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QUESTIONÁRIO DE PROCESSO CIVIL

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QUESTIONÁRIO DE PROCESSO – 2º ESTÁGIO
Conceitue Jurisdição.
É uma técnica de heterocomposição. É o poder dever que o Estado tem de atuar no caso concreto aplicando no lugar da vontade das partes, a vontade abstrata da lei. Busca resolver conflitos concretamente postos ao judiciário. É a afirmação da vontade da lei em detrimento da vontade das partes. É a capacidade de dizer o direito ao caso concreto.
Cite e explique as características da Jurisdição.
Caráter substitutivo: é a capacidade que o Estado tem de substituir as partes mediante a aplicação da vontade abstrata da lei, aplicando-se ao caso concreto. O estado chamar para si o dever de manter estável o equilíbrio da sociedade e, para tanto, ocorre a substituição às partes, incumbiu-se da tarefa de administrar a justiça, isto é, de dar a cada um o que é seu, garantindo, por meio do devido processo legal, uma solução imparcial e ponderada, de caráter imperativo, aos conflitos interindividuais.
Imperatividade:.a jurisdição se efetiva independente da vontade das partes, impondo a vontade da lei e não a vontade das partes;
Inafastabilidade: uma vez provocada não pode ser afastada, ou seja, o juiz não pode se recusar a analisar o conflito levado a juízo; 
Inércia (princípio da demanda): para que a jurisdição atue é necessário que ela seja provocada, para que assim seja garantida a imparcialidade;
Imutabilidade (definitividade) – coisa julgada – trânsito julgado: quando a jurisdição termina sua ação, quando ocorre o trânsito em julgado, ela é imutável. 
Caso concreto (LIDE): no sistema brasileiro é sinônimo de mérito. A missão da jurisdição é resolver a lide, ou seja o mérito/conflito. O juiz só julga aquilo que for pedido. EX.: se deve 10, mas só requer que o juiz cobre 2, ele só cobrará os 2. 
OBS.: as características elas não se excluem. Elas se completam. 
OBS.: trânsito em julgado é a certeza de que a LIDE foi julgada e não cabe mais recurso. Porém existe exceção: AÇÂO RECISÓRIA (feita até 2 anos após o trânsito) e a ANULATÓRIA DE JULGADO – QUERELLA NULITATTIS (pode ser impetrada a qualquer tempo, propicia, independente do trânsito em julgado, a revisão da sentença,
Cite e explique os equivalentes jurisdicionais.
Equivalentes jurisdicionais são técnicas de solução de conflito que não são jurisdicionais. Equivalem à jurisdição porque servem para resolver conflitos. São eles:
AUTOCOMPOSIÇÃO: As partes conflitantes chegam à solução do conflito, sem imposição de uma vontade sobre a outra, podendo ocorrer extrajudicialmente ou em juízo. Há três espécies de autocomposição:
Transação: forma mais tradicional, na qual a solução é dada pelas partes, sendo que cada uma delas faz concessões recíprocas;
 Renúncia: não há concessões recíprocas, mas apenas unilateral, por parte do autor que abdica de sua pretensão;
 Submissão: também não se vislumbram concessões recíprocas, mas apenas unilateral, por parte do réu que reconhece a razão do autor.
HETEROCOMPOSIÇÃO: é a resolução de um conflito mediante a intervenção de um terceiro. Os terceiros tem que ser imparciais. Pode ocorrer por:
Mediação: um terceiro interfere no problema para auxiliar os conflitantes a chegar a um acordo. O terceiro é chamado de mediador, que é alguém com habilidade para mediação através de técnicas de convergência. Ele nada decide, apenas auxilia que as partes cheguem a um acordo.
Arbitragem: um terceiro é escolhido pelas partes conflitantes para decidir o conflito. O árbitro decide, e resolve o problema. Ele é escolhido pelas partes para resolver o problema. Não existe homologação de sentença arbitral. O papel do judiciário é de apenas executar a sentença arbitral. A execução de sentença arbitral é execução de título judicial. A sentença arbitral não pode ser mudada, exceto quando houver vícios. No Direito Brasileiro, a decisão arbitral, em regra, não pode ser discutida no Poder Judiciário, nem precisa de homologação para ser exigida.
