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Organização e Métodos em Sistemas

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Organização e Métodos em Sistemas 
 
Organização e 
Métodos em Sistemas 
Jefferson de Souza Freitas 
2ª
 e
di
çã
o 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
F862f Freitas, Jefferson de Souza. 
Organização e métodos em sistemas / Jefferson de 
Souza Freitas ; revisão de Walter P. Valverde Júnior e 
Tatiane Rodrigues de Souza . 2. ed. – Niterói, RJ: 
EAD/UNIVERSO, 2011. 
198p. : il. 
 
 1. Organização e métodos. 2. Desenvolvimento 
organizacional. 3. Sistemas de informação gerencial. 4. 
Administração de empresas. I. Valverde Júnior, Walter P. II. 
Souza, Tatiane Rodrigues de. III. Título. 
 
CDD 658.40388 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Jefferson de Souza Freitas 
Revisão Ortográfica: Tatiane Rodrigues de Souz a e Walter P. Valverde Júnior 
Projeto Gráfico e Editoração: Andreza Nacif, Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos, Marcos 
Antonio Lima da Silva e Ruan Carlos Vieira Fausto 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Janaina Gonçalves de Jesus 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliotecária Ana Marta Toledo Piza Viana CRB 7/2224 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora
Organização e Métodos em Sistemas 
 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
 
 
Sumário 
 
 
Apresentação da disciplina ................................................................................................ 07 
Plano da disciplina .............................................................................................................. 09 
Unidade 1 – Introdução ao estudo de OMS..................................................................... 13 
Unidade 2 – Estrutura Organizacional.............................................................................. 81 
Unidade 3 – Técnicas e métodos para a ação empresarial............................................ 139 
Unidade 4 – Mudança organizacional, gestão de processos e o futuro 
da administração ................................................................................................................ 161 
 
Considerações finais ........................................................................................................... 189 
Conhecendo o autor ........................................................................................................... 191 
Referências ........................................................................................................................... 193 
Anexos ................................................................................................................................. 195 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
6 
Organização e Métodos em Sistemas 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Caro aluno 
 
É importante salientar que as técnicas de organização e métodos em 
sistemas (OMS) têm de ser incorporadas pelos gestores de todas as áreas, na 
medida em que não existe mais uma unidade específica que cuide da problemática 
de ação estrutural e da gestão de processos em toda a organização. Assim, convém 
a cada gestor conhecer as técnicas de OMS que o credenciará a dar melhor status à 
área onde atua. 
Ao longo de nossos estudos, você verá que o desenvolvimento dessas 
técnicas, essencialmente, as de aplicação estrutural e, sobretudo, voltada à gestão 
de processos, não deixarão em plano inferior a relevância dos relacionamentos 
grupais e interpessoais e, nem mesmo, quando da ocorrência de conflitos e 
resistências entre as pessoas da organização. 
Para compreender todo este processo, acompanhe as quatro unidades de 
estudo e, lembre-se, há uma estrutura universitária disponível para apoiá-lo nas 
dúvidas que certamente irão surgir. Estamos à disposição para auxiliá-lo e tornar 
todo o processo de ensino-aprendizagem numa atividade que proporcione, além 
da aquisição do conhecimento, o prazer do aprendizado. 
 
 
 
Bons estudos. 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
8 
Organização e Métodos em Sistemas 
9 
 
Plano da Disciplina 
 
A disciplina Organização e métodos em sistemas (OMS) têm como objetivo 
propiciar ao discente uma visão sobre: organização na área de OMS e estrutura de 
processos administrativos. 
A disciplina foi dividida em quatro unidades, que estão subdivididas em 
tópicos, para facilitar a compreensão dos conteúdos. 
Faremos, então, um resumo de cada unidade, apresentando seus objetivos 
para que você tenha uma visão geral daquilo que irá estudar. 
 
Unidade 1: Introdução ao estudo de OSM. 
 
Na primeira unidade vamos estudar os aspectos principais da teoria geral da 
Administração, que servirão de base para o perfeitoentendimento dos assuntos 
abordados na disciplina de Organização, métodos e sistemas. 
Objetivos : 
 Compreender os conceitos da organização e seu histórico, evolução 
e funções. 
 Identificar o conceito da administração e seus processos, bem como 
as teorias administrativas, suas ênfases e principais enfoques. 
 Entender a conceituação de sistemas com o intuito de criar 
especializações relacionadas. 
 Desenvolver uma visão sistêmica da organização e o tipo de sistema 
no qual a empresa melhor se encaixa. 
 Classificar sistemas com relação ao nível gerencial que auxiliam. 
 Compreender conceitualmente metodologias e as ferramentas 
adequadas. 
Organização e Métodos em Sistemas 
10 
 
Unidade 2: Estrutura organizacional 
 
Nesta unidade, será analisada a importante técnica de representação gráfica, 
que permite esquematizar e visualizar os sistemas de forma racional, clara e 
concisa, facilitando seu entendimento geral por todos os envolvidos. 
Objetivos : 
 Compreender o processo de transformação organizacional através 
das mudanças estruturais, bem como, analisar e identificar como as 
empresas estão se comportando diante desses novos desafios. 
 Identificar os níveis de realização do trabalho, dos sistemas, bem 
como dos conhecimentos e técnicas utilizadas para a racionalização 
do trabalho nos estudos de tempos e movimentos/therblig. 
 Conhecer os tipos de departamentalização que uma empresa pode 
utilizar quais as vantagens e desvantagens de cada tipo e, também 
como é a representação gráfica de uma estrutura organizacional. 
 Analisar a técnica da representação gráfica denominada fluxograma, 
que permite esquematizar e visualizar os sistemas de forma racional, 
clara e concisa, facilitando seu entendimento geral por todos os 
envolvidos. 
 Desenvolver habilidades gerenciais na leitura e resolução dos 
problemas apresentados nos mesmos. 
Organização e Métodos em Sistemas 
11 
 
Unidade 3: Técnicas e métodos para a ação empresarial 
 
Em nossa terceira unidade vamos estudar os aspectos básicos do arranjo físico, 
que representa um instrumento que deve ser utilizado para aumentar a 
produtividade e a qualidade dos trabalhos das várias unidades organizacionais da 
empresa. Estudaremos também os manuais administrativos. 
Objetivos : 
 Compreender o arranjo físico (layout), com princípios e aspectos 
básicos. 
 Conhecer os aspectos básicos na utilização dos manuais 
administrativos e a importância dos formulários. 
 
Unidade 4 – Mudança organizacional, gestão de processos e o futuro da 
administração 
 
E para finalizar, na quarta unidade vamos estudar o efeito das mudanças sobre 
a organização, os clientes internos e externos; o mercado e o principal objetivo das 
mudanças empresariais, além da gestão dos processos e da maximização do valor 
do cliente. 
Objetivos : 
 Compreender a importância da mudança organizacional para a 
maximização do valor do cliente. 
 Conhecer a gestão de processos para uma melhor abordagem sobre 
reengenharia. 
 
Bons estudos. 
Organização e Métodos em Sistemas 
12 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
13 
Introdução ao Estudo 
de OSM 
A Administração 
Conceitos da Função Organização, Sistemas e Métodos 
A Evolução da Função da Área de OS&M 
Teorias da Administração 
Visão Sistêmica da Organização 
As Organizações e Seus Níveis 
1 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
14 
 
 Nesta unidade são apresentados os aspectos principais da Teoria Geral da 
Administração, que servirão de base para o perfeito entendimento dos assuntos 
abordados na disciplina de Organização, Sistemas e Métodos. 
 
Objetivos Da Unidade: 
 
 Compreender os conceitos da organização e seu histórico, evolução 
e funções. 
 Identificar o conceito da administração e seus processos, bem como 
as teorias administrativas, as ênfases e os principais enfoques. 
 
 Entender a conceituação de sistemas com o intuito de criar 
especializações relacionadas. 
 Desenvolver uma visão sistêmica da organização e o tipo de sistema 
no qual a empresa melhor se encaixa. 
 Classificar sistemas com relação ao nível gerencial que auxiliam. 
 Compreender conceitualmente metodologias e as ferramentas 
adequadas. 
 
