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Direito Civil

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Direito Civil:
Tema I: LINDB: Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei 4.657/42):
É uma norma que regula outras normas. Chamada de Código sobre as normas.
Vigência Normativa:
 Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
 § 1o § 1o  Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§ 3o  Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o  As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova
Promulgação: A norma ao ser promulgada ganhará existência e validade. A promulgação é um ato de certificação da norma. 
Publicação: Depois de ser promulgada, a norma será publicada para ser levada a conhecimento público (Diário Oficial).
Vigência: Em regra, após ser publicada a norma não ganha vigência, ou seja, produz seus efeitos, automaticamente. Ao ser publicada ela entrará em vacatio legis de 45 dias para o Brasil e 3 meses para o estrangeiro.
OBS 1: A própria norma pode declarar outro prazo de vacatio legis. Ex: 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) que traz prazo de 180 dias para entrar em vigência.
OBS 2: O art. 8º e 9º da LC 95, estabelecem que a norma poderá entrar em vigor na data da publicação. Porém, isso só ocorrerá com normas que não têm ampla repercussão social.
A contagem do prazo da vacatio legis, conforme o Código Civil, é excluindo dia do começo do prazo e incluindo o dia do término. Porém, o prazo de vacatio legis de 45 dias é diferente, pois será incluindo o dia da publicação e o último dia do término do prazo, entrando em vigor no dia subsequente a esse período, não importando se essa data é em feriado, domingo... não há prorrogação prazal. 
Em caso de modificação da norma no período em que ela se encontra em vacatio legis, será necessário uma nova publicação e nova contagem do prazo, que será interrompido (começa do zero). A não ser que a própria norma estabeleça diverso. 
A doutrina afirma que essa interrupção do prazo será apenas para essa parte alterada. 
Se a alteração se der após o prazo de vigência, será por lei nova e consequentemente uma nova vacatio legis.
OBS 3: Nem regulamento, nem decreto administrativo se submetem ao prazo de 45 dias de vacatio legis.
Princípio da Continuidade ou Permanência: 
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
Segundo seu princípio, a norma produzirá seus efeitos de norma contínua, permanente, até ser revogada por outra lei. 
Exceção ao princípio: norma temporária (ao nascer já tem data limite de vigência, ex: norma orçamentária); norma circunstancial (só será aplicada durante uma determinada circunstância, ex: lei geral da copa).
Revogação: É a retirada dos efeitos de uma norma do ordenamento jurídico através de outra norma.
Art. 2º § 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Espécies de Revogação:
Quanto à extensão:
Ab-rogação: Revogação total. Ex: CPC/2015 ab-rogou o CPC/1973.
Derrogação: Revogação parcial. Ex: CC/2002 derrogou o Código Comercial.
Quanto à modalide/forma:
Expressa: Direta.
Tácita: Indireta. Que acontecerá em caso de incompatibilidade normativa ou quando a nova lei regulamentar inteiramente a matéria tratada na lei anterior.
A revogação pode ocorrer de três maneiras:
Lei Nova: Critério cronológico ou temporal. Lei nova prevalece sobre lei anterior
Lei Superior: Critério hierárquico. Lei superior prevalece sobre lei inferior
Lei Especial: Critério da especialidade. Lei especial prevalece sobre lei geral.
Essas são as antinomias de primeiro grau.
OBS: Art. 2º § 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
É possível o convívio da lei nova com a lei velha, quando são compatíveis ou quando a lei nova regular PARCIALMENTE matéria tratada na lei anterior. 
Antinomias de segundo grau: É quando dois critérios envolvidos nas antinomias. Nesse caso, o critério mais forte é o hierárquico, o segundo é o da especialidade e o terceiro é o cronológico. Ex: Conflito entre norma especial anterior x norma geral posterior. A norma especial anterior irá prevalecer.
Princípio da Ultratividade ou pós atividade normativa:
São hipóteses excepcionais, através das quais, uma lei já revogada será hoje aplicada. Ex: A lei a época da morte irá regular a sucessão.
Repristinação:
Art. 2º § 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
É a restauração da norma. Em regra, no direito brasileiro não há repristinação por ter a lei revogadora (lei nova), ter sido revogada posteriormente. Somente irá ocorrer quando a nova lei revogadora dizer expressamente. 
OBS: Não confunda repristinação com efeito repristinatório, pois nesse haverá o renascimento normativo por uma questão indireta, oblíquoa, sem que a lei nova traga disciplina em sentido contrário. EX: Quando uma lei revogadora é julgada inconstitucional pelo STF. Nesse caso, a lei revogada (anterior) irá renascer através de um efeito repristinatório. 
Obrigatoriedade das Normas/ Eficácia Geral e Abstrata do Ordenamento Jurídico:
Art. 3o  Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
O sistema brasileiro adota a obrigatoriedade simultânea e vigência sincrônica. 
A obrigatoriedade das normas não é absoluta, e sim relativa, pois o Direito admite em algumas ocasiões o erro de direito.
Integração Normativa: 
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Para solucionar caso concreto, o juiz deverá buscar primeiramente a lei. Ou seja, a subsunção, que é aplicar a lei prévia e abstrata ao fato posterior e concreto. 
