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ARQUEANO (3,85 a 2,5 Ba) Incluído no Pré-Cambriano, o Éon inicia em 3,85 Ba, com a formação das primeiras rochas e a transição com o Proterozoico se dá a 2,5 Ba. Divide-se em quatro Eras: Eoarqueano (3,85 a 3,6 Ba), Paleoarqueano (3,6 a 3,2 Ba), Mesoarqueano (3,2 a 2,8 Ba) e Neoarqueano (2,8 a 2,5 Ba). A transição é marcada pelo fim da fase acrescionária (extraterrestre), que preservou a crosta e as primeiras rochas em crátons. Essa preservação marcou o fim da tectônica permóvel e deu-se início da tectônica de placas similar a atual (com os limites divergentes, convergentes e transcorrentes). A formação da crosta primitiva se deu quando os silicatos (mais leves) acumulam-se acima do manto e a cristalização do magma gerou a crosta oceânica fina (composta de rocha ultramáfica). Essa crosta foi interrompida pela ressurgência de magma monomodal (basáltico) em sulcos; e nos arcos de ilhas magma bimodal (andesíticos e basálticos), formados nas primeiras zonas de subducção, que inicialmente eram rasas (underplating) e, posteriormente, passou a ser de alto ângulo. A crosta continental primitiva é gerada pela tectônica permóvel, que posteriormente gera grandes continentes mais leves, espessos e resistentes. A colisão dos arcos de ilhas gerou o processo de cratonização arqueana, por exemplo, Cráton São Francisco. A cratonização é responsável pela estabilização de vastos seguimentos crustais, envolvendo o espessamento da litosfera. As Províncias Arqueanas são divididas em: cinturões dominados por ortognaisse em composição TTG (Tonalito-Trondhjenítica-Granodiorítica) em alto grau e por sucessões vulcânicas, metamorfizadas em baixo grau, envolvidas por granitos e gnaisses. Na Groelândia foi encontrado os Greenstone Belt (3,81 Ba, Pb-Pb), porém há trabalhos que afirmam que as primeiras rochas são datadas no final do Hadeano, com gnaisse acasta (3,96 Ba, U-Pb). O Greenstone Belt é uma sequência de rochas supracrustais (komatiítos, magmatismo bimodal, magmatismo bimodal e sedimentos) deformadas no fácies xisto verde. A associação de Greenstone Belts com TTG pode ser explicada pela tectônica de Quilha, onde rochas vulcânicas extravasavam em um embasamento siálico menos denso e o mais denso descia em forma de quilha e o menos denso subia em forma de diápiro. Os hotspots e as plumas mantélicas geram aquecimento crustal e resultam na fusão parcial, afundamento da cobertura vulcânica e ascensão de domos gnáissicos. As chuvas geram os lamitos e grauvacas. A tectônica de quilha é atuante no primeiro super continente Vaalbara (3,3 Ba) formado através da movimentação rápida das primeiras placas tectônicas com regime convergente (colisional). Posteriormente, o regime divergente das placas tectônicas gerou a separação do supercontinente Vaalbara, nos crátons Kaapvaal e Pilbara (2,8 Ba). O super continente Ur, consistiu nos crátons Kaapvaal, Pilbara, Bhandara indiana e Singhbhum, e algumas regiões do que hoje é a Antártida leste. Suguem os primeiros seres vivos LUCA – Last Universal Commom Ancestor (Eoarqueano), arcobactérias e estromatólitos (Paleoarqueano) e as psilofitas (Neoarqueano). A fotossíntese dos estromatólitos produzido oxigênio que foi absorvido pelos materiais oxidáveis na crosta da Terra e pelo ferro dos oceanos, o que gerou os primeiros depósitos de BIF’s, onde a estratificação plano-paralela define um padrões cíclicos de oxigênio sazonais ou algum outro fator (3,2 Ba). Metalogenia: Fe, Ni, Cu, Au, ETR, Bif’s, etc. A transição (2.5 Ba) é marcada na diferença entre a geologia dos terrenos, ao processo de cratonização e estabilização dos continentes, ao declínio da temperatura do manto e pela a oxigenação da atmosfera.
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