Plano da Unidade: 
 
A Administração 
Conceitos da Função Organização, Sistemas e Métodos 
A Evolução da Função da Área de OS&M 
Teorias da Administração 
Visão Sistêmica da Organização 
As Organizações e Seus Níveis 
Bem-vindo à primeira unidade! 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
15 
 
A Administração 
 
Conjunto de princípios e normas que têm por objetivo planejar, organizar, 
dirigir, coordenar e controlar os esforços de grupos de indivíduos que se associam 
para atingir um resultado comum. (G.L. Heilborn) 
 Administrar uma Empresa é conseguir estabelecer e reunir uma série de 
condições favoráveis para que um grupo organizado de pessoas possa atingir um 
ou mais objetivos pré-determinados, visando, a cada etapa do processo 
administrativo, a melhoria da produtividade! Por que a melhoria da produtividade? 
Se o objetivo é a melhoria da produtividade, a administração seria uma mera 
reunião de condições para o desempenho de pessoas que operam uma Empresa. A 
Administração, de acordo com definição do Houaiss, é o "conjunto de normas e 
funções cujo objetivo é disciplinar os elementos de produção e submeter a 
produtividade a um controle de qualidade, para a obtenção de um resultado 
eficaz". Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, 
arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às 
técnicas de Administração. Os primeiros administradores profissionais 
(administrador contratado, que não é o dono do negócio) foram os que geriram as 
companhias de navegação inglesas a partir do século XVII. 
 Segundo Jonh W. Riegel "O êxito do desenvolvimento de executivos em 
uma empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da capacidade dos seus 
gerentes no seu papel de educadores. Cada superior assume este papel quando ele 
procura orientar e facilitar os esforços dos seus subordinados para se 
desenvolverem". 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
16 
 
A Administração é um processo eminentemente dinâmico 
 Dentro dessa visão, a Organização é uma decorrência da função 
administrar. Todo empreendimento que exige o esforço coordenado de um 
conjunto de pessoas necessita de alguma organização para ser executado, cujo 
sucesso depende da qualidade de sua administração. É o que chamamos de 
Organização como função administrativa. Outro aspecto a considerar é a 
Organização no sentido de Empresa que congrega recursos humanos e materiais, 
visando ao alcance de um objetivo. Cada Organização tem a sua própria cultura, 
suas normas, tabus, costumes e crenças. A Organização existe desde as épocas 
mais remotas, enquanto atividade contínua e permanente, uma vez que o homem 
sempre procurou, embora de forma empírica, racionalizar, aperfeiçoar e simplificar 
suas ações, para conseguir maior rendimento ou o máximo de bem-estar com o 
mínimo de esforço. Este é o princípio básico e o objetivo final da Organização. 
Histórico 
Com o avanço da Física, da Mecânica e da Matemática no século XVII, os 
homens passaram a interpretar a si próprios e a sociedade sob o prisma dos 
mesmos métodos, conceitos e suposições que tais ciências utilizavam, passando a 
rejeitar, em parte, a teologia, o misticismo e o antropomorfismo de outras formas 
de interpretação do homem e da sociedade. Surge o modelo mecânico de 
interpretação social, pelo qual se encaramas sociedades como espécie de 
máquinas complexas, cujas ações e processos podem ser analisados na ação 
recíproca das causas naturais, na possibilidade da plena identificação dos 
elementos componentes e de seus diversos inter-relacionamentos, bem como na 
previsão dos efeitos daí decorrentes. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
17 
 
O termo Organização, Sistemas e Métodos surgiu pela primeira vez nos 
Estados Unidos, através do governador do estado de New Jersey, Woodrow Wilson 
(o qual foi presidente dos Estados Unidos e um dos responsáveis pela formação das 
Nações Unidas), que advogava a ideia de que a administração era o governo em 
ação. Porém, não foi nos Estados Unidos que a ideia se disseminou. Foi na 
Inglaterra que o termo Organização e Métodos foi rapidamente incorporado às 
unidades de administração pública, que cuidavam dos processos de organização e 
racionalização dos processos de trabalho, tudo isso próximo ao início da Segunda 
Grande Guerra Mundial. Em 1950, pouco mais de 20 países já contavam com uma 
unidade de Organização e Métodos; no Brasil, a unidade de Organização e 
Métodos só aparece anos mais tarde, na estruturação do DASP (Departamento 
Administrativo do Serviço Público). Em suma, a origem do termo é norte-
americana, mas a função tomou corpo mesmo foi na Inglaterra e em outros países 
da Europa, vindo a ocupar espaço nas organizações brasileiras por volta de 1955. 
Tudo se inicia na Administração Pública; na empresa privada, a assimilação só 
ocorreu após o surgimento da Administração Pública. 
Breve histórico da evolução empresarial 
 Sempre existiram formas de trabalhos organizadas e dirigidas. Contudo 
as empresas desenvolveram-se de forma lenta até a revolução industrial. Muitos 
pesquisadores dividem a história empresarial em seis fases: 
 
Fase Artesanal 
 
Desde a Antiguidade até 1780, o regime de produção esteve limitado a 
artesãos e à mão-de-obra intensiva e não-qualificada, principalmente mais 
direcionada para a agricultura. O sistema de comércio era de troca por troca (trocas 
locais). 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
18 
 
Fase da Industrialização 
 
Com a revolução industrial, as empresas sofreram um processo de 
industrialização ligado às máquinas. O uso do carvão, nova fonte de energia, veio a 
permitir um enorme desenvolvimento nos países. A empresa assume um papel 
relevante no desenvolvimento das sociedades, introduzindo novas máquinas 
consoante o material que se queria produzir, como a máquina de fiar, tear, 
máquina a vapor, as locomotivas, etc. 
 
Fase de Desenvolvimento Industrial 
 
Os dois expoentes marcantes desta fase são o aço e a eletricidade. O ferro é 
substituído pelo aço como fonte básica da indústria, e o vapor é transferido pela 
eletricidade e derivados do petróleo. O desenvolvimento do motor de explosão e 
do motor elétrico estabelece uma relação entre a ciência e o avanço tecnológico 
das empresas. Isto fez com que se desse o desenvolvimento dos transportes e das 
comunicações, o que permitiu encurtar as distâncias entre diferentes áreas, o que 
permite o desenvolvimento rápido do intercâmbio comercial; 
 
Fase do Gigantismo Industrial 
 
Nesta fase, as empresas atingem enormes proporções, passando a atuar em 
operações de âmbito internacional e multinacional. Surgem os navios cada vez 
mais sofisticados e de grande porte, grandes redes ferroviárias e estradas cada vez 
mais acessíveis. O automóvel e o avião tornam-se veículos cada vez mais usuais e, 
com o aparecimento da televisão, as distâncias encurtam-se. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
19 
 
Fase Moderna 
 
Corresponde à fase do desenvolvimento científico e tecnológico das 
empresas. Cada vez é mais notório o contraste entre os países do norte e do sul, 
começando a ser classificados por países desenvolvidos (os da zona norte, mais 
avançados a nível tecnológico e empresarial) e países "em desenvolvimento" 
(países da zona do sul, menos industrializados, e mais rurais). Nos países 
desenvolvidos, começam a “circular” novos produtos (p.e. plástico, alumínio, fibras 
sintéticas, etc.). Ao petróleo e à eletricidade são incluídas novas formas de energia, 
como a nuclear e a solar. O surgimento de novas energias, como o circuito 
integrado e a informática, permitem a sofisticação da qualidade de vida. O uso de 
TV a cores, computador, comunicação por satélite e os carros permitem dinamizar 
as empresas. Existe uma relação direta entre empresa, consumo, publicidade. 
Surge cada vez mais consumidores para as tecnologias. Surge, então, a competição 
entre as empresas no intuito de satisfazer os clientes, o que leva de forma direta e 
indireta ao avanço tecnológico. Por trás deste avanço estão estudos científicos. A 
ciência cada vez fica mais ligada à empresa. 
 
