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Português Instrumental
Profa: Marina Kataoka
Regência Nominal e Verbal
1. Para início de conversa
Nada de ideais ao alcance das mãos
Gosto de pássaros
que se enamoram das estrelas
e caem de cansaço
ao voarem em busca de luz...
(Mil razões para viver. São Paulo: Civilização Brasileira)
2. Regência
• Em nossa língua, há termos que, do ponto de vista 
sintático, exigem a presença de outro.
• Por exemplo:
verbo nome
Eu gosto de pássaros ... Em busca da luz
VTI OI adj. Adv. Comp. nominal 
2. Regência
 Assim, regência é a parte da gramática que trata
das relações entre os termos da frase, verificando
como se estabelece a dependência entre eles.
 Ou seja, a relação de subordinação que ocorre
entre um verbo (ou um nome) e seus
complementos.
 Ocupa-se em estabelecer relações entre as
palavras, criando frases não ambíguas, que
expressem efetivamente o sentido desejado, que
sejam corretas e claras.
* Aprofundando a compreensão
 Observe:
1) Nós amamos Maria.
2) Nós gostamos de Maria.
Qual a diferença existente entre as duas 
orações? 
* Aprofundando a compreensão
• No exemplo (1), notamos que o verbo amar exige
complemento sem preposição, ou seja, um objeto
direto;
• Já no (2), o verbo gostar exige complemento
introduzido pela preposição de, ou seja, um objeto
indireto.
2. Regência
 Damos o nome de regente ao termo que pede o
complemento e de regido ao complemento.
Exemplo:
Os amigos tinham necessidade de apoio.
regente (nome) regido
Os amigos necessitavam de apoio.
regente (verbo) regido
2. Regência
• Quando o termo regente é um nome: temos uma
regência nominal;
• Quando é um verbo: temos uma regência
verbal.
2.1. Regência Nominal
• Regência Nominal é o nome da relação
existente entre um nome (substantivo, adjetivo
ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
• Essa relação é sempre intermediada por
uma preposição.
2.1. Regência Nominal
• No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o
mesmo regime dos verbos de que derivam.
• Conhecer o regime de um verbo significa, nesses
casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.
2.1. Regência nominal
Substantivos
Admiração a, 
por
Devoção a, para, 
com, por
Medo a, de
Aversão a, 
para, por
Doutor em Obediência a
Atentado a, 
contra
Dúvida acerca de, 
em, sobre
Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência so
bre
Capacidade de
, para
Impaciência com Respeito a, com, 
para com, por
2.2. Regência verbal
 A regência verbal estuda a relação que se
estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos
indiretos) ou caracterizam (adjuntos
adverbiais).
 O estudo da regência verbal permite-nos ampliar
nossa capacidade expressiva, pois oferece
oportunidade de conhecermos as diversas
significações que um verbo pode assumir com a
simples mudança ou retirada de uma preposição.
2.2. Regência verbal
• Para estudar a regência verbal, agruparemos os
verbos de acordo com sua transitividade.
• Em outras palavras, o que estudamos na
regência verbal é se o verbo é transitivo
direto, transitivo indireto, transitivo
direto e indireto ou intransitivo e qual a
preposição relacionada com ele.
2.2.1. Verbos intransitivos
• São os verbos que não necessitam de 
complementação. 
• Sozinhos, indicam a ação ou o fato.
Por exemplo:
As margaridas morreram.
VI
2.2.1. Verbos intransitivos
 É importante, no entanto, destacar alguns detalhes
relativos aos adjuntos adverbiais que costumam
acompanhá-los.
Chegar, Ir
 Normalmente vêm acompanhados de adjuntos
adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições
usadas para indicar destino ou direção são: a,
para.
Exemplos:
Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar
Ricardo foi para a Espanha.
Adjunto Adverbial de Lugar
2.2.1. Verbos intransitivos
Comparecer
• O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido 
por em ou a.
Por Exemplo:
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver 
o último jogo.
2.2.2. Verbos transitivos diretos
• São verbos que indicam que o sujeito pratica
a ação, sofrida por outro elemento, denominado
objeto direto.
• Assim, são complementados por objetos diretos.
• Isso significa que não exigem preposição para
o estabelecimento da relação de regência.
2.2.2. Verbos transitivos
 Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que
os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como
objetos diretos.
 Esses pronomes podem assumir as formas lo,
los, la, las (após formas verbais terminadas em -
r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas
verbais terminadas em sons nasais), enquanto
lhe e lhes são, quando complementos verbais,
objetos indiretos.
2.2.2. Verbos Transitivos
• São verbos transitivos diretos, dentre outros:
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender,
eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar,
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
• Na língua culta, esses verbos funcionam
exatamente como o verbo amar: “quem ama,
ama alguém”
2.2.3. Verbos transitivos indiretos
• São complementados por objeto indireto.
• Isso significa que esses verbos exigem uma
preposição para o estabelecimento da relação de
regência.
Exemplo:
Nós gostamos de você.
2.2.3. Verbos transitivos indiretos
• O objeto indireto pode ser representado por um
substantivo, ou palavra substantivada, uma
oração (oração subordinada substantiva objetiva
indireta) ou por um pronome oblíquo.
2.2.3. Verbos transitivos indiretos
• Os pronomes oblíquos átonos que funcionam
como objeto indireto são os seguintes: me, te, se,
lhe, nos, vos, lhes.
• Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam
como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si,
ele, ela, nós, vós, eles, elas.
