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HISTÓRIA DO DIREITO
1) (Enem – MEC)
I. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), o estado de natureza é um estado de guerra universal e perpétua. Contraposto ao estado de natureza, entendido como estado de guerra, o estado de paz é a sociedade civilizada.
Dentre outras tendências que dialogam com as ideias de Hobbes, destaca-se a definida abaixo.
II. Nem todas as guerras são injustas e, correlativamente, nem toda paz é justa, razão pela qual a guerra nem sempre é um desvalor, e a paz nem sempre um valor.
BOBBIO, N. MATTEUCCI, N. e PASQUINO, G. Dicionário de Política. 5ed. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000.
Comparando as ideias de Hobbes (texto I) com a tendência citada no texto II, pode-se afirmar que:
a) em ambos, a guerra é entendida como inevitável e injusta.
b) para Hobbes, a paz é inerente à civilização e, segundo o texto II, ela não é um valor absoluto.
c) de acordo com Hobbes, a guerra é um valor absoluto e, segundo o texto II, a paz é sempre melhor que a guerra.
d) em ambos, a guerra ou a paz são boas quando o fim é justo.	
e) para Hobbes, a paz liga-se à natureza e, de acordo com o texto II, à civilização.
2) “Tudo aquilo que se infere de um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, infere-se também do tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida pela sua própria força e pela sua própria invenção. Numa tal condição (...) não há sociedade; e o que é pior do que tudo, um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta.
(HOBBES, Leviatã, I, XIII. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba:SEED,2009.)
De acordo com o texto e o pensamento de Hobbes, é correto afirmar que
a) a única saída para defesa da sociedade é a guerra de todos contra todos, embora a vida se torne com isso insustentável e curta.
b) faz-se necessário o estado político, com o que a sociedade se preserva e garante a justiça, isso estabelecido por contrato.
c) o homem tem de ser por natureza um animal político, pois no Estado Civil a política é um erro, o contrato insuficiente para inibir a guerra de todos contra todos.
d) o homem está fadado irreversivelmente ao extermínio, mesmo delegando poder de representação da garantia de seu direito à vida a um soberano estabelecendo o contrato.
3) Durante a Idade Moderna (séculos XVI a XVIII) o racionalismo e o cientificismo fizeram parte das sociedades e da política da época, caracterizando-se por ser o momento de afirmação do rei e do Estado absoluto, que se opôs e destruiu as estruturas políticas, econômicas e jurídicas do feudalismo. Nesse sentido, qual o direito moderno cumpria uma função importante. Qual das alternativas a seguir diz respeito à finalidade maior do Direito da Idade Moderna? 
a) Realizar a Justiça a partir da supremacia da Lei como fonte principal do Direito e legitimar a estrutura de poder político do rei, de parte da aristocracia que, com o apoio de uma classe mercantil financiadora do Estado – a burguesia- detinha o controle da sociedade monárquica; 
b) Desprezar os valores do Renascimento, baseados na cultura, na educação, no racionalismo e na ciência; 
c) Defender os valores feudais que estavam presentes n os institutos do direito feudal; 
d) Separar os poderes políticos em Executivo, Legislativo e Judiciário, a f im de garantir uma ordem monárquica justa e de direito.
4) A afirmação dos Estados absolutos monárquico s, a época do surgimento d os grandes descobrimentos e do capitalismo mercantil, precisavam de um sistema jurídico capaz de aperfeiçoar os instrumentos de governo do monarca sobre a sociedade além de tornar a sua administração mais eficiente. Isso foi possível com: 
a) O surgimento de um direito mais complexo, que regulava, através d e uma legislação escrita régia (do rei), as competências em matéria financeira, comercial, criminal, bem como as jurisdições das cortes julgadoras de apelação, dos juízos singulares, criando uma estrutura política e ao mesmo tempo jurídica – a burocracia real – a fim de auxiliar o monarca a governar o reino, ou seja, "a aplicar a justiça"; 
b) Ao uso do recurso da oralidade e do costume como meio de prova válido para os processos judiciais; 
c) Ao processo de codificação dos Direitos nacionais; 
d) A supremacia das Constituições.
