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Fundamentos de Economia 6

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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
AULA 6 – O CONCEITO DE ELASTICIDADE: PREÇO DA DEMANDA E DA OFERTA E OS TIPOS DE MERCADO.
Ao final dessa aula, você será capaz de:
1- Estudar, através do conceito de elasticidade preço, os diferentes efeitos que uma variação no preço do produto pode causar nas quantidades procuradas e ofertadas; 
2- Conhecer os tipos de mercado em que as forças de oferta e demanda atuam.
Conceito de Elasticidade Preço
A abordagem do conceito de elasticidade serve para tentarmos entender e explicar a reação dos consumidores e produtores diante de variações que ocorram nos níveis de preço de um determinado produto.
ATIVIDADE PROPOSTA
Elasticidade preço da demanda
Você já sabe que quando o preço de um bem aumenta, provoca uma redução em sua quantidade demandada, certo? Mas, você é capaz de responder se essa redução é considerável ou não? 
RESPOSTA: Para tratar desse tipo de questionamento utiliza-se o conceito de elasticidade preço da procura [Ep(d)], que  consiste na comparação entre a variação percentual ocorrida no preço do produto e a consequente variação percentual da quantidade demandada. Sua fórmula é muito simples.
Vejamos a seguir...
 variação % da quantidade demandada
[Ep(d)] =---------------------------------------------------------
 variação % ocorrida no preço do produto
A fórmula representa a relação (divisão) entre as variações relativas (percentuais) das  quantidades procuradas e dos preços,  e permite  as seguintes alternativas:
1 - Quando o numerador for maior do que o denominador;
2 - Quando o numerador for menor do que o denominador;
3 - Quando o numerador for igual a zero.
Vejamos cada uma delas  nas próximas telas.
1ª alternativa: quando o numerador for maior do que o denominador (Ep(d) maior do que 1)
Significa que a variação percentual das quantidades procuradas é mais significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de elástico.
Fazem parte desse conjunto os bens  supérfluos, cujo consumo costuma ser abolido, ou muito reduzido, quando os preços aumentam.   A Figura 6, ao lado, ilustra essa alternativa.
No gráfico percebemos que quando o preço é de R$ 20,00, as quantidades procuradas são de 40 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$ 20,00 para R$ 22,00) acarretará uma redução mais do que proporcional nas quantidades procuradas equivalente a 62,5% (variação de 25 sobre 40 unidades).
Assim, dividindo-se 62,5% por 10%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade igual a 6,25 (maior do que 1, portanto), mostrando que o produto é elástico, ou seja, muito sensível às variações de preço.
2ª alternativa: quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(d) menor do que 1)
Mostra que a variação percentual das quantidades procuradas é menos significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de inelástico. 
Fazem parte desse conjunto  de possibilidades os bens  de primeira necessidade, cujo consumo costuma ser pouco sensível às variações de preço. Produtos básicos da alimentação, do vestuário etc., incluem-se nessa categoria.    
A Figura 7, ao lado, demonstra esse conceito.
No gráfico ao lado percebemos que quando o preço é de R$ 20,00, as quantidades procuradas são de 45 unidades.
A ocorrência de um aumento de 75% no preço (de R$ 20,00 para R$ 35,00) acarretará uma redução menos do que proporcional nas quantidades procuradas, equivalente a 33% (variação de 15 sobre 45 unidades).
Assim, dividindo-se 33% por 75%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade igual a 0,44 (menor do que 1, portanto), mostrando que o produto é inelástico.
3ª alternativa: quando o numerador for igual a zero (Ep(d) igual a zero)
Teoricamente pode-se considerar, ainda, um caso extremo de elasticidade da demanda onde não ocorra variação na quantidade procurada de um produto quando seu preço se modifica. 
Nesse caso, os bens seriam designados como totalmente inelásticos. Fariam parte desse caso extremo aqueles  bens de primeiríssima necessidade (remédios essenciais, por ex.).
A Figura 8 mostra esse caso.
No gráfico ao lado percebe-se que  qualquer que seja o nível de preço (R$ 20,00 ou R$ 40,00, por exemplo), as quantidades procuradas não se alteram e permanecem iguais a 30 unidades.
Ou seja, mesmo com a ocorrência de um aumento de 100% no preço (de R$ 20,00 para R$ 40,00) as quantidades não se reduzem (variação de 0%).
A elasticidade preço da oferta
Como a demanda, a oferta também é sensível às variações ocorridas no preço. Assim, a sensibilidade da oferta do produto em relação ao preço pode ser medida por uma fórmula bem semelhante à da demanda. Observe:
A fórmula em questão representa a relação (divisão) entre as variações relativas (percentuais) das quantidades ofertadas e dos preços  e, da mesma forma que na demanda, nos permite visualizar as alternativas a seguir.
 variação % da quantidade ofertada
[Ep(o)] =---------------------------------------------------
 variação % ocorrida no preço do produto
1ª alternativa: quando o numerador for maior do que o denominador [Ep(o)] maior do que 1).
