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Apostila de Fotografia Básica Feijó

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Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
CURSO BÁSICO DE 
FOTOGRAFIA 
 
 
 
Professor Fernando Feijó 
 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
1 - APRESENTAÇÃO 
Este Curso Básico de Fotografia 
visa proporcionar um melhor 
conhecimento sobre esta arte, que é a 
fotografia. 
Ela é a fonte mais popular de 
ilustrações. Quando se fala em guardar 
recordações, a maioria das pessoas 
pensa logo em um instantâneo 
fotográfico. Estamos tão acostumados a 
fazer, ver e usar fotografias, que sempre 
que nos temos a necessidade de guardar uma imagem especial, a solução mais 
simples é fazer uma foto. 
 Quase todos nós temos algum tipo de máquina fotográfica em casa, ela 
pode ser simples ou complexa, mas nos atende dentro das possibilidades. 
 Mas para conseguirmos todos os efeitos desejados é necessário conhecer 
todo o potencial dos equipamentos que envolvem esta arte, além de uma prática 
constante e da observação cada vez mais crítica do assunto a ser fotografado. 
Realçar as qualidades do assunto, sua iluminação, enquadramento e destacar 
com técnicas fotográficas o que esta em primeiro plano, são alguns objetivos 
deste curso. 
 A palavra fotografia vem da palavra grega photographia (photo = luz / 
graphia = escrever) tem o significado de escrever com luz. Como podemos 
perceber então, a parte mais importante da fotografia é a luz, sem ela não há 
fotografia, mas existem outros fatores que também são importantes para essa 
atividade: câmara, assunto, filme e revelação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
2 - HISTÓRIA 
 
HÉRCULES FLORENCE - A DESCOBERTA ISOLADA DA FOTOGRAFIA NO BRASIL 
O francês de Nice, Antoine Hercules Romuald Florence, chegou 
ao Brasil em 1824, e durante quase 50 anos viveu na Vila de São Carlos. 
Morreu em 27 de março de 1879, na então já chamada Campinas, e 
aplicou-se a uma série de invenções. 
Entre 1825 e 1829, participou como 2o desenhista de uma 
expedição científica chefiada pelo Barão Georg Heirich von Langsdorff, 
cônsul geral da Rússia no Brasil. De volta da expedição, Florence casou-
se com Maria Angélica Álvares Machado e Vasconcelos, em 1830. 
Neste mesmo ano, diante da necessidade de uma oficina 
impressora, inventou seu próprio meio de impressão, a Polygraphie, 
como chamou. Seguindo a meta de um sistema de reprodução, 
pesquisou a possibilidade de se reproduzir pela luz do sol e descobriu 
um processo fotográfico que chamou de Photographie, em 1832, como descreveu em seus diários 
da época anos antes da Daguerre. 
 
Em 1833, Florence fotografou através da câmara escura com uma chapa de vidro e usou 
um papel sensibilizado para a impressão por contato. 
 
Enfim, totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos 
europeus, Niépce, Daguerre e Talbot, Florence obteve o resultado fotográfico. 
2.1 - OUTRA HISTÓRIA 
 
Há mais ou menos 160 anos a Academia de Ciências da 
França anunciava o nascimento da fotografia. O desejo de retratar a 
natureza e perpetuar a sua imagem através dos séculos, já fervilhava 
na mente humana desde um passado muito remoto..."O tempo 
modifica o espaço". 
 
Representar por meio de sinais, de figuras, ideogramas tais 
como os hieróglifos egípcios e os símbolos abstratos das escritas 
cuneiforme e chinesa, e até mesmo a pintura e os desenhos 
clássicos e figurativos, não bastavam para provocar a extraordinária mudança ocorrida em nosso 
planeta, em tão pouco tempo, como esta, operada pelo milagre artístico, científico e tecnológico, 
denominado fotografia. 
Quem inventou a fotografia? Essa pergunta não é fácil de responder. Da mesma forma que 
em muitas invenções em diversas áreas da ciência e da tecnologia, com a fotografia aconteceu a 
mesma coisa. Muitos trabalharam simultaneamente nesse projeto em diversas partes do mundo. 
Sabemos que em muitos países da Europa (França, Inglaterra, Alemanha, Suíça) vários 
pesquisadores tentavam, independente uns dos outros, "registrar a imagem desenhada pelo sol" 
com emprego de recursos químicos. 
 