5) O Brasil, descoberto e m 1500, passou a ser um a colônia de um Estado moderno absolutista – Portugal – que desenvolveu uma estrutura jurídica moderna para a época, baseada em grandes compilações de leis da época. Tal estrutura denominava-se de: 
a) Direito das gentes; 
b) Direito Canônico português 
c) Direito moderno brasileiro 
d) Ordenações
6) O início do que poderíamos chamar de direito moderno deu -se a partir do século dezesseis, quando o Estado ab soluto, a partir de uma base econômica e de aliança com a burguesia mercantil e parte de uma aristocracia nobre letrada, tinha no rei a fonte da soberania. Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes foram dois pensadores que buscaram com suas obras – O Príncipe e Leviatan – legitimar o poder absoluto do Estado Moderno. Mas esta legitimação não tinha apenas o objetivo de garantir o poder interno de um Estado. A "soberania" era a expressão maior desse poder, tanto internamente (dentro do território de cada Estado) como externamente (quando surgia a noção de " relação internacional", isto é, entre "nações" e, por extensão, o Direito das Gentes (Direito Internacional). O Direito Moderno era, n esse contexto, expressão máxima da legitimação do poder político do Estado também no plano internacional. Qual o pensamento político que melhor caracterizava este direito? 
a) O Direito Natural, que teve no espanhol Francisco d e Vitória e no holandês Hugo Grotius, seus maiores expoentes, eis que visava o jusnaturalismo o reconhecimento de direitos e garantias elementares para todas as sociedades e culturas, por m ais diferentes que fossem, pois isto garantiriam uma base de consenso entre as mesmas, possibilitando a relação política e comercial e cultural entre as mesmas; 
b) A doutrina do direito divino de Jean Bodin sobre a soberania do rei; 
c) O direito constitucional dos Estados-nação 
d) Nenhuma alternativa está correta. 
7) No antigo direito romano, não havia a noção de "Estado", assim como a divisão entre o direito público e o direito privado não era muito desenvolvida. Somente a partir do período medieval e, mais tarde, com a Modernidade, as noções que atualmente se dá à expressão "Estado", bem como a divisão entre o público e o privado no Direito, por força da influência do Direito Canônico, é que irá se constituir. Além disso, e que influenciou a classificação da personalidade do Estado, qual a outra criação do Direito Medieval, muito importante para a formação do Estado absoluto? 
a) pessoa física; 
b) empresa pública; 
c) sociedade privada; 
d) a noção de personalidade jurídica de direito público. 
8) No começo da Idade Moderna, por força da noção de personalidade, e quando o conceito de "soberania" passa a ser pensado pelos autores como Maquiavel, que procuraram legitimar uma estrutura política centralizada, surge a noção de Direito Público, o qual estará presente também nas Ordenações portuguesas. Neste contexto, qual a noção de entidade política estamos nos referindo: 
a) Estado; 
b) Cidade-estado; 
c) Reino; 
d) País 
9) Por influência do processo de codificação europeu do século XIX, o direito brasileiro, assim considerado após a independência do Estado imperial brasileiro, que passa a ter plena soberania para legislar e criar seu próprio ordenamento jurídico, irá conformar este direito à sociedade agrária e oligárquica - excludente característica do seu tempo. Contudo, as atividades econômicas e comerciais que irão se desenvolver secundariamente à agro-exportação do café, irão afetar as novas leis, agora de um Estado soberano. Cite as principais leis e códigos do Império : 
a) Constituiçãoimperial outorgada de 1824; Código Criminal de 1830; código de Processo Criminal de 1832; Ato Adicional de 1834; Lei de Terras de 1850; Código Comercial de 1850; Decreto n. 737 de 1850 (matéria de processo civil); Conselho de Jurados; criação de juízes de direito para as comarcas; criação de um Poder Judiciário nacional ( Supremo Tribunal de Justiça, em 1828, em última instância e manutenção dos Tribunais de segunda instância, que já existiam na época da colônia) 
b) Constituição imperial de 1824; Código Civil; Supremo Tribunal Federal; Código Penal e Código de Processo Civil; 
c) Constituição das Ordenações Brasileiras, Código de Processo Criminal e Código de Processo Comercial; 
d) N.R.E.