Significa que a variação percentual das quantidades ofertadas é mais do que proporcional a da ocorrida no preço. Nesse caso, os produtos são considerados de oferta elástica.
A Figura 9, ao lado, ilustra essa alternativa.
No gráfico ao lado notamos que quando o preço é de R$ 20,00, as quantidades ofertadas são de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$ 20,00 para R$ 22,00) provocará um aumento de 100% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 30 unidades). 
Assim, dividindo-se 100% por 10%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade igual a 10 (maior do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta elástica.
2ª alternativa:  quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(o) menor do que 1).
Significa que a variação percentual das quantidades ofertadas é menos do que proporcional ao da ocorrida no preço. 
Nesse caso, os produtos são considerados de oferta inelástica.  A Figura 10 ilustra bem essa alternativa.
No gráfico ao lado notamos que quando o preço é de R$ 10,00, as quantidades ofertadas são de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 150% no preço (de R$ 10,00 para R$ 25,00) provocará um aumento de 20% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 18 unidades). 
Assim, dividindo-se 25% por 150%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade de 0,16, aproximadamente (menor do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta inelástica.
Os tipos de mercado
Agora, após termos considerado os aspectos da demanda e oferta de um determinado produto, é importante que você perceba as características de alguns tipos de mercados onde essas forças atuam. Entende-se que um mercado é constituído de compradores e vendedores. 
Neste sentido, nós podemos nos referir a um mercado como um todo – o mercado do Rio de Janeiro, o mercado brasileiro – ou como um mercado específico de um produto qualquer – o mercado de bicicletas, o mercado de trabalho etc. 
Observamos, por outro lado, que as relações  entre compradores e vendedores seguem padrões diferentes  dependendo do tamanho deste mercado, do número de vendedores, do número de compradores e, até mesmo, do tipo de produto comercializado.
Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classificação genérica dos diversos tipos de mercados.
A análise simplista que faremos irá considerar três alternativas de estruturas de oferta para atender o mercado consumidor de um determinado produto.
 A abordagem levará em consideração as características de cada um deles como número de unidades produtivas, tipo de produto, possibilidades de acesso à concorrência etc.
Conceitualmente, esses mercados são denominados de monopólio, oligopólio e concorrência perfeita. As características de cada um desses apresentamos a seguir.
Monopólio
O prefixomono, como se sabe, significa a unidade. Assim, monopólio representa o caso limite de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço.
Por esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinadas pela empresa monopolista. Normalmente, os produtos vendidos nesse tipo de mercado costumam exigir altíssimos níveis de investimento, fazendo com que o acesso de algum concorrente seja muito difícil.
EXEMPLO
Um exemplo de empresa que se enquadra nesse tipo de mercado é a light, distribuidora de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro.
Oligopólio
Se observarmos bem os fabricantes de inúmeros produtos que consumimos veremos que fazem parte do mercado de oligopólio. Isso porque percebe-se que esses produtos possuem poucos produtores para atender a muitos consumidores.
Como característica temos o fato dos produtos dos mercados oligopolistas serem bons substitutos e praticarem uma concorrência não só baseada no preço, como também em marketing, embalagens, etc.
ATENÇÃO
Muitos exemplos podem ser citados nesse caso. Escolhemos os fabricantes de bebidas e a indústria de eletrodomésticos.
Quando empresas oligopolistas se unem, através de um pacto formal, formam um Cartel. Nesse caso, agem em conjunto como se fosse uma única firma (monopólio). No Brasil, essa prática é proibida por lei.
Em termos de países, o cartel mais importante é a OPEP – Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo que, em reuniões periódicas, determinam as quantidades diárias que cada país deverá produzir e o preço que será praticado por todos.
Perceba que ao definir as quantidades produzidas por cada país, a OPEP consegue adequar a oferta à demanda para que o preço desejado possa ser mantido pois, como vimos na aula passada, os excedentes forçam os preços para baixo e a escassez, pela força que exerce, empurra os preços para cima.
Concorrência Perfeita
Pelo próprio nome, o mercado de concorrência perfeita é aquele onde a concorrência entre os agentes econômicos, devido ao seu grande número, é a mais significativa.
A consequência lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de, sozinho, alterar as condições de mercado. Assim, tanto consumidores como produtores  não conseguem afetar os níveis de oferta e procura do produto e o seu preço de equilíbrio.
Além disso, são características desse tipo de mercado o pleno conhecimento do mesmo pelos consumidores e produtores, produtos homogêneos e total mobilidade, podendo os competidores entrar ou sair do mercado livremente.
Os quadros abaixo resumem as alternativas de mercado que abordamos nesse tópico.
Tipos de mercado
	CONSUMIDORES
CONCORRÊNCIA PERFEITA
(muitos agentes de oferta para tender muitos consumidores )
OLIGOPÓLIO
(poucos agentes de oferta para atender muitos consumidores)
MONOPÓLIO
(um único agente de oferta para atender muitos consumidores)

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