OBS.: Existe a proliferação de tribunais administrativos que resolvem conflitos por terceiro, por heterocomposição. Ex: tribunal de contas, tribunal marítimo, tribunais de contribuintes, Cade, agência reguladora. Não é jurisdição, falta a eles os dois últimos atributos: são suscetíveis de controle externo e não fazem coisa julgada. Posso ir ao judiciário para controlar essas decisões.
O que é competência?
É a atribuição de jurisdição a determinados órgãos judiciais. É a fixação das atribuições de cada um dos órgãos jurisdicionais, isto é, a demarcação dos limites dentro dos quais podem eles exercer a jurisdição.
Cite os princípios que regem a competência.
Tipicidade: a competência é previamente definida em lei;
Indisponibilidade: a competência não pode ser disposta. A competência não pode ser transmitida por seu próprio gosto. Ela não pode ser modificada nem pelo juiz nem pelas partes.
Cite e explique os critérios utilizados para se estabelecer a competência.
Critério em valor da causa: é um critério suplementar. Toda causa tem valor estimatório ou mensurável em decorrência das custas judiciais. Se uma causa não tiver um valor, o juiz pedirá sua estipulação. É possível que uma lei de organização judicia dica em qual vara irá tramitar o processo depois de definido o seu território; 40 salário mínimos juizados especiais estaduais, e 60 salários mínimos juizados federais.
Critério em razão da matéria: são as varas que irão tramitar o processo. É possível que o tribunal divida a matéria para fluir melhor os processos. A distribuição da matéria também é critério suplementar em razão da organização do poder judiciário. Aqui existe o critério de pessoas: excepcionalmente ocorrentes. Não beneficiam apenas uma pessoa, mas sim ambas as partes. Ex.: para entrar com um processo contra a Fazenda Pública, ela tem uma vara especial. A especialização em relação as pessoas se justificam em razão do beneficio trazido para as partes envolvidas. É uma necessidade de especialização da matéria;
Critério em razão da função (funcional): é preciso ver regras funcionais antes de chegar ao critério do território, estão fixados na Constituição Federal. É onde o processo vai existir. É entender o ingresso e transcurso da ação. Também nos diz as competências recursais.;
Critério em razão do território: a regra geral no Brasil é que o foro processual é o domicílio do réu. Pode existir um foro supletivo seria em um segundo domicílio do réu. Se ele não tiver domicílio certo, pode ser no domicílio do autor. E os foros especias que são exceções e ocorrem:
Situação da coisa (bens imóveis): é o local onde o bem se encontra. No caso de bens imóveis localizados em lugares diferentes e ocorre a morte do proprietário é próprio local onde o dono morreu;
Em razão da pessoas: Domicílio da mulher: em caso de separação a ação de divórcio ou anulação do casamento ocorre no domicílio da mulher; Residência do Alimentando: onde ele mora. É dever do pai ou da mãe, e o filho não pode renunciar. Quanto aos casais é recíproco, aferindo as condições depois do casamento. É renunciável, mas uma vez feito isso não pode mais voltar atrás. 
Em razão do fato: ação de reparação de dano – delito – acidente de trânsito: será no local onde ocorreu o acidente ou o domicílio do autor por ele ser hipossuficiente.
Quando se fixa a competência?
A competência é fixada no momento da distribuição da ação. Que é o princípio da perpetuação da jurisdição. Via de regra a competência não se modifica, porém há exceções, quando se suprimirem o órgão ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia.
Cite e explique a classificação da competência.
A competência pode ser:
Competência de Foro e de Juízo: Foro é a divisão territorial em comarcas, seções judiciais; Juízo: é o local específico: varas;
 Competência originária e derivada: Originária: competência de origem. Competência do juízo que conhece a ação. Derivada: é a competência recursal. É a competência decorrente da tramitação judicial.