10) A Constituição da República Federativa do Brasil, instituída p elo Governo provisório, em 1891, dispunha: 
a) Poder Moderador; Poder Executivo; Poder Legislativo e Poder Judiciário, este último representado pelo Supremo Tribunal Federal co mo órgão de cúpula. 
b) Poder Constituinte Originário; Conselho de Estado; Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário, este último representado pelo Supremo Tribunal de Justiça como órgão máximo. 
c) Poder Constituinte Derivado; Poder Executivo, Pode r Legislativo (Assembléia de deputados e Senado) e Poder Judiciário, harmônicos e independentes entre si, sendo o último representado pelo STF- Supremo Tribunal Federal. 
d) Poderes constitucionais do Estado democrático de direito - República Federativa do Brasil, composto pelos Poderes Executivo (Presidente da República), Legislativo (Congresso Nacional: Câmara de Deputados e Senado) e Judiciário, cujos órgãos de cúpula são em primeiro lugar o Supremo Tribunal Federal e em segundo lugar, o Superior Tribunal de Justiça, que têm competência originária para matéria constitucional-política e são o último grau de recurso dos tribunais inferiores e juízes singulares. Ambos os três poderes têm de ser independentes e harmônicos entre si. 
11) ENADE – 2006
A __________, nascida com a Ilustração, teria privilegiado o universal e a racionalidade; teria sido positivista e tecnocêntrica, acreditado no progresso linear da civilização, na continuidade temporal da história, em verdades absolutas, no planejamento racional e duradouro da ordem social e política; e teria apostado na padronização dos conhecimentos e da produção econômica como sinais da universalidade. Em contrapartida, a __________ privilegiaria a heterogeneidade e a diferença como forças liberadoras da cultura; teria afirmado o pluralismo contra o fetichismo da totalidade e enfatizado a fragmentação, a indeterminação, a descontinuidade e a alteridade, recusando tanto as "metanarrativas", isto é, filosofias e ciências com pretensão de oferecer uma interpretação totalizante do real, quanto os mitos totalizadores, como o mito futurista da máquina, o mito comunista do proletariado e o mito iluminista da ética racional e universal.
(CHAUÍ, Marilena. Público, privado e despotismo. In NOVAES, Adauto, org. Ética. 7. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 346)
Os dois termos, suprimidos do texto acima,são, respectivamente,
(A) antigüidadee modernidade.
(B) modernidadee trans-modernidade.
(C)modernidadee pós-modernidade.
(D)endo-modernidadee pré-modernidade.
(E) pré-modernidade e modernidade.
12) ENADE – 2006
Se um dos dados da identidade internacional do Brasil é a sua escala continental; se o território é uma das dimensões da nação (dimensão que faz da delimitação do espaço nacional um momento importante da política externa de qualquer Estado), cabe perguntar: como é que se foi configurando a escala continental do país que é hoje o Brasil? Sua especificidade geográfica é resultado de um processo histórico, iniciado há 500 anos. Navegantes, bandeirantes e diplomatas foram os três agentes sociais que no percurso da criação do Brasil configuraram a escala do país (...).
(LAFER, Celso. A identidade internacional do Brasil e a política externa brasileira: passado, presente e futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001. p. 24-
25 – destaques do original)
Com relação à formação e delimitação das fronteiras nacionais, foi especialmente importante a participação dos
(A) navegadores, por terem rapidamente ocupado toda a costa nacional, impedindo que outros povos invadissem o território nacional.
(B) navegadores, na medida em que penetraram pelos rios, enfrentando a resistência oferecida pelos espanhóis, que defendiam as fronteiras estabelecidas pelos Tratados de Tordesilhas, de 1494 e de Madri, de 1750, com base na força bélica.
(C)bandeirantes, ao se cingirem aos limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas, de 1494, evitando conflitos armados com os povos nativos e com os vizinhos de origem espanhola.
(D)diplomatas, ao construírem a teoria do uti possidetis de fato, que embasou as negociações dos tratados de fronteira e os laudos arbitrais em favor do Brasil.
(E) diplomatas, ao concordarem com a teoria do 
uti possidetis de direito, criada pelos espanhóis com base em títulos de possessão jurídica, e que os impediu de invadir o território brasileiro.