Em especial, dois pioneiros podem ser incluídos entre estes inventores: Niépce e 
Daguerre. 
 
 
Hércules Florence 
1875 �
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
Joseph Necéphore Niépce (1765-1833), infelizmente, morreu antes do produto do seu 
trabalho como inventor ser aclamado (em 1839). Em 1826, Niépce conseguiu fixar a primeira 
imagem fotográfica da natureza, sobre uma chapa de estanho. A câmara usada foi construída 
especialmente para ele pelo ótico parisiense Chevalier. O tempo de exposição necessário para 
impressionar a chapa foi de aproximadamente oito horas. 
Já em 1793, ele fazia experiências com matérias sensíveis à luz. Mas somente em 1822 
conseguiu obter a primeira fotocópia bem sucedida de uma gravação em metal, sobre uma chapa 
de vidro. Niépce denominou o processo de "Heliografia", mas foi somente em 1826 que ele 
conseguiu a primeira fotografia durável: uma vista da janela de sua casa de campo em Le Gras em 
Chalon-sur-Saône, na França. 
Outro pioneiro foi o seu associado Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), que ficou 
com a glória de inventor da fotografia. Daguerre, após ter divulgado o seu processo em 7 de 
janeiro de 1839, tornou-se acessível ao público em 19 de agosto (dia da Fotografia) de 1839, 
quando a Academia de Ciências da França anunciou o nascimento da fotografia. 
Daguerre e Niépce haviam celebrado em contrato de sociedade em dezembro de 1829, e 
por esse motivo, os dois são conjuntamente os descobridores da fotossencibilidade de chapas 
prateadas iodadas, sendo que Daguerre inventou sozinho, possivelmente por acaso, a revelação 
dessas chapas quando submetidas à ação dos vapores de mercúrio. O progresso da 
fotossencibilidade com a nova invenção de Daguerre foi surpreendente, pois a exposição à luz que 
durava em média oito horas, com o novo processo passou para 20 a 30 minutos. O novo processo 
foi denominado de "Daguerreotipia". 
2.2 - FOTOGRAFIA COLORIDA 
 
A fotografia colorida na realidade é quase tão antiga quanto a fotografia em branco-e-preto. 
Para o fotógrafo amador da atualidade, nada é mais natural do que tirar fotografia da sua família 
em cores brilhantes. Este era o sonho dos primeiros fotógrafos. A foto colorida dos primórdios da 
fotografia era pintada. O gravador suíço Isering desenvolveu em método, por volta de 1840, 
mediante o qual coloria daguerreotipias com tintas em pó. 
 
O retrato burguês dos anos 60 do século XXI objetivava assemelhar-se à pintura em 
miniatura. O francês Louis du Hauron conseguiu, em 1869, produzir fotos coloridas em papel com 
base num processo genuíno para fotografias em cores (montagem de lâminas de pigmentos 
coloridos). 
Hauron, que na verdade era pianista, já tinha descrito teoricamente todos os principais 
métodos para fotografias em cores em 1869. Entretanto, na prática, eram necessários, 
inicialmente, três negativos para a produção de cópias coloridas. Essas fotos eram tiradas com 
câmaras especiais. A fotografia principal era obtida através da superposição de três transparências 
nas cores Amarelo, Púrpura e Azul-verde. O que proporcionou uma certa simplificação foram os 
processos de película com trama granulada, introduzida inicialmente por Lumière, em 1907, na 
França, e posteriormente pela Agfa A.G. numa forma bastante aperfeiçoada. 
3 - COMO É FEITA A FOTOGRAFIA:
 
 O princípio da fotografia é o mesmo princípio das cores, ambas necessitam de Luz. Para 
se ter uma fotografia, além da luz, necessitamos também de uma Câmara Escura, o material 
sensível a essa luz (o Filme) e o assunto a ser fotografado. 
 
