Buscar

Neurose e psicose e a perda da realidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
RAQUEL DA SILVA
Textos: Neurose e Psicose, Perda da realidade na Neurose e Psicose e Negação
Trabalho solicitado pelo professor na disciplina TÓPICO ESPECIAL PSI. E PROCESSOS CLÍNICOS I, Universidade Estácio de Sá como parte dos requisitos necessários à obtenção de grau no curso de Psicologia
Professora:
MARIA CRISTINA FIGUEIRA LOURO
Rio de Janeiro
2017
Questões
Descreva uma síntese das principais teses Freudianas contidas nos textos Neurose e psicose e perda de realidade na neurose e psicose. E a evolução histórica dos mecanismos psíquicos preponderantes a neurose e psicose (Recalque e rejeição forclusão).
R: Neurose e Psicose (1924) 
No publicado “O Eu e o Isso” Freud sugere uma separação do aparelho psíquico, no qual pode ser apontando uma serie de relações de maneira simples e completa. Porém, no que se diz em relação ao papel do Super-Eu ainda precisa de reflexão.
Neste mesmo trabalho foram relatadas múltiplas dependências do Eu, e sua posição reguladora entre o mundo externo e o Isso, e seu desejo de servir a todos os seus senhores de uma só vez. Além disso, Freud relata em seu texto uma discussão à parte, a respeito das origens e prevenções das psicoses, atribuindo a ele uma formula simples, porem importante fonte de diferenciação genética entre neurose e psicose.
 	Uma vez que a neurose e resultado de um conflito entre o Eu e o Isso, enquanto a psicose e o resultado similar de um distúrbio, parecido nas relações entre o Eu e o mundo externo. Eventualmente as neuroses podem surgir durante o processo de análise, do fato do Eu não quer criar uma descarga motora ou impedir um movimento pulsional poderoso do Isso ao objeto desejado. 
Freud explica que todas as neuroses transferências se motivam da recusa do Eu a aceitar um poderoso estimulo pulsional do Isso, ao ajudá-lo a encontrar um escoador ou de o Eu proibir àquele impulso o objeto que visa. Em tal caso, o Eu se defende contra o estimulo pulsional mediante o mecanismo do recalque. O material reprimido luta contra esse destino. Cria para si próprio, ao logo de caminhos sobre os quais o Eu não tem poder, uma representação substitutiva (que se impõe ao Eu mediante uma conciliação) o sintoma. O Eu descobre a sua singularidade ameaçada e prejudicada por esse intruso e continua a lutar contra o sintoma. Tudo isso produz o quadro de uma neurose. O Eu entrou em conflito com o Isso, a serviço do Super-Eu e da realidade, e esse é o estado de coisas em toda neurose de transferência. 
Além disso, Freud menciona exemplos em que ficam evidentes os mecanismos da psicose apontando as perturbações entre o Eu o mundo exterior. Como no caso da amência de Meynert, uma confusão alucinatória aguda que constitui talvez a forma mais intensa e evidente de psicose, o mundo exterior não é entendido de forma correta ou a percepção dele não possui qualquer efeito. Geralmente o mundo externo domina o Eu de dois modos: em primeiro lugar, através de percepções atuais e presentes sempre restauráveis; e, em segundo lugar, mediante o armazenamento de lembranças de percepções anteriores, as quais, sob a forma de um mundo interior sobre o domínio do Eu e parte constituinte dele. 
Na amência, não apenas é recusada a admissão de novas percepções, também o mundo interno, como reprodução do mundo externo, que até agora o representou , perde sua significação. O Eu cria automaticamente um novo mundo externo e interno, e não pode haver dúvida quanto a dois fatos: que esse novo mundo é formado de acordo com os impulsos desejosos do Isso e que o motivo dessa separação do mundo exterior é alguma insatisfação séria de um desejo, por parte da realidade essa insatisfação que parece intolerável.  A reduzida conexão da psicose com os sonhos normais é inconfundível. Uma condição de sonhar é o estado de sono, e uma das características do sono é a completa ausência da percepção e do mundo externo. 
Alem do mais, Sabemos que outras formas de psicose, como a as esquizofrenias, inclina-se a abolir uma incapacidade afetiva, isto é, em uma perda de total participação no mundo exterior. Com alusão à constituição dos delírios, inúmeros analistas nos ensinam que o delírio se encontra aplicado como um remendo no lugar em que originalmente uma fenda apareceu na relação com o mundo exterior. A qualidade do conflito com o mundo exterior só não e mais presente devido o fato de que, no quadro clinico da psicose, as manifestações do processo patogênico estão regularmente redescobertas por manifestações de uma tentativa de cura ou de renovação.
