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PROJETO DE ENSINO

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
ELOANA DE ALMEIDA VIEIRA
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
VITÓRIA
2017
ELOANA DE ALMEIDA VIEIRA
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo. 
Orientador: Prof Diego Barboza Prestes, Profª.Lilian Gavioli de Jesus e Profª Natalia Gomes dos Santos
VITÓRIA
2017
VIEIRA, Eloana de Almeida do(s) autor (es).O Lúdico na Educação Infantil e no 1° ano do ensino fundamental. Trabalho de conclusão de curso. 34 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) –. Universidade Norte do Paraná, Vitória, 2017.
RESUMO
 O projeto de ensino elaborado tem como tema o lúdico: o brincar na educação infantil e no 1° ano do ensino fundamental, onde o brincar é a principal linha de pesquisa, pois a brincadeira faz parte da vida da criança, sendo parte importante da construção cognitiva da mesma e quando a escola começa a fazer parte da vida dela, essa parte tão importante para seu desenvolvimento tem que acompanha- lá e continuar a fazer parte da vida dela como instrumento essencial para construção do saber, mas muitas vezes não é usada de forma a trazer um aprendizado significante e só é permitido na hora do intervalo sem um objetivo específico para agregar conhecimento. O objetivo desse projeto é fazer do brincar base para o aprendizado, desenvolver o convívio social, respeitar a natureza da criança entre outras que favoreçam a educação. Os conteúdos abordados são linguagem oral e escrita, matemática, ensino da natureza e sociedade, música e artes. As atividades se desenvolverão no 2º semestre, sendo uma vez por semana, com recursos recicláveis, jogos, brinquedos e material escolar e a avaliação consiste em um portfólio para comparação dos resultados com o bimestre anterior. O referencial teórico baseia-se na construção do conhecimento, físico, cognitivo e social através de conceitos lúdicos, incluindo jogos, brinquedos e brincadeiras na educação infantil, reforçada teoricamente por autores como: Piaget: trabalha com o jogo pela assimilação ou acomodação, Vygotsky que vê no jogo a possibilidade de sempre estar numa zona pela busca do novo, Kishimoto que todo material pode ter o seu valor lúdico.
Palavras-chave: Lúdico. Escola. Jogos. Socialização. Criança.
SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................. 5
2. Revisão Bibliográfica..................................................................................7
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino................................22
3.1.Tema e linha de pesquisa........................................................................22
3.2. Justificativa..............................................................................................23
3.3. Problematização......................................................................................24
3.4. Objetivos..................................................................................................25
3.5. Conteúdos...............................................................................................25
3.6. Processo de desenvolvimento.................................................................27
3.7. Tempo para a realização do projeto........................................................28
3.8. Recursos humanos e materiais...............................................................29
3.9. Avaliação.................................................................................................30
4. Considerações Finais.................................................................................32
5. Referências................................................................................................33
INTRODUÇÃO
 O presente projeto tem por objetivo apresentar algumas constatações e problematizações que envolvem o tema lúdico na construção das aprendizagens de crianças da Educação Infantil e no 1º ano do ensino fundamental.
 O tema foi escolhido por acreditar-se que na infância o brincar é intrínseco à constituição do ser criança. Através do brincar os pequenos são capazes de criar e vencer seus próprios limites e construir suas próprias aprendizagens. Os jogos e brincadeiras auxiliam a criança no processo de pensar, imaginar, criar e se relacionar com os demais. 
 Na brincadeira a criança se solta, deixa sua liberdade e sua criatividade fluírem podendo assim descobrir-se como pessoa. Isso, porém, ocorre de forma sistematizada, quando há a participação do professor como mediador do processo, dialogando com a criança e criando situações de jogos e brincadeiras que mobilizam saberes e promovem a construção de novas aprendizagens.
 A ludicidade (com jogos e brincadeiras) deve fazer parte do cotidiano das crianças da educação infantil e do 1° ano do ensino fundamental. Através deles, a criança pode estimular o desenvolvimento do seu raciocínio lógico, da cooperação, criatividade, coordenação, imaginação e socialização. Através do lúdico pode-se oportunizar aos alunos aprenderem a respeitar regras, discutir, inventar, criar e transformar o mundo onde estão inseridos. Isso porque o jogo constitui-se em uma atividade organizada por um sistema de regras, na qual se pode ganhar ou perder. 
 Partindo destas ideias, buscou-se realizar este projeto com o objetivo de verificar como são trabalhados os jogos e brincadeiras na educação infantil. Especificamente, objetivou-se investigar a relevância do lúdico no desenvolvimento da criatividade, do equilíbrio, da coordenação e da comunicação dos alunos. A efetivação do estudo deu-se por meio de observações realizadas durante os estágios supervisionados.