 
Curso Básico de Fotografia- 2001 
Professor Fernando Feijó
 
 3.1 - LUZ 
 
 É um fenômeno físico em forma de energia radiante visível, que 
faz com que enxerguemos as formas e cores, sem luz não há fotografia. 
Ela é indispensável para sensibilizar o filme e nele formar as imagens 
fotográficas. Portanto, para garantirmos a qualidade de uma foto é 
necessário controlarmos a entrada de luz na câmara. 
 
 Tipos de iluminação: Natural - luz do sol; Artificial - luz 
incandescente, fluorescente, flash etc. 
 A luz ao atingir o assunto reflete de volta suas cores e formas, então tome cuidado com a 
iluminação do objeto que esta sendo focado. Se for brilhante tenha cuidado com os reflexos, tenha 
sempre em mente o contraste da cor, escura reflete menos luz e clara mais luz. 
 
 Para nos ajudar com esse fenômeno, uma parte das máquinas fotográficas vendidas 
atualmente, são providas de exposímetro ou fotômetro, que vai regular a entrada de luz na 
câmara. 
3.2 - CÂMARA ESCURA (OU MÁQUINA FOTOGRÁFICA): 
 A câmara escura produz a fotografia a partir da luz que é refletida do assunto, ela passa 
pela lente indo até o fundo dessa câmara, formando a imagem no material sensível a luz, ou seja, 
o filme. Ele funciona como se fosse o nosso olho. 
 
 
Ela é uma caixa que protege o material sensível a luz, dos seus raios diretos, e é 
composta de mecanismos que a ajudam na visualização e exposição. Os mecanismos são: o 
Diafragma (abertura de câmara), lente, obturador (velocidade), transportador do filme e o visor. 
 
3.2.1 - DIAFRAGMA 
 É a abertura da câmara onde é colocada a lente, ela regula a entrada de luz. É indicada 
pelos números f, e vai do f/1.4 (grande) até f/22 (pequena). Também determina a profundidade de 
campo, que é a nitidez com que o fundo aparece ou não na fotografia. 
3.2.2 - OBTURADOR: 
 
Regula o tempo de penetração da luz na câmara, para que o assunto seja devidamente 
gravado no filme. Ela vai da velocidade B (pose) até 1.000 (instantâneo). Essa numeração pode 
mudar de máquina para máquina, dependendo do fabricante. O tempo de exposição é medido em 
segundos, ele se inicia em 1 segundo, sendo dividido conforme o tempo que é dado. O número 
125 de velocidade é 1 segundo dividido por 125, esse será o tempo de exposição. 
 
 3.2.3 - LENTE OU OBJETIVA 
 
 Fica na parte da frente da câmara e se resume em um conjunto de lentes de vidro, com a 
finalidade de encaminhar os raios do sol na direção exata do filme e com nitidez suficiente para 
que a fotografia tenha uma boa qualidade 
 
 
Ela pode ser cambiável ou não. Câmaras mais simples utilizam lentes fixas de foco 
também fixo. Câmaras mais sofisticadas utilizam lentes cambiáveis, ou seja, elas podem ser 
substituídas por outras, e podem focar assuntos a diferentes distâncias, dependendo da utilização 
no momento. 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
 Existem vários tipos de objetivas, que nos ajudam em diversas ocasiões: 
� 
Angular: utilizada para se ter maior ângulo de visão, ela aumenta o 
primeiro plano, diminuindo os outros, deixando os planos mais 
distanciados. Ela se apresenta, nas seguintes medidas: 35mm, 28mm, 
24mm, 20mm e a 16mm ou menor, também chamada de olho de 
peixe. 
� 
Teleobjetiva: é utilizada para aproximar planos distantes, deixando o assunto mais 
próximo. Ela usa as seguintes medidas: 80mm, 105mm, 135mm, 200mm, 800mm etc. 
� Normal: é utilizada para fazer fotos com o máximo de proximidade com a realidade. Ela 
tem a medida de 50mm. 
 
