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Prof. Esp. Marcus Vinicius CONSIDERAÇÕES -A FA é recomendada para as limitações ou restrições de sustentação de peso; -Exercício pode ser resistido em toda a ADM; -Os padrões de movimento são auxiliados pela flutuação em bipedestação; -Exercícios auxiliados pela flutuação podem facilitar atividades para ombro, quadril e joelho; -A água fornece subsídios seguros para mudança de direção sem traumas que vão proporcionar aumento da mobilidade, nutrição articular, controle muscular e resistência. - ATIVIDADES PARA MELHORAR A MOBILIDADE -Quando utilizar a água como recurso para ganho de ADM deve-se considerar alguns fatores: -1-A força de flutuação e seu efeito sobre o movimento desejado; -2-A posição da extremidade e a ADM disponível na articulação; -3-A direção do movimento desejado; -4-O uso de equipamentos flutuadores. - EXERCÍCIOS PARA ADM EM POSIÇÃO ERETA COM AUXÍLIO DA FLUTUAÇÃO -QUADRIL –F, E, Ab, RI e RE; -JOELHO – F e E; -TORNOZELO – F e E; -OMBRO – F, E e Ab; -COTOVELO - F e E; -PUNHO – F e E; -ANTEBRAÇO – Supinação. - EXERCÍCIOS PARA ADM APOIADOS PELA FLUTUAÇÃO DEITADO EM DECÚBITO LATERAL -QUADRIL –F e E; -JOELHO – F e E; -TORNOZELO – F e E; -OMBRO – F e E; -COTOVELO - F e E; -PUNHO – F e E; - EXERCÍCIOS PARA ADM APOIADOS PELA FLUTUAÇÃO DEITADO EM DECÚBITO DORSAL -QUADRIL –Ab, Ad, RE e RI; -TORNOZELO – I e E; -OMBRO – Ab, Ad, RE e RI; -ANTEBRAÇO – P e S. - ATIVIDADES PARA MAXIMIZAR A FUNÇÃO MUSCULAR A resistência em terra é fornecida pela CARGA E GRAVIDADE. Na água é fornecida pela TURBULÊNCIA E FLUTUAÇÃO e é influenciada pela ÁREA DA SUPERFÍCIE, VELOCIDADE DO MOVIMENTO E PELO ARRASTO. Os princípios do treinamento e as progressões são as mesmas que em terra: - Calistenia; -Fortalecimento com FNP e controle motor; - Atividades em CCA e CCF; - treino de marcha e atividades funcionais. PROGRESSÃO DO EXERCÍCIO DE FORTALECIMENTO NA ÁGUA RESISTÊNCIA -Muitas repetições; -Poucas séries; -Sem equipamento; -Velocidade lenta ou moderada; -Profundidade de imersão (alta); -Posicionamento do paciente facilitatório. - PROGRESSÃO DO EXERCÍCIO DE FORTALECIMENTO NA ÁGUA FORÇA -Poucas repetições; -Muitas séries; -Com equipamento; -Velocidade rápida; -Profundidade de imersão (baixa); -Posicionamento do paciente com resistência. - TREINAMENTO EM CCF MMII -Transferência de peso; -Apoio bipodal e unipodal; -Agachamento bipodal e unipodal. MMSS - Apoio na barra com 1 ou 2 membros; -Puxada na barra com 1 ou 2 membros; -Segurar a prancha ou bola ou macarrão imersos. TREINAMENTO EM CCA MMII -Chutes frontais, laterais e para trás; -Exercícios em flutuação na bipedestação, sedestação ou decúbitos MMSS - todos os movimento articulares sem apoio (uni ou bilateral); -Exercícios em flutuação na bipedestação, sedestação ou decúbitos PLIOMETRIA NA ÁGUA PARA EXTREMIDADES DEFINIÇÃO – treinamento pliométrico pode ser definido como movimentos rápidos e energéticos envolvendo um pré- alongamento da unidade músculo-tendínea que ativa o ciclo de alongar-encurtar. OBJETIVO- desafiar o paciente a responder rapidamente e a alterar a direção do movimento com velocidade e força. FASE INICIAL Água nível do pescoço – força de flutuação suporta a fase de impulso e amortece a fase de impacto,mas inibe a velocidade do exercício. FASE INTERMEDIÁRIA Água nível processo xifóide – reduz a força de flutuação (mas ainda garante suporte no impulso e amortecimento do impacto), melhora a velocidade do exercício e melhora a qualidade do movimento. FASE AVANÇADA Água nível da cintura – pouca força de flutuação, 50% de carga, boa velocidade do exercício, bom