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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ANA BEATRIZ ZIDIOTTI – RA: C9521B-4 ANNE KELLE FREITAS DOS SANTOS – RA: N10238-1 CAMILA ALVES DA SILVA – RA: D1396G-2 LETICIA FEITOSA ROCCHI – RA: N921FC-9 LUCAS DOS SANTOS TARDOQUE CAMACHO – RA: N883GC-7 FASES DO DESENHO INFANTIL PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA SÃO JOSE DO RIO PRETO 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ANA BEATRIZ ZIDIOTTI – RA: C9521B-4 ANNE KELLE FREITAS DOS SANTOS – RA: N10238-1 CAMILA ALVES DA SILVA – RA: D1396G-2 LETICIA FEITOSA ROCCHI – RA: N921FC-9 LUCAS DOS SANTOS TARDOQUE CAMACHO – RA: N883GC-7 Trabalho para a disciplina de Psicologia Construtivista, apresentado ao Curso de Psicologia, socialmente aplicado na Universidade Paulista. Prof: Silvana Castellan PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA SÃO JOSE DO RIO PRETO 2017 RESUMO No presente trabalho coletamos e analisamos desenhos infantis, utilizando contribuições de dois autores, Jean Piaget (1976) e Viktor Lowenfeld (1976). Piaget mais concretamente, fala das fases do desenvolvimento, na qual explica como o indivíduo desde seu nascimento constrói o conhecimento, onde o desenvolvimento físico, cognitivo e social procede por estágios, e também faz relações sobre o desenho infantil. Outro estudo utilizado foram as etapas e os estágios do desenho infantil (grafismo), definidos e estudados por Viktor Lowenfeld. Mas profundamente, sua concepção diz que a criança é um ser dinâmico, para ela a arte é uma comunicação de pensamento. Vê o mundo de forma diferente daquela como representa e, enquanto desenvolve, sua expressão muda. O objetivo nesse trabalho é indicar qual estágio a criança pertence através do desenho. Mais especificamente pedimos para duas crianças, de faixas etárias diferentes e específicas, que desenhassem em uma folha branca livremente, após isso, analisamos o desenho, usando a teoria de Piaget e Lowenfeld e enfim chegando a um resultado. INTRODUÇÃO Estudamos os desenhos, no qual foram feitos por duas crianças de idades diferentes, uma de 9 anos e outra de 10 anos. Analisamos, conforme as teorias de Piaget e Lowenfeld. Usamos os estágios do desenvolvimento infantil, segundo Piaget, no caso a fase “operatório concreto”. Fase que acontece aproximadamente, entre 7 a 10 anos. Nessa fase a criança inicia a escolarização formal, ou seja, ensino fundamental. Fase caracterizada por uma lógica consciente e pela habilidade de solucionar problemas concretos. O egocentrismo da criança se encontra em declínio, o que faz com que a criança consiga sentir mais empatia pelos outros, isso quer dizer que a linguagem se torna mais socializada, a criança será capaz de levar em conta o ponto de vista do outro. Dessa forma a criança passa a explorar mais as pessoas e os objetos mesmo sem toca-los, com isso ela tem capacidade de estabelecer relações, que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes e de cooperar com os outros. A conservação e a reversibilidade do pensamento é aguçado. O sujeito já tem uma ideia concreta. Basicamente esse estágio, é definido pelo desenvolvimento da capacidade de raciocinar, sobre o mundo de forma mais logica e adulta. Utilizamos também os estágios do desenho (grafismo infantil), segundo Lowenfeld. Ele relaciona essas quatros dessas fases, sendo: 1º Estágio: Rabiscação desordenada ou garatuja, dentro desse mesmo estágio há ainda a rabiscação longitudinal. 2º Estágio: Trata-se sobre: figuração pré-esquemática. 3º Estágio: Figuração esquemática. 4º Estágio: Figuração realista DESENVOLVIMENTO Criança 1: Nome: V.O Idade: 9 Anos Sexo: Feminino O encontro com a criança foi em sua própria residência em que mora com os pais. Ao chegarmos na casa, a cumprimentamos e conversamos um pouco com ela. Perguntamos se a mesma se encontrava ocupada, pois queríamos que ela fizesse um desenho. De início ela questionou o motivo, então explicamos que seria para uma apresentação qualquer. Ela aceita desenhar e demora em torno de 15 (quinze) minutos para começar. Não sabia o que iria fazer. Após uns 20 (vinte) minutos do início do desenho, a criança retorna falando que finalizou e que o desenho se tratava de um garoto da nossa idade. Criança 2: Nome: N.S Idade: 10 Anos Sexo: Feminino O encontro com a criança foi em sua própria residência, onde mora com seus pais e seu irmão mais novo. Chegamos na casa dela, e pedimos que ela desenhasse o que ela quisesse em uma folha branca, e utilizando um lápis comum. A criança disse que não sabia o que