Há casos que não há uma lei prévia regulando, e nesse caso, o juiz não poderá fazer uso da subsunção. O CPC, em seu art. 140, traz a vedação do juiz deixar de julgar alegando não ter lei prévia que se ajuste ao caso concreto. Nesse caso, o juiz usará os métodos de integração normativa: analogia, costumes praeter legem e princípios gerais do direito.
Analogia: Situações semelhantes devem ser analisadas e merecem soluções semelhantes.
Espécies de analogia:
Analogia legal/legis: Diante da omissão legislativa, usa-se uma única lei que regula a situação análoga e vai fazer a aplicação.
Analogia jurídica/iures: Diante da omissão legislativa, usa-se um conjunto de normas de situações análogas e irá fazer a aplicação.
OBS: No direito penal e no direito tributário somente pode-se usar a analogia em favor da parte.
Costumes: Para a configuração do costume é necessário da pratica reiterada no tempo (requisito objetivo) e que se subentenda obrigatória (requisito subjetivo)
Espécies de costumes: 
Secundum legem: Segundo a lei. Trata-se de modalidade de costumes permitido no Brasil, mas não revela métodos de integração. Não há lacuna, o próprio legislador irá optar pelo costume, usos.
Praeter legem: Ao lado da lei. Nesse caso, a lei é omissa e o costume vem contribuir ao lado da lei. É permitido no Brasil e é método de integração das normas jurídicas. Ex: Cheque pré-datado.
Contra legem: É contra lei e por isso não é adotado no Brasil. 
Também é vedado no ordenamento jurídico brasileiro a revogação da lei por costume. E desuso normativo.
Princípios: Não se confunde com os princípios fundamentais, pois estes são normativos.
Interpretação Normativa:
Art. 5o  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Função social da norma: Atender as necessidades da sociedade. 
O juiz irá interpretar e aplicar anorma através dos métodos interpretativos: gramatical/literal; lógica; sistemática; histórica e teleológica.
A partir da soma desses métodos, será obtido um resultado interpretativo, que pode ser ampliativo (direitos e garantias fundamentais); declarativo (interpretação em direito administrativo) e restritivo (interpretação nos negócios jurídicos benéficos).
A interpretação da norma é classificada dependendo do agente que a explica:
Doutrinária: Feita pela doutrina.
Judicial: Feita pelos tribunais, através das jurisprudências, súmulas.
Autêntica: É realizada pelo próprio poder legislador, por uma lei explicativa que vem pra esclarecer outra norma. 
Direito Intertemporal ou Aplicação da Lei no Tempo: 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.  
A lei terá efeito imediato e geral: A lei será irretroativa, em regra. Admite exceções, como no direito penal que a lei poderá retroagir para beneficiar o réu.
Ato jurídico perfeito: § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. O ato jurídico perfeito é regulado pela lei anterior onde ele iniciou e consumou seus efeitos. 
Direito adquirido: § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. Direito adquirido é aquele que já ingressou na esfera jurídica de alguém.
Coisa julgada: § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
Direito Espacial ou Eficácia da Lei no Espaço: 
Princípio da Territoriedade: A lei brasileira será aplicada em território brasileiro e a lei estrangeira em solo estrangeiro. Porém existem exeções:
Estatuto pessoal: Art. 7o  A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Será aplicada a lei do país que a pessoa é domiciliada para os direitos de personalidade. 
Sucessão do estrangeiro: Art.  10.  A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. A sucessão será feita no país onde o de cujus ou desaparecido tinha domicílio. Em relação aos bens imóveis situados no Brasil, a sucessão será feita aqui, conforme o CPC/2015.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. Em relação aos bens imóveis situados no país estrangeiro, será aplicada a lei mais benéfica aos herdeiros necessários. 
Bens dos estrangeiros: Art. 8o  Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.§ 1o  Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.§ 2o  O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.
Contratos internacionais: Art. 9o  Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem. A lei do local regerá o ato. Se no contrato internacional, as partes estiverem em local diverso, será no local onde residir o preponente. 
Pessoas jurídicas de direito privado: Lei do local da constituição. Art. 11.  As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.§ 1o  Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
Tema II: Pessoa Física ou Pessoa Natural:
1. Personalidade Jurídica: 
É a aptidão genérica de titularizar direitos e contrair deveres na ordem civil. 
Quem é dotado de personalidade jurídica é chamado sujeito de direitos.
O sujeito de direitos é divido em:
Pessoa física;
Pessoa jurídica.
OBS 1: Os animais não são sujeitos de direito no Brasil, ou seja, não tem personalidade jurídica. Os animais são considerados bens móveis, são os semoventes (se movem por força próprias). 
OBS 2: Ente despersonalizado: Desprovido de personalidade jurídica. Ex: Massa falida, herança jacente, herança vacante, sociedade regular, sociedade de fato e espólio. Apesar de serem despersonalizados, eventualmente estes entes praticam atos da vida civil, como figurar em processos, e são dotados de capacidade judiciária (podem figurar em processos no polo ativo ou passivo). 
2. Pessoa Física: 
É o ente dotado de estrutura biopsicológica. 
Aquisição da Personalidade Jurídica: 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Nascer com vida: Expulso do ventre materno e respirar. Não precisa de um prazo mínimo de vida. Não precisa ser uma vida viável. Não precisa ter forma humana. Não precisa cortar o cordão umbilical.