13) Observe o mapa que apresenta o pormenor do planisfério do Atlântico com as divisões de 100 e de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, estipuladas no Tratado de Tordesilhas. Depois, responda ao que se pede. 
“Comparando o território atual do Brasil com a área de colonização portuguesa no século XVI, delimitada pelo Tratado de Tordesilhas, percebe- se que aq uela área praticamente triplicou, pois mal chegava a um terço dos atuais 8,5 milhões de km2.” 
(VESENTINI, José W illiam. Brasil Sociedade & Espaço. São Paulo: Ática, 1999, p.43). 
Pergunta-se: 
O que foi o tratado de Tordesilhas? 
R. Foi o tratado, assinado por Portugal e Espanha, que definiu as fronteiras coloniais a serem exploradas a partir do contexto das Grandes Navegações.
Por que alguns países da Europa, como a França contestavam aquele tratado?
R. Alguns países europeus contestavam a Tratado de Tordesilhas na medida em que este não incluía ou privilegiava a ação expansionista de outras nações que, tardiamente, também manifestaram expresso interesse na descoberta e exploração de novas terras e rotas comerciais.
14) CASO CONCRETO 1 
Leia o texto referente a sentença de Tiradentes e, depois, responda as questões propostas. 
“... Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva X avier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas publicas ao lugar da f orca e nella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Villa Rica aonde em lugar mais publico della será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelo caminho de Minas no sitio da Varginha e das Sebolas aonde o Réu teve as suas infames práticas e os mais nos sitios (sic) de maiores povoações até que o tempo também os consuma; declaram o Réu infame, e seus filhos e netos tendo- os, e os seus bens applicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, para que nunca m ais no chão se edifique e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infamia deste abominavel 
Réu; (...)” (Sentença de Tiradentes. Disponível em: http://www. historianet.com.br /conteudo/default.aspx?codigo=612 , acessado em 10 de 
outurbro de 2008).
Como podemos notar, a execução de Tiradentes teve um sentido bem mais amplo que o de um enforcamento. Tratava -se de uma punição exemplar: esquartejar, exibir o corpo nos locais onde os crimes f oram praticados, salgar terrenos e demolir casas faziam parte do esforço de apagar a memória do criminoso e reavivar a memória da punição de seus crimes. Por estas práticas, afirmava-se o poder do soberano e incutia-se temor em seus súditos. 
Sendo assim: 
A) O que significaaqui a expressão “castigo exemplar”? 
R. Castigo exemplar era a publicitação da pena a fim de que através desse ato os demais inconfidentes temessem, por força da coação da lei, o que aconteceria em caso do não cumprimento da norma vigente.
B) Por que as reivindicações dos inconfidentes foram consideradas “crimes”, em 
1789? 
R. Por questionar a dominação da Coroa portuguesa e propor o rompimento do estatuto colonial, ou seja a independência.
O que significava a condenação “morra morte natural p ara sempre”? 
R. A expressão “morra morte natural para sempre” que a primeira vista parece um despautério, visto não ser admissível uma morte provisória, era uma fórmula através da qual o legislador indicava a morte atroz, distinta da morte simples (identificada pela expressão morte natural). O condenado a morte natural simples teria o seu cadáver levado ao cemitério para o sepultamento; o condenado a morrer morte natural para sempre tinha o seu cadáver insepulto, despindo-se seus ossos da carne que apodrecia.
D) Por que no Brasil, atualmente, esse tipo de pena não mais seria passível de 
ser prevista? 
R. Porque a pena de morte no Brasil só é possível em caso de guerra declarada, conforme dispõe a Constituição da República e deve ser executada de acordo com o Código Penal Militar e Código de Processo Penal Militar.Com efeito do artigo 84, XIX.
15) Depois da leitura e da pesquisa procedida na bibliografia indicada, responda as questões abaixo: 
Nos textos que se seguem, encontramos, em primeiro lugar, alguns exemplos de leis que, durante séculos, regulamentaram a economia brasileira. Em seguida, temos fragmentos de um Decreto, a "Carta Régia" de janeiro de 1808. 
Texto 1 - As Leis: 
1591: decreto fecha os portos do Brasil aos navios estrangeiros. 
1603: o governo port uguês decreta o monopólio real da pesca da baleia. 