Fase das Incertezas Pós – Moderna 
 
Atualmente, as empresas encontram-se em clima de turbulência. O ambiente 
externo das empresas caracteriza-se por uma complexidade e mobilidade que os 
empresários não conseguem “gerir” de forma adequada. Lutam com escassez de 
recursos e é cada vez mais difícil colocar os produtos no mercado. Existe a 
tendência da estagnação empresarial, o que não é recomendável, pois a empresa 
deve assumir-se como um sistema aberto a mudanças e inovações. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
20 
 
Conceitos da Função Organização, Sistemas e Métodos 
 
O conceito de organização dentro do campo administrativo é de gerir capital, 
recursos humanos, equipamentos e processos com o objetivo de se atingir um 
determinado resultado. 
A Organização no sentido sistêmico ou no sentido puro da atividade de OSM 
é vista como o desenvolvimento ou adequação dos sistemas funcionais da 
Empresa, de forma a capacitá-la ao desenvolvimento de suas atividades dentro dos 
conceitos de produtividade. 
Quanto ao Método, de forma mais prática, seria traduzido como a forma de 
executar os referidos sistemas com o menor dispêndio de energia e maior eficácia 
do executante. 
Os Sistemas podem ser conceituados como um conjunto de métodos, 
procedimentos e/ou técnicas, que trabalhados geram informações necessárias ao 
processo decisório da Empresa. Ele trabalha tanto as informações processadas no 
computador quanto as processadas manualmente. 
A organização é entendida como a ciência do rendimento, procurando a 
eficiência (processo) para alcançar a eficácia (resultados), através do aumento da 
produtividade, isto é, melhorando os resultados em relação aos investimentos 
realizados nos diferentes fatores de produção. Todo empreendimento que exige o 
esforço coordenado de um conjunto de pessoas necessita de alguma organização, 
que pode ser boa ou má, determinando, através de sua qualidade, o sucesso da 
iniciativa. 
Organização e Métodos é uma função da administração, assim como finanças, 
recursos humanos, material, etc. Seu início tem estrita relação com o início da 
administração tratada cientificamente ou, pelo menos, racionalmente. 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
21 
 
O termo “Organização” frequentemente tem sido empregado como sinônimo 
de arrumação, ordenação, eficiência, porém, em nosso objetivo, Organização deve 
ser entendida também como o estrutural de cargos definidos por: 
 respectivos títulos; 
 atribuições básicas; 
 responsabilidades; 
 relações formais; 
 nível de autoridade; 
 aspectos culturais. 
 
Nestes termos, podemos definir como função básica de ORGANIZAÇÃO o 
estudo cuidadoso da estrutura organizacional da empresa, para que esta seja bem 
definida e possa atender às necessidades reais e aos objetivosestabelecidos de 
forma integrada com a organização informal e as estratégias estabelecidas na 
empresa. 
 
A Evolução da Função da Área de OS&M 
 
Dentro dos princípios da Escola Clássica de Administração, o pioneirismo 
ditava o desenvolvimento dos métodos de trabalho a serem executados 
rigidamente por seus trabalhadores, dando ênfase, exclusivamente, à forma de se 
fazer o trabalho e à forma final do produto. A função da área de OSM era voltada 
para o desenvolvimento de um sistema "entre quatro paredes" para as várias 
unidades organizacionais da Empresa, nas quais cabia a implantação. A prática 
mostrou inviável esta forma de atuação uma vez que: 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
22 
 
 não havia comprometimento das unidades com o sistema 
implantado; 
 o sistema era imposto "de cima para baixo" e, não raras vezes, 
deixado de lado depois de algum tempo; 
 os empregados não se sentiam parte integrante da Empresa, uma 
vez que não eram ouvidos no desenvolvimento de sistemas que 
afetavam diretamente suas atividades; 
 depois de implantado, verificava-se que o sistema não atendia ao 
usuário, cuja visão e conhecimento específico não eram levados em 
consideração; 
 choque de poder entre as unidades, com a área de OSM sendo vista 
como impostora. 
Na atualidade, analisa-se o homem como peça fundamental do processo. 
Estuda-se o comportamento das funções e o comportamento do indivíduo. 
Assim, as normas ou métodos de trabalho deixam de ser rígidos e passam a ser 
trilhas orientadoras. Abre-se espaço para a criatividade e para as metas 
desafiadoras, jogando-se com estes mecanismos motivacionais para alcançar os 
propósitos da Organização, aliados ao desenvolvimento pessoal e profissional dos 
empregados. Atualmente é considerado ideal que os sistemas sejam desenvolvidos 
"pelas" várias unidades organizacionais usuárias, sob a atuação efetiva do princípio 
sistêmico da área de Sistemas, Organização e Métodos. Esta filosofia de atuação 
propicia, entre outros aspectos: 
 melhor entrosamento entre as unidades organizacionais usuárias de um 
sistema; 
 maior qualidade do sistema, pois os próprios usuários estarão atuando; 
 maior facilidade de implementação; 
 menor nível de resistência à aceitação do sistema, pois os usuários o 
conhecem desde o início do desenvolvimento; 
 maior nível de conhecimento e treinamento automático dos usuários do 
sistema; 
 menor custo no desenvolvimento e implementação do sistema. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
23 
 
Teorias da Administração 
 
A Escola Clássica (escola mecanicista) 
 
 Os dois principais expoentes da Escola Clássica foram Frederick Winslow 
Taylor (1854-1915) e Henri Fayol (1841-1925). Esses dois estudiosos, que também 
eram funcionários, defendiam princípios semelhantes. Taylor (Pai da Administração 
Científica), que era americano, e Henri Fayol, engenheiro francês, baseavam suas 
experiências na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram 
estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só 
deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados 
Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes 
contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios. A 
Teoria da Administração Científica (Taylor) estudava a empresa, privilegiando as 
tarefas de produção, enquanto a Teoria Clássica da Administração a estudava 
privilegiando a estrutura da organização. Ambas as teorias buscavam alcançar o 
mesmo objetivo: maior produtividade do trabalho e a busca da eficiência nas 
organizações. Se a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa 
realizada pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura 
que a organização deveria possuir para ser eficiente. A consequência destas Teorias 
foi uma redução no custo dos bens manufaturados. Aquilo que fora um luxo 
acessível apenas aos ricos, como automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-se 
disponível para as massas. Mais importante foi o fato de que tornaram possível o 
aumento dos salários, ao mesmo tempo em que reduziram o custo total dos 
produtos. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
24 
 
Princípios Básicos da Escola Clássica 
 Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de 
forma complementar aos de Taylor: 
 Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da 
hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo à eficiência da 
produção, aumentando a produtividade. 
 Autoridade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que 
teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da 
autoridade. 
 Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho 
válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na 
organização. 
 Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas 
um chefe, evitando contraordens. 
 Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação 
de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 
 Subordinação dos interesse individual (ao interesse geral) - Os 
interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses 
individuais. 
 Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos 
funcionários e da própria organização. 
 Centralização (ou Descentralização) - As atividades vitais da 
organização e sua autoridade devem ser centralizadas. 
 Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da estrutura 
hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. 
 Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar 
para cada coisa e cada coisa em seu lugar. 
 Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a 
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais. 
 Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem 
consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos 
funcionários. 
 Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um 
plano e cumpri-lo. 
 Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela 
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo 
precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
25 
 
Funções Administrativas da Escola Clássica 
– Planejar 
Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão 
alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações 
para atingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base 
diretora à operacionalização das outras funções. 
- Organizar 
É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, 
financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma, segundo o planejamento 
estabelecido. 
- Comandar 
Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que 
as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como 
administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau 
de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos 
definidos. 
- Coordernar 
 A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação 
das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas. 
- Controlar 
Controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam 
assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a 
empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a 
probabilidadede que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
26 
 
