Relatório Atividades complementares unip 2017

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UNIVERSIDADE PAULISTA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
MATHEUS HENRIQUE BARICHELLI BUZZO DO NASCIMENTO
ASSIS
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
Relatório do estágio obrigatório apresentado por Matheus Henrique Barichelli Buzzo Do Nascimento à Universidade Paulista, como um dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Mecânica.
Orientador:
Prof. Msc. Felipe Sanches Gurgel
ASSIS
2017
RESUMO
Análise das atividades vivenciadas no cotidiano da empresa, necessário para cumprimento da matéria de estágio obrigatório. 
Palavras chaves: Estágio obrigatório, planejamento, produção, CNC.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Torno CNC Romi GL 280M	8
Figura 2 - Pantógrafo Corte Plasma Primartec 260A	8
Figura 3 - Pantógrafo Corte Plasma Automática 130A	8
Figura 4 - Simulação de aproveitamento de corte	9
Figura 5 - Corte da chapa, segundo simulação da figura 4	10
Figura 6 - Corte final da chapa, segundo simulação da imagem 4	10
Figura 7 - Desenho técnico fornecido pela empresa	11
Figura 8 - Simulação de usinagem	12
Figura 9 - Usinagem final (primeiro lado)	13
Figura 10 - Cartão de processos	14
1. INTRODUÇÃO
A empresa Sollus Mecanização Agrícola LTDA foi fundada em agosto de 1996 e, trabalha no desenvolvimento de soluções para área agrícola, através de máquinas e implementos, com o objetivo de oferecer aos seus clientes produtos e serviços de qualidade que atendam suas necessidades.
O desenvolvimento dos produtos evolui a partir da parceria com os clientes, que são pessoas e empresas atuantes no mercado agrícola. Por meio de novas ideias e sugestões foi possível aperfeiçoar toda a linha de produtos, fazendo da Sollus parceira no fornecimento desses equipamentos.
A linha de montagem segue três segmentos: canavieiro (distribuidores de calcário, gesso, fosfato, adubo e fertilizantes líquidos ou a granel, plantadora de cana-de-açucar), graneleiro (transportadores de grãos pós-colheita, descargas para silos, guinchos para transporte de sacos “bag”) e florestal (carretas tanque, transplantadores de mudas de eucalipto, distribuidor de fertilizantes).
Todo o processo de montagem dos equipamentos é padronizado por meio de células de produção sequenciais, linhas específicas para os segmentos citados. Além destes, há uma linha de manufatura metalúrgica que permite a produção dos componentes e peças, como tornos CNC e máquinas de corte pantográfico por plasma (CNC).
Atualmente, a Sollus abrange todo o território nacional, alguns países da América Do Sul, América Do Norte e África, tem a meta de ser uma marca referência em soluções criativas na industrialização de máquinas e implementos, sendo reconhecido nacionalmente e referência no segmento no estado de São Paulo.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
O papel do profissional na função de planejador de produção se desdobra em fazer com que a fábrica metalúrgica e linhas de montagem sigam o fluxo correto. Controlar o tempo e qualidade das peças fabricadas, bem como gerenciar os “checklists” de peças produzidas.
Uma janela criada nesta função é a programação CNC (Controle numérico computadorizado) de torno e máquinas de corte pantográfico a plasma.
2.2 Objetivos específicos
Programação de máquinas CNC;
Emissão de cartões de processo e avaliação de processos industriais;
Controle de utilização de matéria-prima;
Planejar sequência e demanda de manufatura;
Acompanhamento no fluxo de peças (checklist).
3. ATIVIDADES REALIZADAS
3.1 Programação De Máquinas CNC
Diversas máquinas-ferramenta contém o conjunto de controladores de deslocamento, tais esses chamados de CNC (Controle Numérico Computadorizado). Esse sistema permite que uma determinada máquina faça trabalhos com alta complexibilidade em uma peça, como por exemplo de um torno, a usinagem se torna de extrema precisão e com alta velocidade de produção. Estes controladores englobam equipamentos como fresadoras, centros de usinagem ou máquinas de corte pantográfico (com corte por plasma, laser, oxicorte ou jato d‘água). 
A empresa utilizada como objeto de avaliação deste relatório contém um torno CNC Romi GL280M (figura1), que contém dois eixos de usinagem e doze posições de ferramentas, também contém dois pantógrafos de corte a plasma, sendo um Primartec 260A (figura 2) e outro Automática 130A (figura 3). 