Exame da Docimasia Hidrostática de Galeno: Exame para ver se o nascituro nasceu com vida ou nasceu morto através de parâmetro do ingresso de ar nos pulmões. Se houve ar nos pulmões nasceu com vida, ou seja, foi detentor de personalidade jurídica e depois morreu.
Registro da pessoa física: Ato declaratório de direito com efeito ex tunc (retroativo), pois a adquiriu personalidade jurídica desde o momento que nasceu com vida. 
Nascituro: É aquele que já foi concebido, ainda não é nascido, mas dotado de vida intrauterina. Está em período de gestação. A lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Natimorto: É aquele que nasceu morto. Tem direito ao nome, imagem e sepultura (rol exemplificativo).
Teorias Sobre Aquisição da Personalidade Jurídica:
Teoria Natalista: Nascimento com vida. Teoria negativista para o nascituro. 
Teoria Concepcionista: Desde a aquisição. Teoria afirmativa para o nascituro. 
Teoria da Personalidade Condicional: O nascituro titulariza direitos eventuais e sob condição suspensiva de nascer com vida. 
O ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria natalista, conforme o artigo 2º do CC, estabelecendo que o nascituro ao nascer com vida adquire a personalidade material que é aquela que adquire direitos patrimoniais (ex: patrimônio). E a doutrina adota também a teoria da personalidade condicional, pois desde a concepção o nascituro adquire personalidade jurídica formal, que é aquele que diz respeito a direitos extrapatrimoniais (ex: vida).
Direitos Conferidos ao Nascituro: 
Direitos personalíssimos: Vida, alimentos, direito ao pré-natal...
Direito de receber doação aceita pelo curador: Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.
Direito de ser herdeiro: Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
Direito de ser-lhe nomeado curador para a defesa de seus interesses: Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder familiar. Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro.
Capacidade Civil:
É a medida jurídica da personalidade jurídica. A Capacidade se subdivide em:
Capacidade de direito (gozo): É adquirida junto com a personalidade jurídica. 
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil
Capacidade de fato (exercício): É a possibilidade de pessoalmente praticar atos da vida civil. Nem todos tem essa capacidade, pois existem os incapazes.
A incapacidade pode ser:
Absoluta (mudou no CC pelo Estatuto do Deficiente):  Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos (critério objetivoe cronológico).
Somente o menor de 16 anos que é absolutamente incapaz terá de ser representado. Os seus atos praticados sem representação causam nulidade absoluta do ato. Além disso, contra ele não correm os prazos prescricionais e decadenciais. 
Relativa (mudou no CC pelo Estatuto do Deficiente): Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
 I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos
 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos (aquele dilapida seu patrimônio seu uma causa justificadora, como o viciado em jogo)
Os relativamente incapazes serão assistidos.
OBS: A deficiência e o fato de ser idoso não gera incapacidade, por isso foi retirado do rol taxativo da incapacidade.
OBS 1: O indivíduo que tem capacidade de direito e capacidade de fato terá capacidade jurídica geral ou plena.
OBS 2: Mesmo tendo essa capacidade plena, há determinados atos da vida civil que a lei exigirá legitimação/ capacidade negocial ou privada/autorização.
Ex 1: Venda de ascendente para descendente. 
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
A venda de ascendente à descendente é permitida se autorizada expressamente pelos demais descendentes e o cônjuge do alienante. Se os cônjuges forem casados no regime de separação obrigatória, sua autorização é dispensada. 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
O prazo para anular a venda, então, é prazo decadencial 2 anos.
Ex 2: Venda de Tutelado Para tutor:
Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade:
I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor;
Mesmo tendo capacidade plena, o tutor não poderá receber bens do tutelado, nem com autorização judicial. 
OBS 3: Emancipação:
É a antecipação da capacidade plena. É um ato irrevogável e irretratável. O emancipado não retornará a sua situação de incapaz. 
Tipos:
Voluntária: É aquela concedida por ambos os pais ou um deles na falta do outro ao igual ou maior de 16 anos, através de escritura pública e independentemente de homologação judicial. O emancipado responderá por eventuais danos causados. Porém, a emancipação voluntária não será capaz de tirar a responsabilidade civil dos pais que também respondem pelos danos que seu filho causou. Nesse caso, a responsabilidade será SOLIDÁRIA. 
Judicial: É aquela que o tutor emancipará o pupilo ou tutelado igual ou maior de 16 anos, através de processo, com oitiva do MP e sentença. Isso ocorre porque a tutela ocorre quando há desconfiguração do poder familiar. 
Art. 5o  Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Legal: Ocorre em circunstâncias que são incompatíveis com a incapacidade, que são:
- Casamento;
- Exercício de emprego público efetivo: Não é ser aprovado no concurso, mas sim exercer o cargo público.
- Colação de grau em ensino superior (universidade).
- Estabelecimento comercial ou existência de emprego desde que o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
Art. 5o  Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
OBS: A emancipação legal é automática. Já a voluntária e judicial têm necessidade de registro. 
Art. 9o Serão registrados em registro público:
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
Extinção da Personalidade Jurídica da pessoa física:
Será extinta com a morte real (morte cerebral) ou com a morte ficta (presumida ou sem existência de cadáver). 