� 
Zoom: é uma lente que pode ter várias utilidades, pois em uma unida peça ela carrega as 
características das outras lentes e também pode ter várias medidas diferentes. 
� Macro: ideal para focalizar motivos extremamente próximos à câmara, essa objetiva 
oferece uma excelente qualidade de imagem, conferida pelo alto custo que apresenta, é 
utilizada para fazer a macrofotografia (foto onde o assunto fotografado é maior do que o 
original). 
 
� 
Microfotografia: é o tipo de fotografia utilizada registrar imagens de seres microscópicos. 
 
 3.2.4 - TIPOS DE CÂMARA 
 Hoje em dia existem alguns tipos de câmaras fotográficas, que dentro de suas limitações 
podem fazer boas fotos, Ex:
 
 Câmara Simples: É a câmara mais comum existente no mercado, por ser mais barata não 
possuem muitos recursos, normalmente só possuem dois tipos de abertura, pequena para ser 
usada no sol e grande para dias nublados. Foco fixo, uma única velocidade, o avanço do filme é 
feito manualmente e pode ou não vir com flash embutido. Essa câmara também tem um problema 
que chamamos de Paralaxe que é onde o fotógrafo tem um ângulo de visão diferente do da lente 
da câmara. 
� Câmara automática: É uma câmara similar a simples, só que possuem alguns recursos a 
mais. Podem ter avanço do filme automático; vários tipos de foco diferentes; aberturas 
diferentes; flash embutido; sistema de sensibilidade DX e várias outras regulagens. Também 
tem o problema da paralaxe. 
 
� Câmara Ajustável: também conhecida como profissionais ou unireflex, possuem vários tipos 
de recursos. Dispõe de regulagens independentes para diafragma e obturador, avanço do 
filme pode ser automático ou não, aceita troca de objetivas e possibilita a focalização em 
várias distâncias diferentes, possuem fotômetro e outros mecanismos que vão ajudar na 
obtenção de melhores fotografias. Neste tipo de câmara o problema da paralaxe não existe, 
pois, o fotografo vê o assunto a ser fotografado pela lente. 
� Câmara Digital: normalmente ela tem a mesma função que as outras câmaras, só que não 
usam filmes, gravam suas imagens em meio digital, que serão utilizadas em computadores, e 
as cópias em papel podem não ter boa qualidade. 
 
 
 
 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
4 - ACESSÓRIOS
 
4.1 - TRIPÉ 
 É um acessório utilizado em fotos de pose ou para utilização de teleobjetivas de grande 
alcance. Sua função é não deixar a câmara tremer na hora da fotografia. 
 
� 
Encontre um terreno sólido e arme o tripé, regulando a altura das pernas 
para que a plataforma fique nivelada. Procure não deixar as pernas 
irregulares para que o tripé não fique com o peso mal distribuído. 
 
� 
Acople a câmera firmemente na cabeça do tripé. 
 
� Não levante a coluna central mais do que 1/3 da altura das pernas, pois 
isso provocará uma grande instabilidade. 
� Antes de tirar qualquer foto, garanta que todos os parafusos de ajuste 
estejam bem presos, para que eles não escapem durante a exposição. 
� Se estiver ventando muito, pendure a mala de equipamentos entre as 
pernas do tripé, para abaixar o centro de gravidade e aumentar a 
estabilidade. 
 4.2 - FLASH 
 O flash é utilizado para dar mais luz ao assunto fotografado, muito 
utilizado a noite ou a onde a luz natural não esteja iluminando adequadamente. 
(Deve-se se evitar sombras pesadas, não fotografando perto de paredes; não 
fotografar perto de objetos brilhantes; tentar sempre separar cores iguais dos 
assuntos fotografados). 
 Na câmara simples, fotografe dentro do espaço determinado pelo 
fabricante da máquina, do flash e do filme. Com outras câmaras, a faixa de distância para expor 
corretamente o assunto é determinada pela sensibilidade do filme, diafragma e eventualmente, 
pelo modo de operação do flash. 
4.3 - FILTROS 
 É um acessório utilizado principalmente para se tirar fotos com efeitos diferentes. Existem 
vários tipos de filtros, os principais são: 
� UV e Skylight: absorvem os raios ultravioletas, eliminando a névoa de cenas de paisagem. 
Como são praticamente transparentes e, por isso, não afetam a exposição, são utilizados 
permanentemente acoplados na objetiva, servindo também para protegê-la. 
� Polarizador: elimina os reflexos desuperfícies não-metálicas, dá uma leve saturada nas 
cores da cena e acentua o azul do céu. 
 
