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Avaliação e Mensuração de Passivos

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Aula 7: O Passivo - Avaliação e Mensuração
Geralmente, o momento de reconhecimento de um passivo é bem definido, já que ele decorre de um contrato, o qual especifica a data do vencimento, o valor e demais condições contratadas. Todavia, alguns contratos podem depender de acontecimentos futuros e incertos, que por sua vez levam à incerteza quanto às vantagens ou prejuízos. Nestes casos, a obrigação existe embora o seu valor seja apenas estimado.
De acordo com o SFAC 5, o reconhecimento de um passivo ocorre quando o item:
Corresponde à definição de passivo;
É mensurável ;
É relevante;
É preciso.
Os passivos resultam geralmente das transações que permitem as entidades obterem recursos. Outros passivos podem-se originar de transferências não recíprocas, a exemplo da distribuição de dividendos aos proprietários da entidade ou das fianças dos ativos às sociedades beneficentes.
Segundo o AAA - American Accounting Associaion, os interesses dos credores são reclamos contra a entidade e derivam de atividades passadas ou eventos que, usualmente, requerem, para sua satisfação, o gasto de recursos corporativos.
Vê-se, entretanto, na literatura de MARTINS (2007), que a definição de passivo consta como sendo o resultado econômico a ser sacrificado no futuro em função de dívida e/ou obrigações contraídas.
Autores diversos discorrem em suas pesquisas que o passivo é representado por um grupo de contas que representam os valores das dívidas e obrigações a serem pagas pela empresa nos prazos igual ou inferior a um ano, classificado como  circulantes.  Afirma, ainda, que existem outras contas de obrigação, também representando os valores das dívidas e obrigações a serem pagas pela empresa com prazos maiores do que um ano, neste caso, classificadas como não circulantes.
Com as modificações introduzidas na Lei das Sociedades por Ações, através da Lei 11.638/2007, observar que no Balanço Patrimonial essas contas serão distribuídas em dois grandes grupos, segundo a Lei das Sociedades por Ações 6404/76:
 PC - Passivo Circulante.
 PNC - Passivo na Circulante.
Nessa mesma linha, o FASB o define no parágrafo 35 do SFAC como sendo “sacrifícios futuros prováveis de benefícios econômicos resultantes de obrigações presentes de uma entidade no sentido de transferir ativos ou serviços para outras entidades no futuro em conseqüência de transações e eventos passados”.
Pesquisadores na modernidade afirmam:
	
Dessa forma, as principais questões relacionadas à avaliação do passivo são as seguintes:
O reconhecimento do passivo depende do reconhecimento da contrapartida da transação;
O valor da exigibilidade deve ser determinado em função do valor atual dos montantes a serem pagos no futuro;
Passivos contingentes devem ser reconhecidos mesmo sem a certeza de sua ocorrência, a exemplo das provisões para garantia.
Finalmente, o passivo deve permanecer registrado até que ocorra a extinção da dívida, o que normalmente acontece pelo pagamento da obrigação. Contudo, o pagamento não é a única forma de extinção de uma obrigação. Alem das terminologias abaixo, existem outras de cunho jurídico, empregadas na contabilidade com suas especificidades. Ver glossário no sítio ADM .
Novação,
Dação em pagamento,
Compensação,
Transação,
Confusão e
Remissão.
As disposições gerais mencionadas no diploma legal das Normas Brasileiras de Contabilidade do CFC estabelecem as regras de avaliação dos componentes do patrimônio de uma entidade com continuidade prevista nas suas atividades.
Faz parte destas regras o olhar contábil para as evidenciações descritas nos relatórios oficiais. Vamos enumerar alguns desses pressupostos:
Os componentes do patrimônio são avaliados em moeda corrente nacional.
Os componentes do patrimônio em moeda estrangeira são convertidos ao valor da moeda corrente nacional, à taxa de câmbio da data da avaliação.
As parcelas dos encargos financeiros prefixados não incorridos são registradas separadamente e demonstradas como valores redutores das contas ou do grupo de contas que lhes deram origem.
Os componentes do patrimônio com cláusula de atualização monetária pós-fixada são atualizados até a data da avaliação.
Valor de mercado é o preço à vista praticado, deduzido das despesas de realização e da margem de lucro. As avaliações feitas pelo valor de mercado devem ter como base transação mais recente, cotação em bolsa e outras evidências disponíveis e confiáveis.
Valor presente é aquele que expressa o montante ajustado em função do tempo a transcorrer entre as datas da operação e do vencimento, de crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra transação usual da entidade, mediante dedução dos encargos financeiros respectivos, com base na taxa contratada ou na taxa média de encargos financeiros, praticada no mercado.
