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CASO CONCRETO 7 PRÁTICA SIMULADA I

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CASO CONCRETO 8
ALUNO: VICTOR MATHEUS FARIA DOS SANTOS
MATRÍCULA: 201502227721
EXCLENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL PERTENCENTE À VARA Nº____ DA COMARCA DE JOÃO PESSOA/PB
O CONDOMÍNIO SPARTACUS, representante judicialmente pelo seu síndico regularmente eleito, conforme comprovação de assembleia acostada aos autos, situado na Rua Rubi, nº 300, no município de João Pessoa/PB, de endereço eletrônico spartacus_300@gmail.com, vem, respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, pelo rito comum, PROPOR
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADO COM TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de FELIZBERTO, condômino do edifício, brasileiro, residente na unidade 501 do referido prédio, de endereço eletrônico feliz_berto501@hotmail.com, que se situa no endereço supra aludido, os cadastros nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, pelo fatos e fundamentos jurídicos que passam a expor
I – DA REALIZAÇÃO OU NÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Conforme artigo 319 do CPC/15, a parte autora informa ter interesse pela realização de Audiência de Conciliação.
II – DOS FATOS
O caso versa sobre aprovação de assembleia geral extraordinária no Condomínio Spartacus, já devidamente descrito em alhures a sua localização na cidade de João Pessoa/PB, para realização de obras de manutenção e recuperação.
 Ocorre que no curso da obra fora constatado o rompimento de tubulação de esgoto (barbará) da coluna do edifício, no apartamento logo abaixo da unidade 501, de propriedade do senhor Felizberto.
Nesse ínterim, o condomínio fez inúmeros contatos com o Sr. Felizberto, por meio de notificações, comunicações pessoais, contudo o condomínio insistiu em negar o acesso ao apartamento, de modo que obstou o trabalho de manutenção. 
Os efeitos da conduta estão resvalando sobre os demais moradores e especialmente em um idoso, em um deficiente que residem na unidade 401, logo abaixo do apartamento em questão. Tal ocorrência vem trazendo potencial risco à saúde e a segurança de todos os condôminos. 
É o resumo dos fatos, passa-se agora a expor os fundamentos do direito material.
III – DOS FUNDAMENTOS
III.I – DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da ação, tendo em vista as circunstâncias originarias da ação, sendo que o domicílio do réu no caso em tela é exatamente no foro de situação do imóvel, conforme disposição nítida da lei nº 9.099/95, em seu artigo 4º, que assim estabelece:
Art. 4º. É competente, para as causas previstas nesta lei, o Juizado do foro:
I – do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
III.II – DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE
Como bem está nítido no novo código de processo civil de 2015, nas ações de conhecimento, pode-se restringir as peças iniciais a tão somente o pedido de concessão antecipada de tutela. Devendo o autor, assim esclarecendo o código, relatar a lide e os fundamentos de fatos e direitos que o caso reclama, e que visa proteger. Nesse termo:
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutelar cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (CPC/2015)
No caso exposto, resta-se nítido o teor do gravame e do perigo em que os condôminos estão passando com a suspensão da manutenção do prédio. Visto tratar-se de vazamento de esgoto, não por ser todo exclusivo o efeito do mau cheiro que exala por todo o edifício, mas por ser uma considerável infiltração na estrutura do edifício, podendo comprometer toda segurança dos que ali moram.
Verifica-se de plano, que a manutenção do prédio é dever de todos os condôminos, e que não se pode permitir que um só prejudique, e, em contínuo, ponha em risco de tal maneira toda uma coletividade. Assim é o sentido do artigo 1.336, inciso IV, do CC. Quando aduz sobre a vedação de se utilizar o bem em prejudicial sossego, salubridade e segurança dos demais possuidores. Veja-se:
Art. 1.336. Sobre os deveres do condômino:
IV – dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes. (CC)
Portanto, em vista do exposto, nota-se a premente necessidade de se estancar o vazamento, e ainda pela gravidade dos efeitos nocivos que tal ocorrência vem acarretando nos moradores, tendo inclusive um idoso e um portador de deficiência sendo diretamente afetados por morarem logo abaixo do bem em questão.
Deste modo, se faz necessária a concessão de forma antecedente da tutela antecipada de urgência, para que se dê, agora de forma impositiva, o estabelecimento da obrigação de fazer ao Sr. Felizberto, ora réu, isto é, para que este permita a efetiva manutenção que o condomínio requer, e com isso sane as agruras que os moradores estão sofrendo.
Cumpre ainda reafirmar a nitidez da ameaça de dano insanável no imóvel, visto a infiltração que progressivamente está minando a estrutura de todo o prédio, assim disposto pelo artigo 300 do CPC:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (CPC) 
 