� Warm-up (filtro de aquecimento): tem cor levemente âmbar e é indicado para eliminar o 
tom azulado de fotos de paisagens em dias nublados ou feitas na sombra, dando uma leve 
aquecida na cena. 
 
� Graduados: com uma coloração mais forte na parte de cima, é utilizado para dar ênfase ao 
céu e para diminuir o contraste entre o céu e o chão. Disponível em diversas cores: sépia, 
cinza, azul, etc.
 
� ND (filtro de densidade neutra): reduz a quantidade de luz que entra na objetiva sem 
alterar as cores. É útil para ser usado em ambiente muito iluminado em que se deseja utilizar 
um tempo de exposição mais longo e/ou uma profundidade de campo maior. 
 
� Difusor ou soft-focus: tira a definição da imagem adicionando um efeito de névoa à cena. 
� Pára-sol (não é filtro): que não deixa com que os raios do sol atrapalhem as fotografias. 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
Conheça agora situações em que esses tipos de filtros podem ser utilizados melhorando a 
qualidade da imagem: 
Motivo � Polarizador � Cinza Graduado �Warm-up � Difusor � ND �
UV ou 
Skylight �
Animais e pássaros � X � � � X � X � X �
Arquitetura (nova) � X � X � � � � X �
Arquitetura (antiga) � � X � X � X � � X �
Close-ups � X � � X � � X � X �
Férias � X � X � X � X � X � X �
Interior � � � X � � � X �
Paisagens � X � X � X � X � X � X �
Noite � � X � � � X � X �
Retratos � � � X � X � � X �
Esportes � X � � � � � X �
Água � X � � X � � X � X �
Casamentos � � X � X � � X � X �
5 - FILMES 
 É o material sensível a luz que utiliza para fazer fotografias, ele tem a função de gravar as 
imagens, que passaram através da lente da câmara. Constituído de uma base de acetato de 
celulose, flexível e transparente, onde é aplicada a camada de material sensível a luz. Tipos de 
filmes: 
 
 5.1 - FILMES COLORIDOS NEGATIVOS 
 O processo utilizado no Brasil para a revelação dos filmes coloridos é o C41. Ele se 
apresenta com sensibilidades (ou ISO) diferentes. 
 
• De ISO 25 até 64 - São filmes considerados de baixa sensibilidade e indicados para 
grandes ampliações. 
• De ISO 100 até 200 - São filmes considerados de média sensibilidade, permitindo 
ampliações maiores, com nitidez e definição. São indicados para uso geral. 
• De ISO 400 até 3200 - São filmes considerados de alta sensibilidade e são indicados para 
fotos em locais de pouca iluminação, sem uso de flash ou para fotos de ação, que exigem maiores 
velocidades do obturador. Grandes ampliações podem apresentar ligeira granulação. 
• Código DX - São barras impressas no magazine do filme que informam qual a 
sensibilidade e o número de poses. Esta leitura é feita por um conjunto de sensores existente nas 
câmaras. 
Cuidados - Qualquer filme tem uma vida útil determinada. Verifique sempre a data de 
vencimento impressa na caixa. Fotografe e providencie o processamento do filme o mais rápido 
possível. 
 