Incompetência absoluta: leva-se em conta o interesse público. Não podeser alterado pelo juiz nem pelas partes. Mesmo que lá na frente se tome conhecimento da incompetência será inválido o processo. Não se convalidam em nenhum momento, nem admite prorrogação. O juiz deve de ofício declarar a incompetência a qualquer tempo e grau de jurisdição. Mesmo depois de trânsito em julgado pode acontecer a alegação de incompetência absoluta; 
Incompetência relativa: quando alguém entra erroneamente com uma ação e ela em regra não pode tramitar naquele juízo. Porém se ninguém se opor ela será convalida no transcurso no tempo, podendo então ser prorrogada, pois na competência relativa entende-se que o interesse é particular. Aqui o juiz não pode se manifestar de ofício, aqui as partes tem que arguir a incompetência dentro do prazo de 15 dias, passado esse prazo, o processo continua onde está e o juízo que não era competente passa a ser; os casos de valor da causa e territorialidade, eventualmente podem ser mudados. Exceto a competência territorial quando se tratar de:
Onde está a coisa;
Domicílio da mulher;
Ações contra idosos.
Explique a modificação de competência.
Só acontece com a competência relativa (competência territorial e em razão do valor da causa). Pode ser por:
Conexão: quando há vinculo entre duas ações. EX: pedido de paternidade e pedido de alimentos. 
Continência: é o fenômeno que faz com que se reúnam ações que existam incontinência entre as partes e o objeto de uma abrange a outra por ser mais ampla. O juiz deve juntar de ofício ou requerido pelas partes para que a decisão seja uma.
Vontade: se faz uma eleição de foro. É limitado quando se trata de consumo em massa;
Inércia: quando a parte não se opõe, então o processo continua em um local diferente do que deveria estar.
Explique o conflito de competências.
Dar-se-á conflito quando: 
Positivos: ambas as autoridades se considerarem competentes;
Negativos: ambas se julgarem incompetentes; 
Explique a competência internacional e diga suas espécies.
Só deve haver jurisdição até onde o Estado efetivamente consiga executar soberanamente suas sentenças. A competência da Justiça brasileira em face dos tribunais estrangeiros pode ser:
Concorrente ou cumulativa: quando o réu, qualquer que seja sua nacionalidade estiver domiciliado no Brasil. Quando a obrigação tiver de ser cumprida aqui, e se a ação se originar de fato ocorrido no nosso país;
Exclusiva: as ações forem relacionadas a imóveis situados no Brasil, ou for sobre inventário ou partilhas de bens aqui situados mesmo que o proprietário seja ou esteja morando no estrangeiro.
Explique a competência interna.
É estabelecer qual juiz será encarregado do caso. Uma vez fixadas a competência via de regra não poderá ser modificada, salvo em casos excepcionais. A competência interna do nosso país se faz entre as várias justiças do nosso sistema judiciário.
Competência em matéria civil: é residual. Tudo que não for das justiças especiais (eleitoral, militar e trabalhista) nem temas de direito penal será da justiça civil.
Competência da justiça federal: a Constituição Federal é quem define quais as causas civis que tocam a Justiça Federal. Envolvem ações que tocam a União. Divide-se em comum e especial (trabalhista, militar e eleitoral); São as seções judiciais.
Competência da justiça estadual: é a divisão territorial. Se divide em comarcas, varas. 
Explique o caminho lógico –dedutivo da fixação de competência.
Segundo Ada Pelegrini, Dinamarco e Araújo Cintra:
Competência da justiça (qual é a justiça competente?);
Competência originária (compete a órgão superior ou inferiro);
Competência de foro (qual a comarca ou seção judiciaria competente?);
Competência de juízo (qual a vara competente? Civil? Criminal? Da fazenda pública?);
Competência interna (qual o juiz competente?);
Competência recursa (compete ao mesmo órgão ou a órgão superior?).
Explique ação.