controle do movimento. TREINAMENTO CARDIOVASCULAR Os efeitos positivos da pressão hidrostática sobre o coração e redução da carga da flutuação sobre os músculos, articulação e tendões tornam a água um ambiente ideal para este treinamento. Grande parte dos treinamentos cardiovasculares começam na parte funda pela falta de impacto. Importante o monitoramento (escala de Borg de esforço) FISIOTERAPIA ORIENTADA PARA DISFUNÇÕES NA EXTREMIDADE SUPERIOR CAPSULITE ADESIVA A capsulite aderencial do ombro compromete principalmente a articulação glenoumeral e altera o rítmo escapuloumeral normal. Resulta da imobilização longa ou por inatividade e causa dor, perda de mobilidade e de força. FASE INICIAL - Aumentar a mobilidade da cintura escapular; - alongamento; -melhorar a ADM; -fortalecimento de muitas repetições e baixa resistência, usando padrões fisiológicos de movimento. FASE INTERMEDIÁRIA -As atividades progridem conforme a ADM, força e função do pcte; - fortalecimento isotônico a partir da ADM disponível; -Alongamento fisiológico; -Mobilização articular e ergometria. FASE AVANÇADA -Refinamento motor; - Preparo para o retorno as atividades FISIOTERAPIA ORIENTADA PARA DISFUNÇÕES NA EXTREMIDADE INFERIOR LESÕES LIGAMENTARES As lesões ligamentares de joelho e tornozelo são beneficiadas pela sustentação precoce de peso e atividades proprioceptivas na piscina. Os mais acometidos são LCA e LCM e o tibiofibular. Os objetivos da fisioterapia aquática são: -Restaurar o comprimento muscular normal; -Aumentar a capacidade de torque do músculo; -Melhorar a capacidade funcional do paciente. FASE INICIAL -Restaurar a ADM; -Normalização da marcha; -Redução da dor; -Redução do derrame articular; -Manutenção da força e propriocepção. FASE INTERMEDIÁRIA -Obtenção dos graus finais da mobilidade; -Aumentar a capacidade muscular de torque; -Propriocepção, equilíbrio e sustentação de peso; FASE AVANÇADA -Refinamento motor; - Preparo para o retorno as atividades. FISIOTERAPIA ORIENTADA PARA DISFUNÇÕES NA COLUNA VERTEBRAL LOMBALGIA DE ORIGEM BIOMECÂNICA Inclui dor discogênica, síndrome Facetária e doença articular Degenerativa. Mobilização Precoce e exercício podem ajudar a deter o desenvolvimento de problemas secundários tais como força e Flexibilidade reduzida. FASE INICIAL -Redução da dor; -Correção postural; -Estabelecimento de padrões normais de movimento; -Redução das forças compressivas articulares; -Redução da imobilização protetora; -Mobilização ativa suave dentro de uma amplitude indolor. FASE INTERMEDIÁRIA -Ganho e ADM indolor; -Aumentar a capacidade muscular de torque; -Propriocepção, equilíbrio e sustentação de peso; -Rotações de tronco resistidas em bipedestação FASE AVANÇADA -foco nas atividades funcionais; - Preparo para o retorno as atividades. FISIOTERAPIA AQUÁTICA NEUROLÓGICA -A fisioterapia neurológica é um DESAFIO. -Discordância dos métodos usados: 1- defendem o tratamento para os problemas associados (fraqueza, hipertonia, ADM limitadas), mas não defendem a atividade funcional na água por não oferecer estabilização e causar reações associadas. -Na reabilitação neuromotora alguns consideram a ataxia contra indicação absoluta (confusão no INPUT sensitivo alterado induzido pela imersão). BENEFÍCIOS PARA O PACIENTE -Reduz o tônus; -Prevenção de contraturas; -Assistência ao equilíbrio estático e dinâmico; -Fortalecimento mais precoce e eficaz; -Benefícios cardiovasculares; -Motivação; -Recreação; -Socialização; PREJUÍZOS TÍPICOS DA LESÃO CEREBRAL -Fraqueza; -Hipertonia; -Limitação de movimento voluntário; -ADM limitada; -Perda sensitiva; -Incoordenação; -Instabilidade