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2. ARQUEANO

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ARQUEANO (3,85 a 2,5 Ba) 
Incluído no Pré-Cambriano, o Éon inicia em 3,85 Ba, com a formação das 
primeiras rochas e a transição com o Proterozoico se dá a 2,5 Ba. Divide-se em 
quatro Eras: Eoarqueano (3,85 a 3,6 Ba), Paleoarqueano (3,6 a 3,2 Ba), 
Mesoarqueano (3,2 a 2,8 Ba) e Neoarqueano (2,8 a 2,5 Ba). 
A transição é marcada pelo fim da fase acrescionária (extraterrestre), que 
preservou a crosta e as primeiras rochas em crátons. Essa preservação 
marcou o fim da tectônica permóvel e deu-se início da tectônica de placas 
similar a atual (com os limites divergentes, convergentes e transcorrentes). 
A formação da crosta primitiva se deu quando os silicatos (mais leves) 
acumulam-se acima do manto e a cristalização do magma gerou a crosta 
oceânica fina (composta de rocha ultramáfica). Essa crosta foi interrompida 
pela ressurgência de magma monomodal (basáltico) em sulcos; e nos arcos de 
ilhas magma bimodal (andesíticos e basálticos), formados nas primeiras zonas 
de subducção, que inicialmente eram rasas (underplating) e, posteriormente, 
passou a ser de alto ângulo. 
A crosta continental primitiva é gerada pela tectônica permóvel, que 
posteriormente gera grandes continentes mais leves, espessos e resistentes. A 
colisão dos arcos de ilhas gerou o processo de cratonização arqueana, por 
exemplo, Cráton São Francisco. A cratonização é responsável pela 
estabilização de vastos seguimentos crustais, envolvendo o espessamento da 
litosfera. 
As Províncias Arqueanas são divididas em: cinturões dominados por 
ortognaisse em composição TTG (Tonalito-Trondhjenítica-Granodiorítica) em 
alto grau e por sucessões vulcânicas, metamorfizadas em baixo grau, 
envolvidas por granitos e gnaisses. 
Na Groelândia foi encontrado os Greenstone Belt (3,81 Ba, Pb-Pb), porém há 
trabalhos que afirmam que as primeiras rochas são datadas no final do 
Hadeano, com gnaisse acasta (3,96 Ba, U-Pb). O Greenstone Belt é uma 
sequência de rochas supracrustais (komatiítos, magmatismo bimodal, 
magmatismo bimodal e sedimentos) deformadas no fácies xisto verde. 
A associação de Greenstone Belts com TTG pode ser explicada pela tectônica 
de Quilha, onde rochas vulcânicas extravasavam em um embasamento siálico 
menos denso e o mais denso descia em forma de quilha e o menos denso 
subia em forma de diápiro. 
Os hotspots e as plumas mantélicas geram aquecimento crustal e resultam na 
fusão parcial, afundamento da cobertura vulcânica e ascensão de domos 
gnáissicos. As chuvas geram os lamitos e grauvacas. 
A tectônica de quilha é atuante no primeiro super continente Vaalbara (3,3 Ba) 
formado através da movimentação rápida das primeiras placas tectônicas com 
regime convergente (colisional). 
Posteriormente, o regime divergente das placas tectônicas gerou a separação 
do supercontinente Vaalbara, nos crátons Kaapvaal e Pilbara (2,8 Ba). 
O super continente Ur, consistiu nos crátons Kaapvaal, Pilbara, Bhandara 
indiana e Singhbhum, e algumas regiões do que hoje é a Antártida leste. 
Suguem os primeiros seres vivos LUCA – Last Universal Commom Ancestor 
(Eoarqueano), arcobactérias e estromatólitos (Paleoarqueano) e as psilofitas 
(Neoarqueano). A fotossíntese dos estromatólitos produzido oxigênio que foi 
absorvido pelos materiais oxidáveis na crosta da Terra e pelo ferro dos 
oceanos, o que gerou os primeiros depósitos de BIF’s, onde a estratificação 
plano-paralela define um padrões cíclicos de oxigênio sazonais ou algum outro 
fator (3,2 Ba). Metalogenia: Fe, Ni, Cu, Au, ETR, Bif’s, etc. 
A transição (2.5 Ba) é marcada na diferença entre a geologia dos terrenos, ao 
processo de cratonização e estabilização dos continentes, ao declínio da 
temperatura do manto e pela a oxigenação da atmosfera.

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