Considerações sobre a Teoria Clássica 
 Obsessão pelo comando - tendo como ótica a visão da empresa a partir 
da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do 
comando, na autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto 
como obcecado pelo comando. 
 A empresa como sistema fechado - a partir do momento em que o 
planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão 
empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como uma 
parte isolada do ambiente. 
 Manipulação dos trabalhadores - bem como a Administração Científica, 
fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam 
explorar os trabalhadores. 
Teoria da Burocracia 
A Teoria da Burocracia foi formalizada por Max Weber que, partindo da 
premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o 
agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se 
estabelece o poder nessas entidades. Construiu um modelo ideal, no qual as 
organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem 
hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem delimitadas. Assim, 
Weber cunhou a expressão burocrática para representar esse tipo ideal de 
organização, porém, ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático 
era bom ou mau. Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia 
num sentido que vai além do significado pejorativo que, por vezes, tem. Burocracia 
é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a 
burocracia precisa detalhar antecipadamente e minuciosamente como as coisas 
deverão ser feitas, mas acaba se esquecendo dos aspectos váriaveis que se devem 
ser considerados, o que, na sua negligência, acaba trazendo diversas disfunções na 
realização de ações específicas. Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes 
princípios fundamentais: 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
27 
 
 Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração 
arbitrária ao serem formalizadas por escrito. 
 Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função 
específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências. 
 Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções 
subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a 
coesão do funcionamento do sistema. 
 Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, 
limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas 
por outras; o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma 
pessoa como com outra. 
 Competência técnica e Meritocracia: a escolha dos funcionários e 
cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades, havendo 
necessidade da existência de formas de avaliação objetiva. 
 Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-
se a administrar os meios de produção; não os possuem; 
 Profissionalização dos funcionários. 
 Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários 
deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da 
organização, a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
28 
 
Disfunções da Burocracia 
 
 Internalização das regras: elas passam de "meios para os fins", ou 
seja, às regras são dadas mais importância do que às metas. 
 Excesso de formalismo e papelatório: torna os processos mais 
lentos. 
 Resistências às mudanças. 
 Despersonalização: os funcionários se conhecem pelos cargos que 
ocupam. 
 Categorização como base no processo decisorial: o que tem um 
cargo maior toma decisões, independentemente do que conhece 
sobre o assunto. 
 Superconformidade às rotinas: traz muita dificuldade de inovação 
e crescimento. 
 Exibição de poderes de autoridade e pouca comunicação dentro da 
empresa. 
 Dificuldade com os clientes: o funcionário está voltado para o 
interior da organização, torna difícil realizar as necessidades dos 
clientes tendo que seguir as normas internas. 
 A Burocracia não leva em conta a organização informal e nem a 
variabilidade humana. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
29 
 
A Escola das Relações Humanas 
 
A Teoria das Relações Humanas ou Escola das Relações Humanas é um 
conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão 
criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Essas teorias criam 
novas perspectivas para a administração, visto que busca conhecer as atividades e 
os sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o 
trabalhador era tratado pela Teoria Clássica de forma muito mecânica. Com os 
novos estudos, o foco mudou e do Homo economicus o trabalhador passou a ser 
visto como homos social. A partir daqui, começa-se a pensar na participação dos 
funcionários na tomada de decisões e na disponibilização das informações para 
eles. A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a Experiência de 
Hawthorne, realizada em uma fábrica no bairro que dá nome à pesquisa, em 
Chicago, EUA. O médico e sociólogo australiano Elton Mayo fez testes na linha de 
produção, na busca por variáveis que influenciassem, positiva ou negativamente, 
na produção. Mayo fez estudos sobre a influência da luminosidade, do trabalho em 
grupo, da qualidade do ambiente e descreveu-as afirmando que o cuidado com os 
aspectos sociais era favorável aos empresários. Com as conclusões iniciais tomadas 
a partir da Experiência de Hawthorne, novas variáveis são acrescentadas ao 
dicionário da administração: 
 a integração social e o comportamento social dos empregados; 
 as necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas 
de recompensa e sanções não-materiais; 
 o estudo de grupos informais e da chamada organização formal; 
 o despertar para as relações humanas dentro das organizações; 
 a ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do 
comportamento das pessoas; 
 a importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
30 
 
Importante : 
 
Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos (National 
Research Council) iniciou uma experiência em uma fábrica da Wester Eletric 
Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne e cuja finalidade era a de 
determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários 
medida através da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo e 
estendeu-se à fadiga, aos acidentes no trabalho, à rotatividade do pessoal 
(turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do 
pessoal. 
 
A Escola Estruturalista 
 
 A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um 
desdobramento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram 
conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações 
Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações 
com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de 
organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações. A Teoria 
Estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes dentro do conceito de que 
a organização é um sistema aberto e em constante interação com o seu meio 
ambiente. Até agora, a teoria administrativa havia se confinado nos estudos dos 
aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado. 
Quando se inclui o ambiente na estrutura sistêmica, deve-se observar o papel da 
sobrevivênciado sistema, do principal agente: o gestor. Em um sistema fechado, 
no qual o ambiente pode ser um componente (ambiente interno), o gestor pode 
causar constantes reorganizações do sistema, perpetuando desperdícios. No 
sistema aberto, com o ambiente como o entorno do sistema (ambiente externo), a 
ação do gestor pode simplesmente destruir o sistema. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
31 
 
 
A Abordagem das Contingências 
 
 A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há 
nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. 
Tudo depende. A abordagem contigencial explica que existe uma relação funcional 
entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o 
alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis 
independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes 
dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade direta 
entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a 
ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de uma relação de causa e efeito 
entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas 
(dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do 
tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização. 
A relação funcional entre as variáveis independentes e dependentes não 
implica que haja uma relação de causa-e-efeito, pois a administração é ativa e não 
passivamente dependente na prática da administração contingencial. O 
reconhecimento diagnóstico e a adaptação à situação são certamente importantes, 
porém eles não são suficientes. As relações funcionais entre as condições 
ambientais e as práticas administrativas devem ser constantemente identificadas e 
especificadas. 
 
A Administração Holística 
 
O holismo significa que o homem é um ser indivisível, que não pode ser 
entendido através de uma análise separada de suas diferentes partes. Com a 
globalização (integração do mundo, povos e cultura), compartilhamos não 
somente as oportunidades que ela oferece, mas também os problemas. E, para sua 
compreensão, exige a aplicação da teoria sistêmica na busca de uma sabedoria 
sistêmica, que bem podemos interpretar como sendo a busca de uma visão 
holística. A visão holística pode ser considerada a forma de perceber a realidade e a 
abordagem sistêmica: o primeiro nível de operacionalização desta visão. O enfoque 
sistêmico exige dos indivíduos uma nova forma de pensar: de que o conjunto não é 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
32 
 
mera soma de todas as partes, mas as partes compõem o todo, e é o todo que 
determina o comportamento das partes. Uma nova visão de mundo, que lhes 
permitirá perceber com todos os sentidos a unicidade de si mesmo e de tudo que 
os cerca. Portanto, para a empresa, o lucro deixa de ser o objetivo para se tornar 
uma consequência de todo os processos da empresa; o RH deixa de ser custo, e os 
consumidores deixam de ser receitas para se tornarem parte do todo da empresa. 
A empresa ganha uma nova visão, valorizando todos os processos e 
departamentos e tendo consciência que todos têm a sua importância e que todos 
compõem a empresa; que a empresa não é mera soma de departamentos e 
processos, mas que são eles a empresa. Traz a percepção da organização como 
uma série de processos e atividades interligadas. Uma empresa é um processo que 
contém vários processos de manufatura e/ou serviços. A Administração Holística 
tem como base que a empresa não pode mais ser vista como um conjunto de 
departamentos (departamentalização) que executam atividades isoladas, mas sim 
como um conjunto único, um sistema aberto em contínua interação. A ideia do 
holismo não é nova. Ela está subjacente a várias concepções filosóficas ao longo de 
toda a evolução do pensamento humano. O termo holismo origina-se do grego 
“holos”, que significa todo. Na concepção holística, não só as partes de cada 
sistema se encontram no todo, mas os princípios e leis que regem o todo se 
encontram em cada uma das partes, e todos os fenômenos ou eventos se 
interligam e se interpenetram, de forma global. A holística não é ciência, nem 
filosofia. Não é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um 
paradigma. Segundo Pierre Weil (1991), “a abordagem holística propõe uma 
visão não-fragmentada da realidade onde sensação, sentimento, razão e 
intuição se equilibram e se reforçam”. O pensamento holístico é profundamente 
ecológico. O indivíduo e a natureza não estão separados, formam um conjunto 
impossível de ser dissociado. É por isso que qualquer forma de agressão à natureza 
é pura e simplesmente uma forma de suicídio. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
33 
 