postural. * Graus leve, moderado e grave TRATAMENTO NEUROMOTOR AQUÁTICO BENEFÍCIOS DA ÁGUA -Suporte da flutuação; -Alívio de peso; -Auxílio da bipedestação; *cuidadoscom a hipotonia e aumento do tecido adiposo. OBJETIVOS DEPENDÊNCIA X INDEPENDÊNCIA APOIO X SUPORTE SUPERPROTEÇÃO X ESTÍMULO PASSIVO X ATIVO IMPACIÊNCIA X PACIÊNCIA RESULTADO LONGO X RESULTADO BREVE ESTABILIDADE DO PACIENTE NA ÁGUA DESAFIO – auto confiança e senso de segurança PROCEDIMENTOS: 1- AJUSTE MENTAL -Conhecer a piscina; -Como entrar e sair; -Finalidades e objetivos; -Facilidade de apoio ao paciente na água. PROCEDIMENTOS: 2- POSICIONAMENTO Posições assumidas durante as atividades na água descrito por Campion. - bola - cubo - triângulo - bastão PROCEDIMENTOS: 3- MANIPULAÇÃO Paciente posição de bola e terapeuta posição de cubo. -Transporte dentro da piscina - Mobilizações - Relaxamento - Alongamento - Exercícios ativos PROCEDIMENTOS: 4- COMPREENSÃO Fazer o paciente perceber a importância da estabilidade na água e os mecanismos de flutuação e afundamento. -Expirar para afundar; - apnéia para flutuar; - posição de bastão para afundar; - posição de triângulo para flutuar; -Influência do arrasto para o movimento. ALTERAÇÃO DO EQUILÍBRIO Aspectos Biomecânicos -Limitação da ADM; -Fraqueza muscular. Coordenação Motora -Estratégia de compensação; -Graduação de força. Integração Sensitiva -Posição do corpo no espaço e sua interação com o ambiente; -Relação com sistema visual, vestibular e somatosensorial. ALTERAÇÃO DA MARCHA Objetivos funcionais da marcha (Esquenazi e Hirai, 1994) -Mover-se de um lugar para o outro; -Mover-se com segurança; -Mover-se eficientemente. (Winter, 85) delineou 3 tarefas para a marcha segura: -Sustentação do corpo para cima; -Manutenção de postura ereta e equilíbrio; -Controle do movimento dos pés. FASES DA MARCHA APOIO Deve ter sustentação adequada para as extremidades que apóia o peso e força para projetar o corpo para frente durante o impulso. OSCILAÇÃO Uma deambulação boa deve ter um espaço livre e seguro entre os pés, o avanço do pé e impulso de transferência controlados PROTOCOLO DE ATIVIDADE AQUÁTICA PARA MARCHA 1- Transferência de peso; 2- Flexão de uma perna; 3- Marcha frontal; 4- Chute para trás; 5- Chute para o lado; 6- Chute para frente com joelho em extensão; 7- Andar com suporte à frente; 8- Andar com suporte ao lado. A ÁGUA NO LESADO MEDULAR “ Das muitas formas de incapacidade que podem acometer a humanidade, uma lesão ou doença grave da medula espinhal indubitavelmente constitui uma das mais devastadoras calamidades na vida humana” Ludwig Guttmann (pai do ttº do LM) OBJETIVOS TERAPÊUTICOS DO EXERCÍCIO AQUÁTICO NO LESADO MEDULAR -Espasticidade reduzida; -Fortalecimento muscular; -Aumento ou manutenção da ADM; -Redução da dor; -Melhora do estado respiratório; -Melhora da circulação periférica; -Melhora do estado cardiovascular e metabólico (DC e VS); -Aumenta a resistência aeróbica; -Melhora a função; -Melhora psicológica. CONTRA INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES -Febre; -Infecções; -Erupções cutâneas; -PA alta ou baixa não controlada; -Capacidade vital abaixo de 1l; -Convulsão recente ou não controlada; -Traqueostomia; -Incontinência intestinal ou vesical não controlada; -Menstruação sem proteção interna. TRANSFERÊNCIA PARA DENTRO E FORA DA PISCINA CADEIRA DE RODAS – BANQUINHO – BORDA (C7 E ABAIXO) APOIO DO FISIO EM BORDAS LISAS E COM EVA. FISIOTERAPIA AQUÁTICA PEDIÁTRICA O uso da água tem sido aproveitada pelas crianças há muitos anos tanto no âmbito recreacional com na terapia. OBJETIVOS -Alteração na rigidez; -Hipotonia e