos que, revoltados pela situação ou por puro instinto criminoso, cometeram barbaridades, muitos deles, incendiaram casas, mataram crianças inocentes e violentaram mulheres. A guerra criou a anarquia. Não havia mais ordem na região e, claro, os mais violentos, aproveitaram-se da situação. 
Em pouco tempo o governo venceu os sertanejos e arrancou o que bem imaginou das terras. Toras de mais de um metro de diâmetro foram retiradas de um dos solos mais ricos do Brasil. 
Depois de ter expulsado os sertanejos de suas terras, a Lumber viveu por mais quarenta anos um período de grande riqueza, explorando, explorando dia e noite nossas matas.na década de 1940, no entanto a empresa entrou em uma fase obscura que acabou levando-a a falência. Consequentemente, o governo tomou o que havia dado a empresa e entregou as terras e todo o seu patrimônio montado pela Lamber.
Este projeto foi elaborado a partir do tema A Guerra do Contestado. A elaboração do mesmo ocorreu para obtenção da nota referente Trabalho de Conclusão de Curso. Houve embasamento bibliográfico a partir de livros, textos informativos e internet. Trata-se de pesquisa bibliográfica, na qual se utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, com informações disponibilizadas na internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (GIL, 1999).
A técnica bibliográfica busca encontrar as fontes primarias e secundarias e os matérias científicos e tecnológicos necessários para a realização do trabalho cientifico ou técnico-cientifico. Podem realizar-se em bibliotecas publicas, faculdades, universidades e, atualmente nos acervos que fazem parte de catalogo coletivo e das bibliotecas virtuais. (OLIVEIRA, 2002).
Uma das primeiras observações encontra-se no fato destas regiões analisadas acolherem um grande número de imigrantes europeus, alemães e descendentes, nas regiões denominadas de “colônias alemãs”, somado a grupos menores de italianos e austríacos. Na região sul do estado, predominou a colonização luso-brasileira, mas com grande número de colonos italianos e com um menor grupo de alemães, assim como seus descendentes. 
A ligação desses imigrantes com suas pátrias de origem fez com que muitos simpatizassem com os movimentos de extrema direita que estavam ocorrendo, principalmente na Alemanha e na Itália e, consequentemente simpatizaram com o integralismo, cujo discurso tinha grande semelhança com o fascismo. Contudo, não se pode tomar essa afirmação como único e principal motivo de adesão. Esta é a vertente do estudo de René Gertz, em sua obra: “O Fascismo no Sul do Brasil”, editado em 1987. 
Encerrada oficialmente a intervenção do Exército em 1915, a Guerra do Contestado ainda teve continuação. Piquetes militares perseguiram focos revoltosos por muitos anos.
Os prisioneiros tinham destino variado. Muitos eram mortos imediatamente, outros eram reunidos e enviados para trabalho escravo muito poucos reintegraram-se às suas famílias ou voltaram às suas regiões de origem. O governo catarinense chegou a protestar pela intensiva migração forçada realizada pelo governo paranaense. Tropas federais permaneceram por algum tempo na região, a madeireira Lumber voltou a operar com desenvoltura, desmatando incessantemente. Os governos de Santa Catarina e do Paraná trataram de resolver suas pendengas e, em 1916, assinaram, no Rio de Janeiro, um tratado dividindo a área que pretendiam. O Paraná ficou com 20 mil quilômetros quadrados da área contestada e Santa Catarina com 28 mil quilômetros quadrados.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
Verificou-se na realização desta pesquisa que existe várias documentações sobre a região de Canoinhas durante o período da Guerra do Contestado, mas muitos desses não são disponibilizado para a população ou até mesmo conhecidos devido sua importância na história. Relatórios militares; Livro de Tombo da Paróquia de Canoinhas; matérias de cunho jornalístico; correspondências; listagem dos sujeitos no processo de rendição e daqueles que lutaram como vaqueanos; as localidades em que ocorreram conflitos armados e fazem parte da paisagem local; o patrimônio histórico da Southern Brazil Lumber and Colonization Company, pertencente ao Campo de Instrução Marechal Hermes (CIMH), localizado em Três Barras; grutas e cruzeiros venerados pelos devotos do monge João Maria, muito têm a contribuir para a produção do conhecimento histórico em sala de aula. Inexistem pesquisas ou publicações sobre a região de Canoinhas na Guerra do Contestado que possam subsidiar as aulas de História. 
Constatou-se a necessidade do trabalho com história oral como metodologia no ensino de História, visto que o registro da memória dos antepassados é uma forma de trabalho com a identidade histórica local. A análise documental expôs a linguagem tanto de militares como das matérias jornalísticas que denominavam os sertanejos de “bandoleiros”, “jagunços” e “fanáticos”, criando estereótipos que se repetiram ao longo dos anos na produção historiográfica e literária.
 A violência praticada na região foi intensa. O medo e a miséria criaram o silêncio dos vencidos. Muitos dos descendentes dos sertanejos rebelados preferemomitir as lembranças do passado como forma de preservar a imagem de seus familiares. Aos poucos o silêncio vem sendo rompido e as memórias revelam o passado daqueles que lutaram contra a exploração do sistema econômico, social e político vigente.
4. ANEXOS
 
As imagens em anexos marcaram nossa história enquanto povo Canoinhece, fato esse que nos tem acompanhado por longos anos, pois não se trata apenas de uma história contada, mas sim história de sofrimento e dor, pois nossas famílias lutaram e muitos morreram nesta guerra, deixando um marco de vida de muitos que aqui residem. 
 Entre 1912 e 1916, os caboclos do sertão catarinense pegaram em armas contra tropas federais. O conflito, simultâneo à Primeira Guerra Mundial, foi “esquecido” pela imprensa da época e minimizado pelos livros de História, até o final do século XX.
 
 
 
 João Maria de Jesus 
 O “monge” José Maria ao lado de três “virgens” 
 
 
Monge Joao Maria 
 Bandeira utilizada pelos sertanejos, encontrada em um dos redutos 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 
ALBERTI, Verena. História oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1990.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval M. de. História: a arte de inventar o passado: ensaios de teoria da História. Bauru, SP: Edusc, 2007.
AURAS, Marli. Guerra do Contestado: a organização da irmandade cabocla. 3.ed. Florianópolis: Ed. UFSC, 1997.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 6.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
CARVALHO, General Setembrino de. Relatório da Campanha do Contestado, 1915. Rio de Janeiro: Imprensa Militar, 1916.
D’ANGELIS, Wilmar da Rocha. A República dos coronéis contra a irmandade de São Sebastião. Campinas, SP: Ed. Curt Nimuendaju, 2011.
FÉLIX, Loiva O. História e memória: a problemática da pesquisa. Passo Fundo, RS: Ed. UPF, 1998.
LIVRO DE TOMBO. Canoinhas, SC: Paróquia Santa Cruz, 1914.
MACHADO, Paulo P. Lideranças do Contestado: a formação e a atuação das chefias caboclas (1912-1916). Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2004.
MANIQUE, A. P.; PROENÇA, M. C. Didáctica da História, Patrimônio e História Local. Lisboa: Texto Ed., 1994.
MEIHY, José Carlos S. B. Manual de história oral. 4.ed. São Paulo: Loyola, 2002.
MONTEIRO, Douglas T. Os errantes do novo século. São Paulo: Duas Cidades, 1974.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo: PUC, n.10, 1993.

Outros materiais