Diferenças entre Mecanicismo e Orgânico (Holismo) 
 
As organizações mecanicistas apresentam as seguintes características: 
 
 estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão 
de trabalho. A organização se caracteriza por ciclos de atividades 
rotinizadas que se repetem indefinidamente; 
 cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com 
atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada um executa sua tarefa 
como se fosse distinta e separada das demais; 
 centralização das decisões: tomadas somente pela cúpula da 
organização; 
 hierarquia de autoridade rígida: com pouca permeabilidade entre os 
níveis hierárquicos e autoridade baseada na posição; 
 sistemas rígido de controle: com estreita amplitude administrativa 
pela qual cada supervisor tem um número determinado de 
subordinados; 
 sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase 
sempre conduz mais ordens de cima para baixo do que dados e 
retorno de baixo para cima; 
 predomínio da interação vertical: entre superior e subordinado; 
 ênfase nas regras e nos procedimentos: formalizados por escrito e 
que servem para definir os comportamentos das pessoas; 
 ênfase nos princípios universais da administração: princípios 
funcionam como norma sobre como a empresa deve ser organizada 
e dirigida. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
34 
 
Na realidade, a organização mecanística funciona como um sistema mecânico, 
fechado, introspectivo, determinístico e racional, voltado para si mesmo e 
ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o envolver. 
 
As organizações orgânicas apresentam: 
 
 os cargos são continuamente modificados e redefinidos; 
 descentralização das decisões; 
 hierarquia flexível; 
 amplitude de comando do supervisor e extensa; 
 maior confiabilidade nas comunicações informais; 
 predomínio da interação lateral e horizontal; 
 ênfase nos princípios do bom relacionamento humano; 
 estrutura organizacional flexível e adaptável. 
 
Na realidade, as organizações orgânicas funcionam como um sistema vivo, 
aberto, complexo, extrovertido e voltado principalmente para a sua interação com 
o ambiente externo. A adaptação e o ajustamento às demandas ambientais 
provocam constantes mudanças internas na organização. Há uma espécie de 
seleção natural do tipo: sistemas mecanicistas sobrevivem em ambientes imutáveis 
e estáveis, e sistemas holísticos se adaptam bem a ambientes instáveis e 
turbulentos. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
35 
 
Visão Sistêmica da Organização 
 
Quando se fala em sistemas, a maioria das 
pessoas visualiza os sistemas de computação que 
automatizam as tarefas diárias, mas o conceito de 
sistemas é muito mais amplo. Para que se possa 
compreendê-lo, é necessário entender a evolução 
do desenvolvimentocientífico e da inteligência 
humana. A sociedade atravessa um momento de 
constantes mudanças de paradigmas tecnológico e 
histórico, caracterizado pela ocorrência de 
alterações capazes de afetar as técnicas e os 
processos de produção e, indiretamente, criar novas 
relações sociais, econômicas e políticas. 
A visão sistêmica conceitua a inter-
relação entre os conhecimentos 
existentes; nesse sentido, a 
administração de empresas pode ser 
definida dentro desse contexto para 
que ele possa ser estendido para as 
organizações. 
A abordagem sistêmica da 
administração trata de três escolas 
ideológicas principais: cibernética e 
administração, teoria matemática da 
administração e teoria de sistemas. 
Paradigma (do grego 
Parádeigma) — literalmente 
modelo — é a representação 
de um padrão a ser seguido. É 
um pressuposto filosófico, 
uma matriz, ou seja, uma 
teoria, um conhecimento que 
origina o estudo de um campo 
científico; uma realização 
científica com métodos e 
valores que são concebidos 
como modelo; uma referência 
inicial como base de modelo 
para estudos e pesquisas. 
Cibernética é uma ciência relativamente 
jovem e ainda em desenvolvimento. Foi criada 
por Norbert Wierner, na mesma onda de 
desenvolvimento em que foi concebida a 
Teoria Geral de Sistemas e o primeiro 
computador de que se teve notícia. É a ciência 
da comunicação e do controle, relativo tanto 
aos seres humanos como à máquina. A 
comunicação é que torna os sistemas 
integrados e coerentes, e o controle é que 
regula o seu comportamento. A principal área 
de estudos da cibernética são os sistemas, que 
podem ser definidos como qualquer conjunto 
de elementos dinamicamente relacionados 
entre si, formando uma atividade para atingir 
um objetivo, operando sobre as entradas e 
fornecendo saídas processadas. A definição 
dos elementos, as relações entre eles e os 
objetivos (ou propósitos) constituem os 
aspectos fundamentais da modelagem de um 
sistema. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
36 
 
Teoria de Sistemas E Seus Aspectos Básicos 
A Teoria de Sistemas estuda a organização abstrata de fenômenos, 
independente de sua formação e configuração presente. Investiga todos os 
princípios comuns a todas as entidades complexas e modelos que podem ser 
utilizados para a sua descrição. 
Essa teoria permite demonstrar o isomorfismo das várias ciências, 
possibilitando maior aproximação entre as suas fronteiras e o preenchimento dos 
espaços vazios entre elas. 
 Ela ressalta dois conceitos ligados a sistemas de considerada importância: o 
do propósito (objetivo) e o do globalismo (totalidade). 
 
Histórico da Teoria Geral de Sistemas 
 
A teoria geral de sistemas foi proposta em meados de 1950 pelo biólogo 
Ludwig von Bertalanffy (ALVAREZ, 1990). Em 1956, Ross Ashby introduziu o 
conceito na ciência cibernética. A pesquisa von Bertalanffy foi baseada numa visão 
diferente do reducionismo científico até então aplicada pela ciência convencional. 
Dizem alguns que foi uma reação contra o reducionismo e uma tentativa para criar 
a unificação científica. 
Conceitos de Sistemas 
Uma definição clássica para sistemas pode ser o conjunto estruturado ou 
ordenado de partes ou elementos que se mantêm em interação, ou seja, em ação 
recíproca, na busca da consecução de um ou de vários objetivos. Assim, um 
sistema se caracteriza, sobretudo, pela influência que cada componente exerce 
sobre os demais e pela união, que levam ao objetivo esperado. De maneira mais 
sucinta, podemos definir sistema como um conjunto de elementos 
interdependentes ou um todo organizado ou partes que interagem formando um 
todo unitário e complexo. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
37 
 
Existem sistemas que fazem parte do dia-a-dia. Por exemplo, se olhar uma 
cidade, pode-se afirmar que ela é um sistema urbano que possui interações com 
vários elementos que a compõem. São eles: 
 Sistema de transporte; 
 Sistema de água e esgoto; 
 Sistema de energia elétrica; 
 Sistema de controle de trânsito; 
 Sistema de policiamento e outros. 
 
Componentes de um Sistema 
Esquema de um sistema 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
38 
 
Objetivos 
Referem-se tanto aos objetivos dos usuários do sistema, quanto aos do próprio 
sistema, ou seja, é a finalidade para a qual o sistema foi criado. 
Entradas do Sistema 
Caracterizam-se sendo as forças que fornecem ao sistema material, a 
informação e a energia para a operação ou processo, o qual gera determinadas 
saídas do sistema que devem estar em sintonia com os objetivos estabelecidos. 
Processo de Transformação de Sistema 
Define-se como a função que possibilita a transformação de um insumo 
(entrada) em um produto, serviço ou resultado (saída). Esse processador é a 
maneira pela qual os elementos componentes interagem no sentido de produzir as 
saídas necessárias. 
Saídas do Sistema 
Correspondem ao resultado do processo de transformação. As saídas podem 
ser definidas como as finalidades para as quais se uniram objetivos, atributos e 
relações do sistema. As saídas devem ser, portanto, coerentes com os objetivos do 
sistema, visando ao processo de controle e avaliação. As saídas devem ser 
quantificáveis, de acordo com parâmetros previamente fixados. 
Controles e Avaliações de Sistema 
Observam a relação Saída X Objetivos, a fim de medir o desempenho do 
sistema de forma padronizada. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
39 
 