 Desse modo, ao elaborar o presente projeto, buscou-se saber qual seria o melhor meio de introduzir o lúdico no cotidiano da Educação Infantil e no processo de aprendizagem. Para isso, foi necessário conhecer a realidade dos educandos e propor atividades que despertassem seu interesse e suas aprendizagens.
 A escrita deste projeto foi organizada inicialmente pela apresentação dos encaminhamentos metodológicos que conduziram a pesquisa,elaboração, construção seguidos pela fundamentação teórica na qual foram embasadas algumas ideias e constatações. Posteriormente foram trazidas as análises das observações realizadas e também das contribuições dos professores, direção da escola e alunos. Finalizando, apresentam-se as considerações que retomam a questão que originou esta proposta buscando respondê-la a partir da realização do respectivo projeto.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. A Infância e as Brincadeiras
 Para iniciarmos o seguinte estudo buscam-se as contribuições de Piaget (1973), onde o mesmo desta que se verifica o desenvolvimento humano que se realiza através de estágio, de fases, na mesma ordem para todos os indivíduos que possuem o mesmo desenvolvimento normal, e passam por essas fases, podendo até mesmo variar as idades.
 Na atualidade as atividades lúdicas são usadas por toda a sociedade, porém antes do século XVI essas atividades não eram vista, logo porque a criança não era valorizada, a tinham como um adulto em miniatura. Sobre isso ÁRIES (1978) enfoca que no século XVII a arte Medieval não conhecia a infância, pelo fato de que não existia lugar para a criança naquele período. As crianças não tinham sua própria identidade e tudo que faziam era viver a vida de um adulto, não existiam brinquedos nem brincadeiras, a elas atribuídas.
 No catolicismo, as atividades lúdicas eram consideradas ociosas e geradoras de desvios. Também no período da revolução industrial as brincadeiraseram tidas como mero ócio, banal, mesmo porque não se tinham tempo para as brincadeiras, pois o trabalho era incessante, para as pessoas desse período o lazer, as atividades lúdicas eram uma fonte de pecado e perda da salvação. Daí se percebe a visão do ser humano na antiguidade, em relação ludicidade.
 Porém com o passar dos anos essa visão foi mudando, “nasce um sentimento de infância, a preocupação com o pudor e o cuidado em não corromper a inocência infantil”, como salienta Aranha (1996 p 60). E nessa mudança os jogos e as brincadeiras, passam a fazer parte do cotidiano infantil. E no que se refere às atividades lúdicas no enfoque educacional ainda não faz jus a sua real finalidade.
 Porém, a partir da Antiguidade, os educadores começaram a trabalhar com as atividades lúdicas, no entanto, apenas na recreação, pois não viam no brinquedo, um objeto educativo. Na Grécia, essas atividades eram usadas pelos filósofos gregos para ajudar os seus aprendizes em suas tarefas diárias, diante disso pode-se perceber que o lúdico é uma ferramenta importante na educação, no que se refere a criatividade que cada criança apresenta quando brinca, o lúdico proporciona ao educando sentimento de satisfação, prazer, e ajuda-o o no desenvolvimento do seu eu interior, da memorização dos fatos, em testes cognitivos. Também, é essencial para a saúde mental e física, é fundamental na sociedade e na família.
 As atividades lúdicas vêm sendo usado por muitos educadores, como uma forma de atividade educacional, na melhora do ensino e aprendizagem, mas qual o real significado desta palavra que ainda hoje existe pessoas que não a conhecem. De acordo com Johan Huizinga (2000, p.33), o jogo é:
Uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em se mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da “vida quotidiana”. Diante desta definição, é percebido que o jogo é de livre escolha, podendo ser usado por adultos e crianças, mas com regras a serem seguidas, crianças com jogos infantis e adultos com jogos a que ele seja atribuído, e sendo usados por ambos como uma fuga da realidade temporariamente, porém que traz prazer a quem joga, no entanto o jogador deve ter certos limites, não devendo usá-los de maneira inadequada, como apostas. 
 Na educação as atividades lúdicas facilitam o processo de ensino/aprendizagem, e quem as aplica, no caso o educador deve ser o mediar essa inclusão usando a de forma adequada. Sobre esse assunto, Nóvoa (1991) afirma que não é possível construir um conhecimento pedagógico para além dos professores, isto é, que ignore as dimensões pessoais e profissionais do trabalho docente. Mas isso, não quer dizer que o educador seja o único responsável pelas ações educativas, no entanto, é um dos responsáveis pelo sucesso da ação. Neste sentido, Kishimoto (2008) defende a idéia de que a brincadeira é o lúdico em ação, e que a brincadeira deixa de ser coisa de criança e passa a se constituir em coisa séria, digna de fazer parte dos recursos didáticos. E é nesse ponto que a escola entra como bojo, como alicerce, para a realização da ludicidade, de forma que não seja nem apenas o brincar em ação, mas passe a ser uma diretriz para transformação do ato de brincar. 