Os piores inimigos do filme são condições de umidade e temperatura. Se o tempo estiver 
quente e úmido, proteja seus filmes da melhor maneira possível. Não os deixe sob a luz direta do 
sol, no porta-luvas do carro ou em outros lugares igualmente quentes. Procure trocar os filmes à 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
sombra, nem que seja sua própria sombra, para evitar manchas de véu devido à luz do sol. Ele é 
utilizado para cópias em papel fotográfico. 
Assunto � ISO 50 � ISO 100 � ISO 200 � ISO 400 �
Animais e pássaros � X � X � X � X �
Arquitetura (interna) � � � X � X �
Arquitetura (externa) � X � X � � �
Close-ups � X � X � X � �
Viagens � � X � X � X �
Paisagens � X � X � � �
Fotos Noturnas � X � X � X � �
Retratos em dias nublados � � � X � X �
Retratos em ambientes internos � � � X � X �
Retratos em dias com sol � � X � X � �
Retratos com flash � � X � X � �
Esportes e ação � � X � X � X �
Casamentos � � X � X � X �
 5.2 - FILMES COLORIDOS DIAPOSITIVOS 
Também chamados de Slide, são utilizados para projeções ou em processos gráficos. 
Quando na embalagem vier a inscrição Color, se trata de um filme negativo. E quando ela vier 
Chrome, ele é diapositivo. 
 5.3 - FILMES PRETO E BRANCO 
O processo utilizado no Brasil é o mesmo utilizado no resto do mundo, o brometo de prata 
é o agente gravador da imagem. Também apresentam diferentes tipos de sensibilidade. Ele pode 
ser revelado em casa. 
 5.4 - POLAROIDE 
Na verdade não são filmes, é um processo completamente diferente, que utiliza a 
confecção da fotografia diretamente no papel, sem passar pelo processo de revelação do negativo, 
aliás, nesse processo não existe negativo, o filme é vendido em cartucho de 10 ou 12 fotos e só 
podem ser utilizados nas câmaras próprias da Polaroid. 
 
 
 
 
 
 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
6 - ASSUNTO A SER FOTOGRAFADO 
 
 É tudo que pode ser visto com os olhos, desde que exista luz 
suficiente para ser fotografado. Tipos de Assunto: esporte, festas, shows, 
paisagens, modelos, fotos de propaganda, fotos cientificas e médicas etc. A 
cada tipo, devemos medir a intensidade da luz e procurarmos, em nosso 
equipamento a melhor maneira de fazer a fotografia, variando a abertura, a 
velocidade, a sensibilidade e o efeito que desejamos para aquele assunto. 
 6.1 - ENQUADRAMENTO 
 
 É o ponto de vista do fotógrafo, que sempre tem de se posicionar o melhor possível 
para que a fotografia saia bem enquadrada, não ocorrendo falhas, como: cortes de cabeça, fotos 
fora de foco, coisas indesejadas etc. Deve-se estudar bem o assunto, verificar sua luz, ver as 
opções de enquadramento, antes de se apertar o botão, porque depois não há mais volta. Deve-se 
sempre manter o assunto no meio do visor, usando a linha do horizonte como ponto de referência. 
 
6.2 - DICAS 
� Fotografar o mais perto possível. Devemos preencher totalmente o 
fotograma, não deixando espaços vazios. 
� Eliminar sempre que puder o fundo indesejado, um fundo mal escolhido 
pode estragar um bom assunto. 
� Planejar com antecedência o assunto a ser fotografado. O que eu quero 
fotografar, se a luz suficiente, se o ambiente é conveniente, qual o filme 
para esse momento e se precisarei de acessórios. 
� Fotos de detalhes como um pássaro, devemos que medir a distância, 
focando bem o assunto e depois damos uma abertura grande, entrando assim mais luz, 
não desfocando o pássaro. 
� Para fotos de áreas grandes, dependendo do efeito desejado, vamos combinar a 
velocidade com a abertura, sempre lembrando que acima de 10 metros a profundidade de 
campo é considerada infinita. 
� Pessoas devem ser colocadas em destaque, além de deixarmos elas bem à vontade. 
� As atitudes devem ser naturais, evitar fotos posadas e rígidas. 
� Temos que acostumar a olhar pelo visor da câmera, onde escolheremos o melhor ângulo a 
ser fotografado. 
� Use a intuição e a criatividade, mas sempre use as regras para que as fotos não sejam 
perdidas. 
� 
Não se usa flash à noite em locais abertos, só em casos onde o assunto esta muito 
próximo. 
� Procure observar outras pessoas fazendo fotos, veja os erros e acertos de posição e 
enquadramento, aprenda olhando. 
 
� 
Se tiver dúvida sobre o enquadramento faça a foto em vários ângulos diferentes. 
 