Retroalimentação ou Realimentação ou Feedback do Sistema 
Pode ser considerado como a reintrodução de uma saída sob a forma de 
informação. A realimentação é um instrumento de regulação retroativa ou de 
controle, em que as informações realimentadas são resultado das divergências 
verificadas entre as respostas de um sistema e os parâmetros previamente 
estabelecidos. Portanto, o objetivo do controle é reduzir as discrepâncias ao 
mínimo, bem como propiciar uma situação em que esse sistema se torne 
autorregulador. 
Ambiente de um Sistema 
Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando 
internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi iniciada pelos 
estruturalistas. Como a análise tinha abordagem de sistemas abertos, aumentou-se 
o estudo do meio ambiente como base para verificar a eficácia das organizações, 
mas nem toda a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio 
ambiente. 
O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente 
toda e qualquer organização. É constituído de um conjunto de condições 
semelhantes e são elas: tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, 
ecológicas e culturais. Abaixo, encontra-se um interessante gráfico de 
representação do sistema empresa ou organização, que mostra, inclusive, a sua 
interação com o meio em que atua. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
40 
 
A empresa como um sistema aberto e suas interações 
 
Divisões dos Sistemas 
Quanto à natureza, os sistemas podem ser considerados como abertos ou 
fechados: 
Sistemas Fechados 
Esses sistemas são aqueles que não sofrem influência do meio ambiente no 
qual estão inseridos, de tal forma que ele se alimenta dele mesmo. Não apresentam 
intercâmbio com o meio-ambiente, não influenciando nem recebendo influência 
do mesmo. Não existe, no entanto, sistema totalmente fechado, na concepção 
exata da palavra. Os autores têm assumido para este tipo de sistema tudo aquilo 
que é rigidamente determinado, ou seja, os chamados sistemas mecânicos. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
41 
 
Sistemas Abertos 
Basicamente, a teoria de sistemas afirma que estes são abertose sofrem 
interações com o ambiente onde estão inseridos. Desta forma, a interação gera 
realimentações que podem ser positivas ou negativas, criando assim uma 
autorregulação regenerativa, que, por sua vez, cria novas propriedades que podem 
ser benéficas ou maléficas para o todo independente das partes. São aqueles que 
são influenciados e influenciam o ambiente através das entradas e saídas, sejam 
elas quais forem. Trocam matéria e energia constantemente com o meio ambiente. 
 
Importante : 
 
As organizações são, de certa forma, sistema aberto, pois, muitas vezes, 
surgem as incertezas do ambiente; contudo, são capazes de se anteciparem se 
defendendo e se ajustando a elas. 
Podem ser também sistema fechado, uma vez que este nível opera 
tecnologicamente com meios racionais. É eficiente, pois nela as operações seguem 
uma rotina e procedimentos padronizados e repetitivos. 
A estrutura e o comportamento de uma organização são contingentes, porque 
eles enfrentam constrangimentos ligados as suas tecnologias e ambiente de 
tarefas. 
 
Classificação de Sistemas 
 
Os sistemas, do ponto de vista empresarial, podem ser classificados de acordo 
com a sua forma de utilização e o tipo de retorno dado ao processo de tomada de 
decisões. Sendo assim, têm-se: 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
42 
 
Sistemas Empresariais Básicos 
 
 Também conhecidos como sistemas operacionais da organização, 
mantêm as tarefas rotineiras (chão de fábrica). 
 
Sistemas de Automação de Escritório 
 
 A principal finalidade é aumentar a produtividade pessoal; uso de pacotes 
de aplicativos padrão de mercado, usados pelos trabalhadores de informação. 
 
Sistemas de Informação Gerencial (SIG) 
 
 Sistemas que oferecem um conjunto de relatórios com os dados tratados 
e expostos em formatos que auxiliam o processo gerencial. São usados para 
realimentação do planejamento operacional. 
 
Sistemas de Suporte à Decisão (SSD) 
 
 Sistemas avançados que possuem interatividade, oferecendo modelos para 
ajuda na resolução de problemas, usado pelo nível tático da organização. 
 
Sistemas de Suporte Executivo (SSE) 
 
 São sistemas que dão suporte ao desenvolvimento do planejamento 
estratégico da organização. 
 
Sistemas Especialistas 
 
 Sistemas ligados ao campo de inteligência artificial para a definição de 
cenários no processo de tomada de decisões. 
 
Sistemas de Inforamação Geográfica (GIS) 
 
 Sistemas que têm como principal finalidade a definição de dados de 
origem espacial. Utilizando GPS, auxilia as organizações em logística e tracking. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
43 
 
As Organizações e Seus Níveis 
 
As organizações se diferenciam em três níveis organizacionais: 
 
Nível Institucional ou Nível Estratégico 
É o nível mais alto de uma empresa, composto pelos diretores, proprietários, 
acionistas e é onde as decisões são tomadas, onde são traçados os objetivos a 
serem alcançados. 
 
Nível Intermediário ou Mediador 
É composto pela média administração de uma empresa e se localiza entre o 
Nível Institucional e o Nível Operacional. Seu objetivo é unir internamente estes 
dois níveis, gerenciando o comando de ações, ajustando as decisões tomadas pelos 
níveis institucionais com o que é realizado pelo nível operacional. Ao nível 
intermediário está a responsabilidade também de administrar o nível operacional, 
pois é ele que está frente a frente com as incertezas do ambiente, intervindo e 
amortecendo estes impactos a fim de não prejudicar as operações internas dentro 
do nível. 
 
Nível Operacional, Técnico ou Núcleo Técnico 
Estão ligados aos problemas básicos do dia-a-dia e é onde as tarefas e 
operações são realizadas, envolvendo os trabalhos básicos tanto relacionados com 
a produção de produtos como de serviços da organização. É um nível que 
comanda toda a operação de uma organização e é nele que se localizam máquinas, 
os equipamentos, instalações físicas, a linha de montagem, os escritórios, tendo a 
responsabilidade de assegurar o funcionamento de um sistema. Quando se 
considera a empresa como um sistema, pode-se visualizá-la como composta de 
vários subsistemas: 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
44 
 
 de coordenação das atividades para que os resultados sejam 
alcançados; 
 o decisório sobre as informações existentes, para que as ações sejam 
desencadeadas visando aos resultados a serem alcançados e o de 
realização das atividades operacionais, que vão tocar a empresa no 
seu dia-a-dia. 
Outros conceitos sobre o enfoque sistêmico empresarial 
- Equifinalidade 
Segundo esse conceito, um mesmo estado final pode ser alcançado, 
partindo de diferentes condições iniciais e por maneiras diferentes. 
- Sinergia 
Inter-relação dos elementos de tal forma que a ação em um dos 
elementos ou partes provoca a ação em cadeia nos demais, uma vez que esses 
elementos estão unidos em função de um objetivo comum. 
– Entropia 
Tendência natural ao desgaste que todos os sistemas apresentam. À medida 
que a entropia aumenta, os sistemas se decompõem e se movem para a 
desorganização e morte, existindo uma tendência para que este estado ocorra em 
função do tempo. Por outro lado, à medida que aumenta a informação, diminui a 
entropia, pois a informação é a base da configuração e da ordem organizacional. 
 A utilização da informação como ordenadora do sistema recebe o nome 
de Negentropia. Portanto, a negentropia é o antídoto para a entropia. É básico, 
nas organizações, ordenar as informações. O conhecimento da existência do 
desgaste provoca uma permanente revisão do sistema para equilibrá-lo, ocorrendo 
a homeostasia. Os sistemas abertos podem gerar entropia negativa, que mostra 
o empenho dos sistemas em se organizarem para a sobrevivência. Apesar da 
possibilidade dos sistemas empresariais poderem deter o processo entrópico, há 
um grande número de Empresas que ao longo da história deixa de existir. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
45 
 
– Interdisciplinaridade 
A Teoria Geral de Sistemas é interdisciplinar, capaz de transcender os 
problemas tecnológicos e explicar cada área com princípios gerais, bem como o 
uso de modelos, de maneira que todas as áreas da ciência possam interligar as 
descobertas com conceitos comuns a cada uma delas. 
 