A morte ficta pode ser:
- Sem procedimento ou declaração de ausência: O juiz irá atestar o óbito sem procedimento, quando:
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento (justificativa do óbito).
- Com procedimento ou declaração de ausência: O juiz irá atestar o óbito com procedimento de ausência. 
O procedimento de ausência é dividido em 3 fases:
1ªcuradoria ou arrecadação de bens: Qualquer interessado ou MP informará ao juiz o desaparecimento, não existindo prazo mínimo. O juiz irá declarar a ausência e nomear um curador para administrar os bens do ausente. 
O curador será, preferencialmente, o cônjuge (a doutrina faz extensão ao companheiro), os pais, os descendentes (os mais próximos excluem os mais remotos), ou curador dativa (alguém da escolha do juiz). 
OBS: A curatela é patrimonial, se dará sobre os bens do ausente. 
A curadoria de bens dura 1 anos e poderá ser dilatado para 3 anos se o ausente tiver deixado um procurador que aceite o exercício da curadoria. 
2ª sucessão provisória: Ultrapassado o prazo de 1 ou 3 anos, um dos interessados requisitará a conversão da curadoria de bens em sucessão provisória. 
Os interessados são o cônjuge, os credores, os herdeiros do ausente ou o MP. 
O juiz irá proferir uma decisão deferindo esse pedido e depois de 180 será adentrado na fase de sucessão provisória. 
Regras da Sucessão Provisória: 
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
Como a sucessão é provisória, os emitidos na posse desses bens não poderão aliená-los, comente quando o juiz permita para evitar a ruína. 
Além disso, como a sucessão é provisória, esses herdeiros emitidos na posse dos bens, deverão dar garantias ou seja caução (penhor, hipoteca, dinheiro), salvo no caso de herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge). 
O sucessor provisório deverá guardar 50% dos frutos para a eventual hipótese de retorno do ausente, salvo no caso de herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge). 
A sucessão provisória irá durar 10 anos. 
3ª sucessão definitiva: 
OBS 1: Se o ausente ao desaparecer por mais de 5 anos e na época do desaparecimento ele detinha 80 anos de idade, o interessado poderá requisitar a sucessão definitiva diretamente. 
Retorno do Ausente:
Se o ausente retornar na 1ª fase, o patrimônio será destituído do curador e entregue ao ausente.
Se o ausente retornar na 2ª fase, ele terá direito ao patrimôniono estado que deixou, além disso terá direito à 50% dos frutos e a caução caso haja depredação patrimonial acima da média. 
OBS: Se a ausência for voluntária e injustificada, o ausente perderá 50% dos frutos. 
Se o ausente retornar na 3ª fase, ele terá direito ao patrimônio no estado em que se encontra ou aquilo que sub-rogou (substituiu). 
Casamento do Ausente: 
A declaração de ausência põe fim ao matrimônio. Se o ausente retornar, o casamento não renasce. 
Comoriência: 
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
É a presunção relativa de morte conjunta. 
Mesma ocasião significa ao mesmo tempo, não necessariamente no mesmo evento (acidente).
A consequência da comoriência são 2 sucessões diferentes, sendo que um não herdará do outro, um irá excluir o outro. 
Tema III: Pessoa Jurídica: 
Conceito:
A pessoa jurídica é a soma de esforços humanos (corporação) ou destinação de patrimônio (fundação) constituída na forma da lei, objetivando uma finalidade lícita e obediente a sua função social. 
OBS: Não é necessário função lucrativa, mas é necessário que ela tenha função social. 
Personalidade Jurídica da Pessoa Jurídica:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Teoria da Realidade Técnica: A pessoa jurídica adquire a personalidade jurídica no momento do registro de seus atos constitutivos (estatuto social ou contrato social).
OBS: para adquirir a personalidade jurídica, a pessoa física basta nascer com vida, existir, sendo o registro posterior um ato meramente declaratório de direito com efeitos ex tunc. Já a pessoa jurídica, não basta somente o nascimento, a criação para adquirir personalidade jurídica, será necessário o registro que é um ato constitutivo de direito com efeito ex nunc.
Em algumas situações excepcionais, a aquisição da personalidade jurídica pela pessoa jurídica demandará autorização do Poder Executivo, como é o caso das seguradoras. Se não houver a aprovação do PE, a pessoa jurídica será inexistente. 
Em outras situações, além do registro civil, será necessário um registro específico, como nos casos de partidos políticos que deverão ser registrados no TSE. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Regras sobre Administração da Pessoa Jurídica: 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
Princípio da Separação, Independência ou Autonomia: 
A partir do momento que os atos constitutivos da pessoa jurídica são levados à registro, ela ganha personalidade. E esta personalidade será diferente da personalidade jurídica das pessoas físicas que a compõem. Isto significa que, a pessoa jurídica irá responder com seu próprio patrimônio pelos inadimplementos e pelos danos que causar. O patrimônio da pessoa física e da pessoa jurídica não se confundem. 
Desconsideração da Personalidade Jurídica: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
É uma exceção ao princípio da autonomia. É uma medida excepcional, através da qual o patrimônio dos integrantes de uma determinada pessoa jurídica responderá por dívidas da respectiva pessoa jurídica. 