 As atividades lúdicas ajudam na motricidade da criança, e segundo Weiss (1997), através do brinquedo a criança inicia sua entrada na sociedade, aprende a conviver com os outros e se situar no mundo, a criança se exercita, desenvolve seu lado emocional e afetivo, bem como algumas áreas do domínio cognitivo, como a capacidade de síntese. Esta atividade promove aprendizagem, seja dentro ou fora da escola, e enquanto a criança brinca, aprende de forma prazerosa, o que antes era difícil, e possibilita ao educador um ambiente de prazer, pois a criança passa a gostar do método usado e deixa de badernas inconsequentes em sala de aula. Para isso, o Referencial l Curricular Nacional (1998), da Educação Infantil, deixa de forma sucinta que o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. A partir disso, porque muitos educadores nem mesmo conhecem o significado da palavra lúdico, já os PCNs demonstram a importância da ludicidade, quando aborda que a criança se desenvolve a partir do jogo. 
 De acordo com Santos (2000) os profissionais de educação e os pais necessitam ter clareza do real significado dos brinquedos e/ou jogos que são necessários para as crianças, e saibam que eles são de grande contribuição no desenvolvimento das habilidades, do aprender e brincar. Mas para isso é necessário que tanto a família quanto os locais que cuidam de crianças desenvolvam maneiras propicias, que possibilite a aplicação de métodos educativos que chamem a atenção da criança e que ela se sinta atraída por eles.
 Se os profissionais tivessem consciência da finalidade que o brincar é, trabalhariam mais usando esse método, pois, segundo Neves (2002) a criança ou mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e a forma de ensino, porque ela não é lúdica, não da nenhum prazer abordam que a criança se desenvolve a partir do jogo. 
 Santos (1997) e Kishimoto (1999) afirmam que, a formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades, desbloquearem resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida das crianças, do jovem e do adulto. No entanto, muitos educadores nem se quer sabem a respeito da ludicidade e ficam estagnados numa pedagogia reprodutora de conhecimento, porém muitos educadores procuram nas atividades lúdicas subsídio necessário para a prática pedagógica ideal.
2.2 O Desenvolvimento da Criança de 0 A 2 Anos
 No Brasil, a educação infantil, etapa inicial da educação básica, atende crianças de zero a cinco anos. Na primeira fase de desenvolvimento, do zero aos três, as criança são atendidas nas creches ou instituições equivalentes. A partir daí até completar seis anos, frequentam as pré-escolas. Na primeira fase de desenvolvimento, compreendida entre os zero e os três anos, as crianças são atendidas nas creches ou instituições equivalentes Ampliar (WWW.BRASIL.GOV.BR, 2013)
 Na primeira fase de desenvolvimento, compreendida entre os zero e os três anos, as crianças são atendidas nas creches ou instituições equivalentes (ibidem, 2013)
 Esta organização reflete uma mudança de concepção acerca das creches. Em vez de serem consideradas como ação de assistência social ou de apoio às mulheres trabalhadoras, estas instituições passam a fazer parte de um percurso educativo que deve se articular com os outros níveis de ensino formal e se estender por toda a vida. (WWW.BRASIL.GOV.BR, 2013)
 Mas a primeira etapa deste percurso orienta-se não para conteúdos ou o conhecimento formal. Antes de tudo, a educação infantil deve atuar sobre dois eixos fundamentais: a interação e a brincadeira. A proposta pedagógica e as atividades devem considerar estes eixos.(ibidem, 2013)
 O ambiente escolar também deve refletir esta preocupação. A indicação é que o espaço seja dinâmico, vivo, “brincável”, explorável, transformável e acessível para todos. (ibidem, 2013)
 Não há uma regulamentação específica sobre como devem funcionar as creches, valendo para elas as mesmas diretrizes da segunda etapa da educação infantil. No entanto, a legislação diz que a matrícula só é obrigatória a partir dos quatro anos. Antes disso, a frequência à creche é uma escolha da família e uma oportunidade garantida pelo Estado. Entretanto, o ECA garante que o Estado pode ser acionado judicialmente caso não atenda a demanda existente. (WWW.BRASIL.GOV.BR, 2013)
 As creches estão vinculadas às normas educacionais do sistema de ensino ao qual pertencem. Devem contar com a presença de profissionaisda educação em seus quadros de pessoal e estão sujeitas à supervisão pedagógica do órgão responsável pela administração da educação.
“O desenvolvimento é a busca do equilíbrio superior, como processo de equilíbrio constante”. “Através desse processo surgem novas estruturas de pensamento, novas formas de conhecimento, mas mesmo assim, as funções do desenvolvimento serão as mesmas”. (PIAGET, 1973)
 Para Piaget (1999), o desenvolvimento psíquico do ser humano se inicia desde o nascimento e, na fase adulta, se estabiliza. “Para melhor entender esse processo, pode-se comparar o crescimento orgânico da criança, que se encontra em evolução chegando a atingir o nível estável na sua fase adulta”. 