Atribuições da OS&M no Contexto Empresarial - Novo Currículo para 
os Cursos de Administração 
 
O&M integra o novo currículo do curso de Administração de Empresas, sob a 
nova denominação de OSM (Organização de Sistemas e Métodos), em decorrência 
de debates promovidos pelo MEC, Universidades Públicas e Privadas, o Conselho 
Federal e os Conselhos Regionais de Administração. 
 Anteriormente, descreve-se que Organização, Sistemas e Métodos é 
uma área clássica da administração que lida com um conjunto de técnicas que têm 
como objetivo principal aperfeiçoar o funcionamento das organizações. A função 
de Organização e Métodos é reconhecida pelas siglas: O&M e OS&M 
(Organização, Sistemas e Métodos). 
Para Oliveira (2005, p. 478), a responsabilidade básica da área de Sistemas, 
Organização e Métodos é a de executar as atividades de levantamento, análise, 
elaboração e implementação de sistemas administrativos na empresa. O objetivo é 
o de criar ou aprimorar métodos de trabalho, agilizar a execução das atividades, 
eliminar atividades em duplicidade, padronizar, melhorar o controle e solucionar 
problemas, também chamados de patologias organizacionais. Segundo Cury (2005, 
p.122), a função de Organização e Métodos é uma das especializações da 
Administração que tem como objetivo a renovação organizacional. Ela modela a 
empresa, trabalhandosua estrutura (organograma), seus processos e métodos de 
trabalho. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
46 
 
A função de Organização e Métodos baseava-se originalmente na 
abordagem estruturalista da administração, composta da Teoria da Burocracia de 
Weber e na Teoria Estruturalista. Hoje a ênfase de O&M é dada pela Teoria da 
Contingência e Holismo, embora a base ainda seja a Teoria do Desenvolvimento 
Organizacional e Teoria Geral dos Sistemas. 
Profissionais 
No Brasil, a carreira de Organização e Métodos teve muito prestígio nas 
décadas de 1970 e 1980, sendo incluída no currículo mínimo do curso de 
Administração pelo Conselho Federal de Educação. Graças a isso e ao 
aumento do número de Administradores, houve um avanço significativo na gestão 
das empresas brasileiras. Paralelamente, a partir da década de 1980, a função da 
qualidade ganha prestígio e incorpora algumas das atribuições de O&M. 
Os principais cargos dos profissionais dessa área são: Analista de O&M e 
Gerente de O&M. Embora tenha sido reduzida a demanda destes profissionais, 
muitas empresas ainda os procuram como forma de obter melhorias consistentes 
em suas organizações. Outras organizações se utilizam de consultorias externas, 
cujas metodologias consistem basicamente em técnicas de O&M. 
Metodologia de Aplicação de OS&M 
A metodologia do trabalho de O&M consiste na realização de um diagnóstico 
também chamado de Análise Administrativa. Suas fases são: identificação do 
problema, coleta de dados, análise propriamente dita, elaboração de sugestões ou 
do novo sistema, treinamento, implantação e acompanhamento. 
Habilidades e conhecimentos exigidos do Analista de OS&M para a 
Organização: O profissional de Organização e Métodos é uma profissão 
regulamentada. 
 
 A lei federal é a balizadora das profissões regulamentadas, e é ela que 
define os limites de atuação dos profissionais no Brasil. No caso da profissão de 
Administrador(a), assim estabelece a Lei n°. 4769/65: 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
47 
 
Art. 2°. - A atividade profissional de Administrador será exercida, como profissional 
liberal ou não, mediante: 
 
a) pareceres, relatórios, planos, projetos, arbitragens, laudos, assessoria em geral... 
b) pesquisas, estudos, análise, interpretação, planejamento, implantação, 
coordenação e controle dos trabalhos nos campos da administração, como 
administração e seleção de pessoal, organização e métodos, administração 
financeira, bem como outros campos em que esses se desdobrem ou aos quais 
sejam conexos. 
 
Essa lei foi regulamentada pelo Decreto Federal n°. 61.934/1967: 
 
Art. 3º - A atividade profissional do Administrador, 
como profissão liberal, ou não, compreende: 
 
a) elaboração de pareceres, relatórios, planos, 
projetos, arbitragens e laudos, em que se exija a 
aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas 
de organização; 
b) pesquisas, estudos, análises, interpretação, 
planejamento, implantação, coordenação e 
controle dos trabalhos nos campos de 
administração geral, como administração e seleção 
de pessoal, organização, sistema, análise, 
métodos e programas de trabalho, 
administração financeira (...) bem como outros 
campos em que eles se desdobram ou com os 
quais sejam conexos. 
O&M é Trabalho Técnico 
A unidade de racionalização administrativa e de produção com qualidade 
varia de empresa para empresa, podendo denominar-se: Serviço de O&M, 
Coordenação de Modernização Administrativa, Departamento de Sistemas e 
Métodos, Divisão Geradora de Qualidade, Comitê de Controle de Qualidade, 
Assessoria de Organização, Métodos e Qualidade, Comitê de Qualidade, 
Departamento de Qualidade, etc. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
48 
 
Objetivos Básicos 
 Sensibilizar todos os integrantes da organização para a importância 
de participarem das ações de reestruturação, de racionalização, de 
qualidade e produtividade desenvolvidas pela empresa; de 
participarem efetivamente dos programas de melhoria contínua dos 
processos e criar outros mecanismos que possam contribuir para a 
formação de uma cultura voltada para a produtividade, a qualidade e 
os clientes internos e externos. 
 Pesquisar e estabelecer permanentemente o perfil dos clientes 
internos e externos, para favorecer medidas de ordem motivacional. 
 Participar na elaboração de planejamentos estratégicos da empresa, 
analisando as suas condições internas e externas, propondo planos 
de ação. 
 Processar a análise da estrutura organizacional, enxugando-a o 
máximo possível, redefinindo as competências das unidades, as 
atribuições dos dirigentes e os assessores. 
 Racionalizar os processos administrativos e operacionais — os 
serviços de uma maneira geral — aperfeiçoar o processo decisório, 
aumentando a produtividade e eliminando o desperdício. 
 Planejar e desenvolver programas de reestruturação, racionalização, 
produtividade, qualidade e padronização (ISO 9000/ABNT). 
 Identificar os pontos críticos da empresa, em conjunto com as 
unidades envolvidas. 
 Desenvolver campanhas para fortalecer a interação entre os clientes 
internos, propondo incentivos para estimular a iniciativa e a 
criatividade. 
 Buscar a padronização dos procedimentos, documentos e mobiliário. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
49 
 
 Estimular a criação de instrumentos de administração participativa, 
como, por exemplo, os círculos de controle de qualidade e a gerência 
compartilhada. 
 Possibilitar a troca de experiências que favoreçam ganhos de 
produtividade e qualidade entre todos os órgãos da empresa ou 
instituição. 
 Criar meios para que as informações sejam transmitidas com rapidez 
e qualidade, com um mínimo de ruído possível e otimizando o uso 
das comunicações na empresa. 
 Prestar assessoria aos executivos e orientar unidades e funcionários. 
 Despertar otimismo e segurança dos recursos humanos, ao 
transmitir-lhes novas tecnologias. 
O&M é Trabalho Pessoal 
 Por se tratar de uma função altamente especializada, requer um 
profissional do mesmo porte, com uma visão sistêmica de toda a empresa, sobre 
sua gestão de negócios e sobre mercado onde atua. 
 Como agente de mudanças, deve possuir os seguintes requisitos: 
 ser um eterno pesquisador: deve renovar suas metodologias e 
aperfeiçoar os seus conhecimentos de forma permanente, estando 
em contato com novas tecnologias, procedimentos e ferramentas de 
trabalho; 
 precisa ser versátil e possuir uma visão empresarial para poder 
contribuir com o planejamento global da empresa; 
 possuir forte capacidade de análise e síntese, principalmente para 
processar diagnósticos organizacionais; 
 ser altamente criativo, pois são exigidas cada vez mais soluções para 
os diversos problemas organizacionais; 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
50 
 