São necessários requisitos cumulativos e restritivos para configurar a desconsideração da personalidade jurídica:
1ª Haja pedido expresso da parte ou MP; 
2ª Abuso da personalidade jurídica que poderá ocorrer através de:
- Desvio de Finalidade; ou
- Confusão patrimonial. 
OBS 1: Não é possível a desconsideração da personalidade jurídica de ofício pelo juiz.
OBS 2: Para desconsiderar não é necessário encerramento das atividades da pessoa jurídica. 
OBS 3: O CC adota a teoria maior (mais requisitos) e objetiva (não há culpa nem dolo) para a desconsideração da pj. 
OBS 4: O CDC adota a teoria menor, pois exige apenas 1 requisito para a desconsideração da pj: que a pessoa jurídica seja um obstáculo para ressarcimento de valores. 
A desconsideração leva extinção da pessoa jurídica? Não, pois ela incide somente naquele caso concreto. 
A desconsideração poderá atingir qualquer modalidade de pessoa jurídica? Sim, até aquelas que não tem finalidade lucrativa, como a associação.
A desconsideração poderá ser arguida pela própria pessoa jurídica? Sim, primeiro porque ela é parte do processo, e segundo porque a desconsideração poderá atingir o administrador e este não é necessariamente sócio da pessoa jurídica.
A desconsideração poderá se dar na modalidade inversa/indireta/reversa? Sim. A desconsideração inversa irá sair da pessoa física para atingir a pessoa jurídica. Ou seja, nesse caso, o patrimônio da pessoa jurídica será atingido por conta de um processo onde o sócio é parte. Ex: Divórcio na comunhão universal.
A desconsideração pode ser sucessiva ou por sucessão de empresas? Sim. É a soma da desconsideração direta com a inversa. 
O CPC/2015 trouxe novidade na desconsideração da pj? Sim. Ele trouxe o incidente da desconsideração da personalidade jurídica, dentro do mecanismo de intervenção de terceiros, com o objetivo de conferir contraditório antes da desconsideração ser deferida. Somente na hipótese de todos os envolvidos estarem presentes no polo passivo na petição inicial que não será necessário o incidente. 
Na prática, realizado o pedido de desconsideração, o juiz irá suspender o processo principal e irá decidir o incidente, sendo observado o direito de resposta no prazo de 15 dias úteis. Dado a resposta, o juiz irá analisar se é hipótese de AIJ, se for ele irá marcar a data da audiência e se não for ele julgará conforme a fase do processo. Além disso, a decisão será uma decisão interlocutória e poderá ser atacada através de agravo de instrumento. 
Classificação das Pessoas Jurídicas:
Quanto à atividade executada: 
- De direito público (interno ou externo):
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;   
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público
- De direito privado: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;        
 V - os partidos políticos.      
 VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada
OBS: As empresas públicas e sociedades de economia mista também são pessoas jurídicas de direito privado.Quanto a estrutura:
-Corporação: É a soma dos esforços humanos. Tem como elemento principal a pessoa. As corporações podem ser:
-- Associação: É a união de associados organizados através de um estatuto e objetivando a finalidade ideal (finalidade não-econômica). Isso significa que ela não poderá partilhar lucros ao final do exercício financeiro. Porém, a associação deverá ser lucrativa para pagar seus serviços e funcionários. Os associados não possuem direitos e deveres entre si, mas sim perante a associação. A qualidade de associável é, em regra, intransmissível, salvo se o estatuto estabelecer o contrário. A exclusão do associado só possível havendo justa causa num procedimento com contraditório.
--Sociedade: É a união de sócios organizados em regra através de um contrato social e cujo objetivo é a partilha de lucros ao final do exercício financeiro. As sociedades ainda podem ser:
---Simples: Exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores. A sociedade simples é registrada no RPJ (Registro de Pessoas Jurídicas). 
---Empresárias: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços. A sociedade empresária será registrada na Junta Comercial (Registro Público de Empresas)
-Fundação: Tem como fundamento principal o patrimônio. A fundação é uma universalidade de bens, é uma destinação de patrimônio livre e desembaraçado para uma finalidade prevista em lei. 
Essa destinação poderá ser feita por escritura pública quando ela deva produzir efeitos inter vivos ou testamento quando produza efeitos mortis causa.
Se a fundação for afetada por escritura pública, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha fim igual ou semelhante. 
Art. 62 Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:       
I – assistência social;        
 II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;        
III – educação;        
 IV – saúde;         
V – segurança alimentar e nutricional;        
 VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;        
 VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;        
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;         
IX – atividades religiosas;
A alteração do estatuto social da fundação poderá ser modificado se
- Deliberado por 2/3 dos membros. A minoria vencida poderá impugnar a alteração no prazo de 10 dias.
- Não contrariar ou desvirtuar a finalidade desta.
- Aprovação pelo MP em 15 dias. Se ultrapassar o prazo o interessado poderá requisitar o suprimento judicial.
O fiscal das fundações é o MP estadual.
No caso de extinção da fundação, o órgão do MP ou qualquer interessado poderá requerer sua extinção, sendo seu patrimônio transferido à outra fundação com fim semelhante designada pelo juiz, salvo se o estatuto estabelecer o contrário. 
Quanto à nacionalidade:
- Nacional.
- Estrangeira. 
Depende do local de registro dos atos constitutivos. Não importando a origem do capital ou nacionalidade dos sócios. 