� 
Para fotografias com velocidade, devemos sempre esperar o clímax da ação. O clímax é o 
ponto de parada de um corpo em movimento. Em corridas, o melhor ângulo é a 45º do 
assunto. 
 
 
 
 
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Professor Fernando Feijó
 
 7 - Direito Autoral (fotografia) 
 
 AUTORIAE TITULARIDADE 
 A LDA faz confusão entre autoria e titularidade, abrigando sob o manto da autoria, ora a pessoa 
física, ora a pessoa jurídica. A melhor doutrina é a de que o autor é sempre a pessoa física, jamais 
a jurídica, já que esta última não possui os requisitos essenciais para o ato de criação. A autoria, 
portanto, é um direito irrenunciável e inalienável do autor. Já a titularidade (que dá poderes para o 
exercício do direito patrimonial, ou seja, para a exploração econômica da obra autoral) pode ser 
promovida a uma pessoa jurídica. O autor e seus herdeiros são os titulares por excelência e não 
podem ser coagidos a ceder este direito. A transferência do direito moral, embora apontada como 
plausível é impossível. Esse direito é atribuído perpetuamente ao criador da obra que, sequer, 
pode renunciar a ele. 
 
 DIREITOS DE PERSONALIDADE 
 Também não se pode, nessa área, deixar de aludir aos direitos de personalidade, assegurados 
pela Constituição Federal, art. 5, incisos X e XXVIII, que visam a garantir às pessoas a sua 
imagem, intimidade, honra e voz. Não raro são confundidos com o direito autoral, mas dele se 
distinguem por abrangerem restrições à reprodução da imagem da pessoa e não as obras por ela 
criadas. Exemplificativamente, a reprodução indevida de fotografia de nú artístico gera, para o 
modelo, o direito a pedido de indenização pela ofensa ao seu direito de imagem, e, para o 
fotógrafo, pretensão semelhante, com base no uso não autorizado da obra fotográfica por ele 
criada. 
 
 LICENCIAMENTO DE DIREITOS 
 Apesar de ser um CONSTRANGIMENTO ILEGAL, os empresários dos meios de comunicação vem, há 
vários anos, IMPONDO A CESSÃO DE DIREITOS AOS JORNALISTAS, seja em cláusulas específicas no 
contrato de trabalho, ou POR MEIO DO CCDA – CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS COM 
GROSSEIRAS VIOLAÇÕES A LDA. 
 
O CCDA foi adotado pelas empresas a partir de lacunas das leis que regulamentam a profissão de 
jornalista e os direitos autorais. É um contrato da venda, onde o cedente transfere para a 
cessionária seus direitos e desaparece da relação jurídica, imposta pelo poder econômico e que 
lesa o direito autoral dos jornalistas. 
A cessão universal de direitos é para o autor, a pior forma de negociação do seu direito, já que ele 
transfere para o contratante todo o poder da decisão quanto à utilização do seu trabalho. Como 
opção, temos a Licença de Reprodução, que estabelece normas para uma utilização específica, 
preservando o direito do autor. 
No plano das relações entre o encomendante e o autor, diversas formas contratuais podem surgir, 
em face dos múltiplos aspectos que envolvem a criação de obras intelectuais, em face 
de abrangência da LDA - que estimula o contrato - RECOMENDA-SE CUIDADO ANTES DE ASSINAR 
QUALQUER DOCUMENTO que deverá ser elaborado com assessoria especializada. 
 
