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Aula 01 (1)

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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Lucia Helena Porto
Aula 1
Breve histórico sobre a avaliação
A avaliação da aprendizagem, desde os seus primórdios configurava-se como um instrumento de seleção extra- curricular, bastante cruel e seletiva. 
Na pré-história avaliava-se pelo conhecimento dos rituais tribais, pela capacidade de sobrevivência dos indivíduos.
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Em 2205 a.C, um imperador chinês testava os oficiais de seu exército, a cada três anos, com o objetivo de promovê-los ou demiti-los.
Na Idade Média, verifica-se a existência de exames nas escolas gregas e romanas.
No período medieval a educação era desenvolvida em estreita ligação com a Igreja. Dela partiram os modelos educativos e as práticas de formação.
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 A escola é um produto da Idade Média. Sua estrutura estava ligada à presença de um professor que ensinava a muitos alunos de diversas procedências e devia responder pela sua atividade à Igreja.
Suas práticas eram ligadas exposição oral , a discussão, ao exercício, ao comentário, à arguição . As práticas disciplinares (prêmios e castigos) e avaliativas vêm daquela época.
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A Universidade
 Era chamada de studium generale, agregando mestres e discípulos dedicados ao ensino superior de algum ramo do saber (medicina, direito, teologia).
Com a universalização do saber, o nome foi substituído por universitas, a Universidade. Nestas, as provas orais eram bastante populares como instrumento de avaliação.
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TEMPOS ATUAIS
Do descobrimento do Brasil ao Império
uso da mão de obra indígena e da africana na monocultura da cana de açúcar. Nessa sociedade a educação não era tema prioritário.
os jesuítas exerciam função missionária e pedagógica sobre os índios e sobre os senhores de engenho e suas famílias.
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somente em 1772, século XVIII, a coroa, em relação à educação, estabelece o “ensino público oficial” , contratando e remunerando professores , com um aprendizado clássico, conservador , voltado para o bacharelismo, para a burocracia e as profissões liberais.
-Adotavam-se os exames orais, as discussões em grupo, os exames escritos.
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A Constituição de 1824 	
Trouxe a ideia “da gratuidade do ensino infantil a todos os cidadãos”; da competência dada aos colégios secundários e às universidades para o ensino das ciências, belas letras e artes; e do ensino religioso obrigatório nas escolas.
 - A avaliação da aprendizagem continuava com seu caráter classificatório com a realidade política da época.
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A Constituição de 1891
 alguns avanços : a laicização do ensino.
 A Constituição de 1946
- princípios democráticos e liberais . A Educação passou a ser considerada um direito de todos.
Início das discussões sobre a Lei 4024/1961, a primeira lei geral da educação permitindo a descentralização da educação da esfera federal para a estadual.”
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n. 4024 de 1961
Em relação à avaliação da aprendizagem :
...no aproveitamento do aluno preponderariam os resultados alcançados, durante o ano letivo, asseguradas ao professor, nos exames e provas, liberdade de formulação de questões e autoridade de julgamento. 
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A Constituição de 1967
 A constituição de 1967 foi outorgada no início da ditadura militar e representou um retrocesso em relação à anterior, que era democrática. Em relação à educação não trouxe inovações .
a Reforma Universitária, a Lei 5540 de 1968, a primeira exclusivamente dedicada ao ensino superior.
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 5692 de 1981
a avaliação do aproveitamento seria expressa em notas ou menções;
 preponderariam os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta fosse exigida. 
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o aluno de aproveitamento insuficiente poderia obter aprovação mediante estudos de recuperação.
 Reforma do Ensino Básico trouxe modificações: o ensino primário , que aglutinou os ensino infantil e ginasial, obrigatório dos 7 aos 14 anos; ensino profissionalizante , uma tentativa de unir as escolas secundárias e técnicas.
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A Constituição de 1988 - é o texto que mais se estende sobre o tema educação:
- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
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- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
- valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
 - garantia de padrão de qualidade. 
 
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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394 de 1996
-avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
-possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
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-possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
-aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
-obrigatoriedade de estudos de recuperação, paralela ao período letivo
- o controle de frequência fica a cargo da escola, exigida a frequência mínima de 75% do total de horas letivas para aprovação.
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A AVALIAÇÃO COMEÇA A APARECER NO CENÁRIO EDUCACIONAL
Nos anos 70, seguindo os estudos de Tyler, outros autores apresentam um relativo consenso quanto à importância da formulação de objetivos para fins avaliativos , permitindo ao professor determinar o que será avaliado em termos de comportamentos, conhecimentos, capacidades, interesses e habilidades.
 
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Mager considera dois tipos de avaliação:
- avaliação dos resultados de ensino – procura verificar se o interesse dos alunos ao final da disciplina é, pelo menos, o mesmo que existia no início;
- avaliação do processo de ensino – procura verificar o que se deve fazer para melhorar a ação pedagógica
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Bloom defende a avaliação da aprendizagem através de domínios, pois para o autor, todo indivíduo é capaz de aprender, desde que se respeite seu próprio ritmo. Bloom e seus colaboradores criaram uma taxionomia, isto é, uma classificação de objetivos educacionais para o domínio das operações cognitivas, afetivas e psicomotoras
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Até meados dos anos 60, as discussões se fixavam nos termos medir e avaliar.
MEDIR – estabelecer um parâmetro quantitativo, numérico . 
AVALIAR – tem como objetivo fornecer dados para um julgamento de valor, de uma tomada de decisões.
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Stufflebeam dá ênfase ao caráter processual da avaliação incluindo-se três fases nesse processo : 
- delinear – explicitar os tipos de informações necessárias para a avaliação
- obter – recursos humanos, tecnológicos, documentais usados para a avaliação 
- fornecer informações úteis – encaminhar as informações a que solicitou. 
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Scriven estabelece que a avaliação tem como finalidade apreciar o valor ou julgar o mérito de uma ação. Ele considera duas funções na avaliação:
- formativa – consiste em fornecer informações durante um programa institucional
- somativa – consiste em fornecer informações sobre o valor final do programa institucional.
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Grounland - A avaliação é um processo e se efetiva quando fundamentada em princípios operacionais:
- definir o que vai ser avaliado
- as técnicas de avaliação devem ser selecionadas em relação aos objetivos
- o uso apropriado das técnicas de avaliação requer consciência de suas limitações e possibilidades
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O autor classifica as técnicas de avaliação em três tipos :
- testes orais ou escritos; formais ou informais; dissertativos ou objetivos
os auto-relatos ( entrevistas e questionários )
- as observações
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A partir dos anos 80 passou-se a discutir a avaliação numa perspectiva mais abrangente, de natureza dialógica, voltada
para a transformação , ao utilizar , além da descrição quantitativa, interpretações qualitativas nas quais o julgamento de valor e a apreciação do mérito estejam incluídos.
- caráter contínuo, com trocas entre aluno , professor e demais agentes educativos
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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Prof. Lucia Helena Porto
Atividade 
Aula 1
Analise a concepção de avaliação proposta por Stufflebeam e dê um exemplo de como ela pode ser posta em prática após a aplicação de uma prática avaliativa ( prova, jogo, trabalho em grupo ) numa turma de ensino fundamental ou médio .
 “ Avaliação é o processo de delinear, obter e fornecer informações úteis para o julgamento de decisões alternativas”. ( Stufflebeam et alii,1971)
 
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