Extinção da Pessoa Jurídica:
Voluntária: Decorre de um ato de vontade dos sócios. Geralmente decorre de um distrato (desfazimento do contrato social).
Judicial: Sentença judicial.
Administrativa: Ocorre quando a pessoa jurídica depende da autorização do Poder Executivo e este não concede. 
Legal: Decorre da lei. Ex: Morte de todos os sócios sem que haja a figura da sucessão social. 
Tema IV – Direitos da Personalidade: 
São garantias fundamentais elementares deferidas à pessoa com o objetivo de tutela/proteção da sua personalidade jurídica. 
Características do Direito da Personalidade:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
As características são relativas, pois admitem exceções previstas em lei.
- Intransmissíveis;
- Irrenunciáveis;
- Indisponíveis: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral, ou seja transitória e específica. Ex: Imagem. 
- Absolutos: No sentido de eficácia erga omnes (oponíveis contra todos). Todos devem respeitar a personalidade. 
- Extrapatrimoniais: Não tem conteúdo econômico imediato. Mas de forma mediata podem ser monetarizados.
- Inatos: Inerente às pessoas. 
- Imprescritíveis: A ausência do seu exercício não gera sua perda. Todavia, se houver a lesão ao direito da personalidade, a partir desse momento nascerá uma pretensão de reparação civil e essa pretensão prescreve no prazo de 3 anos (art. 206, §3º, V CC). 
- Vitalícios. 
OBS: Lesão indireta é quando na tentativa de lesar a personalidade do morto, acaba-se por atingir a personalidade de alguém vivo. 
Art. 12 Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Em se tratando de dano à imagem do morto, somente o cônjuge e os parentes em linha reta são legitimados para requerer o ressarcimento, excluindo-se os parentes colaterais. 
Tutela: 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
É uma proteção que pode ser dividida em:
Tutela preventiva/ inibitória: Serve para prevenir o dano. É uma ação anterior ao dano.
Tutela repressiva/reparatória: É uma ação que serve para reparar/compensar o dano. 
Sum. 37 STJ: São acumuláveis dano material e moral sobre o mesmo fato. 
Sum. 387 STJ: É possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral.
Sum 221 STJ: São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela impressa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação. 
Classificação dos Direitos da Personalidade:
- Pilar da integridade física:
Tutela do corpo vivo: 
Art. 13. Salvo por exigência médica é defeso (proibido) o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física ou quando contrariar bons costumes. 
Parágrafo Único: O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
Tutela do corpo morto:
Art. 14. É válida, com objetivo científico ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
OBS: Deve ser gratuita, sem limites e na doação pós-morte não poderá ser escolhido o receptor do órgão. 
Autonomia do Paciente:
Art. 15 Ninguém pode ser constrangido (obrigado) a submeter-se, com risco de vida, a tratamento medico ou a intervenção cirúrgica. 
OBS1: O profissional de saúde deverá informar ao paciente sobre o tratamento que poderá ser consentido através do consenso afirmativo. 
OBS 2: Testamento vital consiste na escolha do sujeito de tratamentos que não gostaria de ser submetido caso fosse necessário. Não existe lei específica sobre o testamento vital. Apenas há um resolução do CNM permitindo o testamento vital apenas em questões pontuais, em casos de indivíduos em estado terminal. A doutrina majoritária estabelece o médico deverá intervir, pois a vida é um bem maior que a autonomia de vontade do indivíduo, além disso, sua omissão é crime de omissão de socorro.
- Pilar da integridade psíquica/moral:
Imagem: São as características identificadoras de alguém. Ela se subdivide em imagem retrato (fisionomia), imagem atributo (qualitativo social) e a imagem voz.Para você vincular a imagem de alguém é necessário autorização que poderá ser tácita ou expressa. Há situações que a autorização é dispensável por força legal ou jurisprudencial. A legal consiste na necessidade de vincular a imagem de um indivíduo para administração da justiça ou à manutenção da ordem pública. 
OBS 1: Direito a imagem x direito a informação: Sobre pessoas “públicas” há o direito a informação sobre o direito a imagem.
OBS 2: Direito a imagem em locais públicos. Não é necessário a autorização da imagem panorâmica em local público.
OBS 3: O STF DECIDIU QUE AS BIOGRAFIAS NÃO AUTORIZADAS SÃO PERMIDAS NO BRASIL, DEVIDO A O INTERESSE DA POPULAÇÃO À INFORMAÇÃO.
OBS 4; SE A VINCULAÇÃO A IMAGEM FOR PARA FINS COMERCIAIS DEVERÁ HAVER AUTORIZAÇÃO SEMPRE.NESSE CASO O DANO NÃO PRECISA SER COMPROVADO, POIS ELE É PURO, O PRÓPRIO FATO JÁ CONFIGURA DANO (SUM 403 STJ).
Privacidade: 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
Exceção: Quebra de sigilo as correspondências, bancário, fiscal, dados telefônicos.
Nome: 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda que não haja intenção difamatória (responsabilidade civil objetiva) 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção eu se dá ao nome.
OBS: a lei de registro público autoriza acrescentar o pseudônimo ao nome.
