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Manual de Fotografia com Latas

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Parque de Ciência e Tecnologia da Usp 
CEP: 04301-904 • Av, Miguel Stéfano, 4200• Água Funda • São Paulo - SP. 
Tel: (55-11) 5073 8599 • Fax: 5073 0270 
E-mail: opticacientec@yahoo.com.br 
 
Índice analítico
Prefácio i 
C A P Í T U L O 1 
As origens do processo fotográfico 1 
Registrando imagens 3 
 
CAPÍTULO 2 
O princípio de câmara escura de orifício 5 
C A P Í T U L O 3 
O processo químico de revelação 7 
Fixação 8 
Positivo 8 
C A P Í T U L O 4 
Como montar uma câmara escura 9 
C A P Í T U L O 5 
Como montar sua máquina fotográfica 11 
C A P Í T U L O 6 
Como montar o laboratório de revelação 14 
Como fazer o Revelador e o Fixador 15 
Como recarregar as latas 15 
C A P Í T U L O 7 
Como montar o positivador 16 
 
 
C A P Í T U L O 8 
Fotografando 18 
Cuidados para tirar a foto 19 
C A P Í T U L O 9 
Revelando 20 
C A P Í T U L O 1 0 
Obtendo o positivo 22 
C A P Í T U L O 1 1 
Resultados obtidos 24 
 
Bibliografia 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
Prefácio 
 
Este manual de fotografia teve como origem as oficinas de fotografia ministradas pelo 
professor Mikiya Muramatsu no IF-USP a professores e alunos e apresentada por nós ao 
público em geral no Parque Cientec-USP. 
Foi concebido para que qualquer pessoa possa dispor das mínimas informações 
necessárias para montar um laboratório de fotografia. Tem como finalidade demonstrar a 
aplicação de conceitos simples de Matemática, Física e Química, bem como a 
reconstrução histórica dessa atividade que, com o passar dos anos transformou-se em um 
simples “Click” para muitos. É claro que o leitor não irá encontrar todas as informações 
históricas e nem as possíveis atividades interdisciplinares que podem ser feitas com esse 
tipo de atividade, mas isso fica a cargo da criatividade do leitor. Isso porque tem como 
público-alvo os professores das últimas séries do Ensino Fundamental e do Ensino 
Médio, que possam viabilizar a implantação de um laboratório como esse na escola em 
que lecionam, dando o enfoque que mais lhe prouver. 
A nossa maior preocupação foi com a parte técnica que envolve a montagem de uma 
atividade como essa, já que pequenos descuidos podem levar a uma grande perda de 
material, por isso utilizamos muitas fotos, visando facilitar a compreensão dos inúmeros 
detalhes, indispensáveis para o sucesso da atividade. Mesmo assim podem ocorrer alguns 
imprevistos, mas esperamos que sejam poucos com a utilização desse manual. 
Esperamos ainda que essa atividade se difunda pelas escolas, despertando a curiosidade e 
o interesse pelos fenômenos observados, não só na fotografia como também no dia-a-dia, 
que é mais importante. 
 Queremos agradecer a todos que participaram de forma direta ou indireta na implantação 
deste projeto, a todos os funcionários e estagiários do Parque de Ciência e Tecnologia da 
USP e aos Professores Mikiya Muramatsu e Marta Silvia Maria Mantovani, cujo apoio e 
orientação nessa atividade nos encorajou a encarar desafios maiores do que pensávamos 
que fossemos capazes de enfrentar. 
 
