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UNESA EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO VERSÃO DEFINITIVA DO ALUNO 2017.2 (1)

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 	 	 	 	 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ CURSO DE DIREITO
 
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
2017.2 – Versão aluno
Aula 5
Professor José Eduardo de Araujo Duarte
O único lugar onde o êxito chega antes do trabalho
 é no dicionário...” (Vidal Sassoon)
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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
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Exclusão do crédito tributário
Roteiro de Aula
				EMENTA
Noção
Hipóteses:
		- Isenção
		- Anistia
Isenção:
		# Conceito
		# Necessidade de lei
		# Classificação
		# Suspensão do prazo prescricional
Anistia:
		# Conceito
		# Necessidade de lei
		# Hipóteses legais
		# Suspensão do prazo prescricional
- Distinção entre remissão e anistia
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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
“Está chegando a hora de declarar o Imposto de Renda. Vai começar o jogo do esconde-esconde...” 
Millor Fernandes
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EXCLUSÃO = NÃO INCLUSÃO
(Em um universo onde nunca se esteve)
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EXCLUSÃO = RETIRADA
(De um universo onde já se esteve)
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CORRENTES DOUTRINÁRIAS
(Ex.: ISENÇÂO)
	
	- CORRENTE MAJORITÁRIA:
	Afirma esta corrente que o preceito isentante tem por fim justamente a existência da relação jurídica tributária. A regra de isenção incide para que a de tributação não possa incidir. Estribada em tais argumentos, pode-se concluir que na isenção não há incidência da norma jurídica tributária e, portanto, não ocorre o nascimento do tributo. Filiam-se a esta corrente Alfredo Augusto Becker e Souto Borges Maior, dentre outros.
	- CORRENTE MINORITÁRIA (STF – Súmula 615):
	Na isenção, há incidência, a obrigação tributária surge, mas a lei dispensa o pagamento do tributo, que não será lançado. A doutrina clássica, capitaneada por Rubens Gomes de Souza, Amilcar de Araujo Falcão e Aliomar Baleeiro, entre outros tem feito empenho em afirmar que “a isenção é a dispensa legal do pagamento do tributo”. 
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ISENÇÃO
			Art. 176. A isenção, 
	a) ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei
 	b) que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, (CONDICIONAL ou ONEROSA)/NÃO ONEROSA
	c) os tributos a que se aplica e, (TOTAL/PARCIAL)
	d) sendo caso, o prazo de sua duração. (CERTO ou DETERMINADO)/ INDETERMINADO
        Parágrafo único. 
	e) A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. (AMPLA/RESTRITA)
	f) Isenções Heterônomas/Autônomas
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O ARTIGO 177, DO CTN
			Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
        I - às taxas e às contribuições de melhoria;
   II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
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O ARTIGO 178, DO CTN
			
				Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. 
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O ARTIGO 104, DO CTN
 		
		 Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
        I - que instituem ou majoram tais impostos;
        II - que definem novas hipóteses de incidência;
     III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.
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O ARTIGO 179, DO CTN
		
			Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão.
        § 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.
        § 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
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ANISTIA - DISTINÇÕES
			
			Anistia é a exclusão do crédito tributário relativo a penalidades pecuniárias. O cometimento de infração à legislação tributária enseja a aplicação de penalidades pecuniárias, multas, e estas ensejam a constituição do crédito tributário correspondente. Pela anistia, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo, infrator da legislação tributária, impedindo a constituição do crédito. Se já está o crédito constituído, o legislador poderá dispensá-lo pela remissão, mas não pela anistia. Esta diz respeito exclusivamente à penalidade e há de ser concedida antes da constituição do crédito.
			A anistia, pois, perdoa, total ou parcialmente, a sanção tributária, isto é, a multa decorrente do ato ilícito tributário. Incide sobre a infração tributária, desconstituindo sua antijuridicidade. Por evidente, aparta-se do tributo, que não compreende a sanção de ato ilícito.
			Não raro se observa na voz pública, e até mesmo nos escritos jornalísticos, dizer-se que uma lei concedeu "anistia de tributos". Deveras, ela concedeu uma remissão tributária.
 			Jefferson Laborda da Silva
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ANISTIA - ABRANGÊNCIA
			
			Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
        I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
      II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
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ANISTIA 
 CONDIÇÕES PARA SUA CONCESSÃO
		
		Art. 181. A anistia pode ser concedida:
        I - em caráter geral;
        II - limitadamente:
        a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
        b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
        c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
        d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
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O ARTIGO 182, DO CTN
			
			Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
        Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
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CASO CONCRETO – AULA 5
	Em 2013, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos.
	Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2016, surgiu uma outra norma jurídica revogando  essa isenção do ISSQN.
	
	Responda:
	a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?
	
	b) Deve esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)?
	
	c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)?
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AULA 5 – QUESTÃO SUBJETIVA
			
										O taxista João recebeu do fisco
	estadual  uma  correspondência  na  qual  lhe  foi informado que, mesmo tendo ocorrido o fato  gerador do IPVA, ele não precisaria pagar o tributo, uma vez que fora aprovada uma lei, pela respectiva assembléia legislativa, que excluía
o crédito tributário dos taxistas, relativamente  ao  IPVA. Nessa  situação hipotética,  pode-se dizer  que a citada lei estabeleceu  uma:
	(A) remissão.
	(B) transação.
	(C) isenção.
	(D) anistia.
	(E) compensação.
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