hipertonia; -Fraqueza; -ADM; -Problemas respiratórios; -Problemas para despertar; -Disfunção sensitiva. TÉCNICAS DE SEGURANÇA -Respiração rítmica; -Flutuação na posição supino; -Flutuação na posição prono; -Rolamento; -Mudança de direção. FISIOTERAPIA AQUÁTICA OBSTÉTRICA E GINECOLÓGICA Através da história, as mulheres grávidas tem sido aconselhadas a repousar e abster-se de atividade vigorosa. Embora hoje se conheça mais sobre as alterações fisiológicas, mecânicas e emocionais da gravidez algumas questões ainda não estão esclarecidas. -Toda grávida deve se exercitar na água; -Profundidade e temperatura recomendada; -O ambiente é seguro para pcte de alto risco; ALTERAÇÕES POSTURAIS NA GRAVIDEZ Localização Alteração Centro de gravidade Não grávida: S2 Grávida: desvia-se anterior e superiormente. Pés pronação aumentada e arcos plantares forçados Quadris flexão aumentada tende a exacerbar-se Joelho extensão aumentada tende a exacerbar-se Coluna lombar usualmente aumento da lordose Coluna torácica cifótica Ombros podem rodar internamente Cabeça pode salientar-se para frente Marcha Base aumentada de suporte APLICAÇÕES AQUÁTICAS -Suspensão com suporte; -Mecanismo abdominal; -Exercício para o assoalho pélvico; -Alongamento de adutores; -Alongamento em cross-country; -Fortalecimento e estabilização escápulo torácica; -Alongamento dos flexores laterais do tronco. FISIOTERAPIA AQUÁTICA REUMATOLÓGICA A universalidade das doenças reumáticas, que afetam todas as idades, tem levado à formação de várias fundações e grupos de apoio. Esses estabeleceram muitos programas de exercício, inclusive programas aquáticos, planejados para prover suporte físico, psicológico e social às pessoas que sofrem dessas doenças. A fisioterapia tem auxiliado esses programas criando procedimentos variáveis individuais que atendem as necessidades destes grupos. ROTINAS TERAPÊUTICAS -Exercícios isolados de MMSS, MMII e tronco para fortalecimento e ganho de ADM; -Alongamento para melhorar a flexibilidade; -Treino de marcha, propriocepção e sustentação de peso; -Técnicas de posicionamento para reduzir a dor; -Condicionamento aeróbico; -Coordenação motora, equilíbrio, agilidade, gesto esportivo ou trabalho. BENEFÍCIOS DA FA PARA PACIENTES REUMÁTICOS Muitos pacientes sofrem de complicações múltiplas da doença, bem como os efeitos colaterais do tratamento, incluindo: -Níveis variados de dor e rigidez; -Sintomas relacionados à fraqueza muscular; -Complicações posturais; -Resistência cardiovascular reduzida e fadiga aumentada; -Complicações articulares: -Comprometimento multiarticular; -Frouxidão; -Contraturas e deformidades; -Alteração do funcionamento biomecânico; -Manifestações extra articulares. PATOLOGIAS REUMÁTICAS -Desarranjo lombar; -Espondilite anquilosante; -Osteoporose; -Fibromialgia; -Hemofilia; -Artroses e artrites. SELEÇÃO DE PACIENTES PARA FA INDICAÇÕES -Alto nível de dor; -Desvios da marcha; -Mobilidade e flexibilidade diminuída; -Fraqueza; -Coordenação limitada; -Pouca resistência cardiovascular e muscular (endurance); -Disfunções posturais; -Propriocepção deficiente; -Habilidades de recreação e interação social reduzidas. SELEÇÃO DE PACIENTES PARA FA CONTRA-INDICAÇÕES -Febre; -Ferida aberta; -Erupção cutânea contagiosa; -Doença infecciosa; -Doença cardiovascular grave; -História de convulsões não controladas; -Incontinência vesical ou intestinal; -Colostomia; -Menstruação sem proteção; -Tubo deTraqueostomia, nasogástrico ou gastrotomia; -Resistência gravemente limitada (endurance ). FISIOTERAPIA AQUÁTICA DO ATLETA A tecnologia oferece muito a uma pessoa que luta pela superioridade física ou