 
 OS AUTORES 
i 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
1 
Capítulo 
1 
As origens do processo 
fotográfico 
"De hoje em diante, a pintura está morta". Paul Delaroche. 
A fotografia é uma atividade com pouco mais de 150 anos, embora ela seja uma síntese de várias observações e inventos em momentos distintos. A primeira descoberta importante para a fotografia foi a Câmara Escura. O conhecimento do 
seu princípio óptico é atribuído, por alguns historiadores, ao chinês Mo Tzu no 
século V a.C., outros indicam o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) como o responsável 
pelos primeiros comentários esquemáticos da Camera Obscura. 
Sentado sob uma árvore, Aristóteles observou a imagem do sol, em um eclipse parcial, 
projetando-se no solo em forma de meia lua ao passar seus raios por um pequeno orifício 
entre as folhas de um plátano. Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais 
nítida era a imagem. 
Séculos de ignorância e superstição ocuparam a Europa, sendo os conhecimentos gregos 
resguardados no oriente. Um erudito árabe, Ibn al Haitam (965-1038), o Alhazem, observa 
um eclipse solar com a câmara escura, na Corte de Constantinopla, em princípios do século 
XI. 
Essa Câmara era como uma pequena sala, onde as pessoas entravam e, do lado de dentro, 
onde havia plena escuridão acompanhavam a projeção de objetos que se encontravam do 
lado de fora da câmara, iluminados pelo sol. Esta projeção acontecia sobre um tecido branco 
colocado na parede oposta ao orifício e a imagem projetada era invertida em relação à 
imagem original. 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
 
Fig.1: Grande Câmara Escura em forma de liteira, construída em Roma 1646 por Athanasius Kircher. 
 
Nos séculos seguintes a Câmara Escura se torna comum entre os sábios europeus, para a 
observação de eclipses solares, sem prejudicar os olhos. No século XIV já se aconselhava o 
uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à pintura. Os pintores faziam uso de 
câmaras portáteis, projetando a imagem em uma tela e pintando por cima desta. 
 
Fig.2: Câmara Escura tipo caixão e reflex, usada por cerca de 150 anos antes do aparecimento da Fotografia. 
Leonardo da Vinci (1452-1519) fez uma descrição da câmara escura em seu livro de notas 
sobre os espelhos, mas não foi publicado até 1797. Em 1620, o astrônomo Johannes Kepler 
utilizou uma Câmara Escura para desenhos topográficos. 
 
 
Fig.3: Câmara Escura em forma de tenda utilizada por Johannes Kepler em 1620. 
2 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
Registrando imagens 
 
Mesmo com o princípio da câmara escura conhecido há séculos faltava o principal para a 
fotografia: criar uma maneira de congelar esta imagem. Em 1793, Joseph Nicéphore Niépce 
(1765-1833) tenta obter imagens gravadas quimicamente com a câmara escura. Suas tentativas 
geraram um método chamado heliografia, gravura com a luz solar, e a imagem que ele obteve 
foi reconhecida como a primeira fotografia permanente do mundo. Niépce começou a se 
corresponder com Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), um outro entusiasta que 
procurava obter imagens impressionadas quimicamente. Na tentativa de melhorar o método 
de Niépce, Daguerre descobre um outro método que leva seu nome: a Daguerreotipia. Suas 
experiências consistiam em expor, na câmara escura, placas de cobre recobertas com prata 
polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível 
à luz. A imagem era revelada utilizando-se vapor de mercúrio e depois fixada numa solução 
de sal de cozinha, que foi substituída depois por tiossulfato de sódio, que garantia maior 
durabilidade à imagem. 
 