Quando, concretamente, a lei dispuser diferentemente desta norma, o profissional deve observar a ordem legal, em seu trabalho.
A Resolução 732/92 do CFC, no que se refere à avaliação do Passivo, descreve os seguintes pontos relevantes para nosso estudo:
As obrigações e os encargos, conhecidos ou calculáveis, são computados pelo valor atualizado até a data da avaliação.
Os passivos contingentes, decorrentes de obrigações trabalhistas, previdenciárias, fiscais, contratuais, operacionais e de pleitos administrativos e judiciais, são provisionados pelo seu valor estimado.
As obrigações em moeda estrangeira são convertidas ao valor da moeda corrente nacional, à taxa de câmbio da data da avaliação.
As obrigações de financiamento contraídas a valor prefixado são ajustadas ao valor presente.
As demais obrigações com valor nominalmente fixado, e com prazo para pagamento, são ajustadas ao valor presente.
A LSA Lei das Sociedades por Ações justifica que as contas de obrigação com terceiros que tenham vencimento superior ao ano de encerramento do balanço devem  ser classificadas no ELP exigível de longo prazo. Leia detalhes na Lei 11638/2007 – capital não circulante .
 O problema principal do passivo não reside em sua avaliação, mas em quando reconhecê-lo e registrá-lo. A natureza e o timing de reconhecimento do passivo recaem, usualmente, na natureza de itens monetários fixos; às vezes, existe clausula de correção monetária ou variação cambial; de qualquer forma, são sempre expressos em moeda corrente na data dos balanços.
Uma diferenciação poderia ser constituída pelas receitas recebidas antecipadamente, as quais nem sempre são itens monetários.
Hatfield (1927), assim definiu exigibilidades:
Esta é uma visão nítida de teoria da propriedade, como podemos notar. Já a teoria dos fundos poderia interpretar os passivos de forma diferente, como reservas ou restrições aos ativos, derivantes de considerações legais, eqüitativas, econômicas ou gerenciais.
Por outro lado, a visão da teoria da entidade é outra, isto é, considera as exigibilidades como reclamos contra entidade ou, mais especificamente, contra os ativos da entidade. Entretanto, a entidade continua sendo vista como organismo com vida própria. Nem mesmo o patrimônio liquido pertence aos proprietários, na continuidade, mas à entidade.
AULA 8: RECEITAS, DESPESAS, PERDAS E GANHOS – MENSURAÇÕES
Chamados também de custos correntes, os custos de reposição representam o modelo de mensuração de ativos que considera a variação do valor de reposição do ativo. Na definição de EDWARDS e BELL (1961), representa o “Custo Corrente de aquisição dos inputs que a firma utilizou para produzir o elemento do ativo”.
MARTINS (1972) substitui o verbo produzir por possuir, a seguir:
“é o custo corrente de aquisição dos inputs que a firma utilizou para possuir o elemento do ativo; quando a empresa fabricou o ativo, o seu custo corrente é a soma dos custos correntes dos fatores que entraram na produção; quando a empresa comprou o ativo. É o custo corrente de adquiri-lo”.
O progresso tecnológico é um fator que dificulta a avaliação, pois quando a taxa de mudança tecnológica é acentuada em determinado segmento, torna-se difícil a tarefa dereproduzir valores correntes dos ativos assim definidos, pois estes já se diferenciam sensivelmente dos antigos quanto às características técnicas e de produtividade. 
Custos de reposição corrigidos é o modelo de mensuração de ativos que considera a variação do valor de reposição do ativo, conjugado com a variação de preços, ou seja, contabilmente ocorre a correção do valor de mercado até a data em que a empresa desejar apresentar o ativo corrigido.
Para alguns pesquisadores, a exemplo de LUDÍCIBUS (2004), é o mais completo conceito de avaliação, na maioria dos casos, e deveria ser adotado para a avaliação geral do ativo, pois combina as vantagens do custo corrente com as do custo histórico corrigido.
A indexação , em economia, é um sistema de reajuste automático de preços, inclusive salários, em situações inflacionárias. Assim, na medida em que a inflação  aumenta os preços precisam ser ajustados para que não fiquem defasados.
Algumas empresas estão perdendo dinheiro na hora de formar seus preços, porque não está usando o custo de reposição como base de valor na formação de seus preços! Este alerta certamente nos leva a pesquisa de um pouco de história que poderá nos ajudar a esclarecer mais essa polêmica de custos ... veja também o diagrama .