2.3 O Período Sensório Motor 
 Na fase de zero a dois (0 a 2) anos, a criança conquista o mundo por meio da percepção e dos movimentos, o recém-nascido reduz-se ao exercício dos reflexos. O seu desenvolvimento é acelerado dando suporte para as suas novas 18 habilidades motoras como, por exemplo: pegar, andar, olhar, apontar entre outros. Ao decorrer desse estágio, os reflexos podem ser progressivamente substituídos pelos esquemas e somados aos símbolos lúdicos. (PIAGET, 1973)
 Desse modo, a criança começa a diferenciação entre o seu eu e o mundo e isso ocorre também no aspecto afetivo, ou seja, o bebê passa das emoções primárias para a escolha efetiva dos objetos, manifestando sua preferência. (ibidem, 1973)
 Ao mesmo tempo a criança aprende a organizar suas atividades em relação ao ambiente, conseguindo isso, passa a organizar as informações recebidas dos sentidos e, com isso, a aprendizagem vai progredindo com acertos e erros na tentativa de resolver os problemas. (PIAGET, 1973). 
 De acordo com Piaget (1973) “o período sensório motor é relacionado ao desenvolvimento mental que é iniciado a partir da capacidade de reflexo da criança e vai até quando a criança inicia a sua própria linguagem ou outros meios simbólicos para representar o mundo pela primeira vez”. 
 As emoções das crianças funcionam como um canal importante para o contato com os adultos, tanto pelo toque corporal, mudança no tom de voz e nas expressões faciais, assim dando sentido ao processo de aprendizagem. (ibidem, 1973) A criança imita os adultos e assim vai criando suas próprias reações como: balançando o corpinho e batendo palminhas etc. Logo que a criança começa aprender a andar se movendo de um lado para o outro sem rumo específico, ela começa a amadurecer o sistema nervoso e aperfeiçoando seu andar se tornando mais segura e instável. (ibidem, 1973)
 Com o passar do tempo, ela vai adquirindo sua própria confiança. A criança nessa fase é curiosa, sem se preocupar com o objeto. Para ela, tanto faz pegar uma xícara como um copo, isso não faz diferença. (PIAGET, 1973). 
 No aparecimento da função simbólica, no final do segundo ano de vida, tem entre outras consequências a possibilidade de ações características da inteligência sensório-motor podendo converter-se em elemento de aprendizagem da criança. (ibidem, 1973)
 Há situações em que ela revive uma cena e imita com gesto como levantando os braços, pondo as mãos em posição de reza ou mesmo balançando a cabeça quando não quer algo oferecido por um adulto. (PIAGET, 1973)
 No plano da consciência corporal, nessa idade (0 a 2 anos), a criança começa a reconhecer, ou seja, a conhecer a imagem do seu próprio corpo. O que ocorre geralmente com a criança por meio das interações sociais e das brincadeiras que geralmente ocorrem diante do espelho. Nessa fase a criança aprende a reconhecer suas próprias características físicas, o que é fundamental para construção da identidade da criança. (PIAGET, 1973).
Conceito de jogo
 Kishimoto (1993, p. 15) afirma: Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular, os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social”.
 Kishimoto (2001) fala que o jogo pode ser visto como um objeto, uma atividade que possui um sistema de regras a ser obedecido pelos participantes e que distinguem uma modalidade de outra, também pode ser apenas um vocábulo usado no cotidiano para designar algo dentro de um determinado contexto social. 
 Dessa forma pode-se compreender o jogo: diferenciando significados atribuídos a ele por culturas diferentes, pelas regras ou pela situação imaginária que possibilita a delimitação das ações em função das regras e pelos objetos que o caracterizam. 
 Ao trazer esses sentidos para o termo jogo ela esclarece cada um deles e diz que no primeiro sentido “[...] enquanto fato social, o jogo assume a imagem e o sentido que cada sociedade lhe atribui.” (KISHIMOTO, 2001, p.17). Por conta disso, o termo jogo pode possuir significados distintos, de acordo com a cultura e a época. O segundo sentido se refere ao sistema de regras característica de cada jogo, na qual é possível distingui-lo dos demais. O terceiro trata o jogo como o objeto que o materializa, pois alguns jogos não podem acontecer sem um determinado objeto.
A Importância dos Jogos para Crianças de 0 a 2 Anos
 Piaget (1978, p. 119) trata dos jogos infantis como meio pelo qual as crianças começam a interagir consigo mesmas e com o mundo externo, e chega a afirmar que “tudo é jogo durante os primeiros meses de existência, à parte algumas exceções, apenas, como a nutrição ou certas emoções como medo e a cólera.”