1642: a Coroa portuguesa estabelece o monopólio sobre o tabaco. 
1658: é imposto pela Coroa o monopólio do sal. 
1682: o governo português cria a Companhia de comércio do Maranhão. 
1731: Carta Régia estabelece o monopólio sobre a extração de diamantes. 
1785: o governo português proíbe as manufaturas de tecidos no Brasil. 
Texto 2: Carta Régia de 28 de janeiro de 1808, promulgada pelo príncipe regente D. 
João 
[...]”Primo: que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer 
gêneros,fazendas e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das 
Potências, que se conservam em paz e harmonia com a minha leal Coroa, ou em navios dos meus vassalos, 
[...] Segundo: que não só os meus vassalos, mas t ambém os sobreditos estrangeiros 
possam exportar para os Portos, que bem lhes parecer a benefício do co mércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, a exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados.[...]” 
a)- Que mudanças podemos identificar analisando as leis, elencadas no texto 1, e o Decreto de 1808? 
R. O conjunto de leis mencionado representa o processo de montagem e consolidação da exploração colonial no Brasil, dentro do exclusivo previsto pelo Pacto Colonial. Já a Carta Régia de 1808 representa a ruptura com as disposições anteriores, uma vez que liberou o comércio entre o Brasil e o exterior.
b)- Analise as situações políticas de Portugal e do Brasil que levaram à 
promulgação da Carta Régia de 1808. 
R. Situação de Portugal: influência inglesa sobre o governo português, levando este último a romper o Bloqueio Continental imposto por Napoleão, o que levaria de Portugal pelos franceses e a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil. 
Situação do Brasil: ainda colônia de Portugal, mas transformada em sede provisória do Império Português por força da transferência da Corte; conjuntura marcada pelas pressões da elite colonial para flexibilizar as relações comerciais do Brasil com o exterior.
c)- Como podemos relacionar o Decreto de 1808 e os tratados com a Grã-Bretanha em 1810? 
R. O decreto de 1808 teve um caráter geral, abrindo o comércio brasileiro a todos os países que estivessem em paz com Portugal. Mas o inegável predomínio que a Inglaterra exercia sobre o governo de D. João levou à assinatura dos Tratados de 1810. 
O Tratado de Comércio e Navegação estabelecia, para os produtos britânicos, tarifas preferenciais de 15%; e o Tratado da Aliança e Amizade estipulava a diminuição do tráfico negreiro para o Brasil. Ambos os acordos continham ainda outras cláusulas menos importantes.
16) A Assembléia Constituinte f oi marcada por uma disputa entre D. Pedro I e a aristocracia rural. Nessa assembléia havia três grupos com idéias diferentes: o grupo português, que era composto por comerciantes militares e que defendia a monarquia absolutista para D. Pedro I; o grupo brasileiro (ala moderada),formado pela aristocracia rural que defendia a centralização e maior limitação aos poderes monárquicos; e, ainda, outro grupo brasileiro, mais radical que o anteriormente citado, que possuía facções da aristocracia rural - principalmente nordestina - menos privilegiada. A grande disputa ocorreu em torno da limitação do poder de D. Pedro I, já que este queria poderes absolutos, o que contrariava as idéias da aristocracia rural. Como resultado, surgiu o projeto de “Constituição da Mandioca” cujas características fundamentais eram: uma monarquia constitucional com 3 poderes; limite ao poder do imperador; valorização do parlamento que não podia ser vetado pelo próprio imperador. Porém, esse projeto não vingou, já que a Assembléia foi dissolvida e uma nova Constituição f oi elaborada por um Conselho de confiança escolhido por D. Pedro 
I. Com a Assembléia Constituinte dissolvida, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado formado por 10 membros, q ue redigiu a Primeira Constituição brasileira. Após ser apreciada pelas Câmaras Municipais, ela foi outorgada em 25 de março de 1824. 
Analise as assertivas abaixo e marque a opção que apresenta com corr eção as características da Constituição de 1824 : 
I. a centralização do poder e um governo monárquico e hereditário. 
II. o catolicismo como religião oficial do país. 
III. o estabelecimento do sufrágio universal. 
IV. a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judicial e moderador. 
(a) apenas as assertivas I, II e IV são corretas. 