A alteração do nome é permitida no Brasil, há hipóteses legais como casamento, divórcio e adoção e jurisprudencial como aquela decorre na mudança de sexo. O transgênero poderá mudar o seu registro tanto no nome como no gênero. Essa mudança não gera nenhuma prenotação no registro civil. Há também o caso de homonímia depreciativa. 
Proteção da Personalidade da Pessoa Jurídica:
Aplica-se, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade à pessoa jurídica. 
Sum. 227 STJ. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Tema V – Domicílio
Domicílio Pessoal da Pessoa Natural: 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o local onde ela estabelece a sua residência (requisito objetivo) com ânimo definitivo (requisito subjetivo). 
A morada é sempre transitória. 
A residência exige habitualidade maior. Ex: Casa de praia. 
O domicílio além da residência é necessário o animus de lá permanecer. 
É possível a pluralidade de domicílios pessoais. 
Domicílio Profissional da Pessoa Natural:
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. 
Geograficamente o domicílio pessoal e o profissional se confudem, mas conceitualmente não. 
Também é possível a pluralidade de domicílios profissionais.
Domicílio Aparente ou Ocasional da Pessoa Natural (art. 73 CC).
É o domicílio de quem não tem residência. Nesse caso, o domicílio será no local onde a pessoa for encontrada. Ex: Circense. 
O STJ visando a proteção do direito a personalidade amplia o conceito de domicílio e por isso entende por domicílio o quarto de hotel, isto é, este também é inviolável como o domicílio. 
Mudança de Domicílio (art. 74).
Domicílio da pessoa jurídica de Direito Público:
O domicílio da União será no DF:
O domicílio dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
Do município, o lugar onde funcione a administração municipal.
Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
Domicílio da pessoa jurídica de Direito Privado:
Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
Pluralidade domiciliar da pessoa jurídica: Cada filial será considerada domicílio para as respectivas obrigações. 
Classificação do domicílio:
Voluntário: Pode ser geral (decorre de um ato de vontade) ou especial/eleição (domicílio do contrato). 
Necessário/cogente ou legal: Trata-se de exceção a regra, pois são situações em que a lei impõe o domicílio.
Art. 76, parágrafo único: O DOMICÍLIO DO INCAPAZ É O DO SEU REPRESENTANTE OU ASSISTENTE. O DO SERVIDOR PÚBLICO, O LUGAR QUE EXERCER PERMANENTEMENTE SUAS FUNÇÕES; O DO MILITAR ONDE SERVIR E, SENDO DA MARINHA OU DA AERONÁUTICA, A SEDE DO COMANDO A QUE SE ENCONTRAR IMEDIATAMENTE SUBORDINADO; O DO MARÍTIMO, ONDE O NAVIO ESTIVER MATRICULADO; E O DO PRESO, O LUGAR EM QUE CUMPRIR A SENTENÇA. 
OBS: O agente diplomático pode ser mandando no DF ou no último local onde esteve no território nacional.
Bens Jurídicos:
O bem jurídico é toda utilidade física ou ideal que pode ser objeto de direito subjetivo. 
Tipos de bens:
Bens materiais/corpóreos: Bens físicos;
Bens imateriais/incorpóreos;
Tanto um como outro pode ser objeto de direito subjetivo. 
- Bens considerados em si mesmo:
Móveis x imóveis:
Fungíveis x infungíveis:
Consumíveis x inconsumíveis: São consumíveis os bens móveis cujo uso importa a destruição imediata. Também são considerados bens consumíveis aqueles postos a alienação. Ex: Imóvel posto a venda. 
Inconsumíveis são aqueles de uso de duração, isto é, ele vai durar no tempo. E aqueles bens que não são destinados a venda.
Divisíveis x Indivisíveis: Divisíveis são os bens que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que de destinam. Ex: Café.
Indivisíveis são aqueles que não permitem divisão, pois perdem seu valor ou substância. Ex: Cavalo
OBS: O bem naturalmente divisível pode se tornar indivisível, por determinação da lei (indivisibilidade legal) ou por vontade das partes (indivisibilidade convencional/voluntária). Ex: Condomínio
Singulares x coletivos (universalidades): Os bens singulares são aqueles que embora reunidos podem ser considerados sozinhos na sua individualidade. 
A universalidade pode ser de fato ou de direito. A universalidade de fato é a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. EX: Biblioteca. A universalidade de direito será o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Ex: Herança.
Bens reciprocamente considerados: 
Principais x Acessórios: 
Bem principal é aquele que tem existência abstrata, não depende de nenhum outro para existir. O bem acessório vive em função de um bem principal. 
Espécies de bens acessórios:
- Frutos: Utilidade renováveis que a coisa produz periodicamente. 
Os frutos podem ser naturais, produzidos sem a intervenção humana; industrial, aquele que decorre da intervenção humana; e ainda civil, que são os rendimentos. Ex: Alugueis.
Os frutos também podem ser:
Colhidos ou percebidos: São aqueles que já foram retirados da coisa principal.
Pendentes: São aqueles que ainda estão ligados a coisa principal.
Percipiendos: São aqueles que já deveriam ter sido retirados da coisa principal, mas não o foram.
Estantes: São aqueles que já foram colhidos e estão armazenados. 
Consumidos.
- Produtos: são utilidades não renováveis, isto é, a coisa não a produz periodicamente. Ex: Petróleo.