A etiologia comum para o inicio de uma psicose-neurose ou psicose continua sendo um empecilho a não realização de algum daqueles constantemente incontentáveis desejos de infância, arraigados profundamente em nossa constituição filogeneticamente determinada. Esse empecilho é sempre, em ultima analise exterior, em casos peculiares, ele pode partir daquela instancia interior (no Super-Eu) que assumiu a representação das exigências da realidade. 
O efeito patogênico depende de o Eu, numa tensão conflitual desse tipo, continuar leal à sua dependência do mundo externo e tentar silenciar o Isso, ou ele se deixar vencer pelo Isso e, portanto, ser extraído da realidade. Uma complicação é inserida nessa situação aparentemente simples, contudo, pela existência do Super-Eu, o qual, através de um vínculo ainda não claro para nós, une em si influências originárias tanto do Isso quanto do mundo externo, e constitui, até certo ponto, um modelo ideal daquilo a que visa o esforço total do Eu: uma reconciliação entre suas diversas dependências. A atuação do Super-Eu deveria ser tomada em consideração, o que até o momento não foi feito, em toda forma de padecimento psíquica. Podemos temporariamente pensar que tem de haver também doenças que se fundamentam em um conflito entre o Eu e o Super-Eu. 
A análise nos dá o direito de crer que a melancolia é um exemplo típico desse grupo, e conservaríamos o nome de ‘psiconeuroses narcísicas’ para distúrbios desse tipo. As neuroses de transferência refletem de um conflito entre o Eu e o Isso, as neuroses narcísicas, a um conflito entre o Eu e o Super-Eu, e as psicoses, a um conflito entre o Eu e o mundo externo. É fato que não podemos dizer prontamente se de fato com isso desfrutamos algum conhecimento novo, ou apenas enriquecemos nosso acervo de fórmulas.  A idéia de que as neuroses e as psicoses se advêm dos conflitos do Eu com as suas diversas instâncias regentes, refletem um fracasso ao funcionamento do Eu, que se vê em dificuldades para reconciliar todas as várias exigências feitas a ele.
Em conclusão, resta a avaliar a questão de saber qual pode ser o mecanismo paralelo ao recalcamento, ao qual o Eu se desliga do mundo externo? Freud reflete que não pode ser respondido com novas investigações, porém, tal mecanismo deve, tal como o recalcamento, envolver uma retirada da catexia enviada pelo Eu.
A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose (1924) 
Freud indica como uma das características que diferenciam uma neurose de uma psicose o fato de o Eu, em sua dependência da realidade, se opõe a uma parte do Isso (da vida pulsional), à medida que, em uma psicose esse mesmo Eu, a mercê do Isso, se afasta desta parte da realidade. Assim, para uma neurose o fator crucial seria a influência da realidade, enquanto para uma psicose esse fator seria o domínio do Isso. Na psicose a perda de realidade estaria essencialmente presente, enquanto que na neurose, essa perda seria evitada.
Isso, porém, não acontece de fato com todo o mundo de que toda neurose perturba de algum modo, a relação do paciente com a realidade servindo como desculpa para se afastar da realidade, e que, em situações mais conflituosas, significa definitivamente uma fuga da vida real. Esse contraste pode parecer sério, porém é facilmente resolvido, e a explicação ha seu respeito na verdade nos auxiliarão na compreensão das neuroses.
Esse contraste caso exista e apenas enquanto mantemos os olhos fixados nasituação no começo da neurose, quando o Eu, a serviço da realidade, se dispõe ao recalcamento de um impulso pulsional. Contudo isso não é ainda a neurose propriamente dita. Ela consiste antes nos processos que fornecem uma compensação à parte do Isso danificada isto é, na reação contra o recalcamento e no seu fracasso. O afrouxamento da relação com a realidade é uma conseqüência desse segundo passo na formação de uma neurose. Não existe nada de novo na caracterização da neurose como o resultado de um recalcamento fracassado. E necessário frisar apenas devido ao novo contexto. 
A neurose desconsidera a alteração real na media que recalca a exigência pulsional. Poderíamos esperar que, ao surgir uma psicose, ocorre algo correspondente ao processo de uma neurose mesmo que em distintas instâncias na mente. Assim, poderíamos esperar que também na psicose duas etapas pudessem ser diferenciadas, das quais a primeira arrastaria o Eu para longe da realidade, enquanto a segunda tentaria reparar o dano causado e restabelecer as relações do indivíduo com a realidade as custa do Isso. Em uma analogia desse tipo pode ser observada em uma psicose. O segundo passo da psicose tem como objetivo reparar a perda da realidade, mas não as custas de uma ligação real. Mas pela criação de uma nova realidade que não levanta mais as mesmas objeções que a antiga, que foi abandonada.