Fig.4: Louis Daguerre, a quem é atribuída a invenção da fotografia. 
A sociedade européia levou muito tempo para compreender o real valor da produção 
fotográfica. Em 19 de agosto de 1839, a Academia Francesa mal anunciava publicamente a 
invenção do Daguerreótipo e o pintor Paul Delaroche já declarava enfaticamente: "De hoje 
em diante, a pintura estámorta". 
Um invento que em pouco tempo chegou a suplantar todos os métodos existentes, foi o 
processo do "colódio úmido", de Frederick Scott Archer. Esse escultor londrino, com grande 
interesse pela fotografia, não estava satisfeito com a qualidade das imagens, e sugeriu uma 
mistura de algodão de pólvora com álcool e éter, chamada colóide, como meio de unir os sais 
de prata em placas de vidro que seriam utilizadas na fotografia. Este método permitiu difundir 
a fotografia em toda Europa, já que Ascher não teve interesse em patenteá-lo. 
Em setembro de 1871, Richard Leach Maddox, publicou suas experiências com uma emulsão 
de gelatina e brometo de prata como substituto para o colódio. O resultado era uma chapa 
180 vezes mais lenta que o processo úmido, mas aperfeiçoado e acelerado por John Burgess, 
3 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
Richard Kennett e Charles Bennett, a placa seca de gelatina estabelecia a era moderna do 
material fotográfico fabricado comercialmente, liberando o fotógrafo da necessidade de 
preparar suas placas. Rapidamente várias empresas passaram a fabricar placas de gelatina seca 
em quantidades industriais. Outra grande vantagem deste processo era que não exigia que a 
foto fosse revelada imediatamente, além de ser 60 vezes mais sensível que o colóide. 
As placas secas de gelatina, apesar de serem muito mais cômodas que o colódio, tinham o 
inconveniente de serem pesadas, frágeis e se perdia muito tempo para substituir a placa na 
câmera. Assim as novas tentativas visavam substituir o vidro por um suporte menos pesado, 
frágil e trabalhoso. Em 1861, a invenção do celulóide solucionava de certa forma o problema, 
pois John Carbutt, um fotógrafo inglês que havia imigrado para a América, convenceu em 
1888 um fabricante de celulóide a produzir folhas suficientemente finas para receber uma 
emulsão de gelatina. No ano seguinte a Eastman Co. começou a produzir uma película 
emulsionada em rolo, feita com nitrato de celulose muito mais fina e transparente e, em 1902 
já era responsável por 85% da produção mundial. 
Eastman, em 1888, já produzia uma câmera, a Kodak n.1, quando introduziu a base maleável 
de nitrato de celulose em rolo. Colocava-se o rolo na máquina, a cada foto ia se enrolando em 
outro carretel e findo o filme mandava-se para a fábrica em Rochester. Lá o filme era cortado 
em tiras, revelado e copiado por contato. O slogan da Eastman "Você aperta o botão e nós 
fazemos o resto" correu o mundo, dando oportunidade para a fotografia estar ao alcance de 
milhões de pessoas. 
O processo fotográfico atual, pouco varia do processo do início do século. O filme é 
comprado em rolos emulsionados com base de celulose, as fotos são batidas, reveladas e 
positivadas. Por isso se atribui ao século XIX a invenção e aperfeiçoamento da fotografia 
como usamos hoje; ao século XX é atribuída a evolução das aplicações e controles da 
fotografia com o aparecimento da fotografia em cores, cinema, televisão, holografia e todos 
os meios científicos hoje utilizados. 
Apesar do sucesso do processo químico da fotografia, este parece estar com seus dias 
contados, devido o surgimento da fotografia digital, que consiste em um sensor eletrônico 
criado em 1986 pela Kodak, capaz de registrar mais de um milhão de pontos de luz. 
 
 
 
 
 
4 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
5 
Capítulo 
2 
O Princípio de Câmara 
Escura de Orifício 
Neste capítulo você encontra uma breve introdução teórica sobre a câmara escura de 
orifício, um instrumento óptico que utiliza o princípio de propagação retilínea da luz para 
formar imagens em anteparo fosco. 
O Instrumento óptico mais simples é a câmara escura de orifício: uma caixa, ou recipiente qualquer com um orifício em uma face e uma janela revestida de papel translúcido na face oposta. 
 
Por meio da câmara escura de orifício são obtidas imagens. Observe esta imagem, por 
exemplo: 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
 
Agora observe a imagem projetada no papel vegetal. Observe que a imagem é invertida em 
relação à imagem original 
 
Fig.5: Imagem obtida em uma câmara escura registrada por uma câmara fotográfica digital. 
A imagem é formada pela luz refletida pelo objeto, passa pelo orifício e atinge o papel 
translúcido. O orifício seleciona a luz que chega na tela, de tal forma que, de todos os raios de 
luz que saem de um ponto do objeto, o orifício deixa passar somente um, produzindo-se 
então um ponto na tela iluminado por aquele raio. 
 
Fig.6: Visualização da passagem de luz através do orifício de uma câmara escura 
 
 
O que vemos no papel translúcido não é, a rigor, imagem, no sentido que 
costuma ser empregado em óptica. Na verdade o orifício produz um 
conjunto de pequenos círculos que contem cada um, a parte 
correspondente da imagem. A figura projetada no papel é formada pela 
soma das imagens desses pequenos círculos. 
/
6 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
7 
Capítulo 
3 
O processo químico da 
Revelação 
Neste capítulo você encontra uma breve introdução sobre o processo químico da revelação, 
as reações químicas que estão presentes no registro de imagens e sobre como evitar que 
uma fotografia fique envelhecida com o tempo. 
O papel fotográfico consiste em uma emulsão gelatinosa de algum haleto de prata. As regiões mais claras do objeto refletem mais luz e sensibilizam o papel, que ao entrar em contato com o revelador, à base de hidroquinona, reduz a prata, 
formando-se assim prata metálica, que é negra. 
 
