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INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

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EXECENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA... VARA DO TRABALHO DE.../UF
INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE
EMPRESA ALFA., inscrita no CNPJ sob o n.º(...), com endereço na Rua(...), bairro(...), cidade-UF, CEP(...), por seu advogado que a presente subscreve, (nome), OAB/(UF) n.º(...), que receberá as intimações e notificações no (...), CEP(...), vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 853 da CLT, propor, tempestivamente, INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE, Pelo rito especial em face de LEONEL PEREIRA , (nacionalidade ), (estado civil ) , diretor titular de sociedade de cooperativa , portador da cédula de i de n t i da de nº ( .. .) , residente e domiciliado na rua nº ( ...) , bairro, cidade-UF, CEP nº(...), email- (...) pelos fatos e fundamentos a seguir:
INICIALMENTE
DOS FATOS
Observa-se que o requerido é diretor titular da requerente há cerca de um ano, sendo assim então detentor de estabilidade provisória. Entretanto o requerido não está liberado de cumprir sua jornada de trabalho. O mesmo, vem apresentando reiteradas faltas e atrasos sem justificativas, sendo assim, todos devidamente punidos em formas de advertências e suspensões pelo seu empregador. Acontece que a situação só vem se agravando a cada dia mais, tornando-se cada vez mais reincidente em suas faltas fazendo com que a requerente use de outros meios para resolver este problema. 
PRELIMINARES
DA ESTABILIDADE
O requerido foi eleito dirigente sindical. Portanto, é detentor de estabilidade, nos termos do artigo 8º, VIII, da Constituição Federal, então vejamos: 
É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Ademais, De acordo com o parágrafo terceiro do artigo 543 da CLT, é vedada a dispensa do empregado sindicalizado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção de entidade sindical, até um ano após o final do seu mandato, salvo se cometer falta grave devidamente apurada, então vejamos:
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 7.543, de 2.10.1986). 
Percebe-se que é vedada a dispensa do empregado sindicalizado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção de entidade sindical, até um ano após o final do seu mandato, salvo se cometer falta grave devidamente apurada. Desta forma, a estabilidade adquirida é juris tantum, relativa, uma vez que, caracterizada e provada a falta grave cometida pelo empregado, perde ele o direito à proteção.
DA FALTA GRAVE
Segundo o artigo 482, CLT incisos b, e e i da CLT, constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
 i) abandono de emprego;
Percebe-se em entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho a ocorrência de abandono de emprego, então vejamos:
Súmula nº 32 do TST
ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e  21.11.2003.
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.
Não obstante, o que foi explicitado, a jurisprudência vem confirmar o teor das afirmações elencadas:
RECURSO ORDINÁRIO. ABANDONO DE EMPREGO. CARACTERIZAÇÃO. Abandono é ato ou efeito de abandonar. O abandono de emprego, enquanto falta grave configuradora de justa causa capitulada na letra i, do artigo 482 da CLT, conceitua-se como a ausência injustificada e prolongada do empregado (que a jurisprudência fixou em 30 (trinta) dias consecutivos), com o animus abandonandi (ou animus dereliquendi), com a manifesta intenção de não mais retornar ao trabalho. Logo, para a caracterização da falta grave do abandono, necessário é que estejam presentes, concomitantemente, o elemento objetivo, das ausências injustificadas e consecutivas ao serviço, durante período que a jurisprudência fixou em 30 dias, e o elemento subjetivo, ou seja, a manifesta intenção do empregado de não mais querer retornar ao emprego. (TRT/SP - 00681200800402006 (00681200800402006) - RO - Ac. 12ªT 20101012858 - Rel. MARCELO FREIRE GONÇALVES - DOE 22/10/2010).
EMENTA - DISPENSA - JUSTO MOTIVO - ABANDONO DE EMPREGO - REQUISITOS - PROVA
 A justa causa trata-se de penalidade aplicada ao empregado, diante da prática de ato doloso ou culposo, nessa hipótese, grave o suficiente e capaz de minar a confiança e boa-fé inerentes a relação jurídica pré-estabelecida, autorizando ao empregador a rescisão do contrato de trabalho por justo motivo o qual, pela natureza ou reiteração, configura violação das obrigações contratuais pelo empregado, de modo que se afigura insuportável a continuidade do pacto. Por ser causa excepcional de ruptura, eis que afasta a aplicação do princípio da continuidade do vínculo laboral, demanda prova inconteste do cometimento da falta grave atribuída ao obreiro, sob o risco de vir a ser desqualificada na via judicial (artigo 333, inciso II, do CPC e artigo 818, da CLT). O abandono de emprego, espécie de falta grave, requer a comprovação da existência de um elemento material - ausência injustificada do trabalhador - e de um elemento psicológico - a intenção de abandonar o trabalho. A ausência configuradora do abandono há de ser ininterrupta e prolongada, tendo a jurisprudência fixado em trinta dias o lapso temporal que caracteriza o elemento material do abandono de emprego e que induz presunção do elemento psicológico se o trabalhador queda-se inerte (Súmula de n. 32, do c. TST).Dispensa por justa causa que se confirma, diante dos elementos fáticos analisados. 
 
DO DIREITO 
 
Mediante a contextualização fática e jurídica explicitada, consoante o que foi apresentado no disposto do artigo 55 da Lei 5764/71, os membros dirigentes de cooperativas possuem estabilidade no emprego, e gozarão das garantias asseguradas pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. Sendo assim vale ressaltar que uma vez estável o empregado dirigente sindical somente poderá ser dispensado do trabalho mediante cometimento de uma falta grave, devidamente apura da nos termos da Le i 5764/71, no artigo 543, parágrafo 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho. 
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer:
1.A notificação do requerido para que conteste os fatos, sob pena de confissão, nos termos das Súmulas 73 e 74 do TST;
2. Que Vossa Excelência julgue procedente o pedido de rescisão judicial do contrato de trabalho entre o Requerente e o Requerido, dada a justa causa cometida, na forma do art. 482 da CLT;
3. A produção de todas as provas admitidas em direito, documentais, periciais e testemunhais, inclusive o depoimento pessoal do Requerido.
Dá a causa o valor de R$... (...).
Nestes Termos, Pede Deferimento.
Local/ Data
ADVOGADO
OAB nº

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