A neurose e a psicose diferem uma da outra muito mais em sua primeira reação introdutória do que na tentativa de reparação que a segue. Por conseguinte, a diferença inicial aparece no desfecho final, na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, enquanto que na psicose, a fuga inicial é sucedida por uma fase ativa de reorganização na neurose, a obediência inicial é sucedida por uma tentativa adiada de fuga.
Chamamos um comportamento de ‘normal’ ou ‘sadio’ se ele combina certas características de ambas as reações se rejeitam a realidade igualmente a uma neurose, mas se depois se esforça, como faz uma psicose, por efetuar uma mudança dessa realidade. Ele não é mais autoplástico, mas aloplástico.
Em uma psicose, a transformação da realidade é realizada sobre os prematuros psíquicos de antigas relações com ela, sobre os traços de memória, as idéias e os julgamentos anteriormente decorrentes da realidade e através dos quais a realidade foi representada na mente. Essa relação, porém, jamais foi uma relação fechada; era continuamente melhorada e alterada por novas percepções.
O fato de em tantas formas e casos de psicose as paramnésias, os delírios e as alucinações que ocorrem serem de caráter muito dramatico e estarem ligados a uma geração de ansiedade, são sem dúvida sinal de que todo o processo de transformação é levado a cabo contra forças que se lhe opõem violentamente. Provavelmente na psicose o pedaço da realidade rejeitada freqüentemente se impõe à mente, tal como o instinto reprimido faz na neurose, e é por isso que, em ambos os casos, os mecanismos também são os mesmos.
 Existe, portanto, outra analogia entre uma neurose e uma psicose no fato de em ambas a tarefa cultivada na segunda etapa ser parcialmente mal-sucedida, de vez que o instinto reprimido é incapaz de conseguir um substituto completo (na neurose) e a representação da realidade não pode ser remodelada em formas aceitáveis (não, pelo menos, em todo tipo de doença mental).
O destaque, porém, é diferente nos dois casos. Na psicose, ela reflete inteiramente sobre a primeira etapa, que é patológica em si própria e só pode conduzir ao adoecimento. Na neurose, por outro lado, ela recai sobre a segunda etapa, sobre o fracasso do recalcamento, ao passo que a primeira etapa pode alcançar o sucesso, e realmente o alcança em inúmeros casos, sem transpor os limites da saúde.
A separação entre neurose e psicose e evidente, contudo, é enfraquecida pela circunstância de que também na neurose não faltam tentativas de substituir uma realidade desagradável por outra que esteja mais de acordo com os desejos do indivíduo.
Por fim vemos, que tanto na neurose quanto na psicose interessa a questão não apenas relativa a uma perda da realidade, mas também a um substituto para a realidade.
Evolução histórica dos mecanismos psíquicos (Recalque e Rejeição foraclusão)
Recalque
verdrängung é habitualmente traduzido como recalque ou repressão. Esta palavra vem do verbo verdrängen, que significa em alemão empurrar para o lado, desalojar. Este verbo ainda remete a uma sensação de sufoco, de incomodo que leva o sujeito a desalojar, deixar de lado o material que o incomoda. Entretanto, segundo essa significação, tal material permanece junto ao sujeito, pressionando pelo retorno, e exigindo a mobilização de esforço para mantê-lo longe. Partindo desses elementos, as conotações mencionadas da significação relacionadas ao termo verdrängung se aproximam ao emprego do termo no contexto psicanalítico O recalque, mecanismo de defesa relacionado por Freud às neuroses, não consegue eliminar a fonte pulsional que, de maneira constante, emite estímulos que chegam à consciência e reivindicam satisfação.
Em "A perda da realidade na Neurose e Psicose” (1924), Freud corrige algumas idéias que colocara em "Neurose e Psicose", do mesmo ano. Ele percebe que na neurose há um afastamento da realidade e não apenas na psicose, como desconfiava anteriormente. No caso da neurose, tal afastamento ocorre posteriormente ao recalque. 
	Em 1925 utiliza o substantivo 'recusa' (die Verleugnung), começando então a organizar um conceito, verleugnen foi muitas vezes traduzida como rejeitarfazendo alusão ao fato da criança se depara com a diferença entre os sexos (1923, 1925b). Neste momento a Verleugnung tem o significado de rejeição. E o que a criança rejeita é o fato da menina 'não ter' o órgão sexual. 
