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AULA 6 NOV - custo

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DETERMINANDO O COMPORTAMENTO DOS CUSTOS
De forma a determinar o comportamento de um custo, precisamos ter boa compreensão de custo sob consideração e uma medida da execução associada com a atividade. Os termos custo fixo e custo variável não existem em um vácuo, eles só têm algum significado quando relacionados com alguma medida de produção. Em outras palavras, um custo é fixo ou variável com respeito a alguma medida de produção, ou direcionador. Assim, descrever o comportamento de custos requer a medida de execução da atividade. Sabemos que a execução da atividade é medida por direcionadores de atividade. Por exemplo, a execução de manuseio de material pode ser medida pelo número de movimentos. Direcionadores de atividades explicam as mudanças nos custos de atividades ao mensurar as mudanças na execução da atividade (consumo).
ASPECTOS GERAIS DA DETERMINAÇÃO DAS FUNÇÕES DE CUSTO:
	Função de custo é uma função matemática que descreve os padrões de comportamento de custo. As funções de custo podem ser traçadas em papel de gráfico, colocando-se o direcionador de custo no eixo dos x e o correspondente valor dos custos totais, no eixo dos y.
	y = a + bx
Onde:
y = custos totais
a (alfa) = custos fixos totais
b (beta) = custos variáveis unitários
x = direcionador de custo
Quando se avaliam as funções de custo, geralmente são estabelecidos dois pressupostos:
As variações nos custos totais de um objeto de custo são explicadas pelas variações de um único direcionador de custo.
O comportamento do custo é adequadamente descrito por uma função linear de custo do direcionador de custo, dentro da faixa de interesse. Função linear de custo é a função de custo para a qual, dentro da faixa de interesse, o gráfico dos custos totais, em contraposição a um único direcionador de custos, é uma linha reta.
Vamos supor as negociações entre a Cannon Services e a World Wide Comunications (WWC) para a exclusividade de uso de uma linha telefônica entre Nova York e Paris. A WWC oferece a Cannon três opções de estrutura de custo.
Opção 1: $ 5 por minuto de uso do telefone (custo variável para a Cannon). O total de minutos-telefone utilizados (x) é o direcionador de custos, isto é, o número de minutos-telefone utilizado é o fator cuja variação provoca mudança nos custos totais (y). 
A função representativa dessa opção é: y = $ 5x
Opção 2: $ 10.000 por mês. Nessa hipótese a Cannon tem um custo fixo de $ 10.000, independentemente do número de minutos-telefone utilizados.
A função representativa dessa opção é: y = $ 10.000
Opção 3: $ 3.000 por mês, mais $ 2 por minutos de uso do telefone. Este é um exemplo de custo misto (ou semivariável), ou seja, que possui componentes fixos ($3.000) e variáveis ($ 2).
A função representativa dessa opção é: y = $ 3.000 + $ 2x
Os gráficos referentes às três opções descritas são:
Fonte: HORNGREN, C. T. Contabilidade de Custos. Rio de Janeiro: LTC, 2000. p. 236.
Desta maneira, de acordo com a média de minutos-telefone que a Cannon estima utilizar ela poderá fazer uma previsão dos custos totais e escolher a melhor opção.
O CRITÉRIO DE CAUSA E EFEITO NA ESCOLHA DOS DIRECIONADORES DE CUSTO:
O aspecto mais importante para o estabelecimento de uma função de custo é determinar se existe relação de causa e efeito entre o direcionador de custo e os custos resultantes. A relação de causa e efeito pode surgir de diferentes modos.
Pode dever-se a uma relação física entre os custos e o direcionador de custo, exemplo dessa relação física é a utilização de unidades produzidas como direcionador dos custos de materiais. Produzir mais unidades exige mais materiais, o que resulta em custos mais elevados com materiais.
Causa e efeito podem aparecer um razão de acordo contratual, como no exemplo da Cannon Services visto anteriormente em que o número de minutos-telefone é o direcionador de custos da linha telefônica.
Causa e efeito podem ser implicitamente estabelecidos pela ocorrência e pelo conhecimento das operações. Exemplo disto é quando o número de peças componentes é utilizado como direcionador de custos de design. É intuitivamente claro que o design de um produto complexo, com muitas peças que devem ajustar-se com precisão, incorrerá em custos de design muito maiores do que um produto com menos peças.
Deve-se tomar cuidado e não considerar que uma alta correlação, ou conexão, entre duas variáveis significa que uma cause a outra. Por exemplo, os custos com materiais e de mão-de-obra estão altamente relacionados, mas um não causa o outro. 
ABORDAGENS DAS ESTIMATICAS DE CUSTO:
Há quatro abordagens para a estimativa de comportamento do custo:
Método da engenharia industrial. Também conhecido como método da medição do trabalho, estabelece as funções de custos pela análise das relações entre insumos e produção em termos físicos. As empresas, mais freqüentemente, empregam este sistema nas categorias de custos diretos, como materiais e mão-de-obra, mas não nas categorias de custos indiretos de fabricação. As relações físicas entre insumos e produção podem ser difíceis de se estabelecer para os itens de custo indireto.
Método da entrevista. Estima as funções de custo com base em análises e opiniões sobre os custos e seus direcionadores, obtidas de vários departamentos da organização (compras, engenharia industrial, fabricação, recursos humanos etc).
Método da análise de conta. Estima as funções de custo pela classificação das contas de custo do livro razão como variáveis, fixos ou semivariáveis, em relação ao direcionador de custo identificado. 
Análise quantitativa das relações de custo, atuais ou passadas. As análises quantitativas (método dos pontos altos e baixos e análise de regressão) das relações de custo são métodos formais de ajuste das funções lineares de custo às observações de dados passados
Estas abordagens diferem entre si pelos custos de realização da análise, das hipóteses que fazem e das provas que fornecem sobre a precisão da função de custo estimada. Elas não são mutuamente excludentes. Muitas empresas utilizam uma combinação dessas abordagens.
ETAPAS DA DETERMINAÇÃO DE UMA FUNÇAO DE CUSTO:
Há seis etapas para a determinação de uma função de custo com base na análise das relações de custo, atuais ou passadas:
1ª Etapa: Escolha da Variável Dependente. A escolha da variável dependente (custo variável a ser previsto) dependerá do objetivo da determinação da função de custo.
2ª Etapa: Identificação do(s) Direcionador(es) de Custo. O direcionador de custo escolhido deve apresentar uma relação economicamente plausível com a variável dependente e ser acuradamente mensurável. Exemplo:
	Benefícios Adicionais
	Direcionador de Custo
	Plano de Saúde
Alimentação
Plano de Previdência
Seguro de Vida
	Número de empregados
Número de empregados
Salários dos empregados
Salários dos empregados
3ª Etapa: Coleta dos Dados sobre a Variável Dependente e sobre o(s) Direcionador(es) de Custo. Esta etapa costuma ser a mais difícil na análise de custo. Os analistas de custos extraem os dados dos documentos da empresa, das entrevistas com os gerentes e de estudos especiais.
4ª Etapa: Representação Gráfica dos Dados. Este passo é o mais importante pois, a relação geral entre variável dependente e o direcionador de custo pode ser rapidamente observada na representação gráfica.
5ª Etapa: Determinação da Função de Custo.
6ª Etapa: Cálculo Numérico da Função de Custo. 
Através da Tabela abaixo serão apresentados os métodos de Determinação das Funções de Custo (Etapa 5).
	Semanas
	Custos de mão-de-obra direta (Y) - $
	Direcionador de Custos: horas-máquina (X)
	1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
	1.190
1.211
1.004
917
770
1.456
1.180
710
1.316
1.032
752
963
	68
88
62
72
60
96
78
46
82
94
68
48
Pelo Método dos Pontos Altos e Baixos (ou máximos e mínimos), a função de custos será: 
	y = $ 23,68 + $ 14,92x; onde x representaa quantidade horas-máquina gasta
Faz –se a separação na série histórica analisada os valores máximos e mínimos e aplica-se a seguinte fórmula para cálculo de b (beta). 
Em seguida calcula-se a (alfa) através do ponto máximo ou do ponto mínimo (por se tratar de custo fixo, os valores encontrados serão iguais)
 ou
Pelo Método da Análise da Regressão (ou mínimos quadrados), a função de custo será:
	y = $ 301,15 + $ 10,31x; onde x representa a quantidade horas-máquina gasta
Os coeficientes a (alfa) e b (beta) são calculados através das seguintes fórmulas:
 
