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REFORMA TRABALHISTA E BOOK

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RefoRma 
TRabalhisTa
e - b o o k
PRINCIPAIS mudANçAS
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PRiNCiPais alTeRaÇÕes
1. baNCo De hoRas ..................................................................................
2. GesTaNTe .....................................................................................................
3. fÉRias .............................................................................................................
4. TRabalho iNTeRmiTeNTe ...........................................................
5. hoRas iN iTiNeRe oU em TRÂNsiTo ......................................
6. ResCisÃo CoNTRaTUal PoR aCoRDo ................................
7. DaNo moRal ...........................................................................................
8. TeRCeiRiZaÇÃo .......................................................................................
9. hoRas eXTRas ........................................................................................
10. iNTeRValo Do almoÇo ................................................................
11. JoRNaDa 12 X 36 ..................................................................................
12. TemPo À DisPosiÇÃo Do emPReGaDoR ..........................
13. NeGoCiaDo X leGislaDo ............................................................
14. TRabalho em ReGime De TemPo PaRCial ..................
15. iNTeRValo iNTRaJoRNaDa ......................................................
16. CoNTRibUiÇÃo siNDiCal .............................................................
o QUe mUDa PaRa QUem TRabalha Com 
CaRTeiRa ReGisTRaDa .........................................................................
o QUe mUDa PaRa o emPReGaDoR ..........................................
mUDaNÇas esPeCÍfiCas PaRa o emPResÁRio 
Da miCRo e PeQUeNa emPResa ....................................................
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sumário
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introdução
A reforma trabalhista, recentemente aprovada e sancionada pelo 
presidente Michel Temer está promovendo mudanças significativas 
no regime de contratação trazendo mais segurança jurídica, flexi-
bilidade e simplificação às relações entre trabalhadores e empresas. 
Confira neste ebook as principais alterações, o que muda para quem 
trabalha com carteira registrada, para o empregador e as alterações 
específicas para o empresário da micro e pequena empresa.
Este conteúdo funciona como um manual, que você pode fazer o 
download e consultar sempre que precisar.
Boa leitura!
A Reforma Trabalhista é uma mudança significativa na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) através da Lei n. 13.467 
de 2017. Foi aprovada em 13 de julho de 2017 e entrará em vigor 
em 13 de novembro de 2017. 
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1. baNCo De hoRas
- O chamado banco de horas é um sistema de compensação de ho-
ras extras, permitido por lei, em que as horas excedentes trabalhadas 
em um dia são compensadas com a diminuição da jornada de outro 
dia. Antes da reforma, este mecanismo precisava ser negociado em 
convenção coletiva e as horas extras precisam ser compensadas em 
até um ano. Vencido esse prazo, elas deveriam ser pagas em dinheiro 
com acréscimo de 50%.
- A novidade é a possibilidade de se promover a adoção do banco de 
horas mediante acordo individual, desde que a compensação ocorra 
em até seis meses. Pode inclusive tal acordo de compensação ser tá-
cito, ou seja, não ser escrito, desde que as horas sejam compensadas 
dentro do mesmo mês.
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2. GesTaNTe
- De acordo com a reforma, somente haverá afastamento obrigató-
rio da gestante nos casos de insalubridade em grau máximo; em grau 
médio ou mínimo depende de atestado médico. Anteriormente, a ges-
tante e lactante era sempre afastada de qualquer atividade insalubre.
- O art. 396 da CLT assegura à lactante dois intervalos de meia hora 
cada para amamentar nos primeiros seus meses do filho. Pela nova 
regra, tais horários podem ser definidos por acordo individual.
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3. fÉRias
- São três as alterações:
I – possibilidade de negociar individualmente o fracionamento das 
férias em 03 períodos, sendo um não inferior a 14 dias e dois não in-
feriores à cinco dias.
II – revogação do dispositivo de lei que vedava o fracionamento para 
trabalhadores maiores de 50 anos e menores de 18 anos.
III – vedação do início das férias no período de 02 dias que antecede 
o feriado ou o repouso semanal.
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4. TRabalho iNTeRmiTeNTe
- Intermitente é o trabalho prestado sem dia e horários fixos.
- O contrato deverá ser escrito e conter especificamente o valor da 
hora de trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário do sa-
lário mínimo ou àquele pago aos demais empregados que exerçam a 
mesma função em contrato intermitente ou não.
- O empregado deverá ser convocado com no mínimo, três dias cor-
ridos de antecedência.