- Pertenças: São bens que não sendo partes integrantes se destinam de modo duradouro ao uso, serviço ou a aformoseamento de outros bens. Ex: Trator de fazenda.
- Benfeitorias: São melhoramentos ou acréscimos decorrentes da intervenção humana. As benfeitorias podem ser:
Necessárias: São aquelas que tem por finalidade conservar o bem ou evitar deterioração. 
Úteis: São aquelas que aumentam ou facilitam a utilidade do bem.
Voluptuárias: São as de mero deleite ou recreio. Não aumenta a utilidade do bem.
- Partes Integrantes: É o bem que integra o principal e necessário ao seufundamento. Ex: Lâmpada em luminária.
OBS: Princípio da gravitação jurídica ou universal que significa que o bem acessório sempre segue o principal. É a regra no ordenamento brasileiro. Todos os bens acessórios seguirão o principal, exceto as pertenças (art. 94 CC), que na maioria das vezes não seguirá o principal.
Bens públicos x particulares:
Segundo o CC ,para diferenciar um bem público de um particular deve-se observar a titularidade do bem. 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Ou seja, são públicos os bens da União, estados, distrito federal, municípios, autarquias, fundações públicas de direito público e demais entidades públicas criadas por lei.
Para a doutrina e a jurisprudência o critério da titularidade não é suficiente, devendo se observar também o critério da afetação/destinação. A critério da afetação estabelece que bem público é aquele que tenha a finalidade à prestação de serviços públicos.
Art. 99 CC: São bens públicos:
Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
Os bens de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Os bens públicos possuem um regime jurídico protetivo: 
São impenhoráveis;
São imprescritíveis: Não pode ser usucapido (art. 102).
São inalienáveis os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Ou seja, após a desafetação do bem público ele poderá ser alienado.
OBS: Os bens dominicais podem ser alienados, conforme a lei. 
Tema VII – Negócio Jurídico:
É a manifestação da vontade humana, objetivando criar, modificar ou extinguir relações jurídicas. Ex: Testamento e contrato. 
Planos do Negócio Jurídico:
Existência: É o plano estruturante do negócio jurídico. O que o negócio precisa para existir como negócio jurídico. É uma categoria criada pela doutrina e esta estabelece que para o negócio jurídico existir ele deverá conter cumulativamente:
Agente;
Objeto;
Forma;
Vontade Exteriorizada (consentimento)
Validade: É o juízo de adequação/pertinência. Será verificado se aquele negócio jurídico é válido dentro do ordenamento jurídico brasileiro. Para ser válido, o negócio jurídico deve conter:
Agente capaz: Tem que ser também legitimado;
Objeto lícito, possível, determinado (gênero, quantidade e qualidade) ou determinável (gênero e quantidade);
Forma prescrita ou não defesa (proibida) em lei. A regra geral é o negócio jurídico ter forma livre, excepcionalmente o negócio deverá ter uma forma vinculada decorrente da vontade dos negociantes ou da lei 
Art, 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no país. 
Exceção: A forma é livre para o contrato de promessa de compra e venda de imóvel (contrato preliminar) terá todos os requisitos do contrato principal a exceção da forma. Ainda que o imóvel tenha valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo, a promessa de compra e venda poderá ser feita por escritura particular.
Desrespeitada a forma congente/ vinculante a consequência é a nulidade absoluta do negócio jurídico.
Consentimento válido (doutrina): Livre e desembaraço. Desprovido de qualquer tipo de vício. O consentimento é manifestado de qualquer forma. O silêncio somente importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Ex: Contrato de doação pura.
Teoria das Invalidades/Nulidades: Inadequação do negócio jurídico ao ordenamento brasileiro.
As nulidades nunca são implícitas (exigem sempre texto de lei).
As nulidades admitem gradação:
--Nulidade absolutas:
Hipóteses de nulidades:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
 Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
Consequências da Nulidade:
O ato nulo atinge interesse público superior e por isso tem prejuízo presumido.
A nulidade se opera de pleno direito.
A nulidade não admite confirmação/ratificação/convalidação /saneamento, mas pode ser convertido em ato válido.
A nulidade pode ser arguida pelas partes, por terceiro interessado, pelo MP quando lhe couber intervir, ou até mesmo, pronunciada de ofício pelo juiz.
OBS: O juiz pode pronunciar de ofício, mas não pode supri-la de ofício. Além disso, antes de decidir de ofício o juiz deverá conferir contraditório.
A ação declaratória de nulidade tem efeito ex tunc.
A nulidade pode ser reconhecida a qualquer tempo e por isso não se submete a prazo prescricional ou decadencial. 
--Nulidades relativas (anulabilidade): 
Hipóteses de Anulabilidade: 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores (defeitos ou vícios do negócio jurídico).
Consequências da anulabilidade:
Atinge o interesse particular.
Não se opera de pleno direito, isto é, depende de decisão judicial.
Admite confirmação expressa ou tácita.
Somente pode ser arguida pelos legítimos interessados.
A anulabilidade somente pode ser arguida pela via judicial, em prazos decadenciais de 4 ou 2 anos, salvo forma específica em sentido contrário. 4 anos para os vícios do negócio jurídico e 2 anos quando a lei determinar que determinado ato é anulável sem estabelecer prazo para pleitear a anulação. 
Eficácia:

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