 AS MAIS FREQÜENTES VIOLAÇÕES 
 Todas as vezes que uma pessoa, física ou jurídica, efetua um ato relacionado com um ou mais 
direitos exclusivos do autor, sem a sua autorização, esta configurada uma violação dos direitos do 
autor ela atenta contra a individualidade da obra alheia, visando a obter ilicitamente vantagem 
econômica. Constitui-se, igualmente, violação dos direitos do autor, o fato de alguém, na utilização 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
da obra intelectual, deixar de indicar ou mencionar o nome do autor, intérprete ou executante. 
Neste caso, além de responder por danos morais, está obrigado a divulgar-lhe a identidade. 
FALTA DE CRÉDITO: O artigo 22 da LDA garante ao autor o direito de "ter seu nome, pseudônimo 
ou sinal convencional indicado ou anunciado como sendo o do autor, na utilização de sua obra". O 
crédito das fotos e charges tem sido mais respeitados em relação a outras criações intelectuais, 
entretanto, na televisão é comum se negar o crédito, com a argumentação inaceitável de que “polui 
a imagem”. 
Na publicação de fotografias, é comum o uso de artifícios, tais como "Divulgação", "Arquivo", 
"Agência", "Nome da Empresa", etc. TAL FATO CARACTERIZA UMA LESÃO A LDA, - NEGATIVA 
AO DIREITO MORAL - SENDO PASSÍVEL DE AÇÃO JUDICIAL. 
DESTRUIÇÃO DE ORIGINAIS DE IMAGEM: Salvo raríssimas exceções, nos arquivos de fotografia 
e nos de vídeo impera a mais completa desorganização, além da prática sistemática de destruição 
de originais. O maior agravante é o irreparável dano à memória nacional, além de ferir a 
legislação. 
 ABUSOS DIGITAIS 
 Diversos usos de obras protegidas pelos direitos autorais, anteriormente à chegada da era digital, 
apresentam algumas características que merecem ser detalhadas e analisadas. E certos abusos 
também. São utilizações funcionais, agregadas a atividades de interesse mercadológico, e que não 
estão explicitamente referidas na LDA, individualmente na forma original em que foram criadas. 
“Os chamados subsidiários, também denominados secundários ou adicionais, são conseqüência 
das diversas oportunidades de exploração comercial que determinadas obras e criações 
intelectuais apresentam atualmente, não só pelo fantástico desenvolvimento dos meios de 
comunicação de massa, como também pela expansão dos próprios mercados que distribuem 
informação e entretenimento", é o entendimento do jurista Henrique Gandelman, em De Gutenberg 
à Internet. 
 
No caso da fotografia, são incontáveis os abusos, tantos que chegaram a provocar a reação dos 
profissionais europeus e norte-americanos que sugeriram a criação de um código: a letra M envolta 
em círculo indicaria a imagem manuseada. Os fotojornalistas brasileiros se manifestaram, durante 
o XXVII Congresso Nacional dos Jornalistas, reunidos em Comissão Temática e sugeriram: “As 
novas possibilidades de obtenção e tratamento de imagem por tecnologia digital representam uma 
revolução na utilização da imagem pela mídia impressa. Ao lado das indiscutíveis vantagens 
operacionais advindas desta nova tecnologia, alguns problemas cruciais se apresentam, tais como 
a facilidade de manipulação indiscriminada da informação visual. A manipulação de fotografias por 
procedimento digital é uma prática cada vez mais comum na mídia impressa” (...). Esta proposta 
apresenta uma série de medidas que buscam regulamentar a utilização da tecnologia digital na 
edição fotográfica, a fim de contribuir para a real eficácia da revolução tecnológica e para garantir o 
direito do leitor a uma informação objetiva e credível. (...) que todas as imagens digitais ou as que 
tenham sido digitalizadas e manipuladas sejam visivelmente identificadas como Imagens Digitais (a 
exemplo das matérias pagas). Que a denominação fotografia seja utilizada somente para 
a fotografia não digitalizada. Que as demais adotem o nome de imagem digital.” 
 LEI No. 9610/98 (Lei de direitos Autorais) 
 
 8 - BIBLIOGRAFIA 
Uchelen, Rod Van. Comunicação por Imagens. São Paulo : Ediouro, 1990. 
Gaunt, Leonard. Fotografia com Bom Senso. São Paulo : Ediouro, 1990. 
 
Curso Básico de Fotografia - 2001 
Professor Fernando Feijó
 
DINIZ, Adalberto. O direito autoral no jornalismo, Brasília : Fenaj, 1998.
 
Sites: 
www.cotianet.com.br 
www.benevides.hpg.com.br 
 
www.abaf.art.br 
www.olhar.com.br 
www.option-line.com
 
www.techimage.com.br

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