 promover a integração interdepartamental, qualificando o processo 
de trabalho e a satisfação dos operadores, colaboradores ou clientes 
internos, valendo-se de seu trânsito livre por todos os setores da 
empresa, em função das características de seu trabalho; 
 capacidade de liderança para processar negociações, como definir 
responsabilidades, conduzir entrevistas e coordenar reuniões; 
 capacidade de observar e de ouvir: estar atento aos acontecimentos 
e ter perseverança e compreensão com outros no processo de 
mudanças na empresa. 
O&M é Trabalho em Equipe Multidisciplinar 
A complexidade das dimensões empresariais exige a atuação de profissionais 
de diversas áreas, cada um contribuindo com sua especialização, como, por 
exemplo, os Engenheiros nos projetos e fabricação; os profissionais de Relações 
Públicas na comunicação e na interaçãoentre os clientes; nas situações 
comportamentais, os Psicólogos; na programação e sistemas, os profissionais da 
informática, como Analistas de Sistemas, entre outros. Todos utilizando técnicas e 
procedimentos próprios de sua profissão, conforme legislação federal. 
O&M é Desempenho de Cargos e Funções: (exemplos de situações encontradas) 
 Analista de Organização, Analista de O&M, Analista de OSM 
(estratégias e planos) 
Tem o conhecimento global da organização, profundo conhecimento técnico 
e gerencial e é capaz de realizar amplos diagnósticos e participar na definição de 
estratégias, processos e planos de ação para a empresa. Dirige departamentos; 
coordena programas (estratégias e planos: o que fazer e vender). 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
51 
 
 Analista de Processos, Analista de O&M Jr. (operações) 
É capaz de analisar os processos existentes ou criar novos, inserindo-os no 
fluxo produtivo do negócio a partir das estratégias, planos de ação e recursos da 
empresa. Pode participar na criação de novos produtos. Dirige equipes de 
reestruturação, de racionalização, de produtividade e de qualidade. Coordena 
grupos de tarefa (operações: como fazer). 
 Analista de Negócios, Analista de O&M Jr., na Informática (comércio) 
Tem conhecimento dos processos de trabalho da empresa e de seus produtos, 
conhece tendências de mercado, buscando as melhores oportunidades de 
negócio. Pode também participar da criação de novos produtos e do 
aperfeiçoamento de processos. Interage com os clientes internos e externos 
(comércio: como vender). 
 
O porte da unidade de Os&M na Estrutura Organizacional e sua posição 
ideal (Estratégica): a função de Organização e Métodos (O&M) - uma visão 
holística 
 
 Organização e métodos (O&M) é uma das funções especializadas de 
administração e uma das principais responsáveis pela modelagem da empresa, 
envolvendo, primeiramente, a institucionalização de uma infraestrutura compatível 
com os propósitos do empreendimento (= O) e, complementarmente, a definição 
e/ou redefinição dos processos e métodos de trabalho, mecanizados ou não, 
indispensáveis à efetividade organizacional (= M). 
A função de O&M, assim, tem como objetivo final a renovação organizacional, 
por meio da manipulação da empresa como sistema social, aberto, em permanente 
sintonia com as demandas de seus ambientes externo e/ou interno. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
52 
 
Denominamos tal abordagem da função O&M de visão holística por 
entendermos ser indispensável um enfoque da empresa em seu todo e não em 
suas partes — considerando que o todo representa mais do que a soma de suas 
partes —, porque a perspectiva global permite um melhor entendimento da 
empresa, de seus sistemas, de seus ambientes e da interdependência existente 
entre eles. Esse enfoque sofreu influência da obra de Steiner e Miner, na qual esses 
autores, relacionando ambiente e mudança organizacional, concluíram, entre 
outras considerações, que uma organização não funciona em apenas um, mas em 
diversificados ambientes de uma empresa e que as respostas de uma organização 
às mudanças nem sempre são óbvias. 
 
Impactos do Ambiente sobre a Política e Estratégia da Empresa (Resumo 
do Parágrafo Anterior) 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
53 
 
 Pelo exposto anteriormente, para que a função de O&M possa atingir 
sua efetividade, é fundamental sua institucionalização, dentro da empresa, de 
forma que ela tenha condições de atuar nos três cenários que compõem uma 
organização complexa, que são, respectivamente, o institucional, o dos processos 
organizacionais e dos processos e métodos de trabalho, partindo da cúpula para a 
base da organização. Conforme Quadro 1 (a seguir), se destaca a análise 
administrativa como metodologia de trabalho, ao lado dos três cenários e de seus 
principais indicadores. É fundamental que se defina a área de abrangência de O&M, 
suas atribuições e responsabilidades, sua estruturação orgânica e seus recursos, 
porque desse posicionamento político dependerá o funcionamento do órgão e 
seus resultados. 
 
A função de O&M e seus cenários de atuação nas organizações complexas. 
 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
54 
 
Grande parte das organizações brasileiras, particulares ou públicas não tem 
essa visão da função de O&M. Daí, não se lhe atribuir nem força política nem 
estrutura compatível, muito menos recursos adequados, ficando a função com um 
papel meramente auxiliar, secundário, manipulando produtos isolados, rotineiros, 
quase sempre indicadores do cenário dos processos e métodos de trabalho, isso 
quando existente o órgão na empresa. Entretanto, boa parte de empresas 
brasileiras simplesmente não tem a unidade de O&M nem afim, o que pode 
explicar, em tese, sua situação, hodiernamente, quanto aos aspectos 
administrativos e de apoio a seus órgãos técnicos. 
 
OS&M e a Interação Necessária Com O Ambiente E Com A Tecnologia da 
Informação - Empresas e Sistemas de Informação 
 
A principal função de um administrador de empresas é tomar decisões e 
definir as políticas da organização a partir dos dados gerados no seu trabalho 
diário. A imensidão de dados gerados no desenvolvimento das funções da 
organização causa certa inviabilidade no que diz respeito ao seu estudo detalhado. 
Uma organização empresarial tem como principal função gerar produtos ou 
serviços com o intuito de obter lucro. Assim, um objetivo extremamente 
importante para a sua existência é promover melhorias no seu processo de 
produção dos produtos, bens ou serviços, a fim de maximizar lucros e minimizar 
despesas e perdas. Esses objetivos a serem perseguidos somente são possíveis se a 
empresa mantiver um bom controle sobre todas as operações internas e sobre os 
relacionamentos entre elas. 
Filtrar todo esse conjunto de dados, separando apenas aquilo que é relevante 
e transformá-los em informações de qualidade para a tomada de decisões pode 
definir o sucesso ou o fracasso empresarial. 
Todas essas características podem ser obtidas se a organização possuir um 
sistema de informações bem implantado e planejado. 
Organização e Métodos em Sistemas 
 
55 
 
A identificação dos fatores envolvidos no desenvolvimento de sistemas de 
informações tem sido objeto de inúmeros estudos. Isso porque a constante 
alteração de planos econômico, social, político e fiscal, entre outros tem provocado 
a necessidade de constante evolução do conceito dos instrumentos 
organizacionais que permitam uma contínua e efetiva adaptação e gerenciamento 
das empresas. Para facilitar esse processo, é imprescindível um melhor 
entendimento da empresa, através das informações e de como elas fluem dentro 
de um ambiente. 
Por que utilizar sistemas de informação em ambientes empresariais 
 A sociedade está envolvida na concorrência global por recursos, 
mercados e receitas, seja com outras regiões, seja com outras nações, fato esse 
denominado globalização. 
 Atualmente, todas as empresas fazem o mesmo questionamento: como 
ampliar os lucros nos negócios da empresa? Esse problema pode ser resolvido por 
meio da aplicação de um processo cíclico que lhe permita formar o conhecimento 
necessário para administrar com tranquilidade e conforto financeiro. Assim, a 
maneira mais prática e rápida de formar esse conhecimento é implantar os 
seguintes procedimentos de: 
 validação e criação de indicadores da situação do negócio; 
 desenvolvimento de ferramentas de acesso e visualização de informações 
relevantes; 
 busca de informações que existem dentro e fora de sua organização, 
procurando envolver todas as áreas que se relacionam com sua atividade

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