psicológica.Entretanto, existe um meio natural que possibilita a reprodução de forma e função, anulando os efeitos deletérios de um ambiente gravitacional. As últimas tendências evidenciam instalações aquáticas nos CTs. BENEFÍCIOS AQUÁTICOS PARA OS ATLETAS -Reduzir a carga sobre as articulações; -A cartilagem articular e ossos cortical e esponjoso são beneficiados pela redução da gravidade; -As unidades musculotendíneas são protegidas do torque excessivo e forças vibratórias lesivas; -Reduz o tempo do processo inflamatório; -Tempo de recuperação reduzido. DIRETRIZES PARA TRATAMENTO DE LESÕES DE TECIDOS MOLES EM ATLETAS 1-Obter diagnóstico completo estrutural e funcional; 2-Reduzir ao mínimo a inflamação; 3-Impedir dano adicional; 4-Manter a resistência cardiovascular; 5-Recuperar movimento e estabilidade completos da articulação comprometida; 6-Fornecer feedback proprioceptivo por meio de padrão de movimento funcional; 7- Restituir força e resistência aos músculos comprometidos; 8-Retornar ao nível prévio de função. COLUNA LOMBAR DO ATLETA NÍVEL I – FASE DE ESTABILIZAÇÃO •Aclimatação ao ambiente aquático; •Descarga gravitacional; •Estabilização progressiva do tronco. NÍVEL II – FASE DE MOBILIDADE •Começar padrões de movimentos monoplanares; •Aumentar a resistência (endurance) da estabilização do tronco; COLUNA LOMBAR DO ATLETA NÍVEL IV – FASE DINÂMICA •Começar padrões de movimentos multiplanares; •Recíproco de extremidades superiores/inferiores NÍVEL V – FASE INDEPENDENTE •Aumentar cargas gravitacionais; •Aumentar velocidade e resistência; •Usar formato específico para o esporte. FISIOTERAPIA AQUÁTICA NO DOENTE CARDIOVASCULAR “hoje em dia as doenças cardiovasculares são o maior tormento que aflige a população das nações industrializadas” Eugene Braunwald, 1980 Os fatores principais na prevenção e retardamento das doenças são a redução da PA, ingestão de colesterol e gordura, eliminação do fumo, redução da bebida alcoólica e aumentar o exercício regular. Os programas de reabilitação aquática provêem um meio para intensificar esses objetivos. CANDIDATOS À REABILITAÇÃO CARDÍACA NÃO CIRÚRGICOS -Pós infarto do miocárdio; -Angina estabilizada; -Sobreviventes de “morte súbita”; -Doença vascular periférica; -Insuficiência cardíaca congestiva; -Miocardiopatias. CANDIDATOS À REABILITAÇÃO CARDÍACA CIRÚRGICOS -Pré-operatório para qualquer intervenção cardíaca; -Cirurgia de pontes coronarianas; -Ablação de placas de ateroma; -Transplante cardíaco; -Implantação de marcapasso; -Cirurgia de válvulas cardíacas (aórtica e mitral) EXERCÍCIOS AQUÁTICOS PARA POPULAÇÃO CARDÍACA 1- Admitir no programa aquático somente depois de 4 semanas terem decorrido desde o evento cardíaco; 2-Conhecer os parâmetros fisiológicos estabilizados através de reabilitação cardíaca terrestre com ECG monitorizado, antes de entrar na água; 3- Estabelecer confiança e relacionamento, se possível, antes do programa aquático, para incentivar a melhor comunicação possível entre o participante e a equipe. 4- Admitir no programa depois que o treinamento tornar-se confortável a 5 MET´s; 5- As FC alvo deve ser 10 a 20 bpm mais baixa que a FC alvo terrestre (10 para uso de beta bloqueador). Desde a década de 30, os pacientes têm usado as águas de Bad ragaz para terapia ativa que deram origem a técnica, na verdade uma coleção de técnicas terapêuticas efetuadas na água que foram desenvolvidas através dos anos nas águas termais de Bad Ragaz, Suíça. É utilizado em reeducação muscular, fortalecimento, tração, alongamento, relaxamento e inibição do tônus na água. Em 1957 Knupfer refinou o método para um tratamento