É o meu poder enquanto cidadão de demandar ao Estado. É meu direito público subjetivo de requerer uma decisão judicial. Tem respaldo constitucional. Posso pedir tudo, porém nem tudo me será concedido. A ação é portanto um direito constitucional de peticionar em juízo, para fazer com que o judiciário atue. É o direito ao exercício da atividade jurisdicional. 
Cite e explique as teorias da ação.
Imanentista: para essa teoria, a ação nada mais era do que o direito não realizado. Só tinha o direito de ação quando o seu direito não se realizava. Entendiam a ação como algo imanente do direito. Ela era o resultado do descumprimento do direito. A ação só poderia existir quando o direito não fosse respeitado;
Autonomista
Concreta: o direito de tutela jurídica é o direito de ação. Mas a ação só se realizava concretamente quando o direito lhe convergia. O direito de ação só existiria quando a sentença fosse favorável. A ação seria um direito público e concreto, ou seja, um direito existente em casos concretos em que existisse direito subjetivo;
Abstrata: dizia que o direito de ação é autônomo e poderia se pedir o que bem quisesse, se seria concedido ou não pouco importava; 
Eclética: adotada pelo Brasil. A ação é um direito público incondicionado. Porém exige algumas condições, seriam elas exigência de possibilidade de ação. O direito de ação é autônomo e abstrato, considerando que ele só existirá, verdadeiramente, quando no processo estiverem presentes condições que o legitimem. Ou seja, poderia se pedir o que quisesse, mas para o juiz processar (iniciar o processo) era preciso que se preenchessem alguns requisitos.
Explique as condições da ação.
São três as condições para que se exerça a ação:
Possibilidade jurídica do pedido (viabilidade jurídica da ação): raramente se mata uma ação pela impossibilidade jurídica do pedido. Esta condição está sendo abandonada.
Interesse processual: exige que o fata lhe traga afetação ao seu estado de direitos e obrigações. É preciso necessidade, utilidade e adequação da via eleita. É o interesse juridicamente constatado;
Legitimidade (para a causa): é a relação da parte que conduz a ação. Legitimado ordinário: aquele que defende seu próprio interesse. Legitimado extraordinário: os autorizados por lei que defendem interesses alheios. Ex.: sindicatos.
OBS.: caso não exista uma dessa condições, estingue-se o processo sem resolução de mérito. Esse fenômeno chama-se: Carência da Ação.
Explique o que é carência da ação e diga em qual momento se afirma a carência da ação.
É o reconhecimento judicial da falta de uma condição da ação que leva a sentença de mérito sem resolução. Caso haja dúvida se falta alguma condição, o juiz não declara essa falta.
Existem duas teorias sobre o momento da confirmação da carência da ação, são elas:
Teoria da exposição ou comprovação: por essa teoria, entende-se que o juiz pode aprofundar a discussão e decretar a carência a qualquer tempo, até mesmo no final do processo;
Teoria da acerção (majoritária): por essa teoria entende-se que o juiz deve analisa as condições da ação no início do processo. Ele deve na afirmação das partes analisar as condições da ação e se elas existirem continuar o processo resolvendo o mérito, caso elas ou uma delas não existam ele extingue o processo por falta de condições da ação.
Cite e explique os elementos de uma ação.
É a teoria da tríplice identidade.
Partes: elemento subjetivo de uma ação. Aquele que pede e em face de quem se pede em juízo;
Causa de pedir: (por quê se pede?) é o elemento objetivo. São os fatos e fundamentos jurídicos. Existe aqui a teoria da substanciação: é preciso que os fatos e fundamentos jurídicos do pedido sejam explicados e não apenas citados. Essa teoria é adotada no Brasil. A causa de pedir pode ser:
Próxima: são os fatos;
Remota: os fundamentos jurídicos.
Pedido: (o que pede?) é o objeto do processo, sendo efetivamente a lide. O juiz julga o pedido podendo ser procedente ou não. O pedido pode ser:
Imediato: especifica providência jurisdicional. É a tutela jurisdicional pleiteada;
Mediato: é o bem de vida.
OBS.: a sistemática do processo proíbea entrada com duas ações iguais nem se pode repropor a mesma ação.

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