 Do nascimento até cerca de dois anos, as crianças estão na fase sensório motora, de acordo com Piaget (1978, p.120), o que prevalece são os jogos de exercício que se constituem como exercícios adaptativos, onde a criança explora o mundo para conhecê-lo e para desenvolver seu próprio corpo e depois de ter aprendido ela começa a fazê-los por puro prazer. Esse período se caracteriza pelo desenvolvimento pelas ações, nele existe uma inteligência prática e um esforço de compreensão das situações através das percepções e do movimento. Quando ela refaz por prazer tem início às primeiras manifestações lúdicas, de forma que ele chega a dizer que “por outras palavras, um esquema jamais é por si mesmo lúdico, ou não-lúdico, e o seu caráter de jogo só provém do contexto ou do funcionamento atual”.
 Para Antunes (2004, p.31), “brincando a criança desenvolve a imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e, na medida em que assume múltiplos aspectos, fecunda competências cognitivas e interativas”. Nesse sentido, quando a criança brinca, ela esta exercitando aquilo que vivencia na sua realidade, se vive numa ambiente acolhedor, com carinho, ela retratará isso nas brincadeiras, se vive em um ambiente de confusão, de conflitos, essas ações também serão vivenciadas em suas brincadeiras.
 Segundo Vygotsky (1994), a aprendizagem precede o desenvolvimento. Nesse sentido, precisa compreender que a criança sempre esta aprendendo, antes de desenvolver suas habilidades e capacidades, e nesse processo de construção do conhecimento ela vai desenvolvendo o que vai aprendendo.
 Piaget (1998) afirmava que os jogos são essenciais na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
O Que São Brincadeiras?
 Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. (RCNEI, 2008, vol 1)
 A brincadeira é uma linguagem infantilque mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. (RCNEI, 2008, vol 1)
 Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. (ibidem, 2008)
 Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada. Isso significa que uma criança que, por exemplo, bate ritmicamente com os pés no chão e imagina-se cavalgando um cavalo, está orientando sua ação pelo significado da situação e por uma atitude mental e não somente pela percepção imediata dos objetos e situações.
 No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando. (RCNEI, 2008, vol 1) O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. 
 Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. (RCNEI, 2008, vol. 1) A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de constituição infantil. (ibidem, 2008)
 Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. (RCNEI, 2008, vol 1)
 Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros etc. (RCNEI, 2008, vol. 1). A fonte de seus conhecimentos é múltipla, mas estes se encontram, ainda, fragmentados. É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações. (ibidem, 2008)
O Professor e as Brincadeiras
 Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus companheiros e os papéis que irão assumir no interior de um determinado tema e enredo, cujos desenvolvimentos dependem unicamente da vontade de quem brinca. Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos. (RCNEI, 2008, vol 1)
 O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. (ibidem, 2008) Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. (RCNEI, 2008, vol 1) 
 Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam, brincar de faz de conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras. As brincadeiras de faz de conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica. (RCNEI, 2008, vol 1) 
 Para Froebel (2008, p.47): “[...] as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem”. É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. 
 Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. (RCNEI, 2008, vol 1)
 Kishimoto (2010, p. 27); “Quando brinca, a criança toma certa distancia da vida cotidiana e entra no mundo imaginário”. Winnicott, (1982, p. 163) diz: “A criança adquire experiência brincadeira. A brincadeira é uma parcela importante da sua vida. As experiências tanto externas como internas podem ser férteis para o adulto, mas para a criança essa riqueza encontra- se principalmente na brincadeira e na fantasia”.
 A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativo e organizacional infantil. (RCNEI, 2008, vol 1)
 Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. (RCNEI, 2008, vol 1) 
 É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. (ibidem, 2008)
 Nessa perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explícitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentada de uma maneira espontânea e destituída de objetivos imediatos pelas crianças. (RCNEI, 2008, vol 1)
Os Jogos e a sua Importância
 Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão. (RCNEI, 2008, vol 1) 
 Winnicott (1982, p.163): “A brincadeira é a prova evidente e constante da capacidade de criar, que quer dizer vivência”.
 Freire (1945, p.43) diz que: A escola pensa estar educando para o aprendizado dos símbolos, e estes,representados pelos números, letras e outros sinais, são reconhecidos socialmente. Considerando que a procedência de brincar implica em diversas áreas de conhecimento e atinge todas as partes do cognitivo, social e o emocional.
 Froebel (2001, p.58) assim conceitua a ludicidade: É a qualidade daquilo que estimula através da fantasia, do divertimento ou da brincadeira, trata-se de um conceito bastante utilizado na educação, principalmente a partir da criação da ideia de “jardim de infância”, bem como o uso de jogos e brinquedos, que deviam ser organizados e sutilmente dirigidos pelo professor.
