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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CÂMPUS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – HENRIQUE SANTILLO PRIMEIRA E SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Anápolis, novembro de 2016. Universidade Estadual de Goiás – UEG Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas-CCET Farmácia – 1° período RAFAELLA RIBEIRO SOUZA, NATHALIA REIS SOUSA PRIMEIRA E SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Pesquisa, entregue com requisito parcial para aprovação na disciplina de histologia do Curso de farmácia ministrado pela Universidade Estadual de Goiás Câmpus de ciências exatas e tecnológicas - Henrique Santillo. Professor: Claudinei. Anápolis, novembro de 2016. INTRODUÇÃO: O ovo, ou zigoto, é formado a partir da fecundação de espermatozoide e óvulo, sofrendo diversas mitoses até se tornar um indivíduo propriamente dito. Esses eventos de divisão celular são acompanhados, também, por diferenciações nessas estruturas, permitindo a formação de tecidos específicos e, a partir deles, órgãos e também sistemas. De forma geral, existem três fases que compreendem esse processo: Clivagem, gastrulação e organogênese. Na clivagem, que acontece nas primeiras semanas de desenvolvimento, mesmo com o aumento do número de células, praticamente não há aumento do volume total do embrião, pois as divisões celulares são muito rápidas e as células não têm tempo para crescer. Na fase seguinte, que é a gastrulação, o aumento do número de células é acompanhada do aumento do volume total. Inicia-se nessa fase a diferenciação celular, ocorrendo a formação dos folhetos germinativos ou folhetos embrionários, que darão origem aos tecidos do indivíduo. No estágio seguinte, que é a organogênese, ocorre a diferenciação dos órgãos. DESENVOLVIMENTO: PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONARIO. GAMETOGÊNESE E FERTILIZAÇÃO: O desenvolvimento humano tem início com a fertilização, mas uma série de eventos deve ocorrer antes que esse processo possa se iniciar, esses eventos são denominados de gametogênese. O ovócito é produzido pelo ovário (ovogênese) e é dali expelido durante a ovulação. O ovócito é varrido para a trompa uterina, onde pode ser fertilizado. Os espermatozoides são produzidos nos túbulos seminíferos dos testículos (espermatogênese), e armazenados no epidídimo. A ejaculação durante o ato sexual resulta no deposito de milhões de espermatozoides na vagina. Muitos atravessam útero e penetram nas trompas uterinas em busca do ovócito. Quando um ovócito secundário entra em contato com um espermatozoide, ele completa a segunda divisão meiótica. Em consequência, é formado um óvulo maduro e um segundo corpo polar. O núcleo do óvulo maduro constitui o pronúcleo feminino. Após a penetração do espermatozoide no citoplasma do óvulo, sua cabeça se separa da cauda, aumenta de tamanho e torna-se o pronúcleo masculino. A fertilização completa-se quando os cromossomos paternos e maternos se misturam durante a metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto, a célula que dá origem ao ser humano. CLIVAGEM DO ZIGOTO: Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células. Estas células embrionárias – os blastômeros- tornam-se menores a cada divisão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros o concepto é chamado de mórula. (Figura 01). Figura 1 - Mórula no interior da cavidade uterina (B) e fase de compactação da mórula (C). FORMAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCITO: A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística. À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes: - Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta. - Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião. Até chegar no estágio chamado blastocisto, quando irá se fixar nas paredes do endométrio uterino, isso é chamado de nidação. Se a nidação for bem sucedida iniciará a gestação do embrião. Se não for bem sucedida, o blastocisto será eliminado na menstruação. Cerca de seis dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas: - Citotrofoblasto: Camada interna de células. - Sincicitrofoblasto: Camada externa de células. No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero. O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção do hormônio HCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez. Figura 2 – Esquema da primeira semana de desenvolvimento. SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONARIO. Caracteriza-se por: - Término da implantação do blastocisto (10° dia); - Formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; - Formação de estruturas extra-embrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico. FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA, DO DISCO EMBRIONÁRIO E SACO VITELINO. Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas (figura 3): - Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica. - Hipoblasto: Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino. Concomitante a esses processos, aparece um pequeno espaço no embrioblasto, a cavidade amniótica. O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e o hipoblasto o teto da cavidade exocelômica. Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. Logo se modifica para formar o saco vitelino primitivo. As células do endoderma do saco vitelino formam o mesoderma extra-embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino. Assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelino. Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra-embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino. Figura 3 - Implantação final do blastocisto no endométrio. DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas (Figura 4): - Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e o âmnio. - Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto. Figura 4 - Ilustração do desenvolvimento do saco coriônico CONCLUSÃO: Desde a fecundação até ao nascimento, o desenvolvimento humano é continuo, dinâmico e complexo. Novas descobertas sobre esse processo fascinante e seu impacto ao longo da vida mostram a importância dos estudos nessa área. As duas primeiras semanas são extremamente importantes e decisivas no bom êxito da gestação, nesta etapa ocorrem os eventos que vão desencadear a formação do feto e auxiliar em todo o processo dessa formação. Entender o que acontece nessa etapa nos ajuda a compreender as demais etapas e o funcionamento humano em um aspecto geral. REFERENCIAS:FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA. Embriologia primeira semana. Disponível em: < https://www.famema.br/ensino/embriologia/primeirassemanas1.php>. Acesso em: 20/11/2016. RESUMO DA PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO. Disponível em: <https://docs.google.com/document/d/1-Juy2lM-smQ_MCm4l0cF8_a8SsxDqy2Mh0WLFFZyXwI/edit?usp=sharing> . Acesso em: 20/11/2016. FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA. Embriologia segunda semana. Disponível em: < https://www.famema.br/ensino/embriologia/primeirassemanas2.php>. Acesso em: 20/11/2016. ARAGUAIA, Mariana. "Desenvolvimento embrionário"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/desenvolvimento-embrionario.htm>. Acesso em 20 de novembro de 2016.
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