(b) apenas as assertivas I, III e IV são corretas. 
(c) apenas as assertivas II, III e IV são corretas. 
(d) todas as assertivas são corretas. 
17) Com o fim da Idade Moderna, caracterizada pela aliança entre Rei, Burguesia e nobreza, que foi importante para a formação do Estado e da noção de Direi to moderno, a sociedade européia passou, a partir dos séculos XVIII (com o Iluminismo de Rousseau e Montesquieu, com a Revolução Americana e Francesa) e XIX (quando o movimento de independência das jovens nações latino -americanas se fez presente, bem como com a ascensão da classe burguesa ao poder político) por uma transição que, impulsionada pela Revolução Industrial no sistema capitalista, a criar uma sociedade urbana e industrializada, de consumo de massas, ao longo do século dezenove e que iria marcar também o século vinte. Qual o impacto sobre o Direito Contemporâneo disso tudo?
R. O direito Contemporâneo, típico das sociedades capitalistas, transforma-se em uma tecnologia de resolução de conflitos com um mínimo de perturbação social. Seu elemento fundamental é a norma jurídica positiva, revestida da forma de lei, contrato e sentença.
Notamos, portanto, que o direito contemporâneo é marcado pelo fenômeno da positivação, transformando-se, basicamente, em uma produção de peças processuais e decisões jurídicas.
18) Como se dividia os principais institutos das Ordenações Filipinas, que vigoraram no Brasil colônia até sua independência? 
R. As Ordenações filipinas, bem como os outros códigos anteriores, compõem-se de cinco livros. O primeiro trata do direito administrativo e da organização judiciária, versando sobre as atribuições, direitos e deveres dos magistrados, oficiaisde justiça e funcionários em geral. O segundo trata do direito do clero, do rei, da nobreza e dos estrangeiros, definindo os privilégios, direitos e deveres de cada um e regulamentando as relações entre o Estado e a Igreja. O terceiro trata do processo civil, ou seja, dos procedimentos judiciais relativos a situações de natureza privada (relações privadas), como casamento, patrimônio, sucessão, doações, contratos, etc. O quarto trata do direito civil e do direito comercial, apresentando as leis que compõem esses direitos. O último livro é dedicado ao direito penal.
19)Qual a grande modificação não na forma, mas na essência do Direito constitucional brasileiro, o qual teve grande influência norte -americana e francesa, com a Proclamação da República? 
R. A junta militar reuniu-se em Assembléia Constituinte para discutir acerca de uma nova Constituição que marcaria de fato o início da República e em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira Constituição da República do Brasil. Esta constituição foi inspirada no modelo liberal da Constituição dos Estados Unidos que se fundamenta na descentralização do poder dividido entre os Estados. A elaboração do texto constitucional gerou discussões acaloradas dada a polêmica acerca da definição das competências que deveriam pertencer à União e aos Estados. Em virtude disso surgiram duas correntes antagônicas no plenário, correntes estas que dividiu os Constituintes em unionistas e federalistas. Os primeiros, inclinados a dar mais poderes à União e os segundos em transferir para os estados o centro das competências, dando-lhes, por conseguinte, o máximo possível de autonomia e de recursos tributários.
20) (ENADE – História – 2008) Numa aula sobre a estrutura política do Império brasileiro, o professor apresentou a seus alunos o trecho da Constituição de 1824 e a charge reproduzidos abaixo. Constituição Política do I mpério do Brasil (1824) ( Adaptado de: Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824) 
CAPITULO I. Do Poder Moderador. 
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro 
Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos. 
Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sag rada: Ele não está sujeito a responsabilidade alguma. 
(...) 
Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador 
I. Nomeando os Senadores (...) 
V. Prorrogando ou adiando a Assembléia Geral, e dissolvendo a Câmara dos 
Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do Estado; convocando 
imediatamente out ra, que a substitua. 
VI. Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado. 
VII. Suspendendo os Magistrados
Relacione a Constituição de 1824 à interpretação da charge e responda:
I - A charge confirma a Constituição de 1824, que garante amplos poderes ao Imperador. 
II - A charge contesta o texto da Constituição, q ue estabelece a submissão do Estado à Igreja. 