 O brincar deve ter lugar prioritário na vida da criança. Por ser uma das linguagens expressivas do ser humano, proporciona a comunicação, a descoberta do mundo, a socialização e o desenvolvimento integral. (CECB.EDU, 2013)
  O lúdico é um instrumento que permite a inserção da criança na cultura, por meio do qual se podem permear suas vivências internas com a realidade externa. É um facilitador para a interação com o meio, embora seja muito pouco explorado. (ibidem, 2013)
 O brincar é uma atividade culturalmente definida e representa uma necessidade para o desenvolvimento infantil. Historicamente, o homem sempre brincou, por meio dos diversos povos e culturas e no decorrer da história, mas ao longo do tempo, as formas de brincar, os espaços e os tempos de brincar, os objetos foram se transformando. (ibidem, 2013)
  As brincadeiras na rua, em casa e na escola, e as festas, são parte profundamente significativa para a inserção no universo social. Com o brincar, se faz o processo de humanização ética da criança, por isso, deve ser utilizado para o desenvolvimento das crianças, tanto em casa, como na escola, principalmente por isso deve haver parceria entre pais e escola. A criança não se desenvolverá, se um não tiver o auxílio do outro, se um jogar a responsabilidade para outro. Todos são responsáveis pela educação, pelo desenvolvimento da criança. (ibidem, 2013)
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DO ENSINO
3.1 Tema e linha de pesquisa
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
 O seguinte projeto de intervenção esta embasado em teorias de grandes filósofos e professores que destacam a importância das brincadeiras e dos jogos na educação infantil, o mesmo esta voltado para as turmas de pré-alfabetização (G6 e o 1° ano).
 A ideia é importante e possui grande relevância, pois se compreende que as brincadeiras fazem parte da infância e cabe ao professor desenvolver estratégias para a aprendizagem dos conteúdos onde os seus alunos aprendam com prazer e satisfação, as brincadeiras promovem alegria. O tema esta relacionado aos eixos estudados nas disciplinas durante o curso de pedagogia, dessa maneira podemos compreender que os profissionais da área da educação precisam dos conhecimentos adquiridos.
 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Inclusão de projetos de Entretenimento, de jogos lúdicos, nas aulas das crianças do grupo 6 e do 1º ano do ensino fundamental.
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Quais são as metodologias utilizadas para a inserção de jogos apropriados para essa determinada idade?
De que forma a realidade é levada para dentro da escola, trabalhando com o lúdico?
HIPÓTESE
Nossas escolas estão preparadas para elaborar programas que possam conter no campo técnico brincadeiras e jogos, para as crianças aprenderem de uma forma mais inovadora?
3.2 Justificativa
 Na Educação Infantil e 1º ano do ensino fundamental, as crianças compartilham um conjunto de situações regulares em sua forma e frequência, que envolvem ações estruturantes para o bem-estar das crianças na escola e para a progressiva construção de valores significativos na interação social, como a autonomia e a cooperação. Propor um espaço para brincar e conviver com os outros, a Educação Infantil e 1º ano destacam a interação com os diversos aspectos da cultura como eixo estruturante da aprendizagem nesse segmento escolar.
 Os jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma agradável e eficaz proporcionam velocidade no processo de mudança de comportamento e aquisição de novos conhecimentos. Aprender jogando é a maneira mais prazerosa, segura e atualizada de ensinar. Desta forma os alunos da sala de recursos estão, de maneira lúdica, através de jogos em sala de aula aprendendo de forma diferenciada.
 Nos dias atuais não vemos mais isto acontecer, pois ninguém mais tem tempo para brincar com seus filhos, o que se vê é cada vez mais um número maior de escolinhas de esportes, escolas de línguas, de computação, de danças, entre outras. Não há mais como ausentar o lúdico do processo pedagógico, pois ele é o agente de um ambiente motivador e coerente. Ao se separar as crianças do ambiente lúdico estão automaticamente ignorando seus próprios conhecimentos, pois quando a criança entra na escola ela já possui muitas experiências que lhes foram proporcionadas através das brincadeiras e do jogo.
 Não devemos negar que a escola tenha também o seu lado sério, o problema é a forma pela qual ela interage com as crianças. O fato de apresentar-se séria não quer dizer que ela deva ser rigorosa e castradora, mas que ela consiga penetrar no mundo infantil para a partir daí, poder desempenhar a sua real função de formadora afetivo intelectual. É necessário que a mesma valorize a seriedade na busca do conhecimento, resgatando o lúdico, o prazer do estudo, sem, contudo reduzir a aprendizagem ao que é apenas prazeroso em si mesmo.
 Como nos diz Santo Agostinho apud Santos (1997, p. 45): "o lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação".
3.3 Problematização
 A escolha do tema nasceu da necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre as oportunidades de aprendizagem que o brinquedo e os jogos podem ofertar. Durante o estagio curricular pude observar que em algumas escolas municipais os professores não utilizavam os brinquedos, as brincadeiras e nem os jogos principalmente com as crianças da pré alfabetização. 