desenhar, pois estava sem criatividade no momento. Começamos a brincar de casinha com ela na sala, até que conseguimos que ela desenhasse algo, demoramos em torno de 30 minutos ao total. Após o término do desenho, ela devolve a folha e diz que se tratava de um jardim, e a casa era igual a de sua avó no sítio, e disse que tinha desenhado uma borboleta porque gostava muito delas. ANÁLISE DO DESENHO Criança 1: Segundo a contribuição de Piaget (1976), em relação às fases do desenho infantil, as características que o desenho apresenta são referentes à fase esquemática, pois identificamos as seguintes características: Conceito definido em relação a figura humana, possuindo alguns exageros e desvios. Utilização da organização espacial. Exemplo: linha de base. Rigidez e formalismo acentuando a roupa para diferenciar o sexo. Esta fase do desenho está relacionada com a fase de desenvolvimento das operações concretas (7 - 10 anos), que é a fase que a criança se encontra. Já segundo a contribuição de Lowenfeld (1976), as características do desenho encontram-se na fase denominada Figuração esquemática, pois possui as seguintes características: Relação de referências socioculturais, para desenhar uma pessoa. Existência de ordem definida nas relações espaciais e organiza isso sobre uma linha de base. Diferenciação do sexo da figura humana. A figuração esquemática normalmente ocorre entre os 7 a 9 anos, e a criança se encontra dentro dessa faixa etária. Criança 2: O desenho da segunda criança é característico da quarta fase do desenho infantil, o realismo, segundo a contribuição de Piaget (1976). O desenho apresenta as seguintes características: Abandono da linha de base. Utilização de formas geométricas com maior rigidez e formalidade. Exemplo: casa e sol Descoberta e utilização do plano e superposição, colocando os objetos sobre sua visão como realmente encontra-se na realidade. Exemplo: nuvens, plantas, borboletas e sol. Esta fase está relacionada com o final das operações concretas. Já em relação a contribuição de Lowenfeld (1976) o desenho é característico da Figuração realista, pois apresenta as seguintes características: Desenho mais realista. Desenhou o que vê. Compreensão e distinção dos tamanhos dos objetos. Exemplo: as flores são menores que a árvore e os objetos possuem tamanhos proporcionais e próximos a realidade. Elementos bem colocados no espaço. Exemplo: sol, nuvens e plantas estão bem colocados no cenário. CONCLUSÃO Realizou-se uma pesquisa pedagógica, psicológica e cultural do desenho infantil, apoiada em estudos bibliográficos, e de campo com experiências com crianças de 09 e 10 anos, nessa fase a criança inicia a escolarização formal, ou seja, ensino fundamental. Fase caracterizada por uma lógica consciente e pela habilidade de solucionar problemas concretos, etapa em que a criança quer se abrir para o mundo, quer abraçá-lo com toda a sua emoção. No primeiro desenho, a criança busca como base, pessoas da nossa idade, desenhando um garoto na faixa de 20 anos. Já a segunda criança, tem como inspiração as lembranças do sítio da avó, com atenção as borboletas, pois se tratam de algo que ela gosta muito e expressa no através do desenho suas emoções. O desenho é onde a criança manifesta as emoções. É a sua primeira comunicação escrita, os seus primeiros símbolos; manifestando aquilo que sente e não propriamente o que vê. Se desde cedo for estimulado a expressar os seus sentimentos,na sua maturidade talvez possa ser uma pessoa mais confiante e feliz e isso poderá contribuir para melhorar um pouquinho o mundo. A criança a todo instante dá provas das suas aptidões criadoras, ela inventa, imagina, cria e só será compreendida, através de uma psicologia de ação. Por tudo o que foi pesquisado e apresentado, conclui-se que as crianças estão enquadradas nas fases, descritas por Piaget e Lowenfeld. E a proposta da pesquisa é muito importante para a reflexão do educador e a construção de um mundo mais humano e mais feliz. REFERÊNCIAS SOUZA, Ana Paula Bellot de. Evolução do Grafismo na educação Infantil. Pós Graduação – Universidade Candido Mendes Instituto a Vez do Mestre, Rio de Janeiro, 2010. 50 p. BOMBONATO, Gisele Aparecida; FARAGO, Alessandra C. As etapas do desenho infantil segundo autores contemporâneos. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro-SP, 3 (1): 171-195, 2016. ALEXANDROFF, Marlene Coelho. Construção Psicopedagógica: Os caminhos paralelos do desenvolvimento do desenho e da escrita. São Paulo, n. 17, vol. 18. 2010. ANEXOS
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