Reação de óxido-redução envolvida na revelação. 
 As regiões mais escuras sensibilizam pouco ou não sensibilizam o papel, formando assim 
tons de cinza ou branco, quando a superfície é muito escura. Após a revelação a foto é lavada 
com água para iniciar-se o processo de fixação. A região mais clara do objeto fotografado 
corresponde à grande quantidade de prata metálica finamente dividida, dando aparência 
enegrecida. Nas regiões onde os grãos de AgBr (Brometo de Prata) foram medianamente 
expostos à luz, terão tons de cinza. Nas regiões onde não incidiu luz, o AgBr não é reduzido, 
tendo-se o branco. 
 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
Fixação 
 
Após a revelação, o filme apresenta áreas claras de AgBr não alterado, pois não foi expostas a 
luz. Este AgBr deve ser removido, para que o negativo final não fique sensível à luz. 
Mergulha-se então o negativo em uma solução aquosa de (Tiossulfato de Sódio 
ou Hipossulfito de Sódio). O AgBr insolúvel forma com o Tiossulfato um composto 
complexo estável e solúvel (Ditiosulfato argentato de Sódio), facilmente removível por uma 
lavagem posterior. 
Na ( )aqOS 322
( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )aqaqaqs NaBrAgOSNaOSNaAgBr +→+ −323233222 
Reação de dupla troca envolvida no processo de fixação 
A lavagem deve ser muito bem feita, pois, se permanecerem resíduos de e , irá 
formar-se lentamente, sulfeto de prata , que confere a cor sépia (amarelada) das fotos 
velhas. 
+Ag ( ) −232OS
( )S2Ag
 
Fig.7: Foto amarelada devido à presença de residual +Ag
Positivo 
 
Para preparar uma cópia positiva, o negativo é colocada em cima de um papel fotográfico que 
possui uma película de em gelatina, igual ao utilizado para obter o positivo. A luz 
passa pelo negativo e atinge o papel fotográfico. A quantidade de luz que passa está 
inversamente ligada à quantidade de prata metálica no negativo. Desta maneira as áreas claras 
no negativo correspondem às áreas escuras no positivo e vice-versa. A etapas seguintes 
(revelação e fixação) são as mesmas do positivo. 
AgBr
8 
M A N U A L DE F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
9 
Capítulo 
4 
Como montar uma Câmara 
Escura 
Neste capitulo inicia-se a parte prática deste manual. As fotografias te 
ajudarão a montar uma câmara escura e obter imagens como aquela 
mostrada no capítulo 2. 
Você vai precisar de: 
 
ƒ Uma lata qualquer, que pode ser de 
tinta ou de achocolatado, se 
preferir; 
ƒ Fita isolante; 
ƒ Tesoura; 
ƒ Papel cartão preto; 
ƒ Uma folha de papel vegetal; 
ƒ Um elástico; 
ƒ Um prego. 
 
 
 
ƒ Faça no fundo da lata um furo 
fino com o prego. 
 
 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
 
 
 ƒ Encape-a internamente com 
papel cartão preto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ Cubra com papel vegetal, com 
ajuda do elástico, a abertura 
superior. 
 
 
 
ƒ Substitua o elástico por fita 
isolante. 
 
 
 
 
 
ƒ Encape com papel cartão (com a 
 papel 
face preta para dentro) a 
extremidade que contém o
vegetal. 
 
10 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
11 
Capítulo 
5 
Como montar sua máquina 
fotográfica 
Aqui mostramos como se monta a máquina que será utilizada para obter 
o negativo fotográfico. É importante que siga corretamente as instruções 
abaixo, pois uma boa fotografia dependerá principalmente da qualidade 
dessa máquina. 
Você vai precisar de: 
 
ƒ Uma lata qualquer, que pode ser de 
tinta ou de achocolatado, se preferir; 
ƒ Fita isolante; 
ƒ Tesoura; 
ƒ Papel cartão ou off-set preto; 
ƒ Um pedaço de lata de alumínio; 
ƒ Um alfinete; 
ƒ Cola. 
 