Cabe, ainda, acrescentar o entendimento de valores de saída. Justificados como modelos de mensuração de ativos a valores de saída, se referem ao preço de troca do ativo no mercado, ou ainda, o valor que o mercado pagaria pelo ativo, neste caso, chamado de valor de realização.
O preço de troca é o valor pelo qual os ativos podem ser vendidos ou trocados, quando deixarem a entidade, supondo-se que a empresa opera em um mercado organizado. Já o preço de mercado pode ser considerado uma estimativa bem próxima do preço real de venda em um curto prazo. Observar que os preços correntes de venda ou valor líquido realizável se referem à diferença entre a venda e o custo da realização.
Ao iniciar este módulo, estamos na verdade enriquecendo nosso estudo sobre um assunto fundamental na aplicação da Contabilidade sobre os aspectos modificativos do patrimônio liquido da entidade. De acordo com Lima (2008), em sua obra Contabilidade Geral, “a representação gráfica que resulta a modificação na situação liquida advém do reconhecimento contábil de uma conta de resultado”. Aduz, ainda, “quando se trata de uma receita, há um aumento no capital dos proprietários, em caso análogo quando se trata de um gasto onde haja a escrituração de custo ou despesa realizada, há uma redução no capital dos proprietários”.
Ao abordarmos a natureza e definição de uma receita, torna-se difícil uma apreciação deste assunto, pois as definições de receita têm-se fixado, via de regra, mais nos aspectos de quando reconhecê-la e em que montante do que na caracterização de sua natureza. Assim, algumas definições usualmente encontradas de receitas se referem ao seu efeito sobre o patrimônio ou ativo líquido, e outras fazem referências expressas à entrega de bens e serviços ao cliente.
Iudicibus (2004) tem a seguinte acepção:
O Comitê de Conceitos Contábeis e Standards AAA , assim define receita:
Uma definição tida como uma das melhores pelo consenso da maioria dos estudiosos e pesquisadores da teoria da Contabilidade, pois caracteriza o que é essencialmente a receita e dá margem a uma ampla gama de formas pelas quais pode ser reconhecida, colocando bem o fato de que o mercado deverá validar o esforço desenvolvido pela empresa, atribuindo um valor de troca à produção de bens e serviços e àquela descrita por Sprouse e Moonitz:
Vamos agora definir as despesas. De acordo com SFAC, representam saídas ou outros gastos de ativos ou, ainda, obrigações incorridas.
Autores renomados na atualidade acrescentam, ainda, de forma ampla:
Sprouse e Moonitz (1962) citam de forma inconteste em seus trabalhos que:
“despesas representam a diminuição de ativos líquidos como resultado da utilização de serviços econômicos na criação de receitas ou na imposição de taxa do governo”.
Em outra pesquisa, SPROUSE & MOONITZ , apud KRAEMER (2000; p. 22) afirmam que passivos são obrigações que exigem a entrega de ativos ou prestação de serviços em um momento futuro, em decorrência de transações passadas ou presentes.
Discursar sobre a mensuração das despesas induz à seguinte premissa: despesas representam saídas de caixa atuais ou esperadas provenientes das atividades principais da entidade. Elas geralmente são reconhecidas quando um ativo é consumido nas operações principais da entidade ou quando já não existe a expectativa de que o ativo produza benefícios futuros.
A mensuração  do consumo de ativo é realizada a partir dos seguintes princípios universais:
 Relação de causa e efeito, a exemplo dos custos das mercadorias vendidas. 
 Alocação racional e sistemática, a exemplo da depreciação de ativos fixos. 
 Alocação racional e sistemática, a exemplo da amortização de intangíveis. 
 Alocação racional e sistemática, a exemplo da apropriação de despesas de seguros. 
 Imediato reconhecimento, a exemplo das demais despesas que são registradas quando incorridas
Segundo o SFAC, perdas são reduções de ativos líquidos , originadas de transações periféricas ou incidentais de uma entidade e de outras transações, eventos ou circunstâncias que afetam a entidade, exceto as que resultam de despesas ou distribuições para acionistas. Ao mensurar as perdas como reduções de patrimônio liquido, estamos focando aquelas provenientes de transações e eventos econômicos, exceto as que geraram despesas ou distribuição aos proprietários.
Quando se fala em ganhos, a mensuração acontece com os aumentos nas contas dos proprietários provenientes de transações e eventos econômicos, exceto os que geraram receitas ou investimentos dos proprietários.