 Às vezes nos perguntamos, por que brincar em sala de aula? Todos os jogos tem algum sentido pedagógico? Pensando nestes questionamentos é que pautei este assunto que é gostoso e também educativo.
A escola deve oferecer oportunidades para a construção do conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes que são indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio.
 As pesquisas indicam que cada vez mais, as brincadeiras que favorecem o desenvolvimento da criança estão sumindo no âmbito escola e
durante a observação nos estágio de Educação Infantil e nas series iniciais fizeram surgir alguns questionamentos que nos fazem refletir sobre:
• Qual a importância do brincar?
• O que o brincar proporciona ao desenvolvimento da criança?
• Como introduzir as brincadeiras aos conteúdos em sala de aula?
• Qual o papel do educador na mediação das brincadeiras?
 Diante dos problemas levantados, podemos ressaltar que este projeto tem os seguintes objetivos.
Objetivos
Geral 
 Demonstrar a importância da inserção de jogos lúdicos, como um modelo prático de vivência e consciência, visando uma melhor prática no desenvolvimento da criança.
Específicos
Analisar a importância do lúdico no ensino das crianças com o intuito de ter uma sociedade que se volte para esse trabalho;
Perceber as possibilidades e os limites das crianças, a partir de trabalhos que mobilizem a prática desenvolvida no dia-a-dia de cada uma delas;
Realizar atividades utilizando instrumentos práticos e teóricos nas atividades das crianças.
Conteúdos
Movimento
Utilização expressiva intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas brincadeiras;
Percepção de estruturas rítmicas para expressar – secorporalmente por meio de brincadeiras.
      Natureza e Sociedade
Participação em brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos.
      Música
Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.
   Artes
Exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na realização de seus projetos artísticos;
Exploração e utilização de alguns procedimentos necessários para construção.
       Linguagem Oral e Escrita
Uso da linguagem oral para conversar e brincar;
Observação e manuseio de materiais impressos como livro e revistas;
Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;
Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita.
Matemática
Desenvolver o raciocínio lógico, respeitando a etapa do desenvolvimento individual de cada criança;
Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações problema;
Identificar as noções de tempo (dia, semana, mês, ano, ontem, hoje amanhã);
Analisar, interpretar e construir gráficos e tabelas;
Noções de quantidade, cor e espaço em brincadeiras e musicas junto com o professor;
Manipulação e exploração de objetos e brinquedos em situações organizadas;
Perceber quantidade, formas e cores.
Processo de desenvolvimento
 As atividades terão início na primeira semana de agosto e serão divididos por semanas.
   Os professores terão plena liberdade de adequar as atividades, visando a idade da sua turma. Examinando as atividades com atenção antes de preparar sua programação semanal e fazendo o seu planejamento de acordo com, as necessidades dos seus alunos e condições da escola. Deverá ser feita interdisciplinaridade sempre que possível.
 Podera ser usado jogos e brinquedos industrializados ou confeccionados manualmente e usar muita criatividade.
 Rodas de conversa para socializar com as crianças quais as brincadeiras e brinquedos preferidos e conhecidos por eles;
  Listar em um cartaz as brincadeiras e brinquedos citados pelas as crianças;
  Escolher uma das brincadeiras para brincar (amarelinha chicotinho queimado pula corda entre outras).
  Construir textos coletivos em que as crianças possam escrever as regras das brincadeiras realizadas e do material utilizado na confecção dos brinquedos;
  Pesquisa junto a família sobre as brincadeiras e brinquedos de sua infância
 Realizar a leitura para as crianças do resultado da pesquisa e fazer uma lista na sala de aula de brincadeiras e brinquedos;
 Convidar os pais para participarem de um momento na escola com as brincadeiras e brinquedos;
  Pedir as crianças para desenharam às brincadeiras e brinquedos;
  Selecionar alguns brinquedos que possam ser construídos pelas crianças. (bilboquê vai e vem, cavalo de pau, quebra- cabeça, jogo da memória e outros.);
     Coletar algumas sucatas para confecção dos brinquedos.
Tempo para realização do projeto
 A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver ligada às situações da vida real da cidade, do meio em que o aluno vive e da disposição do professor. Baseando-se na importância do lúdico com crianças de cinco e seis anos este trabalho servirá para esclarecer duvidas de como é empregado no cotidiano na educação infantil, verificando também se existe nas crianças alguma dificuldade na assimilação da aprendizagem durante o desenvolvimento de alguma atividade.
 Serão realizadas oficinas de jogos, elaboração de brincadeiras, exercícios e jogos teatrais e jogos coletivos de variados temas, sempre voltando para a realidade de cada aluno.
