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ADM I Cont. ATO ADMINISTRATIVO.

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UNESA
Dir. Administrativo I.
Cont. ATO ADMINISTRATIVO.
Sanatória ou convalidação do ato administrativo: 
	Diante de uma ilegalidade, a Administração pode ou deve anular seus atos. A ponderação do interesse público é que vai equacionar a situação diante de um caso concreto (importância dos princípios administrativos). Depois de feita a ponderação de interesses no caso concreto (entre o princípio da legalidade, pedindo a anulação do ato e, do outro, a supremacia do interesse público pedindo para manter os efeitos do ato), faz-se a sanatória do ato administrativo, onde se retira o vício mantendo-se seu conteúdo, o que atenderá à legalidade e à supremacia do interesse público.
	São situações onde o administrador encontra atos administrativos ilegais, mas cujos efeitos são convenientes. Ou seja, a ideia da sanatória é retirar a ilegalidade deste ato, sendo uma alternativa à anulação deste mesmo ato (em vez de anulá-lo, este será sanado ou convalidado). 
	A convalidação ou sanatória será sempre formalizada por ato motivado.
	Atenção! Pacificamente, admite-se a sanatória para os atos com vícios nos elementos COMPETÊNCIA (vício de competência) e FORMA (vício de forma), quando, em se tratando de aplicar a sanatória em relação a um ato que sofre de vício de competência, esta sanatória recebe o nome de RATIFICAÇÃO, enquanto que se a sanatória for em relação à forma, recebe o nome de REFORMA.
	Atenção! Não há reforma sobre atos discricionários, pois o tempo não se consolida. Ex: Particular exercendo uma autorização para funcionamento de um quiosque na orla da praia por mais de dez anos.
	Também não admite convalidação de um ato em que o vício recaia sobre o MOTIVO do ato, pois incidem efeitos ex tunc. Motivo é uma situação de fato ou de direito, objetiva, que inspira o administrador a atuar no caso concreto. Logo, a situação existiu ou não, de forma que o motivo enseja uma situação que não muda, por isso não admite convalidação. Ex: Particular avança o sinal de trânsito e é multado. Como se poderia convalidar um vício quanto à situação de fato, tentando mudar a realidade?! Essa situação não poderá ser alterada pelo administrador, porque ela existiu ou não.
	OBS: O autor Diogo de Figueiredo Moreira Neto, isoladamente, entende que existe sanatória de vício de objeto, quando receberia o nome de CONVERSÃO. A crítica da maioria da doutrina é que, neste caso, haveria, na verdade, uma verdadeira troca de um ato administrativo por outro.
A Administração poderá convalidar seus atos inválidos, quando a invalidade decorrer de vício de competência ou de ordem formal, desde que, na hipótese de vício de competência, a convalidação seja feita pela autoridade que detém a competência para a prática do ato e não seja caso de competência indelegável. 
	Para o STF: só deve ser convalidado o ato que não acarrete prejuízo ao interesse público. Não se convalidam atos que foram praticados mediante crimes.
Confirmatória do ato administrativo:
	É uma outra forma de salvar os efeitos de um ato administrativo, só que em relação à prescrição. Depois que se der a prescrição sobre os efeitos do ato, haverá verdadeira confirmação (CONFIRMATÓRIA) da situação. Ex: Servidor que pratica falta grave e é punido com pena de demissão. Posteriormente, verifica-se que já havia ocorrido a prescrição, já se teriam passado cinco anos.
	Para José Maria Pinheiro Madeira, a confirmatória não é espécie de sanatória (mas há quem entenda que é) porque, na sanatória, salva-se o ato e, na confirmatória, fica-se inerte, não se faz nada, ocorrendo, então, a prescrição.

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