Onde:
	Semanas
(n)
	Custos de mão-de-obra direta (Y) - $
	Direcionador de Custos:
 horas-máquina (X)
	
X2
	
XY
	1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
	1.190
1.211
1.004
917
770
1.456
1.180
710
1.316
1.032
752
963
	68
88
62
72
60
96
78
46
82
94
68
48
	4.624
7.744
3.844
5.184
3.600
9.216
6.084
2.116
6.724
8.836
4.624
2.304
	80.920
106.568
62.248
66.024
46.200
139.776
92.040
32.660
107.912
97.008
51.136
46.224
	Total ()
	12.501
	862
	64.900
	928.716
Então:
Em qualquer momento que a empresa deseje saber o custo com a MOD é só substituir o valor de horas-máquinas a serem consumidas no lugar do coeficiente x e terá seu custo calculado.
EXERCÍCIOS:
1. Método dos pontos máximos e mínimos. A empresa DELTA decidiu estimar os componentes fixos e variáveis associados com as atividades de reparos da empresa. Foram apurados os seguintes dados:
	Ano X
	Horas de reparos
	Total dos custos de reparos
	1º trimestre
2º trimestre
3º trimestre
4º trimestre
	1.000
3.000
1.500
1.200
	$ 60.000
$ 100.000
$ 90.000
$ 80.000
Pede-se:
a) Calcule os componentes fixo e variável para os custos de reparos, usando o método dos pontos máximos e mínimos.
b) Projetar para o 1º TRIMESTRE do ANO X+1 o custo total de reparos se forem consumidas 1.400 horas de reparos.
2. Método da análise de regressão. A quantidade de pedidos e a despesas da atividade de compras, para o Departamento Y, foi analisada, sendo obtidos seguintes resultados no ANO X:
	MESES
Ano X
	Quantidade
 de Pedidos
	Despesas da Atividade
 de Compras
	Janeiro
	150
	350
	Fevereiro
	120
	330
	Março
	110
	280
	Abril
	80
	210
	Maio
	120
	290
Pede-se:
a) Calcule os componentes fixo e variável para as despesas da atividade de compras, usando o método dos mínimos quadrados.
b) Projetar para o mês de junho do ANO X as despesas de compras se forem solicitados 170 pedidos.

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