 
 
 
ƒ Faça um furo grande, que esteja 
situado na metade da altura da 
lata e entre as alças da mesma. 
 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
 
 
 ƒ Encape-a internamente com 
papel cartão preto. Encape 
também a parte interna da tampa 
 
 
 
 
ƒ Abra um furo no papel cartão 
que coincida com o feito 
anteriormente na lata 
 
 
 
ƒ Faça, com o alfinete, no pedaço 
de alumínio um furo bem 
pequeno. O ideal mesmo é que 
esse furo seja feito com uma 
broca de 0,5mm. Essa chapa de 
alumínio com um pequeno furo é 
denominado pinhole. 
 
Nota 
O diâmetro do orifício deve ser da ordem de 0,5mm para que se obtenha um 
negativo nítido. A nitidez da foto e o tempo de exposição necessário estão 
diretamente ligados a essa medida, de modo que o tempo de exposição deve ser 
extremamente reduzido se o orifício for muito grande. 
 
12 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
 
 
ƒ Cole o pinhole sobre o furo da 
lata. 
 
 
 
 
 
 ƒ Fixe com fita isolante um pedaço 
de papel cartão sobre o pinhole. 
 
 
 
ƒ Cole um pedaço de fita isolante 
na outra borda do papel cartão, 
dobrando a ponta da fita. Cole 
um pedaço de fita isolante na 
ponta da lata, na mesma direção 
do pinhole. Isso serve para você 
saber onde está o furo da lata na 
hora de tirar a sua foto. 
 
 
 
 
13 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
14 
Capítulo 
6 
Como montar o labora
de revelação. 
O laboratório de revelação consiste em umbaixa potência. É necessário que as frimpedir que a luz entre, pois toda man
deverá ser feita nessa sala utilizando-se so
papel fotográfico utilizado não é muito sensível a es
É importante que a lâmpada utilizada seja de boa
para o vermelho, porque há lâmpadas vermelh
sensibilizam o papel fotográfico, mesmo as de baix
Utilize uma relação de uma lâmpada de 25W/10m2
 
 
 
 
 
 
 
tório 
a sala escura com lâmpadas vermelhas de 
estas desta sala sejam bem vedadas para 
ipulação que envolva o papel fotográfico 
mente as lâmpadas vermelhas, visto que o 
sa cor. 
 qualidade, ou seja, possua um bom filtro 
as que não possuem um bom filtro e 
a potência. 
, aproximadamente. 
Você vai precisar de: 
 
ƒ 4 Cubas para processamento (bacias); 
ƒ 4 Pinças; 
ƒ Revelador; 
ƒ Fixador; 
ƒ Papel Fotográfico Preto e Branco F3, 
 da Kodak; 
ƒ Recipientes escuros; 
ƒ Lâmpada vermelha. 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
Como fazer o Revelador e o Fixador 
O revelador utilizado é o Dektol, da Kodak. Ele é vendido em envelopes na forma em pó, e 
sua preparação é bem simples, basta seguir as instruções a seguir. Use um termômetro para 
estimar a temperatura da água: 
1- Aqueça 828ml de água na faixa de 32-38ºC; 
2- Adicione o revelador em pó lentamente, mexendo sempre. Mexa até que não haja 
mais revelador para se dissolvido; 
3- Complete o recipiente com água até completar um litro. 
Está pronto o revelador, agora é só armazená-lo em um recipiente escuro. Se possível use 
uma garrafa apropriada para isso, que é sanfonada, permitindo a eliminação do ar que restou 
na garrafa, aumentando a vida útil do revelador. 
Obs: O revelador utilizado deve ser específico para papel fotográfico, e não para filme. 
O fixador utilizado também é da Kodak e para prepará-lo basta: 
1- Aquecer 946ml de água na faixa de 18-25ºC; 
2- Dissolver lentamente, mexendo constantemente até que não haja mais fixador para 
ser dissolvido; 
3- Complete com água até obter o volume de um litro. 
Está pronto o revelador, agora você deve armazená-lo em um recipiente igual ao utilizado 
para o revelador. 
Obs: É importante ressaltar que o revelador mancha os tecidos e pode provocar irritações na 
pele. É aconselhável usar um avental e luvas para manuseá-lo. 
 