 O presente projeto terá duração de quatro meses e envolvera todo o corpo docente e discente da escola.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
	Atividades
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Escolher tema
	X
	
	
	
	Elaborar o projeto
	
	X
	
	
	Aplicar o projeto
	
	
	X
	X
	Avaliar os resultados
	
	
	
	X
Recursos
Materiais
EVA;
Cola colorida; 
Tesoura sem ponta;
Papel cartão;
Papel crepom;
Papel A4; 
Lápis de cor; 
Lápis de cera; 
Tinta guache;
Massa de modelagem;
CDs com músicas infantis;
Livros de historinhas;
Micro system; 
Sucatas;
Cartolina; 
canetinha.
Humanos
 Professores; 
Coordenadores; 
Acadêmicos;
Alunos;
demais funcionários da escola.
Físicos 
Sala de aula; 
Sala de leitura;
 Pátio da escola.
Avaliação
 Brincar é mais do que uma atividade sem consequência para a criança. Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive, e acaba por se relacionar com este mundo. Brincando, a criança aprende. O “Brincar” hoje nas escolas, está ausente de uma proposta pedagógica que  incorpore o lúdico como eixo do trabalho infantil. Através deste trabalho pudemos perceber a inexistência de espaço para o desenvolvimento cultural dos  alunos. Esse resultado, apesar de apontar na direção das ações do professor,  não deve atribuir-lhe culpabilidade. Ao contrário, trata-se de evidenciar o  tipo de formação profissional do professor que não contempla informações nem  vivências a respeito do brincar e do desenvolvimento infantil em uma  perspectiva social, afetiva, cultural, histórica e criativa. A escola deve criar condições para o aluno realizar atividades lúdicas, empregando também como estratégias de ensino-aprendizagem. O papel do educador é garantir que a aprendizagem seja continua. Colaborando para o desenvolvimento do individuo em aspectos emocionais, sociais, físicos, estéticos, éticos e morais, pautando seu trabalho com atuação lúdica, onde o jogo ou a brincadeira possam dar espaço para a ação de quem brinca. É na escola que aprendemos a conviver em grupos, a nos socializar e compreendermos como seres humanos. Este trabalho tem por finalidade nos levar a uma reflexão sobre o “O lúdico na educação infantil e no 1° ano do ensino fundamental”
4. Considerações finais
 Muitos autores foram destacados neste trabalho comprovando que os jogos e brincadeiras fazem parte do processo de formação do ser humano. Tal evidência justifica as raízes da atividade lúdica e sua consistência no trabalho de alfabetização da criança. Pois - se trata de uma atividade necessária, já que permite que a criança expresse seus sentimentos, sejam eles positivos ou negativos. 
 Deste modo, a credita-se que a utilização de jogos na alfabetização possa vir a melhorar a forma de: ensinar e aprender. Assim, o jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como importante instrumento de alfabetização, na medida em que os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança. 
 Não basta levar o jogo para sala de aula, sem ter conhecimentos prévios sobre como aplica ló devidamente, ou seja, com seu devido planejamento voltado para a realidade do alunado, objetivos propostos, critérios avaliativos pós, durante ou após a atividade. Só assim, a atividade lúdica poderá trazer resultados positivos tanto para o professor, quanto para os demais profissionais da instituição.
REFERÊNCIAS
ARIÉS, P. História Social da Criança e da Família. 2º ed. Rio de Janeiro : Guanabara, 1986.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF,1998. v. 1 - 3.
NEVES, Lisandra Olinda Roberto. O lúdico nas interfaces das relações educativas. Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/ludicoint.htm. Acesso no dia 20 de fevereiro de 2006.
GIL, A.C.Como elaborar projetos de pesquisa.São Paulo: Atlas, 2008
KISHIMOTO, T.M.. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação.Petrópolis,RJ:Vozes,1993
MACEDO,L.SÍCOLI, A.L, CHRISTE, N. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar.Porto Alegre: Artmed, 2005.
 PIAGET,Jean. A formação do símbolo na criança, imitação ,jogos e sonhos imagem e representação.3.Ed. Rio de Janeiro :Guanabara Koogan, 1978.
Publicação:Série Ideias n.2.São Paulo:FDE ,1994.
Publicação: Série Ideias n.28.São Paulo:FDE,1997
VASCONCELOS. C .S. Planejamento de ensino-aprendizagem e projetos educativo.São Paulo:Libertad.1995.             
 VYGOTSKY. L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-brincar-no-desenvolvimento-da-crianca-no-seu-aprendizado/69509/ acessado em 06/04/2014 às 23:07h.
http://www.efdeportes.com/efd137/jogo-e-ludicidade-o-desenvolvimento-infantil.htm. Acessado em 05/04/2014, José Roberto Zaffalon Junior, acessado em 05/04/2014  às 16:15h.
http://projetobrincadeirasdecrianca.blogspot.com.br/. Acesso em: 30/09/2013.
http://www.brincadeirasdecrianca.com.br/quadros.htm. Acesso em: 01/10/2013.

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