Aula 9: Patrimônio Líquido
Genericamente, conceitua-se o PL Patrimônio Liquido como sendo a diferença entre o ATIVO e o PASSIVO. Corrobora com esse entendimento estático o IASB International Accounting Standards Board - Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade, ao afirmar que o PL é a participação residual nos ativos da empresa depois de deduzidas as obrigações.
Dessa forma, o PL representara diferentes valores em função dos critérios adotados na avaliação dos ativos e passivos da entidade. Nesse sentido, o IASB cita que o patrimônio liquido que é apresentado no BP Balanço Patrimonial depende de sua avaliação dos ativos e passivos. 
Isso implica dizer que o patrimônio liquido não representa o valor justo da empresa, nem tampouco corresponde ao valor de mercado das ações da empresa ou a soma que poderia ser levantada pela venda dos ativos na base de item por item ou de toda a empresa, numa base de continuidade operacional.
O IASB é uma Entidade do setor privado, independente, criada em 1973 para estudar, preparar e emitir normas de padrões internacionais de contabilidade, com sede em Londres, Grã-Bretanha, constituída por mais de 140 entidades profissionais de todo o mundo, incluindo o Brasil representada pelo Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON e o Conselho Federal de Contabilidade - CFC. Relativamente a sua estrutura, o IASB é vinculado à Fundação para o Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade, com sede em Delaware, Estados Unidos da américa. 
Em linhas gerais, o conjunto de contas pertencentes aos capitalistas, segundo este comitê de normas contábeis, o patrimônio liquido é a parcela residual dos recursos que remanesce após ser deduzido suas responsabilidades.
Teoria do Proprietário
De acordo com esta teoria, o patrimônio liquido pertence aos proprietários da empresa. Esta teoria é muito utilizada para facilitar o entendimento do funcionamento das contas. Nela, as receitas e ganhos são considerados aumentos de propriedade e as despesas e perdas são consideradas reduções. A equação patrimonial de acordo com esta teoria terá a seguinte representação:
 ATIVO - PASSIVO = PROPRIETARIO
Kenneth Most (UFPA,2005), considera que o fato de olharmos parao patrimônio líquido como uma diferença entre ativo e passivo é consequência da abordagem prevalecente do balanço, que seria a da teoria do proprietário.
De fato, a consideração do patrimônio como diferença entre ativo e passivo não pode dinamicamente ter muita eficácia, pois, quando os ativos são introduzidos dentro da empresa, o valor do capital é determinado em relação a tais bens ou direitos.
Teoria da Entidade
Nesta teoria, o patrimônio liquido pertence a entidade. A entidade tem uma vida distinta das atividades e dos interesses pessoais dos proprietários que a constituíram. Dessa forma, o resultado do negocio é da entidade até que ocorra a distribuição de dividendos. Então a equação patrimonial pode ser representada como:
ATIVO = OBRIGAÇÕES + PATRIMONIO LIQUIDO 
Teoria do Proprietário
Todos os investidores, exceto os acionistas ordinários, são considerados como terceiros – outsiders, neste caso os acionistas preferenciais são considerados credores da entidade, consequentemente os pagamentos realizados a eles são considerados despesas. Naturalmente, as ações preferenciais não possuem direito a voto, caso contrario teriam as mesmas prerrogativas das ações ordinárias. A equação patrimonial de acordo com essas justificativas terá seguinte apresentação:
ATIVO = PASSIVOS ESPECIFICOS = INTERESSE RESIDUAL DOS ACIONISTAS ORDINARIOS
Teoria do Fundo
Nesta teoria, os ativos representam serviços para o fundo ou unidade operacional por ele constituída. Já os passivos representam restrições contra os ativos específicos ou gerais do fundo. Dessa forma, o fundo constitui-se em um grupo de ativos e obrigações relacionadas, podendo ser representada da forma abaixo:
ATIVO = RESTRIÇÕES SOBRE OS ATIVOS (FUNDOS) 
Reservas 
Conceituadas como a diferença entre o patrimônio liquido total e o capital social realizado. São contas de reserva constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Representam lucros reservados e constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da companhia, porque são lucros contabilmente realizados, que ainda não foram distribuídos aos sócios ou acionistas. Poderão representar futuro aumento de capital, lucros reinvestidos ou resultados não distribuídos aos capitalistas. 
Observar, que quando despesas ultrapassam as receitas ao longo dos exercícios sociais, não temos uma reserva e sim, prejuízos acumulados.