horizontal na qual o paciente era suportado flutuando sobre as costas por meio de anéis de flutuação em torno do pescoço, pelve, joelhos e tornozelos. A FILOSOFIA E TÉCNICA DA FNP ADAPTADA PELO MABR INCLUEM: -Resistência máxima para exercício isotônico e isométrico durante toda a ADM; -Apoios e fixações manuais pelo terapeuta estimulam os proprioceptores e facilitam o movimento; -Padrões de “empurrar e puxar” facilitam o reflexo do estiramento; - comandos precisos curtos facilitam o movimento ativo; -O trabalho dinâmico melhora a qualidade do movimento; -Os músculos e articulações são exercitados em padrões que são ao mesmo tempo naturais e funcionais para o paciente. TÉCNICA Margaret Campion, descreve a necessidade do terapeuta fornecer estabilidade ao paciente e ainda ser flexível com a aplicação através de três modos que o terapeuta atua em relação ao paciente: ISOCINETICAMENTE – O terapeuta fornece fixação enquanto o paciente move-se através da água seja e direção, afastando-se ou em torno do terapeuta. O paciente determina a resistência ajustando a velocidade de movimento através da água. TÉCNICA ISOTONICAMENTE – O terapeuta atua como um ponto de fixação “móvel”. O paciente pode ser empurrado ou oscilado na direção do seu movimento ativo. Essa ação leva a um aumento na resistência a esse movimento. O terapeuta pode empurrar na direção oposta. ISOMETRICAMENTE – o paciente mantém uma posição fixa enquanto está sendo empurrado através da água pelo terapeuta. Essa ação promove contrações estabilizadoras. TÉCNICA Além disso, o terapeuta pode mover o paciente passivamente através da água para relaxamento, inibição de tônus, alongamento do tronco e tração da coluna. Nestas manobras, o terapeuta atua como um ponto fixo durante toda a atividade. O CONCEITO HALLIWICK 2010 Associação Halliwick Internacional (IHA) Comitê de Educação e Pesquisa 2010 - Ann Gresswell, Aoife Ní Mhuirí, Bodil Fons Knudsen, Jean-Pierre Maes, Mauricio Koprowski Garcia, Merav Hadar-Frumer e Montserrat Gutierrez Bassas. “O Conceito Halliwick é uma abordagem para ensinar todas as pessoas, em particular as com deficiência física e/ou intelectual, a participar de atividades aquáticas moverem-se com independência na água e nadar” (Conceito Halliwick IHA 2010). O Conceito Halliwick reconhece os benefícios que podem ser extraídos das atividades na água, e estabelece os fundamentos necessários para o ensino e aprendizagem neste ambiente. Estes benefícios são holísticos e incluem aspectos físicos, pessoais, recreacionais, sociais e terapêuticos. Portanto pode ter um importante impacto na vida das pessoas. Foi criado por James Mac Millan em 1949. O Halliwick usa o termo “nadador” para todos que estejam aprendendo na água, que possam nadar independentemente ou não, assim, enfatiza a inclusão, participação e altas expectativas. “Nadadores” aprendem a controlar o equilíbrio na água, sem ajuda de flutuadores. Conseguido através do trabalho na relação um-para-um com apoio mínimo e ajustável do assistente. O Programa dos Dez Pontos é um processo de aprendizagem estruturado através do qual a pessoa sem experiência prévia pode progredir à independência na água. Isso acontece através do domínio e controle de movimentos no ambiente aquático. Através dos Dez Pontos o “nadador” gradativamente, melhora a respiração, equilíbrio e controle de movimentos, torna-se mais confiante na água e experimenta maior liberdade em imersão. Os Dez Pontos são: 1. Adaptação Mental 2. Desligamento 3. Controle da Rotação Transversal 4. Controle da Rotação Sagital 5. Controle da Rotação Longitudinal 6. Controle da Rotação Combinada 