	Inicialmente no texto "Fetichismo" (1927). O termo Verleugnung é traduzida como recusa e renegação. E uma defesa da psicose, Freud passa a favorecer o conceito como mecanismo fundamental da perversão.
	 Freud retoma os escritos sobre neurose e psicose comparando-os com as investigações de dois casos acerca do fetichismo. Pressupondo que a rejeição de uma parte da realidade ocorreria na infância dos indivíduos tido como normais. Haveria uma parte da vida psíquica que se ajustaria ao desejo, enquanto outra se dirigiria à realidade. 
	No texto "A cisão do Eu no Processo de Defesa", escrito em 1938 e publicado após a morte de Freud, ele fala da reação da criança que, na continua satisfação pulsional, se deparar com alguma experiência que a colocaria em risco caso continuasse nessa procura de satisfação. Seu exemplo clínico remete ao fetichismo e, também com base nos textos anteriores, já é possível supor que tal experiência é a assustadora ameaça de castração.
Rejeição foraclusão
Verwerfung vem do verbo verwerfen que significa rejeitar e forcluir. Freud utilizou essa terminologia referindo-se a um tipo de recusa arcaica no sentido de expulsão, de eliminação da ideia de castração. A Verwerfung consistiria em rejeitar ao nível do processo primário algo que deveria ser simbolizado. Nesse tipo de defesa, o Eu desestima/recusa (verwerfung) a representação incompatível/insuportável juntamente com seu afeto e se comporta como se a representação jamais tivesse existido. Assim, o rompimento efetuado pelo Eu com a representação incompatível, faz com que “esta fique inseparavelmente ligada a um fragmento de realidade, de modo que, à medida que o eu obtém esse resultado, também se desliga, total e parcialmente, da realidade.
O primeiro texto de Freud onde o termo Verwerfung caracterizada como mecanismo de rejeição é “As neuropsicoses de defesa” do ano de 1894.
Em 1899 na carta 125 a Fliess, Freud questiona uma antiga formulação sua em que ele acreditava que a escolha da neurose estava relacionada com a idade que o trauma sexual ocorria. 
Porem Freud abandona esta crença e introduz na carta a noção de um ponto de fixação do sujeito no desenvolvimento libidinal, que no caso da paranóia seria o seu estrato sexualmais primitivo que é o auto-erotismo
Em 1911, Freud escreve seu mais extenso trabalho sobre a psicose que é o caso do Schreber
Em 1918, Freud escreve o caso do “Homem dos Lobos” que é um caso polêmico quanto ao seu diagnóstico na história da psicanálise. Apesar de Freud acreditar se tratar de uma neurose obsessiva, é possível perceber Freud com dúvidas em relação ao diagnóstico.
Em 1924, no texto “Neurose e Psicose” Freud chega a conclusão de que a psicose é o resultado das perturbações das relações do ego com o mundo exterior. Essas perturbações nada mais são do questões relativas ao problema da castração.
No final da obra de Freud se confirma aquilo que pode ser percebido ao longo de todo o seu trabalho, uma dificuldade em definir um mecanismo específico para a psicose.
2-Apresente uma reflexão descritiva da analise feita por Freud do seguinte trecho do texto “A Negação”:
“A essa concepção da negação se ajusta muito bem o fato de que na analise não ocorreu nenhum “não” vindo do inconsciente, e de que o reconhecimento do inconsciente por parte do eu expressa numa formula negativa. Não existe prova mais contundente da bem-sucedida descoberta do inconsciente do que quando analisando reage com a frase: “não foi isso que eu pensei” ou “nisso eu não pensei (nunca)”.
 
R: 	Há formas indiretas de avaliar uma afirmação do paciente, exemplos de expressões como “Nunca tinha pensado nisso antes”, ou quando o paciente responde com certa aproximação semelhante ao conteúdo da interpretação do analista de grande valia.
Um comportamento terapêutico negativa, com sentimentos de culpa, gostar de sentir dor ou repulsa em receber ajuda, pode ser percebido no paciente quando uma interpretação errada não causa alteração e a correta provoca uma piora dos sintomas.
 Somente o curso da análise capacita o analista a decidir se essas interpretações são corretas ou inúteis. O caminho que parte da interpretação do analista deveria terminar na lembrança do paciente, porem nem sempre isso é possível. O que pode acontecer, é o analista produzir no paciente uma certeza da verdade de sua interpretação que conseguirá o mesmo resultado de uma lembrança.
Quando uma interpretação força o resgate de algo reprimido o paciente pode resistir em liberar essa lembrança permitindo somente a passagem de detalhes menos significativos das recordações em vez de trazer conteúdos de maior importância.

Outros materiais