- No período de inatividade, o empregado poderá prestar serviços à 
outros contratantes.
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- Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado re-
ceberá o pagamento imediato das parcelas do salário, férias e décimo 
terceiros proporcionais, além do que deve haver o recolhimento da 
prestação previdenciária e do FGTS.
- Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que 
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta 
dias, multa de 50% da remuneração devida, permitida a compensação 
em igual prazo.
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5. hoRas iN iTiNeRe oU em TRÂNsiTo
- De acordo com a reforma, o tempo despendido pelo empregado 
desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e 
para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, 
inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jorna-
da de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. 
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6. ResCisÃo CoNTRaTUal PoR aCoRDo
- Antes da reforma, caso o trabalhador se demitisse ou fosse demiti-
do por justa causa, ele não tinha direito de sacar o Fundo de Garantia 
por Tempo de Serviço (FGTS), seguro-desemprego nem recebia multa 
de 40% sobre os depósitos do FGTS. Esses benefícios e indenizações só 
eram recebidos pelo funcionário no caso de uma demissão sem justa 
causa.
- Com a reforma trabalhista, o contrato de trabalho poderá ser ex-
tinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão 
devidas as seguintes verbas trabalhistas: pela metade o aviso prévio, 
se indenizado e a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço.
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- As demais verbas trabalhistas deverão ser pagas na integralidade.
- Caso haja acordo, o empregado somente poderá sacar 80% (oitenta 
por cento) do valor dos depósitos do FGTS e não poderá ingressar no 
Programa de Seguro-Desemprego.
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7. DaNo moRal
- A reforma Regulamenta a indenização por dano moral no traba-
lho.
- A Reforma trabalhista incluiu tal matéria na CLT por suas razões: 
tarifar o valor das indenizações, com a consequente redução dos va-
lores; e autorizar o direito de as empresas também demandarem repa-
ração por danos morais contra os trabalhadores.
- A mudança fixa o valor conforme o grau da ofensa:
a) leve: reparação máxima de 03 salários do ofendido;
b) média: reparação máxima de 10 salários do ofendido;
c) grave: reparação máxima de 20 salários do ofendido;
d) gravíssima: reparação máxima de 50 salários do ofendido.
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8. TeRCeiRiZaÇÃo
- A Reforma considera prestação de serviços a terceiros a transfe-
rência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas ativi-
dades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito 
privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica 
compatível com a sua execução.
- Confereigualdade entre os terceirizados e os trabalhadores da em-
presa tomadora de serviço quanto à alimentação garantida aos empre-
gados da contratante, quando oferecida em refeitórios; ao direito de 
utilizar os serviços de transporte; ao atendimento médico ou ambula-
torial existente nas dependências da contratante ou local por ela de-
signado; ao treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando 
a atividade o exigir e às medidas de proteção à saúde e de segurança no 
trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.
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- Define como contratante toda a pessoa física ou jurídica que ce-
lebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a 
quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal.
- Determina que não pode figurar como contratada, a pessoa jurídi-
ca cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, presta-
do serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador 
sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios 
forem aposentados.
- Também determina que empregado que for demitido não poderá 
prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de emprega-
do de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de 
dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.
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9. hoRas eXTRas
- Pela reforma trabalhista. o trabalhador pode fazer duas extras diá-
rias, mas novas regras e novos acordos podem ser fixados por acordo 
individual, convenção coletiva ou acordo coletivo. A remuneração da 
hora extra deve ser, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior à 
hora normal.
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10. iNTeRValo Do almoÇo 
- O intervalo de almoço que hoje é de 1 hora poderá ser reduzido a 
até 30 minutos, caso haja um acordo coletivo para jornadas com mais 
de seis horas de duração.
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11. JoRNaDa 12 X 36
- A reforma veio permitir que as partes, em comum acordo, possam 
estabelecer acordo individual ou coletivo para estabelecer horário de 
trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso.
- A jornada de trabalho poderá ser negociada entre as partes, per-
mitindo a flexibilização dos horários, no intuito de atender interesses 
das empresas e dos trabalhadores, visando uma melhora na sua pro-
dutividade, observados, em qualquer hipótese, os limites constitucio-
nais de 8 horas diárias e 44 semanais.
- A jornada 12 x 36 é uma exceção ao limite de 8 horas diárias, pois as 
horas suplementares serão compensadas por 36 horas ininterruptas 
de descanso. Assim, as empresas poderão contratar funcionários para 
jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso de forma mais 
simplificada, desde que seja entabulado de comum acordo.