Figura 1 - Torno CNC Romi GL 280M
Figura 2 - Pantógrafo Corte Plasma Primartec 260A
Figura 3 - Pantógrafo Corte Plasma Automática 130A
Os códigos de controle destas máquinas são gerados por softwares específicos CAD/CAM (Create And Design/Create And Manufaturing, ou Criar e Projetar, Criar e Produzir), dependendo a sua atuação. No caso desta empresa, foi obtido o Lantek Expert para corte de plasma pantográfico e o EdgeCAM para ciclos usinagem. Ambos são revendidos no Brasil pela SKA Automação De Engenharias.
3.1.1 Softwares (Lantek Expert)
A plataforma do software permite que seja importado desenhos de outros CAD, como o SolidWorks. Desta forma, as peças/desenhos ficam salvas em base de dados própria.
Quando há demanda, as peças são inseridas em um trabalho e é gerado a simulação de aproveitamento e corte (figura 4). Após efetuar disposição das peças, é gerado o comando para que o software determine as linhas CNC, admitindo a simulação virtual do processo.
Figura 4 - Simulação de aproveitamento de corte
Se aprovado, este projeto é encaminhado para produção, e como é visto nas figuras 5 e 6, a reprodução do corte é fiel a programação.
Figura 5 - Corte da chapa, segundo simulação da figura 4
Figura 6 - Corte final da chapa, segundo simulação da imagem 4
3.1.2 Softwares (EdgeCAM)
O EdgeCAM permite desenvolver estratégias de usinagem desde em tornos simples com dois eixos até maquinas mais sofisticadas com sub-spindle (eixo-árvore alternativo).
O sólido (molde 3D) pode ser importado de diversos softwares CAD/CAM, como Solid Edge, SolidWorks ou Catia. Não contém base de dados interna e todo programa gerado é salvo manualmente.
Nos tornos, a peça é feita de modo unitário (uma a cada vez), portanto pode conter diversas sequências e modos de se usinar uma mesma peça. Diferentemente do Lantek (Tópico 3.1.1), o software não gera o ciclo de usinagem automaticamente, deve ser incluído processo a processo. Em exemplo, a figura 7 é um desenho técnico de um eixo produzido pela empresa.
Figura 7 - Desenho técnico fornecido pela empresa
Para a usinagem deste eixo foi criada a seguinte sequência de usinagem:
1º - Desbaste da matéria-prima (criando forma da peça);
2º - Acabamento;
3º - Furação radial (duas vezes);
4º - Rosca externa;
5º - Virar a peça e reproduzir a sequência do programa (o programa contém uma continuação no segundo lado com demais sequências de operação, se os dois lados do eixo fossem iguais iria se repetir o programa).
6º (segundo lado) – Desbaste;
7º (segundo lado) – Acabamento;
8º (segundo lado) – Furação radial.
Deste modo, se aprovado, admite-se a simulação virtual do processo (figura 8).
Figura 8 - Simulação de usinagem
A partir disso, envio para manufatura (figura 9).
Figura 9 - Usinagem final (primeiro lado)
3.2 Emissão de cartões de processo
A partir de uma ordem de produção com uma composição validada, é verificado as peças a serem produzidas. Deste modo, para cada peça é gerado um cartão de processos em folha padrão A5 com os seguintes itens:
Desenho técnico;
Matéria-prima;
Sequência de operação;
Quantidade;
Demais itens para controle interno (logotipo, código interno, data, número de controle).
Quando a ordem é liberada pelo gerente, esses cartões são enviados para a célula inicial do processo. No caso da figura 10, este item passará pelo corte CNC, furadeira, dobradeira e supermercado de peças.
Figura 10 - Cartão de processos
Após a conclusão da produção do item, este é enviado para o supermercado de peças, local onde os itens que formam conjuntosão agrupados via “check list”. Neste local já foi reservado um palete que aguarda a vinda destas peças, que após conferidas são enviadas para a linha de solda e montagem.
Como alguns processos iniciais de manufatura afunilam em operações secundárias (como furadeira ou dobradeira), cabe ao planejador de produção organizar a demanda no processo, indicando a prioridade a ser seguida pelos operadores.
A compra e quantidade de matéria-prima a ser utilizada na fábrica também é de controle do PCP (Planejamento e Controle da Produção). 
Dentre todos estes processos, também é executado o controle dos consumíveis utilizados, como brocas, ferramentas gerais de usinagem, serras, bicos e eletrodos do plasma manual e CNC, dentre os demais utilizados.
4. CONCLUSÃO
O foco do planejamento é “fazer a produção rodar”, prevendo as anomalias e aplicando conhecimento técnico-profissional para que seja afetado o mínimo possível por avarias. Deste modo, o curso se fez presente em todos as características e âmbitos necessários para evolução destes princípios.
É analisado que as atividades vivenciadas contêm temas relacionados com o curso, com critérios e termos altamente semelhantes.