2.2.4. Verbos transitivos diretos e 
indiretos
• São os verbos que possuem os dois complementos 
- OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO.
• Admitem duas construções, uma transitiva direta, 
outra indireta, sem que isso implique 
modificações de sentido.
2.2.4. Verbos transitivos diretos e 
indiretos
• São verbos que apresentam objeto direto
relacionado a coisas e objeto indireto relacionado
a pessoas.
Exemplo:
Paguei o débito ao cobrador.
Objeto Direto Objeto Indireto
• A OUTRA NOITE
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto 
lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até 
Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de 
lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, 
colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para 
voltar-se para mim:
-O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá 
em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra -
pura, perfeita e linda.
-Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois 
continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava
em outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado 
ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
• Rubem Braga
O USO DA CRASE1. Para início de conversa
• A crase não foi feita para humilhar ninguém. 
(Ferreira Gular)
• Como, desde a colonização portuguesa, a crase é
uma das coisas mais excitantes da cultura brasileira
e nas centenas de línguas nativas classificadas por
Curt Nimuendaju (*) em 43 anos de viagem pelo
interior do Brasil, não encontrei uma só crase -
também quero aprender mais sobre ela.
Pois a crase é como a felicidade. "Nunca a pomos
onde nós estamos. Nunca estamos onde nós a
pomos". (Millôr Fernandes)
• Tropeçando nos acentos
Moacyr Scliar
Alguém já disse que os ingleses conquistaram o mundo porque não precisavam
perder tempo acentuando as palavras. Pode não ser verdade, mas o gasto de
energia representado pelos agudos, pelos circunflexos, pelos tremas,
impressiona. E a pergunta é: para quê, mesmo? Alguém já disse que a crase não
foi feita para humilhar ninguém. Tenho minhas dúvidas: acho que a crase foi
feita, sim, para humilhar. A população se divide em pobres e ricos, mas também
se divide em dois grupos, os que sabem usar a crase, a minoria, e a maioria que
tem um medo existencial a este sinal.
(...) Há duas soluções para o problema. Uma é representada por esses dispositivos
de correção que hoje fazem parte dos programas de computação (mas que às
vezes cometem erros lamentáveis). Outra seria uma revolução na grafia que
reduzisse os acentos ao mínimo possível ou, melhor ainda, a zero.
* Será que não faz diferença?
2. Sinal da crase
O fenômeno que a gramática 
normativa chama de crase - a 
contração da preposição a 
com o artigo a
A + A = À
A + AS = ÀS
A + AQUELE (S) = ÀQUELE(S)
A + AQUELA(S) = ÀQUELA(S)
A + AQUILO = ÀQUILO
Origina-se do grego 
krásis e significa 
mistura
• O acento grave (`) no a tem duas aplicações
distintas, explica Celso Pedro Luft (1921-1995) no
hoje clássico Decifrando a Crase (Globo, 2005:
16):
1) Sinalizar uma fusão (a crase): indica que o a
vale por dois (à = a a): "Dilma Rousseff
compareceu às CPIs".
2) Evitar ambiguidade: sinaliza a preposição a em
expressões de circunstância com substantivo
feminino singular, indicando que não se deve
confundi-la com o artigo a.
"Dilma Rousseff depôs à CPI". Sem a crase, a frase
hipotética se revela ambígua: Dilma destituiu a
comissão parlamentar de inquérito ou apenas
deu depoimento à comissão? O sinal de crase
tira a dúvida.
* Aprofundando a compreensão
Cheirar a gasolina
(aspirar o combustível) 
Cheirar à gasolina
(feder tal qual o combustível)
Chegar a noite
(anoitecer) 
Chegar à noite
(chegar tarde) 
• A crase é especificamente um problema de
regência. Isto é, para saber se há ou não há
crase, temos que saber se a regência da palavra
anterior exige ou não a preposição a.
• No português do Brasil, é também um problema
exclusivo da escrita.
• Para os falantes brasileiros, não há
rigorosamente nenhuma diferença entre o som
de a, quando preposição, e o som de a, quando
artigo.
3. Regras de uso
• Para saber se ocorre ou não, siga as seguintes
regras:
1. Só ocorre diante de palavras femininas.
Ex: Eu me referi à diretora.
a+a
• Nunca devemos usar a crase diante de palavras
que não são feniminas:
❖ O sol estava a pino. (sem porque não é
feminino)
❖ Ela recorreu a mim. (palavra em si não é
feminina)
❖ Estou disposto a ajudar você. (é verbo e não
uma palavra feminina)
2. Verbos que indicam destino: ir, vir, chegar, 
voltar, cair, comparecer, dirigir-se…
Dica: venho de = vou a
venho da = vou à
Ex: Vou a Fortaleza. 
Voltei à Espanha.
• Se não houver verbo de destino, troca-se por
uma expressão no masculino e se diante do
masculino aparecer ao, usa-se a crase.
Ex: Assisti à peça. / Assisti ao filme.
Paguei à cabelereira. / Paguei ao cabelereiro.
Respeito as regras. / Respeito os
regulamentos.
3. Bibliografia
 http://www.brasilescola.com/gramatica/regencia
-verbal.htm
 http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint
61.php
 http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint
71.php
 CEREJA, W.R. & MAGALHÃES, T.C. Gramática 
reflexiva: texto, semântica e interação. São Paulo: 
Atual, 1999.
 TERRA, E. Curso prático de gramática. São Paulo: 
Scipione, 2002.

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