7. Empuxo 8. Equilíbrio em imobilidade 9. Deslize em Turbulência 10. Progressões Simples e Movimentos Básicos de Natação Adaptação Mental é um processo continuo através de todo processo de aprendizagem. Por exemplo: aprender o controle da respiração (um aspecto da Adaptação Mental), pode começar como uma habilidadeseparada, apenas assoprando a superfície da água, mas que depois; será combinado com outra habilidade, por exemplo: sentar no fundo da piscina. Desligamento é um processo continuo de aprendizagem no qual o “nadador” torna-se física e mentalmente independente. Por exemplo: um “nadador” que tem medo de se movimentar na água necessitará muito apoio mas, quando se torna mais confiante e melhora o equilíbrio, necessitará menos apoio e estará mais desligado do instrutor. Controle da Rotação Transversal é a habilidade de controlar movimentos ao redor do eixo indo de lado a lado (eixo fronto- transversal). Por exemplo: (i) da posição em pé, inclinar-se à frente para soprar bolhas (ii) da posição em pé para a flutuação de costas na água (iii) da posição de flutuação de costas para a posição em pé (com ou sem apoio) (iv) ser capaz de manter a posição em pé sem desequilibrar para frente ou para trás. Controle da Rotação Sagital é a habilidade de controlar movimentos para o lado ao redor do eixo, indo da frente para trás (eixo sagito-transversal). Por exemplo: (i) na posição em pé colocar um ouvido na água (ii) (ii) na posição em pé realizar movimentos laterais. Controle da Rotação Longitudinal é a habilidade de controlar movimentos ao redor do eixo longo do corpo como o eixo que passa desde a cabeça até o dedo do pé (eixo sagito-frontal). Este movimento pode ser na posição em pé ou em flutuação na horizontal. Por exemplo: (i) na posição em pé girar no mesmo lugar (ii) da posição de rosto na água rolar para a posição de flutuação horizontal (iii) quando nadando de frente, girar para inspirar. Controle da Rotação Combinada é a habilidade de controlar movimento utilizando qualquer combinação de rotações. Dá ao “nadador” o controle nas três dimensões de movimentos na água. Por exemplo: (i) da posição sentado na borda, entrar na água rolando até a posição de flutuação de costas na horizontal. (ii) readquirir uma posição estável, em flutuação de costas, após desequilibrar à frente. (iii) virada olímpica quando nadando na direção da borda. Empuxo é uma propriedade física da água que possibilita, a maioria dos “nadadores”, a flutuação na água. “Nadadores” precisam acreditar que a água dará apoio. Este processo frequentemente é chamado de inversão mental, porque o “nadador” deve inverter seu pensamento e perceber que flutua e não afunda. Neste momento do Programa dos Dez Pontos, atividades de submersão são ensinadas, assim, submergindo, você experimenta o Empuxo e como é difícil permanecer embaixo dágua. Exemplos de empuxo são: (i) o “nadador” retira seus pés do fundo da piscina e sente que a água pode sustentá-lo (saltando como Coelho) (ii) recolher objetos do fundo da piscina e sente o empuxo trazendo você de volta a superfície. Equilibrio em imobilidade é a habilidades de manter-se parado na água. Pode ser em diferentes posições e é dependente de ambos: controle do equilíbrio físico e mental. Flutuação é um exemplo de equilíbrio e imobilidade, por exemplo: (i) posição de flutuação na horizontal, (ii) na vertical, (iii) flutuação em Cogumelo. Quando equilibrado, outras atividades podem ser realizadas mais facilmente. No Deslize em Turbulência o “nadador”, na posição de flutuação de costas é movimentado através da água pelo instrutor sem nenhum contato físico