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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da __ Vara Criminal do Tribunal do Júri da Comarca de __ do Estado 
Autos do processo nº: 
Autor: MP
Ré: Jerusa 
JERUSA, já qualificada nos autos da presente ação penal movida pelo Ministério Público, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, regularmente constituído conforme procuração acostada aos autos em folhas, inconformado com a decisão de pronuncia, com fundamento no artigo 581, IV do CPP, interpor o presente 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
requerendo seja o mesmo recebido com as razões e, após apresentadas as contrarrazões ministeriais, seja feito o juízo de retratação, nos termos do art. 589 do CPP. Contudo, caso seja mantida a decisão ora atacada de fls.__, seja o presente recurso encaminhado ao Tribunal de Justiça do Estado de __, para regular processamento e julgamento do mérito, onde se espera a reforma da decisão impugnada.
Termos em que, pede deferimento.
Local, 08 de agosto de 2016
 Advogado, OAB/SECCIONAL
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
PROCESSO CRIME Nº: 
RECORRENTE: JERUSA
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE 
COLENDA CÂMARA CRIMINAL.
DOUTA  PROCURADORIA DE JUSTICA
Autos do processo nº: 
Autor: MP
Ré: Jerusa 
Jerusa, já qualificada nos autos da presente ação penal que lhe moveu o Ministério Público, vem, respeitosamente, perante esta Egrégia Corte, por seu advogado, regularmente constituído e qualificado, com procuração acostada aos autos, apresentar, com fundamento no artigo 588 do CPP, suas RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, pelos motivos de fato e de direito que abaixo seguem.
DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso em sentido estrito MERECE SER PROVIDO, para que seja DESCLASSIFICADO o homicídio doloso (artigo 121 c/c artigo 18, I ambos do Código Penal) para o crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor (artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro).
PRELIMINARES
1 - Nulidade por incompetência do juízo, nos termos do art. 564, I do Código de Processo Penal. Assim, como a INEXISTENCIA da ocorrência de crime doloso contra a vida, o tribunal do Júri não é competente para apreciar a questão, razão pela qual deve ocorrer a desclassificação, nos termo do artigo 419 do Código de Processo penal.
2 - Ausência de pressuposto ou condição para o exercício da ação penal, o que deveria ter motivado, desde o início, a rejeição liminar da peça acusatória, conforme previsão no art. 395, II do Código de Processo Penal.
Dessa Forma, percebe-se NITIDAMENTE que a conduta que melhor se adequa ao caso ora discutido é a conduta prevista no artigo 302 do Código de trânsito Brasileiro, razão pela qual a Recorrente deverá responder somente pela prática de Homicídio culposo na Direção de Veículo Automotor.
DOS FATOS
        
 O Ministério Público ofereceu denúncia em face da acusa pela suposta prática de crime de homicídio doloso, tipificado no art. 121 do CP, com fundamento no fato de que a mesma, ao ultrapassar veículo automotor em via de mão dupla, não sinalizou com a seta luminosa vindo a atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto, falecendo mesmo após a presteza do socorro diligenciado pela acusada.
          Diante da denúncia, e, após regular instrução criminal, o douto magistrado deste juízo, proferiu decisão de pronúncia da acusada, que, data venia, deve ser reformada conforme fundamentos abaixo aduzidos.
DO DIREITO
         
 Em primeiro lugar, a acusada não agiu com dolo em sua conduta, uma vez que além de diligenciar socorro prestativo à vítima, o acidente ocorreu nestas circunstâncias por imprudência do motociclista que estava em alta velocidade, não sendo previsível ou não tendo assumido o risco de tal fato a acusada, cuja conduta se amolda ao crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, tipificado no art. 302 do CTB, razão pela qual, deve ser desclassificado o crime de homicídio doloso, tipificado no art. 121 caput do CP, para o supracitado crime.
          Nesta mesma esteira, não se verifica o dolo na conduta da acusada, pois mesmo que se admita configurar o dolo eventual, este exige além da previsão do resultado, que o agente assuma o risco de ocorrência do mesmo, consoante ao art. 18, I parte final, do CP, que adotou a teoria do consentimento, não encontrando tal hipótese, contudo, suporte na realidade destes autos.
          Em segundo lugar, consequentemente à desclassificação de crime acima fundamentada, não é competente para julgar a acusada o Tribunal do Júri, nos termos do art. 74 §1º do CPP, havendo os autos de ser remetidos para juiz de Direito da Vara Criminal, na forma do art. 419 do CPP, que expressamente prevê esta hipótese.
IV – DOS PEDIDOS
         
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, com a finalidade de  :
a) preliminarmente, que seja reconhecida a nulidade arguida, com fundamento legal contido no art. 564, I, CPP, anulando-se a decisão de pronuncia;
b) na hipótese de rejeição da preliminar, quanto ao mérito requer a absolvição sumária, com fundamento legal no art 415, III, CPP;
c) Seja desclassificado o crime de homicídio doloso, previsto no art. 121, caput do CP, imputado na denúncia à acusada, para o crime de homicídio culposo, previsto no art. 302 do CTB;
d) Seja, consequentemente, os autos remetidos ao competente Juiz de Direito de Vara Criminal da Comarca de, para o devido processamento e julgamento do feito, nos termos do art. 419 do CPP c/c art. 74 §1º do CPP.
Termos em que, pede deferimento.
Local, 08 de agosto de 2016
Advogado, OAB/SECCIONAL

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