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12. TemPo À DisPosiÇÃo 
Do emPReGaDoR
- Antes da mudança, o a rt. 4º da CLT considerava como tempo à dis-
posição do empregador o período em que o empregado se encontrasse 
nas dependências da empresa aguardando ou executando ordens, in-
cluindo casos de troca de uniforme, higiene pessoal,...
- Com a reforma trabalhista, houve o acréscimo do parágrafo 2º no 
art. 4º da CLT, e dispõe que não será computado como período ex-
traordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse 
o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 da CLT, quando 
o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso 
de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem 
como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para 
exercer atividades particulares.
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13. NeGoCiaDo X leGislaDo
- Com a reforma, a Convenções Coletivas de Trabalho e os Acordos 
Coletivos de Trabalho têm prevalência sobre a lei. As matérias objeto 
de negociação foram ampliadas, permitindo, entre outros, negociar 
sobre:
I - Pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites consti-
tucionais;
II - Banco de horas anual; 
III - Intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta mi-
nutos para jornadas superiores a seis horas; 
IV - Adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei 
no 13.189, de 19 de novembro de 2015; 
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V - Plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição 
pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se en-
quadram como funções de confiança; 
VI - Regulamento empresarial;
VII - Representante dos trabalhadores no local de trabalho; 
VIII - Teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; 
IX - Remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas recebi-
das pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; 
X - Modalidade de registro de jornada de trabalho; 
XI - Troca do dia de feriado; 
XII - Enquadramento do grau de insalubridade; 
XIII - Prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença 
prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; 
XIV - Prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente 
concedidos em programas de incentivo; 
XV - Participação nos lucros ou resultados da empresa.
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14. TRabalho em ReGime De 
TemPo PaRCial
- A reforma modificou o trabalho por tempo parcial permitindo uma 
jornada de 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras, ou 
26 horas semanais com possibilidade de horas extras, até o limite de 
6 horas semanais. 
- Além disso, é facultado ao empregado contratado sob regime de 
tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver di-
reito em abono pecuniário.
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15. iNTeRValo iNTRaJoRNaDa
- Art. 71, § 4º, da CLT, modificado pela reforma trabalhista, determi-
nada que não sendo integralmente usufruído, é devido o pagamento 
apenas do período não gozado, com natureza indenizatória (sem re-
flexos).
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16. CoNTRibUiÇÃo siNDiCal
- A reforma trabalhista apenas retirou a última parte do art. 545 da 
CLT “salvo quanto à contribuição sindical, cujo desconto independe 
dessas formalidades”. Assim a contribuição sindical não é mais obri-
gatória tanto para os empregados quanto para os empregadores.
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o QUe mUDa PaRa QUem TRabalha 
Com CaRTeiRa ReGisTRaDa
- O trabalhador vai poder dispor de vários direitos, como fazer acor-
do no momento de sua negociação (demissão por acordo); parcelar 
suas férias em três períodos, negociar o banco de horas sem a neces-
sidade da participação do sindicado ...
- Os acordos coletivos terão supremacia sobre a legislação, na forma 
do art. 611-A da CLT, modificada pela Lei 13.467/2017.
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o QUe mUDa PaRa 
o emPReGaDoR
- Com a Reforma Trabalhista, o empregador terá mais segurança ju-
rídica na sua relação com o funcionário. Ademais, moderniza a legis-
lação trabalhista, ao promover maior flexibilização nas modalidades 
de contratação e demissão, assim como concede maior poder para a 
negociação entre trabalhadores e empresa, cujos acordos a partir da 
reforma poderão se sobrepor à lei.
- Também cria novas formas de contratação, como no caso do free-
lance (contrato de trabalho intermitente), que poderá ter seu contrato 
de trabalho registrado, e a autorização para a terceirização da ativida-
de principal.
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mUDaNÇas esPeCÍfiCas PaRa 
o emPResÁRio Da miCRo 
e PeQUeNa emPResa
Além de todas estas mudanças, algumas são especificas para as mi-
cro e pequenas empresas:
- Multa reduzida de R$ 3.000,00 para R$ 800,00 por empregado não 
registrado (art. 47, § 1º, CLT).
- O valor do depósito recursal é reduzido pela metade, inclusive para 
os microempreendedores individuais e empregadores domésticos.

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