Ações em tesouraria 
Normalmente não é permitido às empresas adquirir suas próprias ações, a não ser quando: em operações de resgate, re-embolso ou amortizações de ações; aquisição para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas (exceto legal) e sem diminuição do capital social ou recebimento dessas ações por doação; aquisição para diminuição do capital. Veja restrições na LSA Lei das Sociedades por Ações.
Redução do Capital Social 
A redução voluntária no Capital Social pode ser por perda ou excesso. De acordo com COELHO1: 
“O capital social da companhia pode, também, ser reduzido. Duas são as causas que a lei considera para permitir esta redução: excesso de capital social, quando se constata o seu superdimensionamento; e irrealidade do capital social, quando houver prejuízo patrimonial (LSA, art. 173).” (COELHO1, 2003, p. 195).
A redução por excesso se dá no caso em que se verifica que o capital subscrito é maior que o necessário para o desenvolvimento do negócio e a companhia resolve diminuí-lo. Estando integralizando há duas alternativas podem permanecer na sociedade como reserva de lucro, ou ser restituídas aos acionistas. 
Aumente seu conhecimento sobre as diversas particularidades do capital social de uma empresa.
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura (quando prejuízos). Com o advento da Lei 11.638/2007,  para as sociedades por ações, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008, o saldo final desta conta não poderá mais ser credor.   
Essa conta continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros. 
Desta forma, para as sociedades por ações,  o saldo respectivo deverá sercomposto apenas pelos eventuais prejuízos acumulados (saldo devedor), não absorvidos pelas demais reservas.
AULA 10: NORMATIZAÇÕES DA CONTABILIDADE NO BRASIL
Uma das principais alterações da LSA Lei das Sociedades por Ações é a forma de cálculo do patrimônio das companhias. Os balanços terão de incluir os bens intangíveis, como marca e localização de um imóvel. E os ativos das companhias serão contabilizados não mais pelo valor pago na época da aquisição, mas pelo preço de mercado. As empresas de capital aberto ainda terão de expor a divisão das riquezas produzidas por elas. Aliás, trata-se de outra informação preciosa. A citação da lei, diz respeito a Divisão de Riqueza.
Outra mudança importante, as empresas de capital aberto, terão de divulgar a Demonstração de Valor Adicionado, que mostra a divisão de suas riquezas entre acionistas, governo e empregados. Já as de capital fechado de grande porte farão balanços semelhantes aos das companhias listadas na bolsa e terão de contratar auditorias externas. O contador não vai apenas registrar, mas também interpreta-los. É a evolução do profissional para uma posição mais estratégica na empresa
É certo que as companhias irão alterar a maneira como fazem seus balanços e calculam o seu patrimônio. A ideia é dar às empresas mais transparência e capacidade de atrair investidores. O CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis e outros órgãos ligados a Contabilidade – CVM, CFC, IBRACON vêm trabalhando no sentido de harmonizar nossas informações ao mesmo nível dos padrões mundial, elaborando normas de acordo com os padrões internacionais que se tornarão obrigatórias para as sociedades abertas e grandes empresas e poderão ser observadas pelas demais sociedades.
A nova legislação harmoniza a contabilidade brasileira aos padrões internacionais, o que facilita o investimento estrangeiro. Além disso, obriga as grandes empresas de capital fechado a divulgarem seus balanços. Com as novas regras, diversas alterações significativas ocorreram. Veja a seguir as que destacamos
Alterações Significativas
a) A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR foi extinta;
b) Torna-se obrigatória a elaboração e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC e da Demonstração do Valor Adicionado – DVA;
c) A DFC não é obrigatória às pessoas jurídicas com patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);
d) A DVA é exigida para todas as companhias abertas;
e) O Ativo Permanente agora possui um novo grupo chamado “Intangível”, além dos já existentes “Investimentos”, “Imobilizado”;
f) Foi extinta a “Reserva de Reavaliação” que deu lugar a conta “Ajustes de Avaliação Patrimonial” que possui características diferentes;
g) Ainda no Patrimônio líquido, fora incluído também a rubrica “Ações em Tesouraria”;
h) Foram extintas as reservas de capital “Prêmio Recebido na Emissão de Debêntures” e “Doações e Subvenções para Investimentos”, sendo esta última, controlada na conta “Reserva de Incentivos Fiscais” e poderá ser excluída da base de cálculo dos dividendos obrigatórios;
i) Ocorreram alterações para a avaliação dos investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial que agora, não mais precisam ser relevantes.
Além das alterações relacionadas, foram adequados os critérios de avaliação dos ativos e passivos, a fim de contemplar os novos grupos de contas.

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