Como recarregar as latas 
Em uma sala escura, utilizando apenas lâmpadas vermelhas, corte o papel em quatro partes 
iguais, e guarde dentro do pacote preto. 
Para recarregar as latas pegue um desses papéis e cole-o com fita adesiva na parede oposta ao 
orifício e tampe a lata. 
Nota 
É importante que o papel esteja bem colado para que, caso a lata caia ou 
balance, o papel não descole parede da lata. 
15 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
16 
Capítulo 
7 
Como montar o Positivador 
Ao tirarmos a fotografia com a lata obtemos um negativo fotográfico. É necessário, portanto, ter um dispositivo que possibilite obter o positivo. O processo é igual ao 
da fotografia. No entanto, a imagem que queremos registrar é a imagem do 
negativo, só que de forma invertida. 
Para isso colocamos o negativo sobre um papel que não foi exposto à luz, fazendo com que 
ele sirva como um filtro. As partes escuras no negativo não deixarão passar luz, e estas regiões 
ficarão brancas no positivo. O inverso ocorre nas partes brancas do negativo. As regiões 
brancas do negativo deixarão a luz passar, registrando a imagem no papel fotográfico. 
 ƒ Você vai precisar de: 
 
ƒ 2 caixas quaisquer; 
ƒ 1 montagem para lâmpada (fio, 
interruptor e soquete); 
ƒ 1 Lâmpada de 40W; 
ƒ 2 placas de vidro ou acrílico; 
ƒ Papel Vegetal; 
ƒ Elástico. 
 
 
 
 
 
 
 
 ƒ Em uma das caixas, aberta em 
uma das faces, coloque a 
montagem para lâmpada. 
 
 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
 
 
ƒ Na outra caixa, aberta em duas 
faces opostas, coloque o papel 
vegetal e prenda-o com elástico. 
 
 
 
ƒ Esta é a montagem para o 
“positivador”. 
17 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
18 
Capítulo 
8 
Fotografando 
Aqui mostramos como se obtém o negativo fotográfico a partir da câmara 
escura. É uma etapa que exige muito cuidado. 
 
 
 
ƒ Escolha a paisagem a ser fotografada 
 
 
 
 
ƒ Fixe bem a lata, para que a foto 
não fique tremida. 
. 
 
 
 
 
 
 
ƒ Mire a marcação na lata para a imagem 
queira fotografar. 
 
M A N U A L D E F O T O G R A FI A C O M L A T A S 
 
 
 
 
ƒ Abra o cartão, tomando cuidado para não 
mexer mais a lata, deixe-o aberto pelo 
tempo necessário. 
 
 
 
Nota 
O tempo de exposição médio é de aproximadamente 20 segundos para um dia 
ensolarado e de 2 a 3 minutos para um dia nublado. É importante que se faça 
um teste antes de tirar a foto. 
 
 
 
ƒ Feche o cartão para finalizar sua foto. 
 
 
 
Cuidados para tirar sua foto 
Vamos enumerar aqui alguns cuidados que você deve tomar ao tirar sua foto. 
1- Sempre tire uma foto para testar qual é o tempo de exposição ideal. Este tempo pode 
variar de segundos a minutos, e caso isso não seja feito você corre o risco de perder 
muitas fotos; 
2- As fotos devem ser tiradas com objeto sendo iluminado pelo sol. Evite tirar 
fotografias com o orifício virado direto para o sol; 
3- Jamais trema ou mexa a lata enquanto estiver tirando a foto; 
4- Após tirar sua foto não abra a lata em hipótese alguma. Ela deve ser levada para o 
laboratório para ser processada. 
 
19 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
20 
Capítulo 
9 
Revelando 
 
ƒ Monte o laboratório, colocando as bacias 
em uma ordem adequada (revelador, 
água, fixador). Use somente uma pinça 
para cada bacia, pois a mistura de fixador 
no revelador pode inutilizá-lo. 
 
