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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE A 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ
PROCESSO Nº: XXXXX
AUTOR: ARMANDO
RÉU: CONDOMÍNIO BOSQUE DAS CAPIVARAS X HOSPITAL MUNICIPAL X
CONDOMÍNIO BOSQUE DAS CAPIVARAS, neste ato, representado pelo seu síndico, Sr. CÉLIO SILVA, já devidamente qualificado nos autos de ação indenizatória, movida por ARMANDO, também já devidamente qualificado na inicial, pelo rito ordinário, vem por seu advogado legalmente constituído (procuração em anexo), com endereço profissional Rua do Matoso, nº 73, Praça da Bandeira, RJ, CEP: XX.XXX-XXX, vem respeitosamente perante vossa excelência propor:
CONTESTAÇÃO
Para expor e requerer o que se segue:
I – SÍNTESE DA DEMANDA
Armando andava pela calçada da rua onde morava, no bairro de Botafogo, Cidade do Rio de Janeiro, alegou ele que foi atingido por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 201 do condomínio bosque das capivaras. Foi relatado em sua petição inicial que desmaiou com o impacto, sendo socorrido por pessoas que passavam na rua, acionaram o corpo de bombeiros que o levou para o hospital Municipal X. João foi atendido e passou por procedimento cirúrgico para estagnar uma hemorragia interna sofrida.
Passados alguns dias Armando comenta que passou mal, e teve de retornar ao hospital do município X, e foi descoberto que devido há um erro médico ele deveria submeter-se a uma nova cirurgia para retirar uma gase esquecida pelo médico dentro do seu corpo, por ocasião da primeira cirurgia, causando-lhe ima infecção. Dito isso, ele alega na inicial que sofreu danos, requerendo o pagamento de lucros cessantes, tanto pelo tempo em que ficou sem trabalhar em decorrência da primeira cirurgia quanto pelo da segunda, porém não lhe comporta direito, além disso requer também danos morais.
II – DAS PRELIMINARES
II.I - CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA
Planeja o autor obter indenização, contudo o condomínio não é parte legitima para se encontrar no polo passivo desta demanda, uma vez que, tem-se o conhecimento de que tal pote foi lançado do apartamento 201, logo é parte individualizada, tratando-se, portanto, de unidade autônoma como assim dispõe o artigo 938 do Código de Civil:
“Art. 938,  CC. Aquele eu habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas e lugar indevido.”
Visto isso, não resta duvidas que a parte legítima para estar no polo passivo da demanda, é o dono do apartamento 201, unidade autônoma, seja ele proprietário ou possuidor, e não o condomínio, uma vez que, só comportaria legitimidade passiva caso fosse impossível de reconhecer de qual apartamento o pote foi lançado.
II – DO MÉRITO
 Vencida a preliminar anteriormente suscitada, imperioso o conhecimento da improcedência da obrigação de indenizarão do autor em relação aos danos sofridos em decorrência da segunda cirurgia a qual Armando foi submetido, ao passo que, os danos foram produzidos por essa cirurgia é consequência de erro médico, cometido por um ato falho da equipe cirúrgica do hospital do município X, devendo este ser demandado, e não propriamente dito em relação da queda do pote de vidro, uma vez que, o próprio na inicial afirma que estava melhor até mesmo trabalhando, e que somente alguns dias, depois da primeira cirurgia, se sentiu mal e descobriu que foi devido ao erro médico. Nestes termos, vejamos o que dispõe a legislação civil acerca desse tipo de situação:
“Art. 403. CC. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do prejuízo disposto na lei processual.”
Embora sob o ponto de vista material o evento esteja relacionado, a queda do pote de vidro que fora lançado do apartamento 201, unidade individualizada do condomínio bosque das capivaras, apenas deve ser atribuído os resultados sofridos do primeiro evento, isto é, valor total de R$ 30.000,00 ( trinta  mil reais), a título de lucros cessantes,  pela violação de sua integridade física.  Porém, como esse valor foi atribuído pelo autor na inicial, o procedimento correto seria nomear um perito em juízo, cabendo a este analisar se o valor foi corretamente calculado.
Por isso, Excelência, resta exaurir o tema sabendo que há vasta jurisprudência, que versa e pacifica o tema. Assim:
TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 298883 RJ 1992.51.01.010375-1 (TRF-2)
Data de publicação: 17/11/2006
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. SUPOSTO ERRO MÉDICO. PROBLEMA ORTOPÉDICO. DIAGNÓSTICO. NEXO CAUSAL. Pedido de reparação formulado com base na assertiva de que, após queda e trauma ósseo, a criança, atendida em hospital público, passou a enfrentar problemas ortopédicos, decorrentes do mau atendimento a que foi submetida, seguidamente, após o evento danoso. Prova pericial que, no entanto, assinala a origem diversa das dores e problemas do Autor, atribuindo-os a doença específica. Em caso de alegado erro médico é sempre necessária a comprovação de que o atendimento prestado foi a causa direta e imediata do dano (art. 403 do Código Civil ), ou seja, só se considera presente a relação de causalidade quando o evento for apto a provocar o específico dano alegado, segundo o curso normal das coisas e a experiência da vida ou conhecimento da ciência. Prova documental que afasta o nexo.Apelação do autor desprovida.
TJ-DF - Embargos Declaratórios no Juizado Especial Apelação Cível do Juizado Especial EDJ1 20130410029407 (TJ-DF)
Data de publicação: 29/10/2015
Ementa: DIREITO CIVIL. LUCROS CESSANTES. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. SUSPENSÃO DO JULGAMENTO. 1 - É aplicável ao Recurso Inominado previsto no art. 42 da Lei 9.099 /1995, o disposto no art. 476 e seguintes do CPC, que trata do Incidente de Uniformização de Jurisprudência. Precedentes na Turma de Uniformização (Acórdão n. 628976, 20110150000035UNJ, Relator DEMETRIUS GOMES CAVALCANTI, Turma de Uniformização, julgado em 02/08/2012, DJ 25/10/2012 p. 342). 2 - Divergência entre as Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis do Distrito Federal, sobre a interpretação do art. 403 do Código Civil , que se declara. 3 - Reconhecida a divergência sobre a questão controvertida, suspende-se o julgamento da questão principal, encaminhando-se o feito à Presidência da Turma de Uniformização de Jurisprudência, na forma do art. 51 do Regimento Interno. 4 - Incidente acolhido, com suspensão do processo, encaminhando-se os autos à Presidência da Turma de Uniformização de Jurisprudência.
V - PEDIDOS
Por todo o exposto, o Réu, com o devido acatamento e respeito, desde logo, requer:
1 – seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva , intimando o autor para se manifestar em 15 (quinze) dias,sobre a alteração da petição inicial para substituição do réu, caso contrário seja extinto o processo sem resolução do mérito 
2- julgueimprocedente o pedido de lucro cessantes de R$ 30.000,00
3- julgue improcedente o pedido de reparação por danos morais de R4 50.000,00
4 – condenação do autor aos ônus sucumbências.
IV – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369e seguintes do CPC/15, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.
Nestes termos, pede deferimento.
Uberlândia/MG 9 de novembro de 2017.
Victor Faria
OAB/RJ XX.XXX-XX

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