III - A charge contraria o texto da Constituição, que afirma o caráter Sagrado da pessoa do Imperador. 
IV - A charge ratifica o texto da Constituição de 1824, q ue assegura a supremacia do Poder Moderador sobre os demais poderes. 
Estão corretas APENAS as afirmativas 
(a) I e II 
(b) I e III 
(c) I e IV 
(d) II e III 
(e) III e IV 
21) Como se deu a regulamentação do modelo das capitanias hereditárias adotadas na América Portuguesa a partir de 1534?
R. No ano de 1534, dando continuidade ao projeto de tomada de posse, o rei dom João III dividiu a nova colônia em quinze faixas de terra. Cada um desses imensos lotes de terra integraria o sistema de capitanias hereditárias, que transferiu a responsabilidade de ocupar e colonizar o território colonial para terceiros. Nesse sistema, o rei entregava uma capitania a algum membro da corte de sua confiança que, a partir de então, se transformava em capitão donatário.
22) Na Constituição de 1824 o estado Brasileiro era confessional? Justifique.
R. A Constituição Imperial de 1824 foi a primeira constituição brasileira. De caráter confessional, estabelecia em seu artigo 5º a religião Católica Apostólica Romana como religião oficial do Império, e as demais religiões apenas o direito de culto doméstico, ou particular em locais com esta destinação, que não poderiam ter aparência exterior de templo.
23) A Constituição de 1824 reservou os direitos as escravos? Justifique.
R. A escravidão não estava prevista, expressamente, em nenhum dos dispositivos da Constituição Imperial, de 1824, o que não poderia ser diferente, já que, pela sua inspiração liberal, não poderia tal Charta Magna, explicitamente trair a sua própria finalidade, como preconizado pela teoria constitucionalista, o resguardo das liberdades individuais.
24) “A Constituição de 189 1 representou uma vitória dos grandes Estados: a forma federativa deu-lhes ampla autonomia, com a possibilidade de contrair empréstimos externos e constituir forças militares próprias e uma justiça estadual...” 
O texto relaciona-se com: 
a) A Revolução de 1930. 
b) A Política do Café-com-Leite 
c) A Política de Centralização do Poder 
d) O Encilhamento.
25) A Constituição de 1937, elaborada por Francisco Campos, seguiu a orientação de princípios políticos então dominantes na Europa; dessa forma,
a) Criou uma legislação liberal para o pleno exercício das atividades partidárias 
b) Restringiu acentuadamente a possibilidade do Executivo influir na economia 
c) Ampliou consideravelmente o poder exercido pelo Legislativo. 
d) Criou normas que favoreceram o exercício do sistema parlamentar de governo. 
e) Estabeleceu um regime que restringiu grandemente o federalismo republicano.
 
26) No dia 9 de abril de 1964 foi editado no Brasil, sob a responsabilidade do Comando superior da Revolução, o AI 1, que tinha vigência prevista até 31 de janeiro de 1966 e dava início à estruturação da nova ordem político-administrativa que se implantava no país. O A I 1estabelecia, entre outras medidas: 
a) Eleições diretas para a escolha de presidente da República a partir de 1982, suspensão das garantias constitucionais e extinção dos partidos políticos. 
b) A Lei Orgânica dos partidos com base n a qual surgiram a ARENA e o MDB, o pacote de abril e a mudança do sistema de aposentadorias. 
c) Recesso do Congresso Nacional, intervenção n os Estados e Municípios e eleições diretas só para mandatos parlamentares. 
d) Autorização do Executivo para decretar estado de sítio, suspensão de direitos 
políticos e cassação de mandatos eletivos. 
e) Reforma do poder judiciário, reforma eleitoral e reforma universitá ria proibindo aos estudantes a participação na vida política 
27) Torna-se impossível estabelecer normas sérias e sistematização eficiente à educação, à 
defesa e aos próprios empreendimentos de ordem material, se o espírito que rege a política 
geral não estiver conformado em princípios que se ajustem às realidades nacionais. 
O trecho citado é parte da Proclamação ao Povo Brasileiro lida, em 10 de novembro de 
1937, por Getúlio Vargas, que tentava justificar a implantação do c h amado Estado Novo. 
