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As funções das entrevistas preliminares

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As funções das entrevistas preliminares 
E visto no capitulo que Freud usava as primeiras sessões na analise para que a transferência seja estabelecida uma forma de liga o paciente ao analista é mostrando no capitulo que essa junção é fundamental, para que comece a analise dita. E Lacan estabelecer isso com mais forca mostrando que as entrevistas preliminares são a porta de entrada para analise em que a associação livre que estabelecer essa relação como á analise podemos vê em seu texto em seu texto “O início do tratamento”, Freud diz ter o hábito de praticar o que chama de tratamento de ensaio: tratamento psicanalítico de uma ou duas semanas antes do começo da análise propriamente dita. Isto serviria, segundo ele, para evitar a interrupção da análise após um certo tempo. Freud não especifica, porém, por que esse tratamento se interromperia. Veremos mais adiante que sua continuação está absolutamente conectada à questão da transferência. Nesse mesmo texto, Freud anuncia que a primeira meta da análise é a de ligar o paciente ao seu tratamento e à pessoa do analista, sendo mais explícito em relação a pelo menos uma função desse tratamento em A expressão entrevistas preliminar corresponde em Lacan ao tratamento de ensaio em Freud. Essa expressão indica que existe um limiar, uma porta de entrada na análise totalmente distinta da porta de entrada do consultório do analista. Trata-se de um tempo de trabalho prévio, à análise propriamente dita, cuja entrada é concebida não como continuidade, e sim como o próprio nome tratamento de ensaio parece sugerir como uma descontinuidade, um corte em relação ao que era anterior e preliminar. Esse corte corresponde a atravessar o umbral dos preliminares para entrar no discurso analítico. Na prática depreendemos, no entanto, que nem sempre é possível demarcar nitidamente esse umbral da análise. Isto ocorre porque tanto nas entrevistas preliminares quanto na própria análise o que está jogo é a associação livre. A associação livre mantém a identificação das entrevistas preliminares com a análise, entrevistas podem ser demarcadas em três funções em o sintoma a relação de transferência e o diagnostico . 
 	
O divã ético
 No capitulo e analisado a importância do divã e sua função que passou de um lugar de colocar as ideias em ordem tira o foco do analista para um uma ferramenta importante. Para Freud o divã era uma ferramenta para colocar o paciente para refletir e relaxar e tira o foco do olhar do analista que pode ser intimidador e que algo que dito poderia ser censurado nesse olhar, Lacan colocou tal ferramenta com mudança desse discurso trazido nas primeiras entrevistas preliminares. Tornando assim o divã como um instrumento com mais valia na analise como vemos no trecho O divã, essa peça do mobiliário, tornou-se há muito símbolo de uma psicanálise, ou até mesmo d’A psicanálise. Como significante, ele representa para o Outro social o psicanalista, qualificado de herdeiro de Freud. Até hoje, os freudianos continuam fazendo seus analisastes deitar: Lacan não tirou o divã do dispositivo analítico. Para a IPA,trata-se de uma norma padronizada da cura-padrão, a outra norma sendo a imposição da duração de pelo menos quarenta e cinco minuto por sessão, sem mencionar a regulamentação da frequência das sessões por semana.Com Lacan, varre-se a padronização — o setting analítico é rompido para que o analista possa manejar a sessão de acordo com a única regra imposta ao analisaste: a associação livre. Contudo, Lacan condição do divã bem como as entrevistas preliminares: duas condições intimamente ligadas, uma vez que a indicação do divã pontua o fim dessas entrevistas, marcando a entrada em análise. O fato de indicara os pacientes que devem deitar será um procedimento meramente técnico? É o que pode parecer à primeira vista. No entanto, com o retorno o Freud promulgado por Lacan, aprendemos que esse retorno é orientado: trata-se de buscar o fundamento ético a todo e qualquer procedimento técnico para remetê-lo à estrutura em causa. O divã tampouco deve escapar a isso. divã no que tange à relação da fala com as imagens que desfilam diante do sujeito durante a sessão Esse palco de faz-de-conta é um“lugar a que podemos apelar para evitar a recíproca, para fantasiar a passagem ao ato e interpretá-la por antecipação ao invés de proibi-la, para afastar as sombras do passado e transformá-las em imagens visíveis, para negociar as tensões da transferência, pois se trata sempre de devolver ao paciente, de forma enriquecida, o que ele projetou em nós”. Por não ter à sua disposição a categoria do simbólico para lidar com o conceito de transferência, situando a experiência analítica no campo da linguagem, a autora se perde e se emaranha ainda mais no imaginário ao tentar dele escapar por uma medida técnica: mexendo no divã.
 Que tempo para a análise?
 E visto essa relação entre o tempo de sessão em que Freud não colocar tal importância mas Lacan colocar a analise em um lugar que o tempo cronológico não tem relevância mas sim material psíquico o momento que ele é apresentado para o analista através do discurso do paciente mostrando assim que o momento dessa apresentação e o mais importante e que o tempo cronológico não define á analise. Como e visto nessa parte do capitulo. Em “O Início do tratamento”, qual é a posição de Freud sobreo tempo da sessão? Ele relata que planificava as sessões, fixando seu número (seis vezes por semana, menos domingos e feriados), o horário e a duração de uma hora. Cada analisante teria, assim, uma hora diária de sessão, da qual poderia dispor como quisesse, viesse ou não à sessão. Apesar de Freud frisar que se tratava de regras que lhe convinham, elas foram erigidas em normas de padronização pela IPA que fez, entretanto, algumas correções convenientes do tipo: no mínimo três vezes por semana (em vez das seis vezes semanais) e uma redução no tempo de sessão, que passou de 60 para 50 minutos, sem que nunca fosse feita qualquer justificativa para essa modificação. Assim, o analista passou a ser um delegado da instituição à qual se submete. Desde 1953, essa obsessionalização para Lacan O corte da sessão já é em si uma forma de interpretação, interpretação em ato, que vai decidir do sentido. “A suspensão da sessão, diz Lacan, não pode ser indiferente à trama do discurso e vem desempenhar na sessão o papel de uma escansão, que tem todo o valor de uma intervenção para precipitar momentos concludentes”. “Essa escansão, no meio psicanalítico lacaniano, veio a ser sinônimo de corte, não se confundindo, no entanto, com ele”. Escansão é um termo da análise poética que significa pontuar, sublinhar, ritmar, pronunciar destacando as sílabas os grupos de palavra. Veremos mais adiante como é importante que esse corte tenha uma estrutura de escansão.
Capital e libido .
	
