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Introdução Difteria e Tétano são doenças causadas por toxinas muito poderosas produzidas por microrganismos. Ambas as doenças podem ter consequências muito graves e a vacinação e a higiene são essenciais na prevenção contra elas. DIFTERIA: O que é? É uma doença respiratória infectocontagiosa, causada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae que se instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele. O período de incubação costuma durar de um a seis dias, podendo ser um pouco mais longo. Agente causador Corynebacterium diphtheriae: bacilo gram positivo, sem motilidade, que também é conhecido como Bacilo Klebs-‐ Löffler, pois foi descoberto em 1884 pelos bacteriologistas alemães Edwin Klebs (1834 – 1912) and Friedrich Löffler (1852 – 1915). Quatro subespécies são reconhecidas: C. diphtheriae mitis, C. diphtheriae intermedius, C. diphtheriae gravis, and C. diphtheriae belfanti. Colônias de Corynebacterium diphtheriae em ágar sangue. Arranjos de C. diphtheriae semelhantes a letras chinesas com os grânulos metacromá;cos. Transmissão Patogenicidade Invasão dos tecidos locais da garganta, o que necessita da colonização e proliferação da bactérias. Muito pouco se sabe sobre os mecanismos de adesão de C. diphtheria, porém a bactéria produz diversos tipos de pili. A toxina diftérica também pode estar envolvida na colonização da garganta. Toxigênese, que representa a produção da toxina da bactéria. A toxina diftérica provoca morte das células eucarióticas e dos tecidos através da inibição da síntese protéica nas células. Embora a toxina seja responsável pelos sintomas letais da doença, a virulência de C. diphtheriae não pode ser atribuída apenas a este aspecto, pois o microrganismo apresenta uma fase invasiva que precede a toxigênese. Toxigenicidade Dois fatores influenciam a habilidade de Corynebacterium diphtheriae na produção da toxina: Baixa concentração de ferro extracelular Presença de pró-‐fago lisogênico no cromossoma bacteriano. Beta fago que codifica o gene tox da toxina diftérica. Monômero da toxina di>érica (DTx). A é o domínio catalí;co; B é o domínio de ligação que exibe o receptor que liga na célula; T é o domínio hidrofóbico responsável pela inserção dentro da membrana do endossomo que protege a liberação de A. A proteína é ilustrada em sua configuração fechada. A;vidade da toxina di>érica nas células eucarió;cas. Sintomas Placas pseudomembranosas branco-‐acinzentadas, circundadas por processo inflamatório que invade as estruturas vizinhas, localizadas mais frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz; Febre, corrimento nasal , cansaço e palidez; Em casos mais graves pode haver edema intenso no pescoço, aumento de gânglios linfáticos na região e até asfixia mecânica aguda pela obstrução causada pela placa; Inflamação da epiglote, que pode provocar a súbita obstrução das vias aéreas, com consequências bastante graves para o paciente. Complicações graves Miocardite (arritmia e insuficiência cardíaca); Neuropatia (visão dupla, fala anasalada, dificuldade para engolir, paralisia); Insuficiência renal Tratamento e Prevenção O soro é feito a partir do soro de cavalo e não imuniza definitivamente o doente nem age sobre a toxina já impregnada nos tecidos. Penicilina e eritromicina Vacinação : DTP Vacinação É a única maneira efetiva de prevenção pois a doença, em geral, não confere imunidade permanente, o que faz com que o doente deva continuar seu esquema de vacinação após a alta hospitalar. Crianças em idade pré-‐escolar são o grupo mais suscetível quando não imunizadas previamente com esquema básico da vacina. Receber a vacina tríplice bacteriana (DTP) contra a difteria, tétano e coqueluche é fundamental para a prevenção das três enfermidades. Essa faz parte do calendário oficial de vacinação e deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de vida e depois uma dose de reforço entre os 14 e os 18 meses e outra entre os quatro e os seis anos da criança. A DTP não confere imunização definitiva. Por isso, a vacinação deve ser repetida a cada dez anos. O gráfico mostra a incidência global de Di>eria entre 1980 e 2006. Em geral, como o número de pessoas vacinadas com DTP aumentou, a incidência de Di>eria diminuiu. Entretanto, há um pico entre 1993 e 1997, devido a diminuição da cobertura da vacina nos novos estados independentes da an;ga União Sovié;ca.
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