 
 
 
 
 
ƒ Utilizando somente a lâmpada 
vermelha como iluminação abra 
a lata e retire o papel fotográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ƒ Coloque o papel primeiro no revelador 
 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
 
 
 
ƒ Espere a imagem começar a aparecer 
 
 
 
 
 
ƒ Deixe o negativo no revelador durante 3 
minutos, passando-o em seguida para a 
água, onde ele deve ficar por 3 minutos. 
 
 
 
ƒ Passe o negativo para o fixador, e 
deixe-o por aproximadamente 3 
minutos. 
 
 
 
 
 
ƒ Lave o negativo, se possível em água 
os 
 
corrente, para eliminar todos os resídu
químicos. 
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M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
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Obtendo o positivo 
 
 
 
 
 
ƒ Utilizando somente a luz vermelha 
como iluminação pegue o negativo 
fotográfico e um papel fotográfico que 
não tenha sido exposto a luz. 
 
 
 
 
ƒ Coloque o papel branco sobre a placa 
de vidro, com a parte gelatinosa para 
cima. Em seguida ponha o negativo 
com a face que contém a imagem para 
baixo sobre o papel branco. 
 
 
 
 
ƒ Coloque outra placa de vidro em cima 
do conjunto. 
 
 
Capítulo 
10 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
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ƒ Coloque sobre os papéis a caixa que está 
coberta em uma das aberturas com papel 
vegetal. Este papel servirá de difusor, 
zendo com que a luz incida 
iformemente no negativo. 
 Em seguida, coloque a caixa com a 
lâmpada por cima do conjunto, e 
acenda a lâmpada por 1 segundo 
 
s testes 
até chegar tempo de exposição ideal. 
 
 
 
 
 
 
 
fa
un
 
 
ƒ
aproximadamente. Se o negativo 
estiver muito claro este tempo pode
diminuir, pois muita luz passará por 
ele. O ideal é que se faça algun
 
 
 
 
 
 
Capítulo 
11 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
Resultados obtidos 
este capitulo mostramos o negativo e o positivo obtidos na fotografia tirada no capitulo 
8. A fotografia obtida foi tirada exatamente naquela cena. 
O negativo abaixo mostra o negativo que foi obtido na cena do capítulo 8. O tempo de 
expo
N
sição foi de 25 segundos. 
24 
 
 a fotografia abaixo corresponde ao positivo obtido a partir do negativo anterior. E
 
 
 
 
 
 
M A N U A L D E F O T O G R A F I A C O M L A T A S 
 
25 
 
Bibliografia 
 
Chiquetto, Marcos José. Aprendendo Física 2. Marcos Chiquetto, B
 
rmodinâmica. 1º edição. São Paulo. Editora 
Ática. 
no 3. Francisco Miragaia Peruzzo, Eduardo 
Leite do Canto. 2º edição. São Paulo. Editora Moderna. 
http://www.cotianet.com.br/photo/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
árbara Valentim, Estéfano 
Pagliari. 1º edição. São Paulo. Editora Scipione.
Gaspar, Alberto. Física 2: Ondas, Óptica, Te
Tito & Canto. Química na abordagem do cotidia
Salles, Antônio Mário. Química Inorgânica 1, Livro 13 . Coleção Objetivo. Editora Sol. 
 
P A R Q U E D E C I Ê N C I A E T E C N O L O G I A D A U S P 
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Responsáveis 
Autores 
Carlos Eduardo Rossatti de Souza, Aluno de graduação em Física pela USP. 
Orientadores 
Prof.Dr. Mikiya Muramatsu, docente do Instituto de Física. 
retora Pró-Tempore do Parque de Ciência e 
Tecnologia da USP. 
 
 
 
 
 
 
CEP: 04301-904 • Av, Miguel Stéfano, 4200• Água Funda • São Paulo - SP. 
Tel: (55-11) 5073 8599 • Fax: 5073 0270 
E-mail: opticacientec@yahoo.com.br 
João Ricardo Neves, Aluno de graduação em Meteorologia pela USP. 
Prof. ªDr. ª Marta Sílvia Maria Mantovani: Di
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parque de Ciência e Tecnologia da Usp

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