libido é definida por Freud como energia, como a grandeza quantitativa apesar de incomensurável das pulsões que se referem tudo o que podemos entender sob o nome de amor; é a “manifestação dinâmica na vida psíquica da pulsão sexual”.Essa definição de Freu d vai além de sua definição anterior, proposta a partir de Introdução ao Narcisismo, que se refere à partição da libido em libido do ego e libido de objeto. Ela concerne explicitamente à pulsão indo além de sua concepção meta psicológica, ou seja, sua representação no inconsciente. Na Metapsicologia, Freud desvela que no inconsciente só se encontrada pulsão aVorstellungsrepräsentanz, o representante representativo da pulsão, o que da pulsão é da ordem do significante, tal como se pode ler no matema da pulsão o ($D) onde (D) se refere aos significantes das demandas orais, anais, etc. relativos às pulsões correspondentes. Mas a grandeza quantitativa da pulsão que é a libido não tem representação no inconsciente. A libido é o que se apreende em sua “manifestação dinâmica”como Befidrigung(a satisfação) — satisfação que aparece tanto no sonho como no sintoma bem como, em seu clímax, na própria alucinação, trazendo paradoxalmentedesprazer ao sujeito. A satisfação da pulsão entendida como satisfação plena, e que a extinguiria ao atingir seu objetivo, é impossível, pois o objeto que poderia satisfazê-la é perdido desde e para sempre. A pulsão só pode satisfazer-se parcialmente a nível sexual. Devido a essa impossibilidade, a pulsão encontra derivações(denominadas por Freud de vicissitudes ou destinos) ordenadas pela rede de significantes que constitui o conjunto dos representantes da representação da pulsão no inconsciente. Daí a pulsão se satisfazer, por exemplo, no sintoma, no sonho, na sublimação. Essa característica da plasticidade da pulsão faz com que Lacan a denomine deriva no sentido de derivativo da satisfação sexual direta e também no sentido de estará deriva. O gozo é o conceito que Lacan propõe para abranger os conceitos freudianos de libido e Befidrigung que não têm representação inconsciente. A pulsão sexual tem, portanto, dois aspectos: sua representação inconsciente e sua manifestação dinâmica, ou seja, a libido, que Freud, indo contra Jung, sempre considerou em sua natureza sexual.
O ato psicanalítico e o fim de análise.
Para Freud, toda análise é terapêutica, tanto para aquele que quer se curar de algo quanto para aquele que se propõe a ser analista. A distinção, portanto, entre analistas-terapeutas e analistas-didatas, análise e análise didática, em uso nas sociedades epistas e similares, merece serinterrogada. Para Lacan, toda análise é didática quando levada a seu término, pois ela produz um analista. Neste capítulo, propomos a hipótese de que o modo de o analisante sair da análise determinará seu modo de agir quando analista, sendo necessário, portanto, articular a doutrina do final de análise com a do ato psicanalítico. qual está subordinado. O dispositivo freudiano da associação livre é o que responde ao estatuto do inconsciente, estruturado como uma linguagem, impondo ao analisante a tarefa da decifração do saber inconsciente, sustentada, na transferência, pelo analista. nesse capitulo visto que o fim da analise é um ato feito pelo paciente em que ele troca de posição e torna um analista, tornado o seu analista um professor mostrando sua importância , O que está em jogo na travessia da fantasia no final da análise é a perda do ser de toda sua substância de objeto. O fim de análise deve permitir ao sujeito renunciar ao que lhe dava a impressão em sua fantasia de lhe oferecer esse complemento de ser.

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