Seguem-se as afirmativas que caracterizam a fase do estado Novo: 
I. O poder passou a ser descentralizado, aumentando a autonomia dos estados com a 
nomeação de interventores estaduais. 
II. A política de intervencionismo estatal teve papel destacado no Estado Novo, 
principalmente no setor da indústria de base com a criação da C ompanhia 
Siderúrgica Nacional. 
III. Em 1937, apesar do Golpe de Estado, Vargas mantém aberto o Congresso e 
privilegia os partidos políticos que passam a deter grande força no governo. 
IV. As realizações no Estado Novo no setor petrolífero foram muito importantes, 
destacando-se a criação da Petrobrás que instituiu o monopólio estatal na exploração 
do petróleo no Brasil. 
V. O governo passou a ficar, durante o Estado Novo, com poder de c ontrolara 
propaganda nacional e a censura através d o Departamento de Imprensa e 
Propaganda – DIP – conhecido como máquina de propaganda do governo. 
Assinale: 
a) Se apenas as afirmativas II e V estiverem corretas. 
b) Se apenas as afirmativas II, IV, V estiverem corretas. 
c) Se apenas as afirmativas IV e V estiverem corretas 
d) Se apenas as afirmativas I, II, III, IV estiverem corretas 
e) Se apenas as afirmativas III, IV estiverem corretas 
28) ((UCBA) O AI 5, legislação excepcional editada durante o governo Costa e Silva, em 1968, resultou entre outros fatores: 
a) Da crise econômico-financeira, com acelerado processo inflacionário, no após 1964. 
b) Da necessidade de reformulação da estrutura administrativa altamente burocratizada do país. 
c) Do comportamento do Congresso Nacional, que recusou permissão para processar um de seus membros. 
d) Da possibilidade de surgimento de uma crise ex terna, em face da anulação do acordo 
Militar Brasil-Estados Unidos. 
e) De pressões internas, com vistas a modificar o processo eleitoral, estabelecendo eleições indiretas. 
29) (UNESP) O processo histórico brasileiro comporta uma multiformidade de aspirações nacionais, permanentes e momentâneas. A participação d a mulher na formação do governo é uma delas. E, a propósito, pode-se afirmar que a capacidade eleitoral no Brasil passou a ser menos restritiva com a introdução do voto feminino, que se deu: 
a) No decurso do II reinado 
b) Quando da proclamação da República 
c) Com a Constituição de 1934 
d) Com a Constituição de 1824. 
e) Com a Constituição de 1889. 
30) (FC-BA) A chamada questão social, durante o Estado Novo (1937 -45), caracterizou-se, entre outros aspectos, pela: 
a) Permissão para a livre contratação entre os operários e os empresários. 
b) Elaboração de uma legislação de greve considerada permissiva. 
c) Intervenção estatal em todos os setores trabalhistas. 
d) Eliminação da figura do dirigente sindical chamado de pelego.
31) Com a emancipação política, o LIBERALISMO se constituiu como ideologia como prática política que nortearia o processo de modernização do Brasil pela superação de sua herança colonial. É correto afirmar que o liberalismo no Brasil se apresentou com as mesmas características do que o liberalismo que norteou a burguesia europeia contra o absolutismo monárquico? Por que?
R. 
Sim. Pois, tais pensamentos combinavam com a idéia de que a liberdade comercial iria ser benéfica a todos. Tal idéia foi posteriormente associada com a defesa do capitalismo. O liberalismo econômico pregava o fim da intervenção do Estado na produção e na distribuição das riquezas, o fim das medidas protecionistas e dos monopólios e defendia a livre concorrência entre as empresas.
No Brasil, as idéias liberais chegaram no início do século XIX, tendo maior influência a partir da Independência de 1822. Para Costa (1999), o liberalismo brasileiro só pode ser entendido com referência à realidade brasileira. Os principais adeptos foram homens interessados na economia de exportação e importação, muitos proprietários de grandes extensões de terra e escravos. Ansiavam por manter as estruturas tradicionais de produção, libertando-se do jugo de Portugal e ganhando espaço no livre-comércio. Esta elite tencionava manter as estruturas sociais e econômicas. Após a independência, os liberais tencionavam ampliar o poder legislativo em detrimento do poder real.

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