entre eles. Isto é possível quando o instrutor faz turbulência em baixo do ombro do “nadador” ao mesmo tempo em que caminha para trás. O “nadador” tem que controlar rotações indesejadas e não realiza qualquer movimento de propulsão. Progressões Simples são movimentos básicos de propulsão. Podem ser simples movimentos com braços, pernas ou mesmo com o tronco. Por exemplo na posição de flutuação horizontal (i) aplaudir os lados do corpo, (ii) movimentos de remos com as mãos, (iii) bater as pernas. Movimentos Básicos de Natação podem consistir de movimentos que requerem coordenação mais complexa e, normalmente, poderão envolver elevar os braços fora da água e incluir um elemento de deslize (equilíbrio em imobilidade). Por exemplo: na posição de flutuação de costas com os braços ao lado do corpo, traga-os rente à superfície da água até a altura dos ombros depois, com os braços na água, mova-os até o lado do corpo, deslize e comece novamente o movimento. Foi criado em 1980 por um americano Harold Dull, que após ter estudado o Shiatsu Zen que se diferencia do Shiatsu tradicional que focaliza os pontos. O Zen Shiatsu usa alongamentos passivos, mobilização articular, pressão sobre acupontos para equilibrar fluxos de energia através dos meridianos. Os fluxos ou sequências do watsu foram elaborados e rerfinados para proporcionar uma transição harmônica e suave entre as manobras que tem um princípio básico e importantíssimo, a sintonia respiratória entre terapeuta e paciente. É uma técnica suave, mas de efeito profundo e de grande potencial terapêutico. É um trabalho corporal, desenvolvido em água especialmente aquecida a 34 a 36°C, com o intuito de alongar, exercer manipulações terapêuticas e movimentos rítmicos livres ou sequenciais. O watsu foi criado como uma técnica de massagem ou bem– estar que não era destinado, necessariamente, a “pacientes”. Entretanto, terapeutas de reabilitação aquática relataram sucesso ao aplicar watsu em pacientes com variedades de distúrbios neuromusculares e musculoesqueléticos. BENEFÍCIOS Diminuição do ritmo cardíaco; Diminuição da taxa de respiração; O aumento da profundidade da respiração; O aumento da vasodilatação periférica; O aumento da atividade muscular liso (digestão); Quem se beneficia? Portadores de distúrbios de coluna vertebral, que necessitem de um relaxamento para que ocorra um aumento do espaço intervertebral; Patologias ou distúrbios neurológicos que diminuem a amplitude de movimento, devido a um estado espástico (enrijecimento) da musculatura; Reabilitação de pós-cirúrgico ortopédico, principalmente de grandes fraturas e próteses de articulações; Fibromialgicos. Pessoa acometida pela fibromialgia, uma doença que é causada pela ausência de endorfinas específicas, causando dor em diversos pontos do corpo; Pacientes pediátricos com acometimento mental e ou físico, que promova um dano em seu sistema músculo-esquelético; Portadores de patologias com caráter reumatológico, como artrites e artroses; Pacientes com CA (Câncer) em alguns caso em que a doença provoque dores e limitação; Indivíduos com pouca ou quase nenhuma consciência corporal; Insônia provocada por tensão muscular; Fadiga muscular provocada por excesso de atividade física; Pessoas com tumores, que de alguma forma dificultam o bom funcionamento do sistema músculo-esquelético. Antes de iniciar o Watsu, o paciente deve ser avaliado quanto a quaisquer condições nas quais pressão ou alongamento sejam contra-indicados. Também detectar se o paciente fica confortável flutuando em supino com o pescoço em extensão.
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