Segue-se também o entendimento dos tribunais pátrios acerca da tutela de urgência em ação de obrigação de fazer. Neste sentido:
TJ-SP - Agravo de Instrumento AG 2309170420128260000 SP 0230917-04.2012.8.26.0000 (TJ-SP)
Data de publicação: 07/11/2012
Ementa: TUTELA ANTECIPADA OBRIGAÇÃO DE FAZER Reparos em edifício de apartamentos Possibilidade Necessidade de realização urgente de obras relativas a parte estrutural do edifício, tanto que recomendada imediata interdição de parte dele, delimitada em laudo realizado em produção antecipada de provas com obediência ao contraditório Laudo que configura prova inequívoca bastante para a concessão da medida Perigo evidente de dano irreparável ou de difícil reparação Tutela indeferida Decisão reformada em parte para, também em parte, deferir a medida Determinação de realização das obras ditas urgentes em área interditada, em determinado prazo, pena de multa. Agravo parcialmente provido.
TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70063605869 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 22/06/2015
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITOS DE VIZINHANÇA. OBRIGAÇÃODE FAZER. INFILTRAÇÕES. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. - Elementos de prova juntados pela parte agravante que se mostram suficientes a comprovar a verossimilhança de suas alegações, restando cumpridos os requisitos do art. 273 do CPC. Viabilidade da concessão da tutela pretendida neste momento processual ante a evidente urgência. - Registro fotográfico e laudo elaborado por engenheiro que apontam sérios danos ocasionados no imóvel das agravantes resultantes de infiltração oriunda do apartamento situado no pavimento superior. - Obrigação de fazer consistente em providenciar no conserto necessário a fim de fazer estancar a infiltração. - Risco à saúde e à integridade dos ocupantes do imóvel atingido. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70063605869, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Heleno Tregnago Saraiva, Julgado em 18/06/2015).
Ressalte-se também que a doutrina versa especificadamente sobre o instituto da tutela de urgência, mais precisamente no advento do novo diploma do processo civil pátrio. Assim, Humberto Teodoro Junior vem corroborar com o seguinte ensinamento: 
“Enquanto a medida cautelar foge da preocupação de satisfazer precocemente o direito material da parte, contentando-se com preservar a idoneidade genérica do processo para atingir seu escopo, a medida antecipatória, ao contrário, é eminentemente satisfativa e se defere com declarado propósitode assegurar ao litigante, antes do encerramento do processo, aquilo que seria inerente aos efeitos práticos da situação material emergente da sentença final de mérito, isto é, da sentença de procedência do pedido. A tutela cautelar tem como finalidade afastar os incômodos da demora inevitável entre a dedução da demanda em juízo e a resposta definitiva da jurisdição. Nesta tutela a atuação do juiz é mais livre, prevalecendo o principio da fungibilidade, capaz de autorizar o deferimento de providência prática diferente da que fora requerida pela parte”. 
Pelo exposto, Excelência, percebe-se que assim se dará o seguimento desta peça inicial, sob os lídimos ditames estritos do código de processo civil pátrio.
IV – DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, juntamente com a efetiva condenação do réu, desde logo, o Autor requer:
I – Deixar expresso a disponibilidade do Autor para realização de audiência conciliatória;
II – A concessão antecipada da tutela de urgência, em forma de estabelecimento de obrigação de fazer ao réu, para que este permita que se adentre no seu apartamento a fim de que se realize a premente manutenção e reparos nas colunas de esgoto que o edifício e o imóvel requerem;
III – Protestar em provar o alegado, por todos os meios de provas e direito admitidos;
IV - Condenação ao pagamento dos honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa (art. 85 do CPC), bem como nas custas processuais a serem fixadas.
V – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme os termos do artigo 369 e seguintes do CPC, em especial a testemunhal e depoimento pessoal do réu. 
VI – DO VALOR DA CAUSA
Dar-se-á o valor da causa em R$ 1.000,00 reais (mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
João Pessoa, 15 de setembro de 2017.
Victor Faria
OAB/RJ Nº XX-XXX-X

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